VERAS

=====================================================================

 

 

  Volta da Primavera - I  

 

 

 

É claro o céu. Ao longe vê-se a floresta,

de arvores altas, virides, ramosas,

onde há flores e pássaros em festa

e canções amorosas.

 

 

 

 

Voam de lá volatas cristalinas,

por entre os poucos claros dos ramais:

lá, no interior, há risos de boninas

e há idílios florais.

 

 

 

 

Fora, no exterior, da verde selva,

à beira dos caminhos, pelos vales,

insetos, sobre a esmeraldina relva,

ruflam fortes tímbales...

 

 

 

 

Em um caramanchão verde e florido,

aqui num ramo, além num alto hastil,

descantam patativos — par querido —

hinos de amor febril.

 

 

 

 

Miram-se belos frutos em corimbos,

tecendo idílios no mais terno enlace...

Voam aves alegres, entre nimbos,

num bando êxul, fugace...

 

 

 

 

O vento agora não ulula — canta

por sobre as flores, onde há luz e olor...

E o canto vai com o aroma que levanta

das salsas em verdor.

 

 

 

 

Risonha a natureza enfim retoma

o encanto que perdeu no Outono extinto.

No bosque há cantos — músico sintoma

de amor no seu recinto.

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português