VERAS
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No alto - I | |||
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É primavera. No vergel extenso oscilam belas flores campanadas, a cortejar o sol, no céu, suspenso, dourando as asas que aflam tremuladas. |
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Aqui há pelo espaço um riso apenso; além, músicos trinos — são baladas que os pássaros entoam num consenso de harmoniosas vozes afinadas. |
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Em cima o azul etéreo; em baixo um lago, onde a brisa a brincar, num giro vago, põe-lhe na flor, brilhante tremulina. |
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E eu só, num alto monte, alegre e mudo, contemplo aves e céu e flores — tudo o que à minha alma enleva e me fascina. |
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