VERAS

=====================================================================

 

 

  Na aldeia  

 

 

 

Outono. O sol declina ao ocidente;

nuvens vagueiam, rubras e pejadas

dessa hemoptise avermelhada e ardente —

nas águas dos ribeiros espelhadas.

 

 

 

 

Contínuo range um carro; e, às aguilhadas,

os bois, jungidos, vêm, morosamente,

estrada abaixo... Além, tristes baladas

descanta o sabiá, na rama, assente.

 

 

 

 

A noite desce, calma, o vento ruge,

a rola geme ainda, o gado muge

e o campanário badalando chora.

 

 

 

 

Choram regatos, reza a camponesa

e parece chorar a Natureza

lágrimas ígneas pelo céu afora.

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português