VERAS

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  Afeição selvagem  

 

 

 

Densa, fresca, sombria e virgem, amo a floresta,

cheia de emanações e aroma e vida casta.

Lá, onde, livre, o sol, o cascavel se arrasta,

em minha alma o prazer sempre se manifesta.

 

 

 

 

Fugindo da matilha, o gamo ali se afasta,

em busca de repouso; e lá, em grata sesta,

o homem — alvar, dispõe os planos para a festa

de uma vitória bela e grande, em troféus basta.

 

 

 

 

E eu julgo vê-lo ali, a descansar na sombra,

deitado em nudez, as costas pela alfombra,

raios de sol na fronte e as armas a seu lado,

 

 

 

 

a olhar, pela clareira agreste, o longe pino

do monte, onde sua grei, chegando, entoa um hino

selvagem, atroador, altíssono e exaltado.

 
 

 

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