VERAS

=====================================================================

 

 

  Tudo varia  
 
 

A MANOEL PENNA

 

 

 

 

Por um pesar tens sempre a alma ferida,

dizes, porém, oh não — tudo varia,

pois, jovial, em teus lábios, recolhida,

divisei muitas vezes a alegria.

 

 

 

 

Antíteses a flux, tem nossa vida:

si temos hoje risos e energia,

amanhã eis nossa alma dolorida

pela tristeza atroz — danada harpia.

 

 

 

 

Risos e viços tudo se evapora,

tudo, tudo nos é intermitente.

 

 

 

 

Na própria natureza vês, agora,

um formoso e bom sol caudal, ardente,

dourando as flores; logo, ele descora,

vem a noite e, depois, a aurora ausente...

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português