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“O marketing é a atividade humana que se preocupa em estudar, descobrir, compreender e, possivelmente, atender às necessidades e expectativas do homem, não obrigatoriamente e exclusivamente no âmbito material, mas em toda a sua amplitude, na qual podemos, também, incluir o espiritual.” [1] Estariam as religiões, encarregadas desta satisfação da necessidade espiritual, inerente ao homem, que serve como uma âncora a lhe dar estabilidade. Com o processo de desenvolvimento pelo qual passa a sociedade, pensava-se que a busca da religião teria seu fim. No início da história da humanidade, teriam sido inventados rituais mágicos, como uma criança cheia de ilusões, até passar a fase adulta, onde seria regida pela racionalidade da ciência. E da mesma forma como o desenvolvimento da infância até a idade adulta é inevitável, também seria inevitável o desaparecimento da religião, resquício de um momento infantil de nossa história, e a sua substituição definitiva pelo saber científico. O positivismo – importante corrente filosófica nascida na França–já pregava no século passado, que viveríamos no século XX a lógica da humanidade, “o império da ciência”. No entanto, não é isto que vemos acontecer, como diz o rabino Henry Sobel, presidente do Rabinato da Congregação Israelita Paulista, “O progresso da ciência vai intensificar as crenças. Quanto mais rápidas forem as transformações da sociedade, mais as pessoas precisarão de um apoio, que pode estar na religiosidade” [2] Sobreviverão as religiões que adaptarem-se à essas mudanças, principalmente no âmbito das novas tecnologias de comunicação, administração e Marketing. É como se Deus estivesse precisando adaptar o seu discurso e suas estratégias, como é colocado, de forma bem humorada, por Luiz Fernando Veríssimo, no texto do início deste trabalho. O Criador aparece como sendo alguém que preocupa-se com a opinião dos seus fiéis, procurando saber de suas necessidades, através até de uma assessoria. É um Deus que conhece e faz uso de novas tecnologias, como a televisão, o e-mail (buscando de volta um pouco da vanguarda comunicacional que sempre pertenceu à religião). Um Deus que conhece e participa das poder, na política e na comunicação. Não tem por exemplo, pretensões de ganhar a audiência do Ratinho, mas mantém um relacionamento tão bom com as esferas do poder e com o seu público, que pode aparecer na Globo e não ser taxado ou rotulado. O Deus do texto de Veríssimo, analisa o céu como uma empresa, que tem setores, funcionários, e problemas de administração como qualquer outra corporação. Trata de termos modernos como atendimento e satisfação de clientes, terceirização, web, e-mail, entre outros. Estariam as representantes terrenas do céu, ou seja, as igrejas, preocupadas com tais temas? Não estariam elas sofrendo com disputas infrutíferas e divisões e conflitos internos desnecessários? Daí surgem a razões que motivaram esta pesquisa: o contraposição existente entre as novas formas de comunicação e o tradicionalismo existente na religião. As necessidades e anseios do homem moderno frente as respostas dadas pela religião ontem e hoje. As religiões estão no caminho certo? Existirá lugar para elas no futuro? Elas sabem comunicar-se? São empresas e, se são, estariam sendo bem administradas? E sobretudo, onde entram a Administração e o Marketing nisto tudo, bem como seus conceitos e técnicas? É este o objetivo que tomamos para esta pesquisa, onde analisaremos principalmente a Igreja Católica Apostólica Romana, com o objetivo de focar melhor a pesquisa, para que ela não perca na riqueza de dados existentes e nas especificidades das diferentes “corporações da fé”. Não deixaremos, no entanto, de tecer alguns comentários e mostrar dados também de outras religiões que, ao contrário da católica, desenvolveram-se utilizando dos conceitos já desenvolvidos pelo marketing, coisa que Jesus e os apóstolos faziam sem cursos ou livre concorrência. Para atingir este objetivo, estruturamos nossa pesquisa através da consulta de livros e textos sobre administração e cadeiras relacionadas, bem como artigos de intelectuais conceituados. Alguns deles lançam visões descomprometidas sobre o tema, enquanto outros inclusive, atuam na da própria igreja. O Texto de Veríssimo serve como epígrafe e ponto de partida para a posterior introdução e justificativa da pesquisa. Logo após, é feito um estudo sobre a história da Igreja e do cristianismo. Ainda dentro da visão histórica, analisamos mais especificamente a Igreja Católica no Brasil, terminando por introduzir o que colocamos como tendência atual da igreja. Esta última parte é a mais extensa, já que nela desenvolvemos a administração e o marketing dentro de diversos aspectos dentro da igreja. Na religião, o papa, Fé X Política, Fé X Carisma, Fé X Marketing, na Internet, entre outros. Daí seguirá o posicionamento presente na conclusão do trabalho. [1] Kater Filho, Antônio Miguel.O Marketing aplicado à Igreja Católica. São Paulo. Edições Loyola, 1994. P. 12-13 |
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