Ilza
da Silva Cavalcante ou Dona Ilza, como todos a conheciam. Nasceu
no dia 23/07/1945. Uma alagoana, que não agüentava ficar
parada, trabalhar era preciso pois tinha que alimentar seus inúmeros
filhos, pra ser exato eram 12. Entre esses doze apenas dez eram
seus filhos (Geronimo, Eliasér, Everton, Ricardo, Jeane,
Maria José, Gilmara, Ânjela, Dinah e Zaine), os outros
eram netos (Leandro e Laercio) que tratava como filhos.
Sempre
amiga do povo. ''Meu lugar é com o povo'', dizia ela. Estava
sempre metida em alguma coisa. Foi uma das pessoas que ajudou a
arrumar alguns acres de terra para que o povo pudesse plantar, que
acabaram plantando arroz. Arrumou uma boa quantidade de terras para
ela, mas acabou doando para algumas pessoas que necessitavam (essas
terras existem até hoje, em Chão de Jaqueira, Maceió).
Sempre
ensinou para seus filhos o certo, e esses sempre o fizeram. Ensinavam
que trabalhar era preciso, levava-os todos os dias na feira pra
vender sururú (peixe). Tinha um coração enorme,
que esse sempre tinha lugar para mais um. Se necessário tirava
da boca, mas alimentava os outros. Em 1970, veio para São
Paulo (SP), com os filhos e o marido, Cicero Monteiro, para tentar
uma vida melhor. No início morava de aluguel, mas logo arrumou
um lugarzinho. Ajudou a fundar a IASD (Igreja Adventista do Sétimo
Dia) do Jardim Eliana, Região de Santo Amaro, São
Paulo - SP. Mas nada disso importava, porque mais que uma mulher
caridosa, essa era mãe. Mãe que teve seus dias terminados
em 05/03/2001. Para aqueles que a conheciam dizem que mulher igual
no mundo jamais existirá. Para os filhos, essa era a maior
entre as mães. No dias das mães sempre fica aquela
sensação de vazio. Não é possível
confortar com palavras, mas mesmo assim a verdade conforta, a verdade
que mãe jamais morre, pois essa não pertece a esse
mundo. Mãe é apenas presente de Deus, presente que
esse sempre pede de volta. Mãe é estrela que vira
quando Deus chama. Um beijo a minha mãe, Dona Ilza, e a todas
maravilhosas criaturas de Deus: Mães.
Ricardo Monteiro