Texto preparado por Wilson de Mello Franco (Shard Zahr). Todos os direitos pertencem ao autor. de acordo com a Lei 9610 dos Direitos Autorais de 1998. 

           AS SEPHIROT DA CABALA 

    A REPRESENTAÇÃO DAS ESFERAS  

 No sentido de cima para baixo, e da direta para a esquerda, as 10 esferas (sephirot) da Cabala são:

 Sephirot  I    - KETHER    - A Coroa

 Sephirot  II   - COCHMA   - Sabedoria Superior

 Sephirot  III  - BINAH  - Inteligência ou Espírito

 Sephirot  IV - HESOD  - Magnificência ou Misericórdia

 Sephirot   V - PECHAD   - Medo ou Pecado

 Sephirot  VI  - TIFERETH - Graça ou Beleza

 Sephirot  VII  - NETZAH  - A Vitória

 Sephirot  VIII  - HOD   - Honra ou Glória

 Sephirot   IX  - IESOD - Fundação ou Limite

 Sephirot    X   - MALKUT - O Reino

 A MÍSTICA DA CABALA

        A palavra hebraica Kabbalah significa TRADIÇÃO. Em termos genéricos, a Cabala é a tradição esotérica judaica transmitida oralmente aos iniciados nessa doutrina. Nascida na Idade Média, no século XIII, no sul da França e na Espanha, o livro do Zoar (Livro do Esplendor) constituiu-se numa de suas grandes expressões. Todavia, sua origem remonta o Egito dos faraós, a era mosaica. Nesse âmbito, arcanamente a palavra quer dizer "espíritos de Deus", partindo da idéia de que Deus é reconhecido somente através da perspectiva da Criação.

        Ainda que a parte egípcia da Cabala fosse a princípio rejeitada pelos judeus, em função de terem sidos os hebreus escravos nesse país por 400 anos, sendo relativamente esquecida, essa filosofia trouxe do cativeiro de Babilônia  um novo alento.  A parte egípcia acabou relativamente restaurada.

       A parte prática da Cabala abrange psicologia, espiritismo (não digo aqui só no sentido da doutrina Espírita, mas no sentido arcano também), holismo e práticas diversas, sem, no entanto, cair no ascetismo. Na Cabala, vida, morte e reencarnação são partes de um mesmo elo. A veneração aos mortos, aos antepassados, aos ancestrais, constitui boa parte da doxologia prática do cabalista.  O cabalista não aceita o Deus da teologia, com este ou aquele nome, nem aceita Jesus como o "filho de Deus" no sentido dogmático dessa expressão. Para o cabalista, Jesus é um mestre: um grande Mestre.

        Em última análise a Cabala seria uma mistura de ciência, arte e religião. Para aprender e apreendê-la, a figura de um mestre cabalista é mister, que conduz o discípulo pela teoria e pela prática sucessiva.

                                        CONTINUA