KABALA NUMEROLOGIA |
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O desventurado poeta paulista, Manuel Antônio Álvares de Azevedo, tem o
seu nome situado em primeiro plano dentre os ultra-românticos. O poeta da Lira
dos Vinte Anos, de Poesias Diversas e do Poema do Frade, foi também prosador de
Noite da Taverna, Estudos Literários e outros trabalhos, embora falecesse com
vinte e um anos Incompletos. Nasceu em 1831 e faleceu em 1852.
SE
EU MORRESSE AMANHÃ
Se eu morresse amanhã, viria ao menos Fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha
mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!
Quanta
glória pressinto em meu futuro!
Que
aurora de porvir e que manhã! Eu perdera chorando essas coroas Se eu morresse amanhã!
Que
sol! que céu azul! que doce n’alva
Acorda
ti natureza mais louçã! Não me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanhã!
Mas essa dor da vida que devora A ânsia de glória, o dolorido afã... A dor no peito emudecera ao menos Se eu morresse amanhã!
SONETO
Pálida,
à luz da lâmpada sombria,
Sobre
o leito de flores reclinada, Como a lua por noite embalsamada. Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar! na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que
em sonhos se banhava e se esquecia!
Era
mais bela! o seio palpitando...
Negros
olhos as pálpebras abrindo...
Formas
nuas no leito resvalando...
Não te rias de mim, meu anjo lindo! Por ti — as noites eu velei chorando,
Por
ti — nos sonhos morrerei sorrindo!
(Obras
Completas de Álvares de Azevedo) |
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ANTOLOGIA DOS POETAS BRASILEIROS
Esta antologia é baseada em trabalho de |