Biografia - Parte 2 | Cronologia | Opiniões de Peso | Cartas | Verso & Prosa |
Jean Cocteau
É uma honra para o nosso país que uma obra fechada como a de Arthur Rimbaud domine com a mesma intensidade que a obra semi-fechada de um Charles Baudelaire ou a obra tão clara de um Victor Hugo.
Como os pintores que se destacam não pelo modelo que escolhem mas pela maneira como o pintam, o milagre de Arthur Rimbaud depende menos de suas revoltas e do que dele disse Claudel, "Um místico em estado selvagem", que do fato de ele ter feito a idéia nascer do verbo, enquanto antes dele o verbo se colocava a serviço da idéia.
Apollinaire falava sempre do poema-acontecimento, do verso-acontecimento. Acontece, por exemplo, que um poema um pouco convencional de Baudelaire pode se erguer do chão e levitar pela força de um único alexandrino.
Em Guillaume Apollinaire, uma gota de tinta que treme na extremidade de sua pena cai marchetando uma página que, sem essa mancha requintada, estaria ameaçada pela monotonia.
É isto que torna os poetas intraduzíveis. Não compreendemos nada de Puchkin, a não ser a certeza secreta de um ritmo de feitiçaria que ele tirava de uma gota de sangue negro.
Mas o rimbaldismo é universal. Sua fosforescência atravessa a barreira das línguas.
Poderíamos temer que as tempestades do casal Verlaine/Rimbaud fossem se chocar contra a glória, que é mulher. Uma vez mais a moral inclina-se diante do gênio, pois o gênio não é senão o fenômeno que consiste em santificar os erros escritos, pintados ou vividos.
É verdade que uma celebridade tão grande quanto a de Rimbaud não se faz sem controvérsias. As inumeráveis vítimas do séqüito se empenham em perpetuar um certo comportamento, uma certa insolência rimbaldianos, sem imaginar que, se este aspecto foi considerável, foi por causa de um emprego novo da sintaxe que diviniza aos meus olhos "Bonne pensée du matin" e faz "Ma bohème", "La rivière de Cassis", "Bruxelles", "Mémoire" ocuparem um lugar em meu panteão íntimo com a neve que escorrega pela manga de seda preta do príncipe Gengi.
É nesses poemas que Rimbaud conserva a invisibilidade da elegância.
Eu sempre disse que uma criatura de algum planeta mais evoluído que o nosso poderia talvez zombar de Einstein, mas não poderia zombar nem de Van Gogh nem de Cézanne.
Nesse campo de uma força que escapa à análise e aos progressos da ciência, Arthur Rimbaud representa um terrível explosivo. Um raio de abril, uma arma, um heroísmo que se opõem à idéia toda feita do heroísmo e das armas.
É isso que me autoriza a terminar estas linhas copiando, à intenção da paz no mundo e de Rimbaud, um desejo que eu formulava em 1915 no Discours du Grand Sommeil:
Laurier inhumain que la foudre
D'avril te
tue.*
P.S. --- Se não falo de Marselha em 1891 é porque esse período me é intolerável. Faz-me sofrer muito.
Sempre afirmei que não é verdadeiramente poeta quem não erra. Aqui a regra ultrapassa os limites. Mas é preciso ver na amputação uma prova do combate com o anjo e do amor feroz das Musas, semelhante ao da louva-a-deus que devora o macho.
"Eles detestam a beleza quando ela é feia. Eles adoram a feiúra quando ela é bela. Nisto está todo o drama!"
É da fabulosa herança de alguns artistas, mortos na miséria, que todos nós vivemos. Quis o destino que um jovem poeta desconhecido contradissesse os filhos-de-papai que somos e descobrisse o segredo de um novo mártir.
* Louro inumano que o raio/De abril te fulmine.
Depoimentos
André Gide
Rimbaud era para mim como um poeta demoníaco, um "poeta maldito" entre todos e gostava de o ser, com a ajuda do álcool, o "famoso gole de veneno" que ele nos convida a beber e que eu degustava com prazer, mais embriagante que qualquer outro vinho, que não podia convir senão aos fortes, eu pensava.
A que estranha danação ele não arrastaria todos os outros?
Rimbaud, com seu individualismo exacerbado, sua insubmissão. O selvagem Rimbaud. Ele assusta... mesmo preso!
... Há o que ele quis dizer, o que pensamos que ele quis dizer; mas o que ele disse sem o querer e contra si mesmo.
Rimbaud continua um mestre admirável na arte de escrever, um inventor de formas cuja originalidade não foi esgotada por nenhum de seus inúmeros imitadores.
Paul Valéry
Trechos de cartas a André Gide:
Estou embriagado com a beleza das coisas do mar e esforço-me para compreender a sua alma aventurosa e triunfal... Releia o admirável "Bateau ivre" para compreender. Essa poesia é admirável, verdadeira e um pouco louca como a bússola.
Você leu os textos em prosa de Rimbaud no fim da edição das Poesias? Esses inéditos são milagrosos (sejamos exatos). São iluminações das melhores e mais admiráveis. Queria passar duas horas com você e com elas. Você me daria a força para imaginá-las e para falar delas e, como antigamente, nelas nos embebedaríamos, você lembra, quando cada um de nós leu sozinho pela segunda vez, "Le bateau ivre". (Fevereiro de 1943.)
Georges Duhamel
Rimbaud sempre mexeu comigo, sempre me proporcionou a mesma embriaguez amarga.
O que Mallarmé não parece ter adivinhado é que o "Viajante notável" voltaria, que ia ficar, que não pararia de crescer, que sua influência se estenderia sobre todas as gerações e que aquele garoto seria no século novo não o mestre, e sim, melhor ainda, o mensageiro, o profeta de toda uma juventude febril, entusiasta, rebelde.
As páginas mais obscuras de Rimbaud, as finais, têm soberana virtude de encantamento. Exerceu sobre nossa alma seus sedutores prestígios, sua irritante magia.
Há textos obscuros de Rimbaud que nos pegam porque continuamos livres para neles encontrar o que trazemos de nós mesmos. Eles se parecem com a música pura.
A alquimia mallarmaica sempre me interessa, não me comove quase nunca. Rimbaud me comove sempre. Algumas vezes me desnorteia, outra, dilacera-me e me desespera.
O que importa é o "Fenômeno Rimbaud". O que forma para mim o objeto de muitas reflexões é "a aventura-Rimbaud", é a história daquele menino que nasceu numa família que chamamos classe média, fez seus estudos sérios sem chegar mesmo a se formar, como se tivesse compreendido que os estudos, sejam quais forem, não têm fim, e que se lança subitamente sobre a poesia como sobre uma presa, devorando-a e expelindo-a para ir concluir uma existência desesperadora, de onde todo pensamento de criação literária parece excluído, em climas terríveis, às voltas com ocupações absurdas. O que me interessa e deve interessar a todos é ver o "viajante notável" exercer-se durante alguns meses na prática de uma arte que conseguiu manter despertos ao longo de toda uma existência inúmeros espíritos, é vê-lo elaborar obras-primas surpreendentes e depois abandonar tudo isso com um dar de ombros. o que me perturba e a tantos observadores é, chegado o tempo das necessárias germinações, ver a sombra de Rimbaud voltar entre nós, ver sua obra que cabe inteira num volume, inquietar, atormentar, inspirar uma juventude ardente e, desde então, colocar inúmeros problemas aos estudiosos da literatura crítica e histórica...
Jacques Maritain
Ele procurou na Arte as palavras da vida eterna.
André Maurois
Une Saison en Enfer: o mais belo poema da língua francesa.
Henry Miller
Creio que há muitos Rimbaud neste mundo, e que seu número crescerá sempre. Creio que, no futuro, o tipo Rimbaud substituirá o tipo Hamlet e o tipo Fausto.
Rimbaud é uma curiosa mistura de audácia e timidez. Ele tem a coragem de se aventurar lá onde nenhum branco jamais pôs os pés, mas ele não é capaz de enfrentar a vida com pouco dinheiro. Não tem medo dos canibais, e sim dos brancos, de seus semelhantes.
Une Saison en Enfer: este livro é a última palavra do desespero, da revolta, da maldição.
Ele combateu até o extremo limite de suas forças. E é por isso que seu nome, como o de Lúcifer, continuará glorioso.
Nele havia luz, uma maravilhosa luz, mas ela não devia se espalhar antes que ele morresse.
Jean-Marie Carré
Rimbaud reuniu em um grau sobre-humano toda a grandeza e toda a miséria humanas de um poeta de gênio devorador, mas com a instabilidade fatal que se consumiu em sua chama implacável.
Nenhum poeta exerceu tais sortilégios. Os outros poetas envelheceram, Rimbaud continua inesgotável.
Estrela de Primeira Grandeza
Arthur Rimbaud foi um milagre, um fenômeno de ordem sobrenatural por sua precocidade assustadora e pelo mistério de seu destino, que permanece impenetrável como seu gênio mesmo.
O adolescente que compôs, entre quinze e dezenove anos, poemas fulgurantes e visionários, de uma beleza estranha; prosas inauditas; e que ele tenha atingido os cimos do pensamento, até então inviolados.
Mas uma pergunta fica no ar... Por que este personagem renunciou à literatura aos dezenove anos e que, na segunda fase de sua breve existência, tenha realizado prodígios dignos de um herói em longas e fantásticas caminhadas, percorrendo a Europa e os oceanos, dando-se a mil e uma ocupações para ganhar a vida, aprendendo uma porção de línguas, para malograr, finalmente, na África, onde cumprirá o resto de seu ciclo infernal em atrozes condições e morrer como um mártir aos trinta e sete anos?
Quando partiu para o continente africano, tinha algumas economias de que se orgulhava: aproximadamente quatrocentos francos. Uma vida nova abria-se para ele, rica de possibilidades e de esperança. Os horizontes mágicos da Abissínia e de Zanzibar ofereciam-se a seus sonhos. Como aqueles lugares fabulosos eram bonitos no mapa!
Mas, perdendo-se na teia de aranha por ele mesmo tecida entre Aden e Djibuti, Zeilah e Harar, só iria abandonar aquele inferno ao ser alcançado pela morte.
Assim foi a vida trágica de Rimbaud, único na história dos homens.
A magia de seu verbo e o mistério de seu destino continuarão a exercer sobre nós um poder exaltante de sonho e de emoção.
A vida terrestre de Arthur Rimbaud terminou exatamente no mesmo dia em que um editor parisiense publicava a primeira coletânea de suas poesias destinada ao grande público.
Seu destino foi, ser só, terrivelmente e sempre só. Por outro lado, era um ardenês, isto é, um temperamento inflexível e difícil. Ele deixou na África alguns amigos que o choraram com sinceridade, mas antes ele brigara com quase todos os que o conheceram (Izambard, Verlaine, Todos os parnasianos, Alfred Bardey, etc.) e abandonara os outros (Delahaye, Nouveau). Sua morte o conciliou com todos. As palavras desagradáveis, os acessos de raiva foram esquecidos, e cada um, sufocando o ressentimento, foi prestar à sua memória uma homenagem de fidelidade e amizade. Graças a eles, às lembranças de uns, aos fantasmas ou uma personagem mítica, mas como um ser de carne e sangue, bem perto de nós.
Devemos isto sobretudo a Verlaine: sem a fé que não parou de animar o autor de Romans sans Paroles, Rimbaud teria deixado apenas a lembrança de um boêmio de vanguarda que assustou o Quartier Latin durante uma ou duas estações.
Em 1881, o nome de Rimbaud era quase totalmente desconhecido do público letrado.
Foi quando Verlaine concebeu o projeto temerário de revelar que genial poeta fora o seu amigo desaparecido. Não possuía mais nada dele, nem manuscritos, nem cópias, nem documentos, tudo havia sumido no naufrágio de sua vida.
Uma de suas primeiras providências é significativa: em setembro de 1881, ele arrisca pedir a Léon Valade, com quem estava brigado há dez anos, para lhe enviar, se ele os tinha, "Vaisseau ivre" (sic) e os "Veilleurs", de Rimbaud (Este poema não foi encontrado). Aí está a prova de que sua memória era também falha.
Depois de dois anos de pacientes pesquisas, Verlaine estava pronto para publicar um pequeno estudo sobre o sr. Arthur Rimbaud, poeta maldito, num jornalzinho do Quartier Latin, Lutèce (outono de 1883). Dele citava, a partir de cópias mais ou menos corretas, "Voyelles", "Le bateau ivre", "Les assis", e alguns poemas ou fragmentos; o essencial estava salvo. Essa publicação valeu duas visitas a Verlaine, uma de um jovem poeta, Rodolphe Darzens, que prometeu ajudá-lo, e outra, de um certo sr. Georges Izambard, que declarou ter sido em Charleville professor e amigo "daquele Arthur", conforme as palavras de Verlaine. Pouco depois, Izambard trouxe para Verlaine, extasiado, todo o seu dossiê Rimbaud, que compreendia poemas, deveres, provas, cartas. Infelizmente, Verlaine teve a imprudência de confiar aqueles tesouros a seu editor Léon Vanier, que, durante muito tempo, não quis restituí-los de jeito nenhum --- e vendeu até vários deles (especialmente a Darzens).
Três anos mais tarde, Mathilde Mauté, a ex-mulher de Verlaine, estando perto de se casar de novo, permitiu que seu irmão, Charles de Sivry, confiasse ao diretor de uma revista (La Vogue), para publicação, as Illuminations de Rimbaud que Verlaine havia emprestado a de Sivry para musicá-las, juntamente com outros poemas de 1872 (É o que se supõe. Não há outra razão plausível para que Verlaine as emprestasse. Nota). Até então, ela se opusera a essa publicação, temendo despertar incômodas lembranças. E só permitiu sob a condição de Verlaine não ter nisto nenhuma participação. No entanto, ele escreveu o prefácio da coletânea que apareceu no fim de 1886. O sucesso foi grande, mas limitado. Rimbaud era conhecido só por uma elite; falavam dele como de uma personagem lendária, como de "uma voz do além". aproveitando de sua ausência, alguns jovens inconseqüentes tiveram a ousadia de lhe atribuir alguns sonetos no mais puro estilo decadente, com que o Quartier Latin se divertiu nos anos 1889-1890. Verlaine se insurgiu, mas não tinha muita força sobre a nova geração; doente, arrastava-se de hospital em hospital. Teve que lutar durante muito tempo para que acabassem com aquela brincadeira de mau gosto. Como conseguira novos textos, autênticos, de seu amigo desaparecido, ele se preparava para fazer um volume de suas obras, aí compreendida Une Saison en Enfer, que Darzens havia reencontrado. Deveria ser uma edição de luxo, com desenhos de Forain e de Régamey. Mas Darzens não perdia tempo. Tendo solicitado a Paul Demény, diretor de uma revista literária, La Jeune France, os dois cadernos de Douai escritos por Rimbaud e reunindo seus poemas de 1870, a maioria desconhecidos, teve a audácia de preparar, de sua parte, uma grande edição. Verlaine estava derrotado: suas cópias, mais ou menos exatas, não tinham o mesmo valor dos magníficos autógrafos que possuía o seu rival. Mas o editor deste último quis andar depressa demais. Aproveitando da ausência de Darzens, que tinha ido a Marselha falar com Rimbaud moribundo (ele pôde vê-lo, mas não lhe falar), precipitou a publicação e de suas impressoras saiu um volume intitulado Reliquaire, precedido de um prefácio com notas esparsas, sem estilo e com palavras muito cruas. Naturalmente, Darzens abriu um processo, a Justiça apreendeu a obra, e o editor teve que fugir para o estrangeiro. Este escândalo era bem ao gosto de Verlaine. Darzens quisera lhe passar a perna, agora tinha o troco. De posse dos preciosos textos do Reliquaire, ele se apressou em publicar, no fim de 1891, o grande volume das Poésies Complètes de Rimbaud, com que sonhava há dez anos. Logo as provas estavam prontas, quando um acontecimento imprevisto pôs tudo a perder.
Isabelle Rimbaud, depois do enterro do irmão, retirara-se para Roche com a mãe. Ora, em dezembro de 1891, ela ficou surpresa ao saber, através de um artigo de Louis Pierquin, em Le Courrier des Ardennes, que seu irmão Arthur era o autor das mais belas poesias que já se escreveu. Pouco depois, ao conseguir o Reliquaire, ela pulou quando leu o prefácio onde seu irmão era descrito como um ser cruel e fingido, e ficou escandalizada quando viu publicados poemas de um tom revoltante como "Les premières communions".
Sua reação foi instantânea: mandou dizer a Louis Pierquin e, através deste, a Verlaine, que proibia formalmente toda publicação das obras de seu irmão. Então, lentamente, com paciência e delicadeza, Pierquin se empenhou em dobrá-la: podiam publicar apenas alguns poemas escolhidos com um prefácio que Pierquin escreveria... admitiu Isabelle. Ela lhe ditou um prefácio bem piedoso que foi levado ao editor Vanier, que o engavetou. (Isto se passou em 1893.) Velaine, embora não estivesse de acordo, teve a sensatez de ficar à parte e a habilidade de seduzir Isabelle escrevendo um soneto: "Toi mort, mort, mort...", cujo último verso deve ter agradado a ela:
"Rimbaud, pax tecum sit, Dominus sit cum te".
Sempre ganhando terreno, Pierquin terminou por convencer Isabelle de que era preciso publicar tudo. Mas, no último momento, ele teve a elegância de não aparecer e deixou o prefácio a cargo de Verlaine, que ela aceitou de olhos fechados. "A justiça foi feita e bem-feita...", escreveu Verlaine quando apareceu o volume (fim de 1895). Sim, foi-lhe feita justiça, cabendo-lhe a honra de apresentar ao grande público o jovem desconhecido que, quinze anos antes, confiara nele e lhe pedira ajuda. Alguns meses mais tarde, Verlaine morreu; ele podia partir tranqüilo, sua missão estava cumprida.
Isabelle dedicou o resto de seus dias à lembrança e à glória de seu irmão. Um mês depois da morte de Verlaine, recebeu uma carta entusiasmada de um jovem poeta e artista, Pierre Dufour, que assinava Paterne Berrichon.
Rimbaud o tinha enfeitiçado. Juntos, comungaram na lembrança do poeta, e no ano seguinte ele pediu à sra. Rimbaud a mão de sua filha. Não sem apreensão, ela a concedeu. O casamento realizou-se em 1 de junho de 1897.
Com uma paixão inquebrantável, eles colocaram Rimbaud num pedestal que nos parece hoje discutível, mas sobretudo, empenharam seus esforços para difundir sua obra (edição de 1912, prefaciada por Paul Claudel) e recolher todos os depoimentos daqueles que o conheceram (Vie de Rimbaud, escrito por Berrichon, em 1912).
Eles também cumpriram sua missão. Depois, outros pesquisadores ocuparam seu lugar, animados de um igual fervor, descobrindo manuscritos, rascunhos, gravuras e documentos, melhorando incansavelmente os textos segundo os originais.
No céu da poesia, o nome de Arthur Rimbaud brilha para sempre como uma estrela de primeira grandeza.