cARambOLa         "Caderno 3"  

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— Os 9 poemas do terceiro caderno:

Cabolaram
Rambola
Ramcalabo
Ramlaboca
Ramlaca
Bo
Boca
Bocala
Laboca




CAPA

Ramlaboca



a rolaroda

Chuá	Tuá
	Chá	Tá
Sfregá		Cóa
	Sfé	Rá
Nábo	Cáe
	Có	Ráj
	Já	Qúe
Nhemún	Dróme
	Nô	Drô
Mitór		Riú
	Eqél	Dígz:
Nmúm		Dróm
Sémpr		Cúrdad
	La	Boc
Tdús		Agór
	Pré	Cúr
Amlab		Oca
	Flé	Mér...

Sá
		Mérd	!!!




CAPA

Cabolaram


Tardinha
rindo
vagando

Até agora

Libertos
decididos
traquinas

Até já

Separando-se
cada um
volta-se pra casca

Até

Pensando-se
cosmopolitas
pelo que cabolaram

Aterrizarem




CAPA

Laboca



r
r
R
b z
bz bz
trans trans
tchisss tchisss
mitin do mitin do
tchisss tchisss
conta to conta to
bzbzbz tchisss bzbzbz tchisss
bzbzbz a qui bzbzbz a qui
base base
tA Ba! tA Ba!
bzbzbz bzbzbz
res res
		pon pon
		da da
bzbzbz bzbzbz
laB oCa laB oCa
câm biO câm biO
tchissssssssss...
r
   R
      r
    r
   r
     r
        r
          r
             r
           r




CAPA

Ramlaca


Hora Certa
estes dois olhos vidrados em tua riqueza sem moedas estão semi-abertos
ridentes se vistos por um lado e mais endurecidos por outro nesta face oleosa
e sem um níquel dentro estes lábios gélidos com carinho por ti muito ainda calam
	— é o tempo de amar
ecoam os estalos do chamegar da tua língua nestas orelhas por hora adornantes
e quase todo o dorso arrepia-se do teu nostálgico bafo de nariz neste pescoço
meio rígido do frio persistente neste peito que por tua falta resigna-se sem abraços
	 — é o tempo de tocar
ficam cruzadas nas juntas dos dedos estas mãos húmidas e nervosas de esperas
sem esperanças os nervos todos de aço agora se levitam como máquina emperrada
e só crescem unhas e cabelos-pêlos como seres autóctones deste corpo impedido
	— é o tempo a passar
dentro da aquarela de inúmeras cores viscerais o fel biliar e as fezes se coram laca
e o pulmão sempre a extrair de cores invisíveis as cores aqui se auto-enche de gáses
aninhando cérberos vermes espinhentos vertebrando a médula por um lugar a sair
	— é o tempo a sorrir
e segue alimentando aquela fornalha a hora do refluir quando menos se espera susto
da boca cheia do mais belo arroto devasso do esfincter nesta solitária indescrição
aqueles testículos uterinos nunca mais reproduzirão um só pingo nessa portaria
	— é o tempo a secar
solta essa vida vaga como se andasse sem sentido quando dela se esfera o limbo
no momento estanque vai e evita o baque do arranque que entorpe muito tudo limpo
e aos poucos... aos poucos... antecipa-se o instante de ir
	— foi-se o tempo




CAPA

Ramcalabo


Quico
	pedra
		quadro
		n'águas

			cara
			cala ralam
			cabo
Lambu
	so de
		do bro
		n'ares

			boca rabo
			bola
			boram




CAPA

Rambola


tosse
	doce
		dose
traga
	draga
		droga
aspira
	as piras
		as porras
dissolve
	da sorve
		etecétera
aplica
injeta
esfrega

	ram-ram
		abole ta
		a bola




CAPA

Boca



S
 CHEIRA

O
L
H
A
 USA OS TEUS DOIS OLHOS

P
A
R
ABRE A BOCA

M
I
AMA




CAPA

Bo


o bo o
o
o        o
o                o
o                    o
o                o
o        o
o
aqui sim o o tem espaço
é sim o e o pra todos
o que tem o bo o
o bo co bo o
o dois o
o n o
é b
o
?



bo o bo

o          o              o          o
o       o         o        o
o     o     o     o
o   o   o   o
o o o o
o o sacudindo o o
o verboso o
o prolixo o
ó pro o
lixo
xô
o
!




CAPA

Bocala



havia
a via
a vi
	da
		ávida
		vida
		ida
		da
		a  (p/aula)
		ad
		adi
		adiv
		a diva
	ad
aivah
aiv a
iv a
a


NHANC,


vontade de bocá-la