Estão
indicados diuréticos, digitálicos e inibidores da enzima de conversão.
Beta-bloqueadores (metoprolol) são acrescentados se a causa foi infarto
agudo do miocárdio. O uso em
doses gradativas de metoprolol diminui a pressão de enchimento
ventricular, a capacidade para exercício e a necessidade de transplante
cardíaco.
O
caverdilol é um beta-bloqueador com propriedades vasodilatadoras; após
18 meses de uso, é capaz de reduzir a mortalidade de 41% a 67%.
Aspirina
em baixas doses (75-120 mg) diárias reduz o risco de reinfarto, mas pode
enfraquecer os efeitos dos inibidores de enzima de conversão.
Esses
pacientes devem usar inibidores da enzima de conversão, em doses plenas.
O digital deve ser acrescentado se os sintomas não cederem.
A
associação dinitrato de iso-sorbitol mais hidralazina é menos potente,
mas representa excelente alternativa para os pacientes que não toleram
inibidores da enzima de conversão.
O
primeiro estudo que demonstrou ser possível reduzir a mortalidade foi o
CONSENSUS I. Deve-se iniciar com baixa dose, a qual é gradualmente
alevada até 150 mg de captopril, e 20 mg de enalapril ou lisinopril.
A
dose de diuréticos deve ser reduzida para evitar hipotensão e
insuficiência renal aguda .
O
principal determinante de morte após 1 ano de IAM: é a cardiomegalia
quando há dilatação cardíaca, a taxa de mortalidade varia de 20 a 50%,
mas é de apenas 10% se não ocorrer dilatação. Enalapril diminui a
ocorrência dessa dilatação.
No
estudo ISIS-4, 58 050 pacientes receberam captopril e iso-sorbitol ou
placebo dentro de 24 h após sintomas compatíveis com IAM, sendo
demonstrada uma redução de 6% no risco relativo de morte súbita.
No
estudo GISSI-3, 19 895 pacientes usaram lisinopril ou placebo, sendo
observada uma queda de 1,2% de risco relativo ou placebo, sendo observada
uma queda de 1,2% de risco relativo na taxa de mortalidade de 6 meses.
Infelizmente. essa queda não se manteve após os 6 meses.
No
estudo SAVE, pacientes que usaram captopril tiveram uma queda na taxa de
mortalidade de 19% após 3 anos e meio e de 22% na incidência de ICC
grave.
Diuréticos
como os tiazidicos têm pouco efeito quando a taxa de filtração
glomerular está reduzida (como é comum na ICC), a furosemida é o
diurético de escolha. A sua associação com tiazidicos produz uma
diurese mais intensa.
Espinolactona
deve ser acrescentada se houver resistência ao afeito da furosemida.
Digital. É tão efetiva quanto captopril em aliviar os sintomas.
A
suspensão de digital produz rápida detenção da ICC. A digoxina
deve ser usada nas doses de 0,25- 0,37 mg/dia (1 a 1,5 comp./dia), mas
devem ser reduzidas à metade se houver aumento na creatinina ou se o
paciente tiver mais de 45 anos de idade.
Interações
Anti-inflamatórios
não hormonais bloqueiam a síntese de prostaglandinas; isso resulta em
aumento na RTP (resistência periférica total), queda na perfusão renal
e diminuição na taxa de filtração glomerular (TFG).
A retenção
hidrosalina e o aumento da pós-carga agravam a ICC. AAS não interfere
com efeito dos diuréticos ou com função renal, mas antagoniza os
inibidores da enzima de conversão.
No
estudo CAST, morreram mais pacientes no grupo tratado com antiarrítmicos
que no grupo que usou placebo; esse estudo demonstrou o efeito
pró-arrítimico dessas drogas.
Um estudo feito na Argentina
(GESICA)
mostrou uma redução de 28% na mortalidade de pacientes tratados com 300
mg/ dia de amiodarona, mas o estudo do Veterans Administration usando a
mesma dose não mostrou nenhuma diferença na mortalidade.