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Mecanismos de Descompensação 

 

 

Com o evoluir da doença cardíaca (seja do miocárdio, seja secundária à sobrecarga de pressão e/ou volume), a tendência à queda no débito cardíaco progride induzindo ao intenso tráfego de neurotransmissores nas terminações nervosas simpáticas intracardíacas.

 

O volume sistólico, como vimos, é determinado pelas condições de carga (pré-carga e pós-carga), pela contratilidade intrínseca (inotropismo) e pelo sinergismo de contração. 

 

Durante muitos anos, se a ICC é de instalação crônica, o volume sistólico é mantido em níveis razoavelmente normais à custa de descargas simpáticas que otimizam a pré-carga e a pós-carga, melhorando o desempenho cardíaco mesmo com um estado inotrópico diminuído.

 

Entretanto, a progressão da doença termina por reduzir, lenta e inexoravelmente, o volume sistólico, exigindo descargas simpáticas cada vez mais freqüentes e intensas.

 

A manutenção do débito cardíaco às custas de descargas simpáticas de repetição determina a depleção dos estoques intracardíacos de nor-adrenalina, passando as catecolaminas circulantes a desempenhar esse importante papel de apoiar o coração. 

 

Inúmeros relatos da literatura demonstram não apenas elevação no nível de catecolaminas circulantes em pacientes com insuficiência cardíaca, mas também esse aumento é proporcional à gravidade do caso, de modo que, quanto mais grave a doença, maior o nível de catecolaminas circulantes.

 

A elevação no nível das catecolaminas circulantes, vista na ICC, deve-se não apenas à maior liberação, mas também decorre de menor degradação das mesmas.

 

Do mesmo modo, a hiperatuação dos demais mecanismos de compensação termina por torná-los ineficientes ou mesmo poderá deteriorar adicionalmente a performance cardíaca. Neste ponto evolutivo, deixam de ser mecanismos adaptativos e pasam a ser mecanismos de descompensação.

 

                               

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