POEMA 06:

  

 

  CUPIDO, O AMOR  
 
 

ÀS SRTAS. ODÍLIA, PETRINA E ALCINA VIANA.

 

 

 

 

É uma criança, belo menino,

filho de deuses e pai do gozo;

causa sossego, faz desatino

aos namorados, ao bom esposo.

 

 

 

 

Sempre criança, sempre pequeno.

Belo menino! Como é gordinho!

Que róseo corpo! Que olhar sereno!

Tem asas de anjo: Que bom anjinho!

 

 

 

 

Tem lindo rosto, brilhantes olhos

sempre tapados por uma venda,

às cegas anda, pelos abrolhos,

e não tem pátria e nem vivenda.

 

 

 

 

Muito risonho, conduz na aljava,

que traz suspensa, setas ardentes.

É comandante de gente escrava:

de meigas moças e homens valentes.

 

 

 

 

Como é traquinas essa criança!

Verão e inverno sempre despido,

conduz aos moços doce esperança,

mas leva aos velhos atrozes gemidos.

 

 

 

 

Ele é que esboça, que pinta o riso

e faz o encanto de quem se adora.

Fez o pecado no paraíso

e faz delícias ainda, agora.

 

 

 

 

Sempre pequeno, da mesma idade

e sempre amado, risonho e belo,

tem no seu seio pra humanidade

afago e riso, prazer e anelo.

 

 

 

 

É poliglota. Qualquer idioma

fala nos olhos dos bons amantes.

Domina os reis, os bravos doma,

governa os sábios e os pedantes...

 

 

 

 

Bela criança! Menino ousado!

Com suas finas setas de amores,

traz o queixume com o terno agrado

e dá ao mundo risos e dores.

 

 

 

  Sabará — — Theo  
 

 

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