THEODOMIRO CRUZ
(* Sabará, MG, Brasil, 16/ago/1870, + Belo Horizonte, MG, Brasil, 13/mai/1936)
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Era filho de Joaquim Francisco Cruz Júnior e de Amélia Luiza dos Santos, nasceu na pequena cidade de Sabará, MG, Brasil, em 16/ago/1870, e faleceu na cidade de Belo Horizonte, MG, Brasil, em 13/mai/1936, de arteriosclerose, aos 65 anos de idade (completaria 66 anos em 16/ago/1936). | |||
FIGURA 1 - Theodomiro Cruz, quando solteiro, com 34 anos de idade, e residente em Sabará, MG, Brasil, em fotografia datada de Sabará, MG, Brasil, em 1904. | ||||
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Foi batizado na Capela de Santa Rita, de Sabará, MG, Brasil, aos 22/abr/1871, sendo padrinhos os seus avós, paterno Joaquim Francisco Cruz (pai) e materno Daniel Joaquim dos Santos [ver: AEABH, Sabará, batizados, 1867/1890, fls. 44], Fez seus estudos no colégio do Professor Sétimo de Paula Rocha, em Sabará, MG, Brasil [ver: MACHADO, Profª Maria de Lourdes Guerra. Nas Ruas de Sabará, pág. 269]. |
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FIGURA 2 - Capela de Santa Rita, de Sabará, MG, Brasil, hoje demolida, local em que foram batizados Theodomiro Cruz, vários de seus irmãos e ascendentes da família CRUZ. Imagem reproduzida a partir do livro de TAVARES, Maria Guiomar Orsini, EXALTAÇÃO A SABARÁ E FESTIVAL DE POESIAS, edição da autora, 1976. | ||||
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Casou-se com Elisa Vianna Cruz (Elisinha), também nascida na mesma cidade de Sabará, MG, Brasil, em 29/mai/1885, e falecida na cidade de Belo Horizonte, MG, Brasil, em 14/jul/1965, filha de Paulo Alves dos Santos Vianna e de Maria Flávia Chelles (Fafá), em Sabará, MG, Brasil, aos 04/jan/1908. |
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FIGURA 3 - Theodomiro Cruz e sua esposa Elisa Vianna Cruz (Elisinha), em fotografia datada de Sabará, MG, Brasil, em 1909. | ||||
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Foi joalheiro e relojoeiro, dono da tradicionalíssima "Joalheria e Relojoaria Theodomiro Cruz", a primeira de Belo Horizonte, MG, Brasil, que se localizou por muitos anos na Praça 7 de Setembro, na esquina que fica entre a Av. Afonso Pena e Rua Rio de Janeiro, onde está hoje o Edifício Helena Passig. A loja continuou a ocupar quase o mesmo ponto, depois da construção do novo edifício. A qualidade do ouro e do trabalho artístico tornaram-se famosos, desde a fundação, não apenas no interior de Minas Gerais, como até mesmo em Goiás, onde os tropeiros levavam as jóias, a partir de Sabará, MG, Brasil. Já em Belo Horizonte, MG, Brasil, era ponto de encontro obrigatório de todos os homens públicos mais importantes. Residiu com a família, durante muitos anos, no mesmo prédio, onde nasceram vários dos seus filhos. | |||
FIGURA 4 - Logotipo do papel timbrado utilizado por Theodomiro Cruz, na À AMERICANA, Joalheria e Relojoaria Theodomiro Cruz, em Belo Horizonte, MG, Brasil, em seu endereço à Praça Sete de Setembro, cerca da década de 1930. | ||||
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A empresa fora fundada em Sabará, MG, Brasil, em 1894 (30/mar/1894 ?), e sua Joalheria e Oficinas de Jóias funcionaram á Rua do Caquende, até serem transferidas para Belo Horizonte, MG, Brasil, em 1912, alguns anos após a fundação da nova Capital. Ainda em Sabará, MG, Brasil, chamava-se "A Âncora Sabarense" - ourivesaria e relojoaria, que, em 1905, anunciava: "variado sortimento de jóias de ouro e prata, artigos de bom gosto, relógios Âncora para o bolso, de ouro, de prata, de aço oxidado, de nickel, e de alumínio; pêndulos, despertadores, relógios para mesa e tem também dos afamados relógios Ômega, comprados em casas de importação direta. A casa em que trabalha, é aberta das 7 horas da manhã às 8 e meia da noite" [ver: MACHADO, Profª Maria de Lourdes Guerra. Nas Ruas de Sabará, pág. 269]. Antes de se instalar na Praça Sete, a loja passou pela rua dos Caetés e Av. Amazonas. | |||
FIGURA 5 - Anúncio de Theodomiro Cruz, publicado à página 4 do n° 4 do jornal O CONTEMPORANEO, de Sabará, MG, Brasil, datado de 23 de Maio de 1902, notando-se o seu endereço na Rua do Caquende. | ||||
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Após sua morte, a loja continuou, administrada pelo filho Celso, posteriormente secundado por Milton, este a partir de 1939, aberta até nov/1978, tendo encerrado suas atividades por falta de continuadores, depois de 84 anos de existência. | |||
FIGURA 6 - À AMERICANA, ou Joalheria e Relojoaria Theodomiro Cruz, na Praça Sete de Setembro, esquina de Av. Afonso Pena com Rua Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, MG, Brasil, cerca do ano de 1939, vendo-se à porta os filhos Celso Vianna Cruz e Milton Vianna Cruz, em uma imagem do fotógrafo Luiz Alfredo, da Revista O CRUZEIRO. Nesse local, hoje, se encontra o Edifício Elena Passig. | ||||
Sua crença religiosa era espírita, kardecista, no que era acompanhado pela esposa, Elisa. | ||||
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Era também um poeta, tendo deixado um livro de poesias, Veras, publicado em 1905, e diversas poesias esparsas. Usava o pseudônimo "Raul Moreno". | |||
FIGURA 7 - Título do livro de poesias VERAS, de Theodomiro Cruz, no frontispício da edição única, de 1905. | ||||
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O livro foi dedicado à memória de dois professores e amigos, Luiz Cassiano e Arthur Lobo, a quem ele chama de "inditosos". | |||
FIGURA 8 - Dedicatória do livro de poesias VERAS, de Theodomiro Cruz, de 1905. | ||||
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Depois de uma breve introdução, em versos, divide-se o livro em duas partes, "Ex-corde" e "Impressões". O livro mereceu severas críticas de Osório Duque Estrada, pelas páginas do Correio da Manhã, tendo o autor sido defendido de público por Augusto de Lima. | |||
FIGURA 9 - Títulos das páginas de separação das duas partes do livro de poesias VERAS, de Theodomiro Cruz, de 1905. | ||||
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Laudelino Freire, em sua Coletânea Sonetos Brasileiros, publicada por F. Briguiet, em 1913, incluiu um dos seus sonetos, "Symphonia Extranha", à pag. 258. | |||
FIGURA 10 - Página 258 da Coletânea de FREIRE, Laudelino, SONETOS BRASILEIROS, publicada por F. Briguiet, em 1913, dedicada a Theodomiro Cruz, com seu soneto "Symphonia Extranha". | ||||
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O poeta Antero de Magalhães dedicou à sua memória um soneto, publicado num jornal de Belo Horizonte, MG, Brasil (Minas Gerais?), intitulado "À memória do Theodomiro Cruz", datado de 13/mai/1937, primeiro aniversário do seu falecimento. | |||
FIGURA 11 - Recorte de jornal (Minas Gerais?) com o Soneto "À memória do Theodomiro Cruz", de Antero de Magalhães, datado de 13/mai/1937. | ||||
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Também mereceu um soneto, inédito, de seu amigo Comendador Arthur Vianna, traçando seu "Perfil", com o título de "Theodomiro Cruz", datado de 28/jan/1957, o qual foi dedicado à viúva, Elisinha. | |||
FIGURA 12 - Cartão pessoal do Comendador Arthur Vianna, com o Soneto "Theodomiro Cruz", datado de 28/jan/1957. | ||||
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Entre os poemas esparsos que deixou, sublinhamos o magnífico soneto "Aos Bons", dedicado às pessoas de bem, que foi publicado, com uma nota sobre o autor, sob o título "Um Grande Poeta Nacional", na Revista Minas Illustrada, de 1937. Também dedicou poesia aos familiares, como "Entre Rosas" e "À Isaura", ambos dedicados à filha Isaura, e "Cupido, O Amor", dedicado às suas cunhadas então solteiras, Odília, Petrina e Alcina Vianna, todos inéditos. | |||
FIGURA 13 - Cópia manuscrita do poema "AOS BONS", feita de próprio punho e autografada pelo autor. | ||||
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O Jornal de Casa, datado de Belo Horizonte, MG, Brasil, 18 a 24 de fevereiro de 1979, lhe dedicou inteiramente sua seção GENTE, ocupando uma página dupla (duas páginas), as de número 9 e 10, com a bela história da vida pessoal dele, ilustrada com fotografias, com o sugestivo título "Um Joalheiro como só nos bons tempos se fabricava". | |||
FIGURA 14 - Cabeçalho da seção GENTE, do Jornal de Casa, datado de Belo Horizonte, MG, Brasil, 18 a 24 de fevereiro de 1979, à página 9, vendo-se as fotos que ilustraram o artigo "Um Joalheiro como só nos bons tempos se fabricava", publicado em página dupla. | ||||
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Foi agraciado "post-mortem", no ano de 1979, pela Prefeitura de Belo Horizonte, MG, Brasil, com a Comenda da Ordem dos Pioneiros, recebida, alguns anos mais tarde, pela sua filha Isaura Cruz Continentino, por ter sido o primeiro joalheiro e relojoeiro de Belo Horizonte, MG, Brasil. Além disso, a cidade de Belo Horizonte, MG, Brasil, o homenageou no nome da "Rua Teodomiro Cruz" (sem o "H"), cujo CEP é 30.240, e fica no bairro de São Lucas. Theodomiro Cruz residiu em Sabará, MG, à Rua do Caquende, tendo-se mudado para Belo Horizonte, MG, em 1912. |
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FIGURA 15 - Theodomiro Cruz, em fotografia datada de Belo Horizonte, MG, Brasil, quando tinha aproximadamente 65 anos de idade, cerca do ano de 1936. | ||||
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Filhos (7): América Vianna Cruz, Isaura Vianna Cruz, Cícero Vianna Cruz, Celso Vianna Cruz, Milton Vianna Cruz, Odilon Vianna Cruz e Lúcia Vianna Cruz. | |||
FIGURA 16 - Bodas de Ouro do casal Theodomiro Cruz e Elisa Vianna Cruz, vendo-se sempre da esquerda para a direita: em pé: Celso Vianna Cruz, Cícero Vianna Cruz, Theodomiro Cruz, José de Campos Continentino, Odilon Vianna Cruz, Milton Vianna Cruz; e sentadas: América Vianna Cruz, Elisa Vianna Cruz, Isaura (Vianna) Cruz Continentino e Lúcia Vianna Cruz. Em Belo Horizonte, MG, Brasil, aos 04/jan/1933. |