VERAS

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  Rimas  

 

 

 

Quando me fitas, criança,

o teu olhar e sorris,

pareces rósea esperança

que me vem fazer feliz.

 

 

 

 

Alegra-me tua presença.

Quem não sorri ante às flores?

Vejo-te? Minha alma, apensa,

vê belezas, vê fulgores.

 

 

 

 

Por isto é que, quando invade

o meu peito mágoa vil,

eu, triste, tenho vontade

de admirar o teu perfil.

 

 

 

 

Se te vejo, eis logo morta

minha medonha tristura:

o teu olhar me transporta

no enlevo e à ventura.

 

 

 

 

Mas, se, de novo, te ausentas,

minha alma é tudo pesar:

dores horríveis, cruentas,

às minhas se vem juntar.

 

 

 

 

E, mesmo em tardes serenas

não achando lenitivo,

suspiro, suspiro apenas

por não te ver onde vivo.

 

 

 

 

Onde vivo não te vejo,

mas, de ti sempre a lembrar,

toda hora, tenho ensejo

para, triste, suspirar.

 

 

 

 

E, então, quando a noite desce,

tenho na alma só tristeza!

Quem, como eu, tanto padece

por amar tua beleza?

 

 

 

 

Gosto de ver-te corada,

quando ainda é fresca a manhã,

como flor imaculada,

como uma deusa pagã.

 
 

 

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