VERAS

=====================================================================

 

 

  SINFONIA ESTRANHA  

 

 

 

Pára, de chofre, a límpida harmonia

dos pássaros e as aves, na floresta,

escutam a mais grata sinfonia,

que aos seus ouvidos corre, manifesta.

 

 

 

 

Sorri o bosque, em frêmitos de festa,

ao som daquele harpejo que inebria;

e aves, e aurora e flores — tudo presta

ouvido às mesmas notas que eu ouvia.

 

 

 

 

— Que consonância é esta assim sonora,

interrogam-me flor, aves e aurora,

que ao nosso ouvido traz tanta meiguice?

 

 

 

 

— E eu, como se gozasse egrégia graça:

A música que ao vosso ouvido passa

é o nome dela que ela própria disse.

 

 

 

  [confrontar com: FREIRE, Laudelino (Coletânea Organizada por). SONETOS BRASILEIROS, Séculos XVII-XX. F. Briguiet & Cie. Editores, Rio de Janeiro, s/d. pág. 258].  
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português