VERAS
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SINFONIA ESTRANHA | |||
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Pára, de chofre, a límpida harmonia dos pássaros e as aves, na floresta, escutam a mais grata sinfonia, que aos seus ouvidos corre, manifesta. |
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Sorri o bosque, em frêmitos de festa, ao som daquele harpejo que inebria; e aves, e aurora e flores — tudo presta ouvido às mesmas notas que eu ouvia. |
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— Que consonância é esta assim sonora, interrogam-me flor, aves e aurora, que ao nosso ouvido traz tanta meiguice? |
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— E eu, como se gozasse egrégia graça: A música que ao vosso ouvido passa é o nome dela que ela própria disse. |
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[confrontar com: FREIRE, Laudelino (Coletânea Organizada por). SONETOS BRASILEIROS, Séculos XVII-XX. F. Briguiet & Cie. Editores, Rio de Janeiro, s/d. pág. 258]. | |||