VERAS
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A UMA CRIANÇA | |||
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Bela menina, tens a semelhança dos lírios, das cecéns e das violetas. Gosto de ver-te, angelical criança, — dileta flor, das flores mais diletas. |
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E, quando ris, o teu sonoro riso, que sobre os lábios teus, róseos, flutua, é a aurora que ilumina o paraíso, esse paraíso meu que é a boca tua. |
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Fito-te, a rir se ris, pois tua boca, por esse ameno riso, um pouco aberta, os sofrimentos meus apouca, apouca e uma alegria franca me desperta. |
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Nesse paraisozinho, ó criancinha, tão pequenino que é, como comportas — Nesse edenzinho meu, tua boquinha — risos sem conta que tu me transportas? |
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És tão pulcra, és mimosa e pequenina, como os lírios dos quais tens pura essência. Gosto de ver-te angelical menina, porque adoro a beleza e amo a inocência. |
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