VERAS

=====================================================================

 

 

  AUSENTE  
 
 

A AZEREDO SOBRINHO

 

 

 

 

Foste; fiquei num mar de mágoas. Trago,

gole por gole, o cálix de amargura.

Em mar de rosas foste; ansioso vago

em ondas de pesar e de tristura.

 

 

 

 

Só vejo o temporal!... Não há afago

de brisa há muito! Em vão o olhar procura

uma estrela ou uma ave para orago.

Meu pranto cai no mar todo bravura.

 

 

 

 

São meus prazeres mortos; quase morto,

fico tristonho aqui, longe do porto,

sem ver no espaço o aspecto de bonança.

 

 

 

 

Nau ancorada... Eu, resto da hecatomba,

não sei quando verei, chegando, a pomba,

mimosa mensageira da esperança.

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português