VERAS

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  Olhando a lua  
 
 

A GERMANO ROCHA

 
 
 

«Passo mesmo uma vida de louco; momen-

tos há, em que uma espécie de torpor se me

apodera do espirito e eu fico, como que esta-

tico, vendo o dulçor da imagem querida de

Lucília se me ostentar semivelada em qualquer

angulo do meu quarto ou mesmo por entre as

longínquas nuvens brumosas deste céu.»

G. Rocha.

 

 

 

 

Lua que brilhas na planura imensa,

no etéreo azul, tão pálida e tranqüila!

Eu amo a tua luz. À tua presença,

o sol do pensamento em mim cintila.

 

 

 

 

Ao ver-te, vai minha alma — e já não pensa

na dor que me atormenta a fraca argila! —

no céu do enlevo, onde não há ofensa

e onde a vida terrena se aniquila.

 

 

 

 

Como eu, te amam os entes que, tristonhos,

sofrem saudades... mas que, entanto, em sonhos,

vêem o seu bem no céu ou a seu lado.

 

 

 

 

Lua! Meu coração sincero te ama,

porque me fazes ver, em sonho, a dama,

que eu amo ausente e por quem sou amado.

 
 

 

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