VERAS

=====================================================================

 

 

  SABEÍSMO - I  
 
 

A HERCULANO HORTA

 

 

 

 

Vem da velha Sabá a religiosa crença,

que tem por fim o mais inofensivo culto

da adoração da luz. De manhã, em presença

do sol, crentes ali se rojam sem tumulto.

 

 

 

 

Enquanto o sol descamba além, na linha extensa

do ocaso, onde se oculta o seu luzente vulto,

a turba dos sabeus com fé sincera e intensa,

espera o resplendor de estrelas, inda oculto.

 

 

 

 

Eu sou sabeu também. E, pela manhãzinha,

adoro o teu olhar que é, flor, na crença minha,

um sol auroreal. Adoro-o de giolhos.

 

 

 

 

Eu sou sabeu, repito. E, quando a noite desce,

minha alma genuflexa e crente permanece

ante a fulgência astral de teus divinos olhos.

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português