VERAS
=====================================================================
SABEÍSMO - I | |||
|
|||
|
|||
Vem da velha Sabá a religiosa crença, que tem por fim o mais inofensivo culto da adoração da luz. De manhã, em presença do sol, crentes ali se rojam sem tumulto. |
|||
|
|||
Enquanto o sol descamba além, na linha extensa do ocaso, onde se oculta o seu luzente vulto, a turba dos sabeus com fé sincera e intensa, espera o resplendor de estrelas, inda oculto. |
|||
|
|||
Eu sou sabeu também. E, pela manhãzinha, adoro o teu olhar que é, flor, na crença minha, um sol auroreal. Adoro-o de giolhos. |
|||
|
|||
Eu sou sabeu, repito. E, quando a noite desce, minha alma genuflexa e crente permanece ante a fulgência astral de teus divinos olhos. |
|||