VERAS

=====================================================================

 

 

  Magnus dolor  

 

 

 

Gélida a filha está; não sofre mais, estranha

à dor. Traz o seu corpo a lirial candura

e a sua cabeleira odorosa e castanha

lhe cai espádua abaixo em flava contextura.

 

 

 

 

A mãe depreca triste... O rosto já lhe banha

o pranto; e a soluçar a dor pungente e dura,

arquejo do penar à bruta e austera sanha

e acerca-se da filha — a pobre criatura.

 

 

 

 

Arqueia sobre a morta, o corpo seu agora

a examiná-la; o olha, nela fixado, chora

e na retina traz a imagem comovente...

 

 

 

 

E soluçando a dor mais atra e mais nefasta,

a mãe, de quando em quando, oscula a filha casta

na ultima despedida, angustiadamente.

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português