VERAS
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No campo santo | |||
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De um lado, triste, lúrida, vetusta,
de arvores verdes, vê-se tão funesta!... Oh que silencio!... Que mudez augusta!... Diante dessa vista, assim tão mesta,
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Fora, a campina vasta, toda flores
florinhas roxas que ali são colhidas, só para ornarem os exteriores das pobres campas — úmidas jazidas,
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Queixas e prantos saem de almas revoltas
e vagam para sempre no infinito. Que liturgias para o céu vão, soltas! Que culto triste! Que funéreo rito!
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Suspira o vento, ao agitar as ramas
de altos ciprestes, tristemente esguios. Triste suspiro, de onde é que dimanas? pergunta a alma da gente, em calefrios,
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Quando, na tua paz, ó Campo Santo,
com a liturgia triste do cipreste, a vista sinto rorejada em pranto e minha alma de tédio se reveste,
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