VERAS

=====================================================================

 

 

  Crepuscular  

 

 

 

A tarde lentamente se declina...

Canta um sabiá em viridente frança,

a brisa a flor das águas embalança

e insetos cantam longe na campina.

 

 

 

 

Chega uma balsa; no ar, uma buzina,

tudo atroando, um som rouquenho lança...

Ao longe na espessura a rola mansa

no gemido da brisa o seu combina.

 

 

 

 

Tudo é melancolia então; nessa hora

parece que a natura toda chora

um pranto triste de cruel desgosto.

 

 

 

 

E o próprio céu, tristonho e circunflexo,

espalha à flor do lago o seu reflexo,

com a rubra hemoptise do sol posto.

 
 

 

Go to the Poem in English

Ir para o primeiro Poema

Ir para o anterior Poema

Ir para o próximo Poema

Ir para o último Poema

Ir para a Página de Abertura

Ir para o Menu em Português

Ir para o Sumário em Português