VERAS

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  Volta da primavera - II  

 

 

 

O céu claro. Ao longe, altas florestas

folhadas, cheias, virides, ramosas,

escondem flores, pássaros e festas,

cascatas rumorosas.

 

 

 

 

Voam de lá volatas cristalinas,

por entre os poucos claros dos ramais:

no interior há risos de boninas

e há idílios florais.

 

 

 

 

Fora, no exterior, da verde selva,

à beira dos caminhos, pelos vales,

insetos sobre a esmeraldina relva,

ruflam fortes tímbales...

 

 

 

 

Miram-se belos frutos em corimbos,

tecendo idílios no mais terno enlace...

Voam aves alegres, entre nimbos,

num bando êxul, fugace...

 

 

 

 

Em um caramanchão verde e florido,

aqui num ramo, além num alto hastil,

descantam patativos — par querido —

hinos de amor febril.

 

 

 

 

O vento afora não ulula — canta

por entre as flores, onde há luz e olor.

Seu canto vai com o aroma que levanta

das salsas em verdor.

 

 

 

 

Risonha a natureza enfim retoma

o encanto que perdeu no Outono extinto.

No bosque há cantos — músico sintoma

de amor no seu recinto.

 
 

 

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