VERAS

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  Aquarela  

 

 

A ÁLVARO RIBEIRO

 

 

 

 

O sol aclara o espaço. O céu cambiante,

róseo pelo horizonte e azul em cima,

reflete-se nas águas, deslumbrante,

de perspectiva triunfal e opima.

 

 

 

 

Numa riba do rio há arrogante

vegetação que a primavera anima;

na outra há casais, aonde o sol brilhante

sazona os frutos à cabal vindima.

 

 

 

 

Pendem, à beira, mil corimbos raros,

em rocio e luz a rebrilharem, claros.

Em cima, voam aves docemente.

 

 

 

 

E em baixo, à flor do rio, uma gaivota

voa sozinha, alígera, sem rota —

como se fora uma alma adolescente.

 
 

 

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