Vida e Obra de Bernardo Guimarães
  poeta e romancista brasileiro [1825-1884 - biografia]

 
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Filhos de BG
Pedro B. Guimarães
Horácio Guimarães
Afonso Guimarães

Netos
Alphonsus de Guimaraens  (sobrinho)
José Guimarães Alves
Armelim Bernardo Guimarães

Bisnetos
Alphonsus de Guimaraens Filho (sobrinho)
Mª Ap. Guimarães A. Palma [Mariah]
Isabel Teresa Guimarães Alves
Lívia Alves Guimarães
Rúbio Gama Alves

Trinetos
Maria Fernanda Alves Guimarães
André Nigri
João Bernardo Guimarães
Juliana Rennó Bernardo Guimarães
Marcelo Guimarães


Parentesco dos Guimarães
com os Guimaraens




Depoimento de descendente
Isabel Teresa Guimarães Alves (Bebel), bisneta

Estou muito contente porque pela primeira vez entro na Internet e com tema tão agradável: meu bisavô Bernardo Guimarães, a quem me sinto muito ligada através de meu nome: Isabel Teresa. Isabel foi o nome escolhido por meu pai para homenagear sua mãe, filha de Bernardo Guimarães, a qual faleceu prematuramente, aos 42 anos, deixando oito filhos.

 Ainda a meu nome foi acrescido Teresa, mulher de B.G., que também ficou viúvo prematuramente, mas conseguiu com bravura e energia criar seus filhos e depois os netos, filhos de Isabel.

Posso imaginar a determinação e coragem de vovó Teresa para tarefa tão difícil, principalmente quando não se tem recursos suficientes. Mas conhecendo os fatos de sua vida, acredito que essa segurança e determinação já se manifestaram desde sua mais tenra idade.

Conta-se que ela quando uma jovenzinha com quase 17 anos, em Ouro Preto, sua cidade natal, à janela da Rua São José, com sua irmã Germana, vaticinou:

--Aquele que está passando sob nossa janela é o autor do livro que estou lendo, Cantos da Solidão, o famoso poeta Bernardo Guimarães. É ele o homem com quem vou me casar.

Realmente, em 15 de agosto de 1867, casou-se na Igreja de São José, em Ouro Preto, Bernardo Joaquim da Silva Guimarães, o até então solteirão de 42 anos, com a jovem Teresa Maria Gomes de Lima, com apenas 17 anos, dando início a uma grande família.

Sempre me interessei por conhecer fatos e dados de meus antepassados e, assim, procurei tomar conhecimento da biografia e obra de Bernardo Guimarães. Dessa maneira, pude perceber seu talento e sua viva inteligência, observando as diversas facetas de sua personalidade peculiar:

Seu patriotismo, tomando parte ainda adolescente, nas tropas legalistas da Revolução Liberal de 1842.

Seu lado irreverente, revelado durante sua juventude acadêmica na famosa faculdade das Arcadas em São Paulo (1847-1851), ao lado de seus grandes amigos Álvares de Azevedo e Aureliano Lessa, trio inseparável, que deu origem ao famoso Triunvirato.

Seu romantismo exacerbado, próprio da época através dos belos diálogos dos casais.

Seu talento e segurança como professor de português, latim e francês em Ouro Preto e Queluz de Minas Gerais.

Seu poder descritivo, mostrando regionalismos e costumes das tribos indígenas, em várias obras.

Seu lado artístico, não apenas literário, mas musical e plástico, como tocador de violão e flauta, criando partituras, e como hábil entalhador, esculpindo peças de madeira, como nos revelou seu filho, nosso tio-avô Pedro Bernardo Guimarães, numa visita à nossa casa, na rua Afonso de Freitas, São Paulo.

Sua posição abolicionista, na obra mais famosa, A Escrava Isaura, demonstrando coragem e entusiasmo pela causa, cuja lei só iria acontecer em 1888, portanto, quatro anos após sua morte.

Sua visão profética, em O Ermo, antevendo uma grande e moderna cidade no planalto central, onde só em 1960 seria erguida Brasília.

Seu lado jornalístico, atuando como redator do jornal Atualidades, quando residiu no Rio de Janeiro (1855-1857) e mais tarde como repórter do Senado F federal, junto ao seu amigo Machado de Assis.

Sua altivez, renunciando ao título oferecido por D. Pedro II. O Imperador visitou Ouro Preto em 1881 e quis oferecer-lhe o título, encarregando-o de escrever uma "História de Minas Gerais" (obra não concluída, devido à sua morte). Esta foi a resposta dada ao monarca: " — De que vale um barão sem baronato?"

Seu ponto-de-vista arguto, apresentando em numa de suas jocosas composições poéticas um parecer para a Assembléia Provincial de Minas Gerais, em 1883, a respeito do estranho nome da Freguesia de Madre-de-Deus-do-Angu.

É com muito entusiasmo e emoção que faço este registro, acreditando no fabuloso poder de comunicação da Internet, possibilitado estabelecer um intercâmbio de informações sobre B.G., tornando sua vida e sua obra mais conhecidas.

Nesta oportunidade, agradeço a iniciativa do meu sobrinho, o jornalista Paulo Roberto Lopes, que deu começo ao assunto, criando este website e solicitando colaborações.

Voltarei em breve!