Vida e Obra de Bernardo Guimarães
  poeta e romancista brasileiro [1825-1884 - biografia]

 
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Filhos de BG
Pedro B. Guimarães
Horácio Guimarães
Afonso Guimarães

Netos
Alphonsus de Guimaraens  (sobrinho)
José Guimarães Alves
Armelim Bernardo Guimarães

Bisnetos
Alphonsus de Guimaraens Filho (sobrinho)
Mª Ap. Guimarães A. Palma [Mariah]
Isabel Teresa Guimarães Alves
Lívia Alves Guimarães
Rúbio Gama Alves

Trinetos
Maria Fernanda Alves Guimarães
André Nigri
João Bernardo Guimarães
Juliana Rennó Bernardo Guimarães
Marcelo Guimarães


Parentesco dos Guimarães
com os Guimaraens




Depoimento de descendente
Rúbio Gama Alves, bisneto

Vou evocar Bernardo Guimarães por intermédio de seu filho Bernardo, que na família era e é conhecido como Didico (foto abaixo, do lado direito). Ele herdou do pai o espírito boêmio, a personalidade introvertida e o senso de humor. Eu era bem jovem quando convivi com Didico. Ele foi meu professor de Latim no início dos anos 40, em Belo Horizonte — mais contava casos do que dava aulas. Acima de tudo, era um grande amigo.
Sua introversão e timidez eram tantas que, acredito, sua única visita social foi viajar até Perdões, para ver os sobrinhos que à época (fim dos anos 40) lá viviam: meus pais, Fábio e Ruth, e eu.
 
Minha mãe era professora na escola estadual de Perdões. Era 22 de setembro, véspera do Dia da Árvore.
 
Mamãe pediu a Didico que escrevesse, para as crianças, algo sobre a importância das árvores, e que lesse esse texto aos alunos porque iria ser homenageado por eles.
 
Didico não discutiu. Sentou-se à mesa e pôs-se a escrever. No dia seguinte, quando acordamos, percebemos que Didico havia saído à francesa. Sobre a mesa, deixou os versos Na Festa da Árvore, dispensando porém a homenagem.
 
Os versos foram lidos por minha mãe para os alunos. O recado deixado por Didico é que não:
 
— Em comemoração ao Dia da Árvore, que todas as professoras plantem bananeiras... Mas que venham de casa prevenidas!
 
Esse humor, ele o cultivou até o fim da vida. Rui acompanhente de Didico no hospital nos seus últimos dias, em 1956, Antes de morrer, disse-me em tom de pilhéria:
 
Rúbio, há três coisas que eu não quero: ser defunto barbudo, receber um padre e ver mulher chorando ao meu lado.
 
Os dois primeiros pedidos foram atendidos.
 
São Paulo, 18 de abril de 1998