Filhos
de BG
Pedro B. Guimarães
Horácio Guimarães
Afonso Guimarães
Netos
Alphonsus de Guimaraens
(sobrinho)
José Guimarães Alves
Armelim Bernardo Guimarães
Bisnetos
Alphonsus de Guimaraens Filho (sobrinho)
Mª Ap. Guimarães A.
Palma [Mariah]
Isabel Teresa
Guimarães Alves
Lívia Alves Guimarães
Rúbio Gama Alves
Trinetos
Maria Fernanda Alves
Guimarães
André Nigri
João Bernardo Guimarães
Juliana Rennó Bernardo Guimarães
Marcelo Guimarães
Parentesco dos Guimarães
com os Guimaraens
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Depoimento de
descendente
Rúbio Gama Alves, bisneto
- Vou
evocar Bernardo Guimarães por intermédio de seu filho Bernardo, que na
família era e é conhecido como Didico (foto abaixo, do lado direito). Ele
herdou do pai o espírito boêmio, a personalidade introvertida e o senso de
humor. Eu era bem jovem quando convivi com Didico. Ele foi meu professor de
Latim no início dos anos 40, em Belo Horizonte — mais contava casos do que
dava aulas. Acima de tudo, era um grande amigo.
- Sua introversão e timidez eram tantas que,
acredito, sua única visita social foi viajar até Perdões, para ver os
sobrinhos que à época (fim dos anos 40) lá viviam: meus pais, Fábio e
Ruth, e eu.
-
- Minha mãe era professora na escola estadual de
Perdões. Era 22 de setembro, véspera do Dia da Árvore.
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- Mamãe pediu a Didico que escrevesse, para as
crianças, algo sobre a importância das árvores, e que lesse esse texto aos
alunos porque iria ser homenageado por eles.
-
- Didico não discutiu. Sentou-se à mesa e
pôs-se a escrever. No dia seguinte, quando acordamos, percebemos que Didico
havia saído à francesa. Sobre a mesa, deixou os versos Na
Festa da Árvore, dispensando porém a homenagem.
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- Os versos foram lidos por minha mãe para os
alunos. O recado deixado por Didico é que não:
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- — Em comemoração ao Dia da Árvore, que
todas as professoras plantem bananeiras... Mas que venham de casa prevenidas!
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- Esse humor, ele o cultivou até o fim da vida.
Rui acompanhente de Didico no hospital nos seus últimos dias, em 1956, Antes
de morrer, disse-me em tom de pilhéria:
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- — Rúbio,
há três coisas que eu não quero: ser defunto barbudo, receber um padre e
ver mulher chorando ao meu lado.
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- Os dois primeiros pedidos foram atendidos.
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- São Paulo, 18 de abril de 1998
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