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O povo de Avanca espera ansiosamente pela colocação, de semáforos para ter possibilidade de entrar na estrada 109. De ano para ano a situação agrava-se. Em horas de ponta é preciso esperar uns minutos. Com esta solução, qualquer dia já não é possível entrar na estrada 109, se não se resolver o problema dos semáforos , já tantas vezes prometidos e tantas vezes adiados. Os semáforos são na verdade uma solução, mas agora que ainda não estão colocados, talvez que valha a pena pensar se não haverá ainda melhor solução.

Tem havido Câmaras que depois de ter colocado semáforos adoptaram outras soluções das rotundas tendo que fazer dois investimentos. Em S. João da Madeira os cruzamentos foram transformados em rotundas algumas delas de pequena dimensão. Até há semi-rotundas.

Para quem acompanha os problemas de transito verifica como uma rotunda dá mais escoamento ao trânsito que os semáforos. Eu posso imaginar, numa rotunda 4 veículos a entrar ao mesmo tempo e outros 4 a sair da rotunda, sem qualquer atropelo o que não é possível com os semáforos, onde apenas podem estar a entrar dois ao mesmo tempo. A experiência diz que em Aveiro na rotunda que fica na começo da Avenida o enorme transito que por ali possa se despacha mais que se fosse com os semáforos. Mas na própria estrada 109 na rotunda de Salreu praticamente ninguém espera ao passo que nos outros lugares onde há semáforos os pessoas têm que esperar. Por outro lado, os rotundas obrigam a redução, drástica de velocidade o que nem sempre acontece com os sem6foros em que o normal é verificarmos que quando aparece o amarelo, muitos condutores ainda aproveitam para acelerar mais, para passarem antes da vermelho aparecer. Segundo dizem na Mealhada antes de colocarem as rotundas havia muito mais mortes durante o tempo em que estiveram colocados os semáforos. Depois que apareceram os rotundas dizem que a sinistralidade foi muito reduzida. Valerá a pena investigar se isto é ou não verdade. Já que se for verdade para além das rotundas resolverem melhor o escoamento de transito tem também a vantagem de moderar mais a velocidade e consequentemente diminuir a sinistralidade.

Claro que poderão dizer que para se fazer uma rotunda, é preciso espaço e é verdade. Mas é inegável que pelo menos na Valada há espaço para se fazer a rotunda e até no próprio centro da freguesia. Se diminuir o passeio em frente à estrada que vem da Aldeia parece que seria possível fazer uma pequena rotunda que terá dimensões para despachar o trânsito na centro da freguesia. É uma questão de se estudar o problema a sério.

Alguns poderão dizer que por o problema ainda pode vir a atrasar mais a solução que é tão urgente.

Na entanto parece que um estudo destes não demorará assim tanto tempo. E se onde parece não haver possibilidade de colocar rotundas se avançasse na colocação, de semáforos ou seja nos cruzamentos que dá para Agua Levada e em S. Sebastião, tentando o estudo das rotundas quer na Centro quer na Valada, parece-me uma solução plausível. Alias quando se esperou anos e anos e nada se fez ao menos que os soluções a adoptar sejam as melhores.

Segundo a nossa opinião uma rotunda na Valada é indiscutível que era a melhor solução. Tentaria estudar se seria possível uma rotunda na Centro e colocaria semáforos na entrada de Água Levada e em S. Sebastião por não encontrar solução melhor.

Há quem diga que nas estradas principais e de grande movimento e Junta Autónoma não quer pôr semáforos porque atrasa o andamento. Mas isto está contradito pelos factos. Basta ver-se o que acontece na estrada número 1, por exemplo, em Branca. Quantos semáforos estão colocados nesta freguesia? Não me lembra da número. Só que são, muitos. Mas mesmo na estrada 109 quantos semáforos estão por ai colocados em certas terras?!

Aqui em Avanca se me perguntarem, se é melhor os rotundas ou os semáforos, eu respondo: Onde houver espaço são preferíveis os rotundas; onde falta espaço como na cruzamento para Agua Levada não há dúvida nenhuma, tem que ser semáforos. Além da Valada dá-me a impressão que no cruzamento da estrada que vai para a Aldeia, aproveitando o espaço que há da lado poente, que talvez se pudesse fazer uma rotunda que teria vantagem aos semáforos.

O CENTRO PAROQUIAL E SOCIAL STA MARINHA DE AVANCA COM 7 ANOS DE FUNCIONAMENTO TEM 4 CASAS QUE ALOJAM 4 FAMÍLIAS CARENCIADAS. O CENTRO NÃO RECEBEU NADA DE NENHUM BENFEITOR PARA AJUDA NA HABITAÇÃO. AO CONTRÁRIO A CÂMARA MUNICIPAL DE ESTARREJA E A JUNTA DE FREGUESIA DE AVANCA RECEBERAM VALORES DE CENTENAS DE MILHARES DE CONTOS HÁ MAIS DE 2O ANOS, PARA FAZEREM BAIRROS DE CASAS PARA POBRES E AFINAL POUCO FOI FEITO DURANTE ESTE TEMPO TODO. O CENTRO PAROQUIAL E SOCIAL NÃO TEM ESTA OBRIGAÇÃO, MAS A CÂMARA E A JUNTA DE FREGUESIA TÊM POR IMPOSIÇÃO TESTAMENTÁRIA. ALIÁS OS OBJECTIVOS DO CENTRO SOCIAL SÃO OUTROS.

Já se passaram 4 anos depois de ter se ter levantado o problema do destino dos bens de Júlio Neves deixados aos pobres de Avanca. Quatro anos são um período suficiente para alguma coisa se ter feito quando há vontade para isso. Quanto à Câmara temos promessas de construção de casa para pobres, mas verdadeiramente nada de concreto se fez. A actual Junta de Freguesia de Avanca tem-se empenhado em resolver os problemas ligados ás casas deixadas por Júlio Neves para serem vendidas, as quais estão alugadas a algumas empresas. Há a perspectiva de se vender uma das Casas do Porto. A verdade é que a casa livre de inquilinos dará mais dinheiro do que uma casa alugada. São estes os passos significativos que a actual junta de Freguesia pretende dar para cumprir o testamento de Júlio Neves.

A actual junta tomou esta atitude desde a sua tomada de posse há 2 anos. Mas vamos, a fim de que os nossos leitores possam ficar esclarecidos sobre a situação, vamos hoje falar dos problemas ligados a Câmara Municipal.

O Senhor Presidente da Câmara tem dito que é verdade que o Senhor Júlio Neves não deixou os bens nem para benefícios dos Bombeiros, nem para benefícios da Câmara. Basta ler-se o testamento. Como os bens foram na sua maioria desviados para os Bombeiros de Estarreja e para benefícios da Câmara é mais que evidente que a Câmara terá que compensar os pobres de Avanca, sob pena de perder a credibilidade. Uma entidade como a Câmara ou a Junta de Freguesia se não queria cumprir as obrigações impostas no testamento não aceitava o testamento. Ao aceitá-lo deve fazer o que o testamento impunha e que é tão claro.

Ora se a Câmara vendeu os armazéns alugados à Nie Porte, Armazém da Canoa e desviou o dinheiro para os bombeiros e para a compra da Quinta do Gama, a Câmara terá que compensar aqueles a quem estavam destinados estes bens. O facto da Câmara reconhecer que o investimento da Quinta do Gama, comprada com o dinheiro dos pobres, foi um bom investimento, isto não invalida que a Câmara perca as obrigações que

tem para com os pobres de Avanca, mas ao contrário ainda lhe traz mais responsabilidade. Se fosse um particular consciencioso que com dinheiro de alguém fizesse um bom negócio de certeza que faria com que o dono desse dinheiro fosse participante dos lucros. Não ficava mal à Câmara que também tem obrigações para com os pobres da freguesia que respeitasse porventura a valorização da Quinta do Gama feita pela Câmara e fosse na totalidade feita em favor dos pobres da freguesia, mesmo sem a Câmara tirar beneficio disso, mesmo com muito trabalho. Agora o que não está certo é que a Câmara fique com a valorização da Quinta e mais ainda queira ficar com o próprio capital investido e que não lhe pertence, embora seja a Câmara a administrá-lo. Digam lá o que quiserem, o que é verdade é que a Câmara e a Junta são apenas os administradores dos bens do Júlio Neves. Apossar-se deles ou desviá-los para outros fins é roubo com todas

Na lenda popular o povo desculpou o celebre José do Telhado por roubar aos ricos para dar aos pobres, mas aqui passasse o contrário: Rouba-se aos pobres para dar aos ricos, o que é mesmo condenável por tudo e por todos. Estes são os factos. Há vinte anos que tanto a junta como a Câmara receberam bens avultados de um benfeitor dos pobres de Avanca, com a morte da D. Angélica, usufrutaria dos bens.

Passaram-se 20 anos e o que houve de positivo foi a actual junta de Freguesia no final do ano passado ter entregado à Conferência Vicentina uma parte do rendimento das casas para o distribuir pelos pobres, e ter tentado negociar a saída dum inquilino de uma das casas do Porto, a fim de a poder vender em melhores condições.

A Quinta do Gama foi vendida em lotes. A Câmara fez umas centenas de milhares de contos, embora tenha investido nas infra-estruturas muito dinheiro, mas também poupou dinheiro porque não comprou o terreno do posto médico. A verdade é que o destino dos bens de Júlio Neves que eram dos pobres até agora pouco se fez.

Foi proposto à Câmara pela Conferência Vicentina e pela Paróquia que para uma possível compensação dos bens deixados para os pobres e já que o Senhor Júlio Neves tanto tinha insistido nos bairros para os pobres se fizessem algumas casas (14) em terrenos que tinham doado à paróquia para esse fim. Alguns dos terrenos doados não têm viabilidade de construção embora estejam todos encostados a terrenos onde estão construídas várias casas. Tanto a paróquia como a conferência receberam uma resposta da Câmara Municipal a dizer que o Plano Director Municipal estava a ser revisto. Entendemos que foi a resposta da Câmara ao pedido formulado de levantar as 14 casas em terrenos da paróquia e que na revisão os terrenos poderão ser contemplados como terrenos de construção.

O Senhor Presidente da Câmara tem dito que está de acordo com o plano apresentado pela Paróquia e pela Conferência mas nada nos garante que o piano vai ser executado até porque não foi assinado nenhum protocolo. A revisão do Plano Director Municipal vai-se adiando de ano para ano e sem a assinatura de qualquer protocolo tudo fica no vazio.

Parece-nos que se a Câmara Municipal quer executar qualquer plano de obras começaria a assiná-lo e a planeá-lo e entraria mesmo em acordo escrito. O resto não tem consistência nenhuma. Aquilo que a Câmara Municipal se tem agarrado e que pode consistir na falta de viabilidade da construção de alguns terrenos, não parece importante. Atendendo ao fim a que se destinam as habitações que são os pobres parece-me que ninguém levantaria problemas se fosse dada viabilidade de construção a terrenos que estão contíguos e outros onde estão construídas várias casas.

Tem sido uma coisa a que a Câmara Municipal se tem agarrado e que segundo a nossa maneira de ver não tem grande importância. Com a agravante de ver que a revisão do plano se vai atrasando de dia para dia. parece-nos que vamos andar toda a vida à espera.

Como quem espera desespera está a chegar à saturação a tempo da espera e de adiamento sistemático do problema.

Vamos esperar mais algum tempo em que vamos tomar outras atitudes que possam conduzir à execução duma obrigação que consideramos grave por envolver grandes montantes e sobretudo porque se trata dos pobres. É inconcebível que os pobres possam ser prejudicados da maneira que o foram por uma entidade que até tem o dever de os ajudar, como aliás é regra da maior parte das autarquias do pais.

Estou convicto que enquanto o problema não for por resolvido há-de haver sempre pessoas a levantar a voz clamando por justiça.

Quando há boa-vontade enfrentam-se os problemas e vão-se resolvendo. Quando não há boa vontade os problemas vão-se adiando e parece que não mais têm fim.

O Centro Paroquial e Social que tem como fim principal a assistência a crianças e a idosos atingindo neste momento cerca de 300 pessoas, mas 7 valências que administra, tem apenas 7 anos de exercício de actividade. Durante estes 7 anos com as valências a funcionar foi-se fazendo muitas obras. Ia a dizer tantas obras como aquelas que foram feitas até ao arranque das primeiras valências, que começaram a funcionar em números muito mais reduzidos, ou seja, metade destes anos estivemos ainda envolvidos em obras de vulto pelo menos até 1995. Mesmo assim o Centro Paroquial tem neste momento 4 casas modestas que foram deixadas por pessoas idosas e estão ao serviço de gente carenciada. Quer dizer que o Centro Paroquial apesar da assistência a cerca de 300 utentes tem conseguido mesmo assim em 7 anos ter 4 casas que pôs ao serviço de gente carenciada.

Assim aqueles que há 20 anos receberam uma fortuna de Júlio Neves para fazer casas para os pobres, até hoje pouco fizeram e quem não recebeu nada tem já 4 casas habitadas por pobres, tendo apenas 7 anos de vida. O contraste é grande. O povo de Avanca que julgue.

Estávamos convencidos que este ano seria uma avalanche nas viagens a Israel. Já há anos, mesmo em Israel ouviamos falar em obras que estavam a ser feitas para o ano 2000, e como nestas coisas funciona a lei da oferta e da procura pensávamos que este ano seria muito caro devido à grande procura. Colaborar com isto não me parecia bem. Por isso fornos dizendo que se fosse muito caro não iriamos a Israel. Quando a Agência nos apresentou os preços verificamos que havia apenas 15.000$00 da diferença o que é tolerável para um ano de tanta afluência. É importante a qualidade do serviço, mas aquilo que perguntamos à agência era nas mesmas condições do ano passado. Sendo assim vamos pensando numa viagem a Israel para os princípios de Setembro em que o clima em Israel é mais moderado. Se os Anos Santos estiveram na sua origem ligados aos locais onde Jesus passou, e só quando as Cruzadas falharam é que em 1300 o papa declarou que Roma era local de peregrinação no Ano Santo. Ora se temos nos últimos anos ido à Terra Santa este ano com maioria da razão há motivo para irmos ao pais de Jesus para contactarmos com os lugares, onde Jesus viveu e morreu.

Vamos por isso pensar numa peregrinação a Israel nos princípios de Setembro, talvez na primeira semana.

Já tínhamos visto muitas vezes na televisão. Na minha juventude tenho uma vaga ideia de ter visto uma orquestra em Aveiro, ao vivo, a que não dei grande importância. Há anos na Igreja de Beduído salvo erro através da Cires em tempo de aniversário tive também oportunidade de ver mais uma orquestra de grande valor. Mas não sei porquê, nunca como desta vez uma orquestra me encantou tanto. Maravilha das maravilhas. Ver uma orquestra na televisão não tem grande impacto pelo espectáculo e pela música ao vivo. A televisão é ficarmos sempre distantes e a gravação da música é sempre um remedeio, há falta de melhor. Ao vivo é estarmos em cima da acontecimento. Com as condições acústicas da Auditório e com o ambiente criado de profundo silêncio todos os pormenores eram escutados. E com que perfeição tudo foi executado.

Para um espectáculo destes terá contribuído um orquestra impar, condições acústicas perfeitas, e uma plateia selecta. Mas com estes 3 intervenientes nomeados conseguiu-se um espectáculo único que foi outra grande manifestação artística e cientifica, como homenagem ao expoente máximo de nossa cultura, Egas Moniz.

Está de parabéns a Populanca, organizadora da espectáculo e toda a população que acorreu que tive uma postura de grande interesse e dignidade.

A Paróquia fez um investimento grande na preparação para o Crisma: grupos de jovens ao domingo de manhã, cursos de preparação de catequistas, grupo das reuniões às sextas-feiras à noite, e grupo que funciona em Água Levada. Alguns já estiveram durante 1 ano a trabalhar na catequese, outros já estão há mais tempo nos escuteiros. Caminhos variados que tem como fim único preparar militantes cristãos.

Não me iludo que todos os que durante anos vieram ás reuniões vão continuar As propostas que a paróquia apresenta para a continuação, deste trabalho são os grupos de jovens post-crisma, os escuteiros, os convivas, as catequeses, os grupos corais.

Avanca tem para além das grupos paroquiais tem muitos jovens ligados a outras actividades, como Atlética, Artística, Populanca, Grupo de Jovens de Avanca, o Cine-Clube, o Rancho Folclórico da Casa do Povo, e grupo de Teatro. É óptimo que os nossos jovens estejam ligados a grupos que os valorizem. Das grupos de jovens ligados à Igreja esperasse que para além de se dedicarem a tarefas válidas, sejam também militantes cristãos. A esta a missão das grupos cristãos que acolhem os nossos jovens depois da Crisma.

INFORMAM-NOS QUE A CADUCIDADE DA FABRICA DA IGREJA COMO EMPRESA JORNALÍSTICA NÃO TEM INFLUENCIA NO PORTE PAGO

O que aconteceu com o nosso jornal, aconteceu também com outros: o Instituto da Comunicação Social ao informar que as Fábricas das Igrejas tinham perdido a condição de empresas jornalísticas, criou pânico em muitos órgãos de informação ligados à Igreja. O Porte Pago era a principal ameaça ao caducar a empresa que serve de suporto jurídico. Por isso todos quiseram saber da seu futuro, e entraram em contacto com o Instituto da Comunicação Social que foi dizendo que isto não tem influência na parte pago. Ainda não descobri a razão desta medida mas se na verdade não vier a ter influência na Porte Pago já não tem graves consequências nos jornais ligados à Igreja. Do mal o menos, mas apesar disso ainda penso que é um pouco suspeita a informação. Quando em Maio da próximo ano for necessário renovar o Porte Pago já sabemos se tem ou não qualquer influência. Oxalá que não tenha, e que tudo não passou dum susto. Será difícil a um jornal que dá prejuízo, se para além do prejuízo se tiver que suportar as despesas da correio.

Mesmo com um atraso considerável espera-se começar em Janeiro o A.T.L. e a cantina de Água Levada. A Câmara Municipal tem sempre dificuldade de resolver os problemas com rapidez. É preciso cumprir um conjunto de regulamentos que dificultam a concretização das projectos. Desde a apresentação dos orçamentos relativos ao equipamento das salas para lá funcionar a cantina da escola e o A.T.L. passando pela aprovação da projecto, procurando-se depois verbas para fazer face à despesa, tudo isto demora muito mais tempo para quem está de fora da sistema. Isto que para mim parecia tudo simples agora compreenda como por vezes é difícil movimentar uma máquina assim. O primeiro período foi assim passado estando já encomendados todos os materiais. Parece-me que será esta a última fase e agora vai depender das fornecedores o haver ou não mais demoras. Se tudo já está encomendado esperamos que em Janeiro possa começar a funcionar a cantina e o A.T.L. em Água Levada. O orçamento ronda os 1600 contos que a Câmara assumiu como colaboração ao Centro Paroquial e Social para poder começar a Funcionar o A.T.L. e a cantina da escola. Foi possível transferir verbas destinadas à escola das Laceiras de Salreu que sofreu atrasos na sua reconstrução. Esperamos que seja possível começar-se em Janeiro quer com o A.T.L., quer com a cantina.

A fim de aprovar o plano de Pastoral para o ano 2000, Ano Jubilar, reuniu-se o Conselho da Pastoral Paroquial com os representantes dos grupos existentes na paróquia. Chegou-se a um consenso quanto a dividir-se a freguesia em grupos de lugares.

Os grupos de lugares vão assim sucessivamente ao longo do ano ter possibilidade de viver o Jubileu. Haverá reuniões de preparação nos lugares, possibilidade de reconciliação, caminhada a pé para a Igreja no todo ou em parte do percurso, animação da Eucaristia pelo grupo, e convívio a seguir à Eucaristia. Na preparação vai ter-se em conta os carenciados quer pobres, quer doentes, quer idosos, quer as pessoas que tenham problemas de toda a ordem. Pensou-se que os meses de Julho e Agosto e parte de Setembro por estar minha gente ausente não se fizessem estas actividades. Assim vamos ter alguns meses com dois grupos e meses com um grupo e alguns meses com nenhum.

Pensou-se uma peregrinação da paróquia a Fátima e falou-se numa ida à Terra Santa. Referiu-se também a vinda do Senhor Bispo ao Arciprestado de Estarreja.

Desde Maio de 98 até este mês de Dezembro funcionou no Centro Paroquial um curso INTEGRAR - MED.2, como resposta ao Rendimento Mínimo para 14 mulheres que estavam a receber este subsidio do governo. Nos últimos 7 meses e depois de um ano de formação as senhoras estiveram inseridas em empresas a quem prestaram 7 meses de trabalho gratuito. Algumas destas senhoras não foram aceites pelas empresas. O gasto do Governo neste curso foi mais de 40 mil contos. Os principais gastos foram feitos quer com as aulas de formação feitas por monitores especializados e a outra parte das despesas estão ligadas aos vencimentos que as 14 senhoras tem auferido durante todo o funcionamento do curso. Estamos convictos que mesmo que todas as senhoras não tenham obtido o emprego desejado a formação recebida por estas senhoras tem a sua importância. Acredito que a formação que tiveram foi um incentivo para agora procurarem emprego que poderão conseguir nos próximos tempos noutras empresas. Terá também tido a sua importância o melhorar da situação económica destas senhoras durante este ano e meio. Algumas manifestaram a sua alegria pois nunca tinham recebido ordenado na sua vida. O convívio, a alegria, e a auto-confiança foram os outros valores que este curso proporcionou ás senhoras que o frequentaram.

No último número do nosso jornal fornos dizendo que o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Estarreja estava na disposição de ceder graciosamente à Fundação Benjamim Dias Costa a casa do P Zé Reinaldo. (metade) A verdade é que em tribunal a família ficou com a casa no valor de 19 mil contos e a Câmara ficou com o quintal da casa por 7 mil contos. Não sei como vai ser possível separar uma coisa da outra mas de momento será a Câmara que terá de resolver o problema.

Depois do artigo escrito no último número várias pessoas me disseram que o P Zé Reinaldo enquanto vivo afirmou várias vezes que queria ficar sepultado em Avanca e que a sua casa seria para a Igreja . Alguns até acrescentaram que a própria família sabia disso. Claro que estas afirmações não têm qualquer valor jurídico, mas tem algum valor moral quando conhecidas.

A verdade é que de certeza o P Zé Reinaldo que tinha escolhido Avanca como a sua terra predilecta não viu cumprido o seu desejo. Nem ficou sepultado em Avanca nem Avanca ou qualquer outra instituição recebeu qualquer beneficio dos bens do Zé Reinaldo. Talvez que o P Zé Reinaldo se tenha iludido com o perpetuar do seu nome e para isso quis criar a Fundação que tinha a sua sede em Avanca. Mas a verdade é que os bens assim vendidos, nem vão perpetuar nada, nem Avanca ficou com nada. Na verdade podemos dizer que Avanca está cada vez mais pobre conforme afirmamos no primeiro artigo a prop6sito daquilo que prevíamos pudesse vir a acontecer. E aconteceu.

Alguns poderão perguntar, mas como fazer se mesmo que toda a gente soubesse da vontade do P. Zé Reinaldo, em ser sepultado em Avanca, e em ter uma fundação que tinha a sua sede em Avanca nada disto era viável?! Mas a verdade é que se ao menos fosse uma instituição de Avanca que ficasse com a casa tenho a certeza que era mais fácil e estava mais dentro do que P Zé Reinaldo tinha determinado. Desta maneira é que nada do que ele queria foi respeitado.

Eu continuo a dizer que não concordo com a solução. Mesmo que juridicamente fique legal, os bens deixados para Avanca são sistematicamente desviados para outros fins. A história é já grande, demasiado comprida apesar de ter um espaço curto e ainda estão na memória de todos. Esta solução pode ser legal, e não é tão afrontosa como os bens deixados aos pobres de Avanca e desviados para outros fins mesmo que sejam os mais nobres e urgentes na comunidade. Acima de tudo é preciso respeitar a vontade daqueles que deixaram os bens o que continua a não acontecer.

Iniciou-se a sensibilização das famílias mais desfavorecidas e é já na próximo dia treze de Dezembro de 1999 que a Ajudante Familiar vai ás famílias ajudar a orientar e gerir melhor as actividades da vida diária.

O Apoio Social Domiciliário, nesta linha, privilegiará a abordagem psicossocial e a vertente ocupacional, envolvendo as pr6prias famílias carenciadas e assegurando a prestação de pequenos serviços no exterior, tais como, compras , marcação de consultas, organização e gestão da higiene/ limpeza, ou outros de natureza indispensável.

Só deste modo se poderá potenciar a estas famílias uma real e efectiva melhoria da bem-estar social e das suas condições de vida, não só através do reforço das suas capacidades e competências (desenvolvimento de processos de valorização pessoal) como também mediante a promoção de condições que propiciem uma maior autonomia na resolução dos seus problemas.

Esta medida constitui, sem dúvida, uma das respostas que melhor pode satisfazer as necessidades destas famílias e, de futuro, favorecer a sua inserção social, comunitária e profissional.

Na passado dia vinte e dois de Novembro, 70 das crianças mais carenciadas da freguesia de Avanca foram ao Cine-Teatro Aveirense participar na programa "SIC NO PAIS DO NATAL”.

A iniciativa partiu da "Grupo de Jovens" de Avanca em colaboração com o Serviço Social da Centro Paroquial de Avanca.

Após muitos esforços e várias tentativas conseguiu-se levar estas crianças a um das eventos mais "coloridos" da mundo infantil.

No meio de alguma confusão (saudável!), gritos de alegria e euforia, as crianças foram brotando uma felicidade sem fim. Foi sem dúvida inesquecível!

Quanto ao grupo de jovens que acompanhou e esteve directamente implicado na iniciativa, apenas uma imagem ficou: a beleza pura da sorriso destas crianças,

Esperemos para o ano conseguir levar outras (9 mais) crianças para, nem que seja por momentos, ver florir o sorriso escondido destas crianças.

Já por várias vezes fizemos referência as obras da Fundação Benjamim Dias Costa. No mês de Agosto foi demolida a parte poente onde estava instalada o Pavilhão e a lavandaria.

Para substituir o Pavilhão levantou-se um outro colocado mais longe, para permitir que no local onde estava implantado o anterior e a lavandaria surgisse a Cozinha Nova e as outras estruturas como armazém, lavandaria, refeitório, etc. 0 novo Pavilhão que ainda é provisório pode vir a sofrer transformações, pois quando se demolir a casa antiga onde estão a maior parte das salas, para a Creche e Infantário, será necessário criar mais salas onde possam permanecer as crianças. Nessa altura o pavilhão terá que ser adaptado a salas ou de Creche ou do Infantário. Mas para além deste pavilhão pode haver necessidade de novos pavilhões.

A Fundação não vai fechar quando se fizerem as obras o que exige outros pavilhões que substituam as salas. Ainda este ano será lançada a empreitada da cozinha, refeitório e lavandaria, no terreno que agora está livre, onde anteriormente estava colocado o pavilhão que foi demolido.

Este ano o Grupo dos A’pardilhós quis vir a Avanca celebrar o seu 16º aniversário. Um grupo musical de grande qualidade, escolheu este ano, também uma casa de grande qualidade, o auditório do Centro Paroquial de Avanca. Foi em homenagem aos elementos de Avanca que quiseram vir a Avanca, e foi tudo belo.

Estiveram também presentes o grupo coral “Jobra" da Branca que já tínhamos ouvido e reconhecemos que muito tem melhorado.

A actuação principal ficou a cargo do grupo em festa que mesmo para aqueles que os ouviram noutras circunstâncias, reveste-se sempre da novidade porque acrescentou novos números ou porque os interpretam doutra maneira. É esta novidade do Grupo A’pardilhós que por ser assim não cansa. Ocorreu um número grande de pessoas ao espectáculo, o que se torna gratificante para quem tem como objectivo produzir espectáculos para o público.

Estão de parabéns os A’pardilhós no seu 16º Aniversário da sua existência.

FESTAS DE NATAL NO AUDITÓRIO

0 Auditório do Centro Paroquial e Social de Avanca é um auditório com grandes dimensões e que pelo aspecto e também pelas condições acústicas começa a ser procurado por mais grupos. Neste momento é também o único que no Concelho de Estarreja funciona, já que o Cine-Teatro de Estarreja está fechado.

Assim vamos ter no principio do mês de Dezembro em dias seguidos vários espectáculos: A Populanca apresenta a orquestra Sinfónica do Porto no dia 3 de Dezembro . No dia 4 estarão entre nós os Morenos. Com outro espectáculo e no dia 5 a Junta de Freguesia de Canelas vai tampem promover outro espectáculo com a participação de vários grupos. Assim no principio do mês de Dezembro estão previstos 3 espectáculos. Depois vem a Nestlé, o Centro Paroquial, a Quimigal/Uniteca, a Escola com as suas festas de Natal. Agora até se torna difícil arranjar lugar para todos. Os espectáculos seguidos tornam mais difícil a limpeza do Auditório.

DIA 8 DE DEZEMBRO, 3º ANIVERSARIO DA SAGRAÇÃO DO ALTAR DA NOSSA IGREJA

Os altares das Igrejas são o que há de mais sagrado e mais importante nas Igrejas, a sua solidez lembra que Cristo é Rocha, é Segurança. 0 aniversário da Sagração do Altar é uma celebração importante visto que nele se celebra a Igreja que nós somos feita de pedras vivas. A verdadeira igreja é constituída pelas pessoas, pela comunidade e tem no altar o centro da vida da comunidade. Este ano a celebração vai acontecer em pleno Advento, vivendo a proximidade de abertura do Ano Santo que começa no Natal.

Levantam-se duas hipóteses: uma Assembleia de Paróquia para aprovarmos o programa pastoral do ano 2000 ou pelo menos reunimos neste dia sob a bênção da Mãe da Igreja o conselho da Pastoral Paroquial para ultimarmos o programa pastoral do Ano 2000? Será uma maneira de celebrarmos o 3º Aniversário da Sagração do Altar da Nossa Igreja que tem em Maria um modelo. 0 dia da Sagração do Altar e o dia da Igreja Paroquial, é o dia da Paróquia.

MARCOS DE TONCE: QUEM SABE ONDE SE ENCONTRAM?

Quando há meses publicamos a foto com um Marco de Tonce, houve alguém que me veio dizer que sabia onde estava outro que tem exactamente a mesma apresentação. Na altura não fixei a pessoa que me falou.. Agora que tinha curiosidade em saber onde ficava o referido Marco de Tonce fui bater à porta de alguém que me disse que não sabia de nada. Terá havido da minha parte confusão da pessoa que me falou, mas porque tenho mesmo interesse em saber onde é que fica situado esse segundo marco de Tonce, peço a quem possa ter visto marcos em granito que digam "Tonce 1714" como aquele que vem na foto, que comunique para o director do jornal.

CHEFE DO AGRUPAMENTO 402 E ASSISTENTE NA JUNTA REGIONAL

Já vem desde longa data: Diácono Manuel Silva foi durante vários anos, salvo erro durante 2 mandatos (6 anos) chefe da Junta Regional. Agora o chefe Paulo fica integrado na mesma Junta Regional ficando o Dr. Norberto Correia de Santa Joana como Presidente da Junta Regional. 0 chefe Paulo fica responsável pela zona Norte da Diocese de Aveiro, fazendo parte da Junta Regional dos nossos escuteiros. Também o Diácono Manuel Silva fica como assistente da Junta Regional na sua função de Diácono. 0 Diácono Manuel Silva fez na Junta Regional um bom trabalho reconhecido por muita gente. Mesmo durante a preparação para o Diaconado que durou cerca de 5 anos com idas semanais a Aveiro, mesmo assim ainda continuou a dar o seu contributo para a formação dos novos dirigentes do C.N.E.. 0 lema do escuteiro é servir e nesta escola do serviço alguns podem ser investidos no ministério do serviço que é o Diaconado Permanente.

FREI ACILIO DE NOVO EM AVANCA

Já é conhecido na nossa Paróquia. Já aqui orientou 2 semanas bíblicas. 0 Frei Acilio que agora é superior da Casa em Fátima por questões de saúde e também como superior tem que estar mais por casa. Deixou de fazer as semanas bíblicas com tanta frequência. Mas dispôs-se a vir estar connosco no dia 26 e 27 para nos ajudar e preparar para o Ano Santo da Encarnação.

Vamos aproveitar a sua estadia para nos dispormos a viver a alegria do ano 2000 com a certeza que Jesus não é do passado mas que está connosco e connosco celebra o ano 2000.

50 ANOS DA ATRIBUIÇÃO DO PREMIO NOBEL

As comemorações do cinquentenário da atribuição do premio Nobel a Egas Moniz tem-se revestido de grande nobreza a dignidade. Temos que o reconhecer. A Câmara que tem sido a promotora está de parabéns. Refiro-me a sessão solene do dia 27 de Outubro realizado na Câmara Municipal, com a presença do Presidente da República, do Ministro da Ciência e da Tecnologia e os Reitores das Universidades do Porto, Aveiro, Coimbra c Lisboa, e um número elevado de Professores.

Podemos dizer que em Estarreja esteve reunido a elite intelectual do Pais. Seria até difícil juntar por outro motivo, tantos intelectuais do pais. Se não fosse Egas Moniz não seria possível. Só Egas Moniz, o expoente máximo da nossa cultura é que foi capaz de juntar toda esta plateia de intelectuais. Sim eu creio que todos vieram por Egas Moniz, vieram pela Ciência e todos quiseram prestar esta homenagem a Egas Moniz.

0 que foi dito pelos intervenientes sobre esta figura impar da nossa terra foi para mim uma revelação. Muitos pormenores sobre a sua personalidade que não conhecia.

0 circulo de leitores editou um livro sobre Egas Moniz «Retrato de Egas Moniz», ont6m um conjunto de documentos e de fotos de grande interesse. É um livro a comprar. Aliás tudo aquilo que diz respeito a Egas Moniz para os Avancanenses tem interesse redobrado. Foi também oferecido a algumas personalidades um tinteiro que é a replica do tinteiro de Egas Moniz. Foi a mesma empresa, Circulo de Leitores que fez o seu lançamento e apesar de muitos dos que estavam presentes terem desejo de o adquirir não foi possível a aquisição.

Com a presença de urna assembleia selecta estando também presentes muitas personalidades da vida politica do nosso concelho bem como representantes de muitas associações, bem como gente do povo que encheram completamente a sala nobre da Câmara Municipal. Seguiu-se um jantar num pavilhão improvisado junto à Casa Museu Egas Moniz em que estiveram presentes muitas personalidades convidadas. Resta-me alegrar pois ter estado presente pela celebração deste evento que achei de extrema riqueza. Será difícil repetir-se um acontecimento como este e fazer-se uma sessão solene tão cheia de significado.

Não será fácil surgir entre nós mais um Egas Moniz e por isso não será possível repetir-se celebrações como esta. No fim ficamos felizes por nos sentirmos cidadãos desta terra de Avanca que deu ao pais o expoente máximo da nossa cultura.

CÂMARA DISPOSTA A CEDER A CASA DO P. JOSE REINALDO À FUNDAÇÃO BENJAMIM DIAS COSTA

A história já é conhecida: O P. José Reinaldo comprou uma casa em Avanca para ser a sede de uma Fundação que pudesse perpetuar o seu nome. Para ela deixou todos os seus bens.

Morrendo repentinamente nos Estados Unidos, o dinheiro que tinha desapareceu misteriosamente, ficando apenas a sua casa em Avanca e um terreno em Fermelã. 0 sonho de deixar uma Fundação ficou assim desvanecido, pois não é possível haver fundações sem meios de subsistência, sendo viva a mãe ela herdou metade dos bens, ficando a outra metade para uma Fundação (respeitando a vontade do testador).

Segundo nos informaram foi atribuída a metade à Fundação Soalheiro Madureira, por ser uma fundação que tem afinidades culturais.

Mas nós podemos perguntar porque terá o Padre José Reinaldo comprado uma casa em Avanca? Ele que era de Beduído e esteve ligado a outras paróquias do concelho, por exemplo foi pároco de Fermelã? Será difícil responder mas pode ter sido por um dos seus antepassados serem naturais de Avanca. 0 que ä indiscutível A que foi Avanca a terra escolhida pelo Padre José Reinaldo para ser a sede da sua Fundação. Escolheu Avanca e não outra. Se, a escolha foi sua parece-me razoável que se respeite a sua escolha. Havendo Fundações em Avanca parece lógico que sejam então as fundações de Avanca a assumir "a herança". Mesmo que se diga que a Fundação Soalheiro Madureira é afim aquela que o P. José Reinaldo deixou. Penso que havendo em Avanca uma Fundação mesmo de carácter social ela deve assumir o direitos e as responsabilidades de uma Fundação que afinal não tem viabilidade. A Fundação Benjamim Dias Costa parece que deveria ter prioridade sobre as outras por razão de proximidade, por ter sido Avanca a terra escolhida pelo P. Zé Reinaldo e também porque na situação actual a fundação que vai entrar em obras, precisa de todo o tipo de ajudas quer de casa para as religiosas, quer de espaço durante as obras, quer de ajuda financeira para fazer face ás avultadas despesas que devem ultrapassar os 120 mil contos.

0 nosso jornal abordou o tema na última edição e a verdade é que o problema foi tomado a sério pela Câmara Municipal e tanto o Senhor Presidente da Câmara, como o Vereador do pelouro da cultura Fernando Mendonça estão na disposição de ceder a casa do P. Zé Reinaldo à Fundação Benjamim Dias Costa. Levantam a hipótese de ceder a casa gratuitamente por um período de 50 anos. Esta foi a reacção imediata do Sr. Presidente da Câmara e do Senhor Vereador do pelouro da cultura. Para se chegar a vias de facto ainda será preciso percorrer um longo percurso.

Parece-nos no entanto razoável esta solução, pelo menos a Fundação Benjamim Dias Costa não foi esquecida. e há boa vontade em pelo menos nos próximos anos ceder à Fundação aquilo a que ela terá direito por razões da proximidade e de necessidade urgente.

Se o problema não foi resolvido da raiz foi pelo menos salvaguardados os direitos da Fundação para os próximos anos. Ainda vale a pena pôr os problemas junto de quem e razoável e tem boa vontade para os enfrentar.

ONDE VÃO PARAR OS ESGOTOS DAS CENTENAS DE CASAS EM CONSTRUÇÃO DA QUINTA DO GAMA

No Verão passado a caixa de saneamento que fica junto do Centro Paroquial por ser mais baixa começou a deitar fora os esgotos das águas domésticas. 0 cheiro desagradável é uma ameaça à saúde pública, junto duma casa onde vivem tantas crianças. A Câmara veio e a vinda dos homens da Câmara deve ter contribuído para impedir que se continuasse a lançar na rede de saneamento os esgotos. A rede do saneamento está de facto feita, mas não tem saída e como o Centro Paroquial fica na parte mais baixa é aqui que saem os esgotos em plena entrada, cobrindo todo o parque de estacionamento.

Há dias repetiu-se a cena e voltaram a aparecer os esgotos a céu aberto, estando assim mais uns dias.

0 pessoal da Câmara voltou e verificou-se que começaram a lançar na rede saneamento os esgotos que saem neste lugar por ser o mais baixo pois a rede de esgotos das águas domésticas não tem qualquer saída. A rede foi feita pela Câmara não para funcionar já, mas só quando houver ligação a ETAR, o que na melhor das hipóteses ainda vai durar uns anos. 0 que significa que nos próximos anos vamos ter problemas muito sérios com o saneamento. Neste momento estão em construção na Quinta do Gama 4 blocos de apartamentos, e prevê-se que nos próximos tempos surjam muitos outros pois foram vendidos com esta condição que no prazo de um ano e meio comecem a ser construídos e terminados salvo erro no prazo de 3 anos. Os lotes vendidos foram salvo erro 13. Por isso no prazo de 3 anos vamos ter na Quinta do Gama centenas de famílias e os esgotos para onde vão? Mesmo que a Câmara obrigue a fazer, como está previsto, as fossas não resolvem nada ou resolvem pouco.

0 tipo de terreno não é de molde a sumir as águas e em algumas partes a pouco mais de 1 metro de profundidade é de pedra. Que fossas vão ser feitas na pedra? Para onde vão as águas. Imaginemos que os proprietários fazem uma pequena fossa. Estarão dispostos a limpá-la todos os dias? Não irão surgir tentações de fazer ligações ao saneamento de águas pluviais ou de águas domésticas para não terem junto da porta as fossas a abarrotar e a por mau cheiro.

A ligação a qualquer dos saneamentos serve pelo menos para afastar da sua casa os esgotos, mesmo que outros se possam sentir aflitos com a concentração de todos os esgotos. Se não forem tomadas medidas urgentes vamos ter no rio Gonde uma concentração de esgotos de centenas novas famílias!!

Este vai ser nos próximos anos um problema muito sério para toda a freguesia, e levanta o problema de ligação à ETAR dos esgotos das centenas de casas que se estão a construir no Centro da Freguesia.

A Partir do dia 31 de Outubro todos os telefones da região de Avanca, bem como em todo país, foram alterados.

Tipo de Telefone	Antes	Agora
Portugal Telecom (Fixo)	034.XXXXXX	234XXXXXX
TMN	0936.XXXXXXX	96XXXXXXX
TELECEL	0931.XXXXXXX	91XXXXXXX
OPTIMUS	0933.XXXXXXX	93XXXXXXX

Terá de se marcar sempre 9 números, ou seja, passa a ser sempre necessário marcar o indicativo (substituindo o 0 por um 2 no sistema fixo, enquanto no sistema móvel será retirado o 0 e o 3 que estava presente em todas as redes móveis)

NO CONCELHO DE ESTARREJA

No distrito, o PS colheu 145.575 votos (40,1 por cento) e tornou-se, pela segunda vez desde 1983, a primeira força politica do circulo eleitoral.

O PSD recebeu 138.686 votos (38,2 por cento). O PP colheu 49.183 votos e continua firme no terceiro lugar (13,5 por cento), seguido da CDU com 12.797 votos (3.53 por cento), reforçando a influência eleitoral. O Bloco de Esquerda também dá sinais de crescimento com 4.676 votos (1.29 por cento).

Em quinze possíveis, o PS elegeu 7 (mais um que há quatro anos), o PSD mantém os seis e o PP segura os dois eleitos. CDU e BE não elegeram qualquer representante.

No concelho, o PSD continua a receber a preferência do eleitorado, sem termos em conta as autárquicas. Venceu localmente com 5.645 votos, seguido do PS que recolheu 4.984 votantes, do PP que recebeu 1.668 votos, da CDU com 550 votantes e Bloco de Esquerda, no qual votaram 189 eleitores. A abstenção foi de 40,1 por cento.

Comparando com 1995, todos os partidos baixaram as votações, excepto a CDU (+51). A maior perda deste ano: PSD – 3.419; PS – 3.103; PP – 1.047; CDU- 416 e Bloco de Esquerda 84. E, por fim, a titulo de curiosidade, as votações nas autárquicas para a Câmara em 1997: PS – 6.135; PSD – 6.046; PP - 842 e CDU 524.

Quando Egas Moniz deixou a Casa Museu que tem o seu nome havia uma comissão que a administrava. A primeira comissão presidiu o Prof. Boaventura de Melo e foi no seu tempo que devido à falta de verbas se entregou à Câmara Municipal de Estarreja a administração da Casa Museu. Mas a verdade é que a intenção de Egas Moniz não era esta.

Júlio Neves deixou grande parte da sua fortuna aos pobres de Avanca e como toda a gente sabe os bens foram desviados para os Bombeiros de Estarreja, para a Câmara Municipal. Embora se diga que a Câmara Municipal de Estarreja vai compensar os pobres de Avanca até agora ainda nada foi feito de concreto. O que há de concreto é que os bens foram desviados... e não houve ainda compensação.

A casa da caridade Pombo foi deixada à Câmara para Museu e sem a Câmara neste caso ter culpa, o problema vai-se arrastar por não sei quanto tempo e no fim a casa ou vai ser dada ou vendida. Mas se a Câmara der ou vender a casa a alguém que não seja a uma Instituição de Avanca será mais um "roubo" à freguesia e neste caso como noutros a Câmara terá a mesma culpa.

Finalmente a casa de P. José Reinaldo que pretendia deixar os seus bens para uma Fundação para perpetuar o seu nome, em virtude dos outros bens (dinheiros) terem desaparecido ficou só a casa situada no Bairro do Libório e um terreno em Fermelã. Em virtude da não viabilidade da Fundação, a mãe ficou com direito a metade da herança e a outra metade foi entregue, ou vai ser entregue à Fundação Soalheiro Madureira de Estarreja. Claro que metade da casa vai dar para quê: para ser vendida e a referida Fundação recebe uns milhares de contos em troca. Ora havendo uma Fundação contigua à Casa, parecia-me mais lógico que fosse a Fundação Benjamim Dias Costa a receber essa herança. A Fundação Benjamim Dias Costa há mais de 30 anos que presta bons serviços às famílias de Avanca, tomando conta dos seus filhos enquanto os pais vão trabalhar. A Fundação foi fruto dum benemérito, Adelino Dias Costa, e não custou nada ao Estado na sua construção, apenas na sua manutenção. Agora passados estes tempos todos a Fundação Benjamin Dias Costa precisa urgentemente fazer obras estruturais, ou seja totalmente renovada. As obras orçadas em 120.000.000$. Além disso precisa de espaço para as crianças poderem estar, enquanto as obras se fizerem. Seria lógico que a Fundação fosse beneficiada pois para além do dinheiro precisa também do espaço do quintal e da própria casa.

Ao termos conhecimento de que o Governo Civil tinha decidido entregar a metade da Casa do P.. Zé Reinaldo à Fundação Soalheiro Madureira, enviamos ao Governo Civil a seguinte carta:

CARTA AO SENHOR GOVERNADOR CIVIL

Tive conhecimento particular de que o Governador Civil tinha intenção de entregar à Fundação Soalheiro Madureira a parte da casa do P. José Reinaldo, falecido nos Estados Unidos da América, casa essa situada na Rua Corte Real, desta freguesia de Avanca, o qual deixou a casa para nela ser instalado um Museu. Como a mãe ainda é viva, será a mãe a herdeira de metade dos bens por ele deixados, visto que a Fundação que ele queria fazer não tem meios de subsistência (os bens dos Estados Unidos desapareceram).

Ora existindo em Avanca a Fundação Benjamim Dias Costa, Instituição de Solidariedade Social, que é contigua ao quintal da casa e existindo também em Avanca o Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca, instituição de Solidariedade Social para acolhimento de crianças e idosos, parece-me injusto que nenhuma das duas Instituições tenha sido contemplada.

Neste momento a Fundação Benjamim Dias Costa vai entrar em obras de remodelação no valor de cento e vinte mil contos, tendo apenas prometidos do Ministério da Solidariedade trinta e seis mil contos. Por outro lado a Fundação ao entrar em obras precisa de uma casa onde a Comunidade Religiosa, lá instalada e que orienta a casa, possa viver.

Ora não há casa que tenha melhores condições que a antiga casa do P. José Reinaldo para as Irmãs poderem ocupar, por ficar contigua à Fundação. A Nestlé emprestou uma casa a esta Comunidade Religiosa durante um ano, mas agora quer a casa livre, não tendo as irmãs para onde ir.

Irá a Fundação Benjamim Dias Costa que tanto precisa de ajuda neste momento para poder realizar as suas obras, ter que comprar ou alugar à Fundação Madureira Soalheiro a casa a que tinha direito mais do que ninguém?

Os pobres de Avanca foram "roubados " em muitos milhares de contos, o que posso comprovar pelo Testamento do Senhor Júlio Neves feito em favor dos pobres de Avanca e que foram desviados para os mais diversos fins não contemplados no Testamento. Se o P. José Reinaldo quis fazer uma Fundação em Avanca, porque os seus antepassados eram de cá, parece-me que as Fundações existentes na freguesia teriam uma palavra a dizer.

Por isso se a Fundação Benjamim Dias Costa, pelas razões apresentadas, não tiver prioridade sobre todas as outras, entendo que também o Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca, reconhecida como Instituição de Utilidade Pública pelo Governo, tem igual direito a candidatar-se também à parte que lhe pertence.

Em resumo, ou a Fundação Benjamim Dias Costa por razão da proximidade e da grande necessidade que neste momento tem da casa, será a única a ser contemplada, ou então por compromissos assumidos deverão ficar as três em igualdade de circunstâncias, nomeadamente a Fundação Soalheiro Madureira, a Fundação Benjamim Dias Costa e o Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca. Parece mais lógica que as Fundações da freguesia sejam contempladas.

O povo de Avanca está "marcado" por bens que foram deixados em testamento para os pobres desta terra e foram desviados para outros fins. 0 Problema agora é diferente, mas parece lógico que as Fundações existentes na terra tenham uma palavra a dizer

Penso que muitas vezes as pessoas que têm que tomar decisões podem não estar informados e este pedido tem como fim não apenas esclarecer, mas apresentar uma petição legitima em favor da Fundação e do Centro Paroquial e Social. A outra solução vai dar polémica na freguesia porque é mais uma solução unilateral.

Na certeza de que este nosso pedido irá merecer da parte de V Ex.cia a melhor das atenções, subscrevo-me agradecido.

RESPOSTA DO GOVERNO CIVIL DE AVEIRO

Encarrega-me Sua Excelência o Governador Civil, Dr. Antero Gaspar, de informar V. Exa que, relativamente ao assunto mencionado em epigrafe não tem este Governo Civil qualquer titularidade sobre o prédio em causa, transcendendo a situação em causa, nesta fase, uma possível intervenção por parte desta entidade.

Aproveito a oportunidade para apresentar a V. Exa os meus melhores cumprimentos,

Desde há 10 anos que estou à frente do jornal Noticias de Avanca. Procuramos que o jornal saísse com regularidade mensal. Nos primeiros tempos enquanto não regularizamos o Porte Pago foi-nos debitado uma conta de mais de trezentos contos. Fomos adiando o pagamento, mas depois tivemos que pagar. Foi a Igreja que suportou este prejuízo.

Todas as vezes que foi preciso renovar o Porte Pago, era-nos comunicado à última hora em prazos curtíssimos. Se fosse a cumprir o tempo que a documentação necessária para renovar o Porte Pago gasta, quer nas Finanças, quer na Segurança Social, os documentos necessários levariam mais tempo do que aquele que era fixado pelo Instituto da Comunicação Social. Porque os prazos eram curtos, pedi sempre por favor para me fornecerem essa documentação para a poder enviar a tempo. Ás vezes deixando tudo, lá fui conseguindo arranjar os documentos. Quando se tornou obrigat6rio pagar 10% do Porte Pago a Igreja foi assumindo pagar mais esta despesa, apesar do prejuízo que o jornal tem dado todos os anos. Já lá vão mais de dois anos. Agora surgiu há dias uma comunicação em que se comunicava que pelo Decreto Regulamentar nº 8 de 9/6/99 a Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Avanca tinha sido cancelada como empresa jornalística.

Ora pela Concordata, o nome oficial que é reconhecido pelo Estado como tendo personalidade jurídica, são as Fábricas das Igrejas Paroquiais das Freguesias. Os bens da Igreja tem como suporte jurídico as "Fábricas das Igrejas". Praticamente todos os jornais ligados à Igreja estão em nome das Fábricas das Igrejas. Sei que alguns padres já receberam também a mesma comunicação e é fácil medir o alcance da medida, quando se quiser renovar o Porte - Pago as Fábricas das Igrejas não podem faze-lo. Dito por outras palavras as par6quias não podem ter jornais com Porte - Pago. Com esta medida são liquidados umas centenas para não dizer milhares de jornais, tendo alguns deles um longo período de vida.

O Noticias de Avanca tem uma longa hist6ria de várias décadas e não me passa pela cabeça que se uma medida destas do governo possa impedir a sua publicação. Se isto vier a acontecer, esta medida pode comparar-se ás medidas do tempo da República em que apareciam leis eivadas de um forte jacobinismo contra a Igreja.

Podem-me dizer que se pode constituir uma sociedade que possa servir de suporte peri6dico, mas isto não é fugir à questão? Então se a concordata reconhece personalidade jurídica ás Fábricas das Igrejas Paroquiais porque e que agora querem tirar a possibilidade das Igrejas Paroquiais terem o seu jornal à semelhança de outras empresas jornalísticas? Claro que me podem dizer: mas ninguém impede que a Igreja publique os jornais que quiser, nem isto está proibido. Mas se os jornais por serem da Igreja ficam sem terem as mesmas regalias que outras, então onde está a igualdade de que tanto se fala? Esta medida que me parece suspeita e com segundas intenções para além do mais e uma medida profundamente injusta. E a imprensa regional, muita dela ligada à Igreja que une os emigrantes ä sua terra natal. Eu tenho mil coisas para fazer e apesar de todo o jornal ser feito graciosamente menos a impressão, como é óbvio, mesmo assim o jornal dá prejuízo à Igreja. Parece-nos no entanto que o jornal é tão importante para quem está fora desta terra, que privá-los do jornal, é muito grave. São também os emigrantes portugueses que enviam para Portugal mais dinheiro do que aquele nos vem da C.E.E.. Isto dizem as estatísticas. A Imprensa Regional tem tido um papel relevante ligando os emigrantes à sua terra. Mesmo os filhos desta terra que estão espalhados pelo pais dão muitas vezes testemunho da importância que tem o jornal para saberem o que por aqui se passa. É com esta certeza que apesar dos muitos afazeres temos dado prioridade ao jornal, mesmo que fiquem para trás outras coisas. O dinheiro que o governo investe no Porte Pago é largamente compensado pelos remessas de emigrantes e pelo turismo, pois todos sabemos que os emigrantes portugueses continuam muito ligados à sua terra não é pelo que o governo faz pelos emigrantes, mas pelo que os jornais como o Noticias de Avanca vão fazendo. Várias pessoas me disseram: sabe o que leio do jornal em primeiro lugar?. É quem morreu. Uma coisa simples e que até parece que ninguém lê. Para quem está fora, as noticias mais simples tem muita importância... Isto vai dar muito que falar e eu não sou pessoa para me calar, nem estou disposto a aceitar decretos feitos por jacobinos que discriminem a Igreja. Não pretendo que a Igreja tenha favores, nem os quero. Muita gente diz que a Igreja tem favores porque não paga impostos, mas eu digo que isso não é favor nenhum, mas é uma maneira de compensar os bens que o Estado roubou à Igreja. Por outro lado o que a Igreja faz na educação da juventude é muito grande e se ainda por cima tivesse que pagar impostos seria grave. Nisto não tenho complexos. Por causas justas lutarei até ao fim.

A Associação Atlética de Avanca tem feito todos os anos um sorteio para angariar fundos para as elevadas despesas. Agora com a construção da novo campo triplicam as necessidades e por isso foi necessário fazer-se um esforço maior. O sorteio tomou uma nova dimensão, vários membros da direcção fizeram um esforço maior na venda das bilhetes. O primeiro prémio era um automóvel e o número sorteado foi 80.630.

Quando toda a gente se interessa, as coisas vão um pouco mais longe. Para se poder levar a bom termo as obras da novo campo é preciso que cada um contribua também dando a sua oferta.

Mesmo que o Estado ajude, não se consegue fazer grandes obras sem o contributo das particulares, quer na campo desportivo, quer na solidariedade, e mesmo na campo artístico.

As escolas de Avanca que até agora não tem tido cantina eram Água Levada e Bandeira. Na Bandeira há uns anos tentou-se criar uma cantina, que teve vida efémera. As cantinas têm vantagens, facilitando a vida aos pais que trabalham, por preços baixos. Mas tem o grande inconveniente de desagregar a família. Nas sociedades industriais em que os pais trabalham, as refeições seriam uma ocasião de encontro na família. Mas a verdade é que é impossível a muitos pais virem buscar os filhos, dar-lhes a refeição, voltar a trazer os filhos à escola, para irem para o emprego. Isto é impossível aos pais que trabalham e não têm ninguém que os ajude.

Por isso muitos pais da Bandeira procuraram resolver o problema da falta de cantina, colocando os filhos noutras escolas que tinham cantina. Agora tornando-se obrigatório a Pré-Escola, sendo as Câmaras Municipais responsáveis por criar cantinas na Pré-Primária com este empurrão, põe-se a hipótese de criar cantinas na Bandeira e em Água Levada. Não tendo Água Levada instalações na Escola para dar refeições ás crianças, o Centro Paroquial está na disposição de facilitar as instalações da A.T.L., junto da Capela para poder fornecer ás crianças as refeições.

Se a Câmara Municipal tiver que fornecer as refeições ás crianças da Concelho, mesmo aquelas que não têm cantina, será bastante difícil a Câmara fazer a sua distribuição, para o que seria necessário ter uma equipa muito grande para o fazer a tempo e a horas. E em virtude da Centro Paroquial estar na disposição de criar um A.T.L. em Água Levada e não havendo outras instalações onde se possam distribuir as refeições, o Centro Paroquial vai tentar colaborar com a Câmara Municipal para se poder resolver o problema da Cantina de Agua Levada.

Aguarda-se que a mesma Câmara Municipal possa equipar as salas da A.T.L. para se poder começar, quer com a Cantina, quer com o A.T.L.

O CENTRO PAROQUIAL COM MAIOR INTERFERÊNCIA NOS PROBLEMAS SOCIAIS DA PAROQUIA

O jornal já fez referência ao Acordo de Intervenção Comunitário ensinado pelo Centro Paroquial com a Segurança Social a fim de ter uma maior intervenção na comunidade. Em grande parte este trabalho já era feito, pelo Centro sem qualquer ajuda da Estado quer na resolução das problemas da rendimento mínimo, quer na resolução das problemas sociais, quer na criação da Ludoteca. Se tudo isto era feito sem qualquer contributo da Estado, agora o Estado vai dar uma ajuda, para podermos ter mais uma Assistente Social e uma ajudante familiar. O nosso acordo é também o reconhecimento deste trabalho já feito pelo Centro Social.

O Crisma é um acontecimento sempre importante na história duma paróquia. Deveria ser uma etapa marcante na pastoral juvenil. Surgindo depois duma caminhada catequética de 11 anos, ele deveria inserir na vida da Igreja cristão adultos e empenhados depois duma preparação que operar de tudo é longa.

Mas a verdade é que muitos vão passando os anos sem serem motivados para uma vida mais comprometida com a Igreja e com Jesus Cristo. Há, na entanto uma percentagem de jovens que tomam a sério a sua caminhada e que se empenham nas causas nobres já estão inseridos em grupos quer nos escuteiros quer nas catequeses, quer nos grupos corais e esperamos que outros possam avançar para o grupo dos «Jovens Ap6stolos» que é o grupo de reúne os jovens depois da Crisma. Este grupo tem caracterizado a sua secção ligada a gente carenciada.

O Sacramento da Crisma que é aplicação da Pentecostes e cada um dos crismandos, é assim a abertura ao Espírito Santo, para que os nossos jovens possam inserir-se na Sociedade e na Igreja como fermento.

Por isso na dia 5 de Dezembro vamos ter o nosso bispo, D. Ant6nio Marcelino a administrar o crisma a um grupo de jovens e alguns adultos, ás 17 horas, na missa da tarde de domingo.

A Junta de Freguesia está a dar passos importantes em ordem a executar o testamento de Júlio Neves.

O Dr. Armando Garrido nosso conterrâneo, tem servido de representante da Junta de Freguesia. O prédio do Porto vai ficar livre de inquilinos, pois desta maneira ele vale muito mais dinheiro. A indeminizaçao é pouco significativo segundo o meu modo de vêr e assim pode ganhar-se muito dinheiro com o prédio livre.

Qualquer empreiteiro que pretenda fazer as obras vai pôr o problema da prédio que ficar ao lado e que tem a mesma fachada. A rentabilização da espaço dos dois prédios ficaria muito melhor se ao fazer as obras fizessem em conjunto. Era possível pôr um elevador comum e era também possível organizar melhor o espaço, os dois últimos andares sem terem elevador são de difícil acesso para a maior parto das pessoas, por ficarem muito altos.

A vontade da Junta Actual será vender pois foi isto que Júlio Neves disse na seu testamento e que deve ser cumprido. Estou convicto que o prédio agora valerá muito mais dinheiro, em virtude de ficar livre de inquilinos.

Se for possível fazer as obras interiores do prédio em conjunto, deixando a fachada da frente ficará um prédio de muita categoria na zona histórica do Porto. As duas frentes darão cerca de 18 metros. Se por só uma não é possível pôr-se elevador. A empresa que comprar vai ter interesse em unir as duas partes para poder fazer um rico prédio, que ficará com uma fachada toda em granito.

A Junta de Freguesia vai ter também direito a um 2º prédio cujo usufruto é da D. Silinha Neves até à sua morte.

Mas a estrutura deste 3º prédio já parece um pouco diferente, envolve a frontaria em granito, como as anteriores Para rentabilizar mais os prédios poderão ser necessários algumas negociações para juntar espaços.

A actual Junta tem no entanto vontade de levar as coisas por diante e cumprir o testamento do grande benemérito dos pobres Júlio Neves. É de louvar esta atitude e podemos dizer que se começa a querer concretizar um testamento que deveria ter sido começado a cumprir em 1979, altura em que a Câmara Municipal de Estarreja e a Junta de Freguesia de Avanca tomaram posse dos bens de Júlio Neves e até hoje nada foi feito. Porque houve omissões graves em todo este processo que ao menos agora alguém queira pôr mãos à obra. Embora seja obrigação da Junta no entanto merece todo o louvor por ter tentado resolver o problema. De facto passaram-se 20 anos sem nada ter sido feito. Ainda bem que agora se começa a cumprir o testamento.

Estimadas em cerca de 200 mil contos, as obras iniciaram-se em Junho do ano passado, encontrando-se já concluídas mas ainda sem data prevista para a sua inauguração.

A piscina, cujas obras foram adjudicadas por 134 mil contos, foi construída ao abrigo do “Programa Desportivo Escolar 2000” e de um contrato-programa de desenvolvimento desportivo assinado entre o Instituto do Desporto (IND), a Câmara Municipal de Estarreja e a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC).

Encarada pela autarquia como uma "obra estruturante do centro da vila de Avanca", a piscina foi pensada de forma a favorecer "o desenvolvimento integrado e harmonioso de todo o espaço" onde se inserem o pavilhão gimnodesportivo, a Escola Básica do Primeiro Ciclo e a Escola Básica 2,3.

A construção da piscina, destinada a apoiar a Escola C+S de Avanca, envolve uma candidatura ao Programa Operacional do Centro (POC). No entanto, diversos factores levaram a autarquia a proceder

à sua reformulação e consequente reprogramação financeira: a necessidade de existir um amplo espaço de estacionamento face à grande concentração de pessoas naquela área, a criação de uma vasta zona pedonal e o arranjo urbanístico de toda a zona envolvente ao equipamento,

A reformulação da candidatura, que elevou os custos da obra de 100 mil contos para os 182 mil contos, acrescidos de IVA, permitiu, assim, criar uma vasta zona pedonal (com sete mil metros quadrados), complementada com áreas verdes ajardinadas, numa área total de 7 500 metros quadrados. A área inclui ainda parque de estacionamento para 150 lugares

A empreitada, cujo contrato foi assinado em Dezembro de 1997, envolveu ainda a execução de trabalhos a mais, no valor de 48 mil contos, relacionados com o "fecho" de um arruamento e a abertura de um outro, de acesso à piscina e ás instalações escolares adjacentes.

A piscina será obrigatoriamente utilizada pela Escola C+S de Avanca, ficando, fora do período escolar, disponível à utilização da população. O novo equipamento, além do tanque de aprendizagem (com as dimensões de 16,66 x 10,00 metros) inclui ainda instalações sanitárias, balneários comuns (com nove chuveiros) e duas salas de vestuários.

Os serviços de apoio são compostos por uma central eléctrica (englobando o sistema de tratamento e aquecimento do ar e águas para o tanque e chuveiros) e o sistema de condutas para ventilação e desumidificação do ar.

O grupo musical APARD'ILHOS celebra todos os anos o aniversário do grupo. Os aniversários são a maior parte das vezes celebrados na terra de onde são naturais, a maior parte dos elementos do grupo e onde está sediado em Pardilhó. Mas este ano o grupo porque tem elementos em Avanca, quer vir celebrar o seu aniversário a Avanca como homenagem aos elementos que o compõem, naturais de Avanca que dão ao grupo um contributo notável. Por isso, no dia 6 de Novembro vamos ter no Audit6rio do Centro Paroquial e Social o grupo Apard'ilh6s em festa de aniversário. Pela qualidade que o grupo tem merece também o apoio de todos n6s e a nossa presença colaborante. Vai estar também presente o grupo «Jobra» da Branca, que já esteve no Auditório do Centro.

Vai-se realizar um espectáculo no Salão Paroquial de Avanca, no dia 6 de Novembro de 1999, pelas 21H30m, comemorativo do 16º Aniversário do Grupo de Música Popular Portuguesa "A PARD'ILHÓS"

Estava nesta altura em construção o Auditório. Frei Hermano era cantor muito apreciado. Apareceram as canções ligadas a Jesus de Nazaré. Frei Hermano veio ao Auditório do Centro Paroquial e foi um sucesso. Nessa altura terão estado no Auditório cerca de mil e seiscentas pessoas. Mas houve muita gente que não pôde entrar por não haver lugar. Com o Auditório acabado havia a ideia de ele voltar de novo. Agora vem a convite da Câmara Municipal de Estarreja integrado na Semana do Idoso. Estamos convencidos que o Auditório vai ficar de novo superlotado até porque as entradas são livres até se encher a sala. Neste dia haverá um encontro de idosos no Centro Paroquial de Avanca. Serão à volta de 600 os idosos que irão participar das várias freguesias do concelho de Estarreja.

Um grupo de 46 pessoas, de várias terras, sendo a maioria de Avanca estiveram em Israel que vulgarmente chamamos Terra Santa. É uma terra que tem 4 mil anos de historia Bíblica e onde ocorreram os principais mistérios de Nossa Salvação. Para os cristãos é de facto uma terra única e passarmos por esses lugares, mexe connosco. Se para os maometanos ir uma vez na vida a Meca, por ser a terra de Maomé que é um profeta, com maioria de razão para nós cristãos ir uma vez ao lugar por onde andou Jesus é de facto inexplicável. Se vamos visitar um lugar onde terá aparecido Nossa Senhora e isso nos comove, o lugar onde viveu vários anos N. Senhora com toda a certeza foi Nazaré e isto é um dado hist6rico. Israel é por isso uma terra única e vale a pena poupar para ao menos uma vez na vida, podermos ir seguir os passos de Jesus, Jerusalém é disputada como o lugar Santo para os Judeus, para os Muçulmanos e para os cristãos. Esta a razão de algumas guerras. No entanto apesar desta disputa por esta terra nós podemos andar á vontade em Israel.

HOMENAGEM AOS BENFEITORES DOS POBRES

Já passou muito tempo e se o assunto não tivesse grande importância não referia. Nos princípios de Junho a Conferência Vicentina organizou uma homenagem aos benfeitores dos pobres, uma homenagem simples mas significativa. No lar de idosos, com a presença de muita gente, estando também presentes as pessoas que queríamos homenagear. Celebrou-se a Eucaristia em que foram lembrados os grandes amigos dos pobres desta terra. E são eles vários. Entre os mortos contamos com Júlio Neves, António do Albeitar, Adelino Dias Costa. Entre os vivos reconhecemos: D. Cilinha Neves, Carlos da Fonseca Júnior, Francisco Carvalho, D. Lurdes Pereira, Isaura Gomes, o grupo de jovens cristãos da paróquia e o grupo Up With People. As suas dádivas são fruto de amor grande aos pobres. Não se dá uma terra, umas centenas de contos para um fim que não se gosta. Entregou-se uma placa com a seguinte inscrição: «Pelo amor que tens dedicado aos pobres, a Conferência e a paróquia agradecidas». No final houve um lanche em que estiveram em franco convívio, os membros da Conferência Vicentina e os homenageados. Os cristãos têm que ser reconhecidos aos benfeitores dos mais pobres.

A PISCINA

Está praticamente concluída a piscina de Avanca. Avanca sendo a 29 freguesia do concelho de Estarreja pode dispor de uma piscina aquecida para ao longo do ano se poder utilizar.Para alguns poderá parecer um luxo a existência de uma piscina. É no entanto, vulgar em muitas freguesias a existência de piscinas públicas para a prática do desporto. A piscina de Estarreja está sempre superlotada. Agora com a existência da piscina em Avanca, quer a comunidade escolar, quer o público em geral já pode disfrutar desse bem. Há muitas pessoas que tem dificuldades da movimentação a quem por vezes os médicos aconselham a natação.A piscina aquecida é assim um bem a que o povo de Avanca tem acesso e sobretudo é uma oportunidade para a nossa juventude poder aprender a nadar e a praticar desporto. Todos reconhecemos da importância que tem, aprendermos a nadar, até porque um dia podemos precisar de nos salvarmos uns aos outros. Se a Rita não soubesse nadar, o pequeno Samuel já teria morrido, como o nosso jornal já noticiou há cerca de ano o meio.

OBRAS DA FUNDAÇÃO BENJAMIM DIAS COSTA

Já se falou na necessidade da Fundação entrar em obras, tendo já cerca de 30 anos de funcionamento, As instalações da Fundação precisavam de sofrer uma intervenção profunda. As paredes do edifício principal eram as paredes da antiga casa e estavam cheias de sainha. Para além disso o pé direito das salas do rés-do-chão era baixo. Quando as crianças foram para férias em fins de Julho, aproveitou-se a sua ausência para se demolir o pavilhão, lavandaria e um conjunto de construções que estavam sem ser utilizados. Para substituir o pavilhão teve de se manter outro mais a norte, para agora se tentar durante o período lectivo construir as estruturas ligadas à cozinha, lavandaria e chegada das carrinhas, incluindo a rampa para o 1.º andar. Ainda há dúvidas se se vão aproveitar as paredes antigas. Vai crescendo a opinião de que será melhor demolir tudo, aproveitando os elementos decorativos das escadas, das janelas em cantaria, que lhe dá um aspecto de casa antiga. Estes elementos podem no entanto ser inseridos nas paredes nonas. Isto permitiria que se pudesse recuar o edifício à maneira de ficar em frente um passeio, o sobretudo ganhava-se espaço, pois as paredes antigas são muito grossas e também se resolveria o problema da sainha. O deixar as paredes exteriores dificulta até a demolição e a reconstrução pois não podem facilmente entrar as máquinas dentro do edifício. Por isso até nos parece que não haverá sobrecarga de custos no caso de se demolir toda a estrutura da casa antiga, pois a demolição e a reconstrução tornam-se mais fáceis.

No dia 1 de Agosto foram inauguradas as obras de restauro de capela da Agua Levada e as salas de catequese. Nesse dia o Sr. Reitor proferiu estas palavras: A inauguração do restauro da capela de Sta. Ana e das salas de catequese tem para a população de Agua Levada grande significado.

Feita a capela no período a seguir ao 25 de Abril de 1974, as duvidas c incertezas que marcou este período, no nosso país, não permitiu que se desse um acabamento mais digno a esta capela. Sempre os cristãos, ao longo dos tempos procuraram dar a Deus o que de melhor e mais belo têm, é por isso que ainda hoje temos monumentos com mais de mil anos, com uma grandiosidade e beleza que desafia os próprios séculos. Desde os paramentos, às alfaias litúrgicas, aos templos no seu conjunto, procurasse dar a Deus o melhor, porque ele é o senhor de tudo.

Depois do 25 de Abril de 1974 a vida dos portugueses foi melhorando progressivamente. 0 acesso aos bens de consumo foi-se tornando mais fácil. A vontade de melhorar a capela, aplicando materiais mais dignos era uma ideia que estava na cabeça de alguns habitantes desta terra, procurando dar-lhe a dignidade de que a Casa de Deus merece. Assim foi possível revertirse o Ambäo, o Altar, e o sacrário com outros materiais, substituir a alcatifa já gasta por um mármore branco, colocou-se um painel de Santa Ana e dos seus descendentes, de ilustra linhagem, revestir o tecto com madeira, dar uma outra apresentação ao sacrário, tentou-se construir de raiz duas salas de catequese tão necessárias, pois funcionando aqui os grupos não havia uma sala para a catequese. Isto envolveu várias obras que não chegaram a acabar-se na totalidade, faltando pequenas coisas de pormenor e alguns acertos.

0 sacrário é que ficou mais atrasado. As salas de catequese que começaram há mais tempo também não chegaram a ser acabadas por três razões fundamentais: depois que se pensou em poder funcionar durante a semana uma turma de A.T.L., para as crianças da escola, passaram por aqui pessoas da Segurança Social que insistiram em criar uma cozinha na sala maior para apoio às refeições. A sala que não é demasiado grande ficaria ainda mais reduzida e por isso pensou-se criar numa parte destinada a uma casa de banho, uma cozinha, fazendo-se mais uma casa de banho para substituir a primeira. Em segundo lugar as salas do A.T.L. e catequese que não estão a fazer falta para já, podem agora ser acabadas com calma, talvez aproveitando a generosidade das pessoas desta terra. 0 terceiro factor que me levou a não ter pressa foi ter proposto à Câmara Municipal que equipasse as salas de A.T.L. como equipou o A.T.L. do Barreiro de Além de Estarreja. Como já recebemos resposta positiva da Câmara Municipal que quer estabelecer connosco um protocolo, não tem interesse comprar-se equipamentos, estando até com pena de ter encomendado um balcão frigorífico que tenho dúvidas se poderá entrar no equipamento pago pela Câmara Municipal de Estarreja, por me ter antecipado. Penso que hoje se entra nesta capela e tem-se uma sensação agradável quanto às soluções mais importantes, precisando agora de acertar coisas mais pequenas como as luzes pianhas onde estão colocadas as imagens, o problema de som, alguns remates no que foi feito. Para estas obras ligadas à capela teve um papel importante o Dr. José Emídio, nosso conhecido, que formado em Belas Artes foi o autor do painel de Santa Ana redondo da capela, e foi ele que preconizou as outras soluções que foram tomadas, incluindo os bancos da presidência. Ao Dr. José Emídio que já estava ligado por casamento a Agua Levada, ficará agora ainda mais ligado a ela porque tem aqui algo de significativo do seu engenho e arte.

Ao Dr. José Emídio em nome do povo de Agua Levada quero manifestar-lhe a minha gratidão.

Mas é verdade que as soluções tomadas do tecto em madeira, pavimentar a zona da celebração em mármore e revestir as peças principais de celebração em latão e mármore a cor, não são soluções baratas. Se ficávamos mesmo empenhados só construindo as salas de catequese tão necessárias, renovar a capela em seguida ia multiplicar por três ou quatro as despesas!!! Ora isto foi possível devido à generosidade daqueles que há uns anos e agora trabalharam no Restaurante, tendo conseguido no conjunto cerca de 1500 contos. Foi também devido à Durit de que é dos principais donos o Senhor Engenheiro Avenilde Valente que entre as dádivas entregues e prometidas ascende a 2500 contos, tendo o mesmo um nome pessoal prometido 800 contos. Os 3300 contos quase metade do valor das duas, é uma verba demasiado grande que permitiu podermos, encarar estas obras que foram grandes, mas se tornaram fáceis com uma oferta assim.

Ao Sr. Eng. Valente e família, é devido a gratidão de todos, até porque não está limitada à capela de Santa Ana a sua generosidade acontecendo o mesmo em relação à capela de Nossa Senhora do Carmo ao Centro Paroquial, à igreja, à Artística, à Fundação etc. isto e devido À sua fé e um grande amor à sua terra. Por vezes ouço dizer que quem dá é porque o tem, mas todos sabemos que há muita gente nesta terra que ate terá mais dinheiro e não dá praticamente nada para nenhuma obra. Que Deus e Santa Ana o recompense por esta generosidade e amor à sua terra.

Peço desculpa ao Francisco Carvalho que me pediu para não divulgar a sua oferta, mas porque tem sido extremamente generoso para com as missões, os pobres, o Centro Paroquial e todas as obras da paróquia. Penso que devo referir os 500 contos que deu para esta capela. Vindo até poucas vezes a Agua Levada referiu-me há dias que se lembra de ter vindo a Agua Levada vender peixe, o que significa que aquilo que arranjou fruto do seu trabalho, da sua habilidade e porque não dize-lo porque Deus também ajuda aqueles que são generosos para com os mais pobres, as missões, para onde dou dezenas de milhares de contos. Não há maridos generosos se as esposas não o fossem também.

Mas esta obra realizou-se também com o trabalho generoso do Sr. José Pesquina, de dadivas de algumas tintas, de pedras, de projectos feitos gratuitamente como o fez o José Artur, de telhas oferecidas na totalidade pelo Sr. Engenheiro Jardim e os padeiros da padaria dos 3 Reis. Ate os últimos azulejos para a ultima casa de banho foram oferecidos pelo Sr. Belmiro Silva. Os passeios à volta da capela foram oferecidos

Foi possível que o Sr. Diamantino Pinto funcionário do Centro Paroquial pudesse fazer todo o trabalho de electricidade e pixelaria, fazendo muitas vezes de servente, sem se debitar nada À capela em mão de obra e grande parte do material que foi pago pelo Centro Paroquial. Se o trabalho do Sr. José Pesquina e do Sr. Pinto fosse contabilizado daria mais umas centenas de contos.

Deixo para o fim o Sr. Alberto Neves, homem que vive no Alentejo e que por duas vezes se deslocou a este lugar com os seus mármores e apresentou estas contas: Este material custa 7 contos o metro mas para a capela é a 4500$. Mas, a mim não me pagam, se não houver dinheiro. Eu fico para o fim. Oh, Sr. Alberto. Nós sabemos que o ligam laços de grande amizade ao Sr. cónego Salvador Terra. Mas nós não podemos aceitar que venha de tão longe, trazer tanto material que até sobejou, vir cá dois dias com operários e não levar nada. 0 povo de Agua Levada é honrado e nós queremos pagar-lhe honradamente agradecendo o desconto que nos fez.. Sabemos da sua bondade e do seu amor à Igreja. Ficamos-lhe agradecidos.

0 povo de Torrão - Alentejo que há 15 dias passou por aqui sentindo-se agradecido pela hospitalidade quis deixar também o seu contributo, tendo angariado a quantia de perto de 80 contos. Ficará também nesta capela o contributo do povo Alentejano pensando que ele é fruto da gratidão pelo trabalho Sr. Padre Salvador Terra.

Não temos as contas todas, dar-las-ei na primeira oportunidade. Também ainda não estão acabadas as obras.

Os 7 mil contos são cálculos, não são contas exactas. Até hoje sem contar com o dinheiro entregue pelo povo do Torrão entre dinheiro entregue e prometido contabiliza 5.637.500. Se a Câmara como prometeu visa pagar o equipamento não elegerá aos 7 mil contos as despesa. Penso que será um bem para Agua Levada cujas crianças possam ter apoio enquanto os pais vão trabalhar. Faltam ainda umas centenas de contos. Quando estiver tudo acabado e tudo pago darei as contas definitivas.

Pensou-se em dar uma volta pelas portas para se arranjar dinheiro. Vamos acabar as obras e depois vemos se é ou não necessário fazer um peditório.

Perante a generosidade de alguns que não estiveram À espera dos outros para dar as suas grandes ofertas, penso que será possível cada um dar o que entende mesmo sem ninguém lhes bater à porta. Que cada um que entre nesta capela possa dizer que tem aqui um bocadinho do seu trabalho, do seu esforço, da sua generosidade.

Cientistas afirmam que idosos que vão à Igreja têm mais 28% de hipóteses de prolongar a vida

A frequência de participação em serviços religiosos pode ser benéfica para os idosos, concluíram investigadores do Centro Médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, após um estudo que envolveu quatro mil pessoas do estado da Califórnia do Norte. A equipa, dirigida por Harold Koenig, psiquiatra naquela instituição, descobriu que os idosos que iam todas as semanas à igreja tinha 46 por cento menos probabilidades de morrer num período de seis anos do que as pessoas com reduzida ou nula frequência. Mesmo depois de controlarem factores que poderiam influenciar as taxas de mortalidade - como doenças físicas, depressão, ligações sociais, hábitos de saúde e demografia os investigadores concluíram que os participantes regulares em serviços religiosos tinham 28 por cento menos de probabilidades de morrer que outras pessoas consideradas no estudo. As consequências desse efeito foram tão evidentes que as tornam semelhantes ás estatísticas de sobrevivência de quem não fuma cigarros, declarou Koenig num comunicado da universidade.

Os resultados do estudo, financiado pelo Instituto Nacional de Saúde Mental, dos Estados Unidos, foram publicados no numero de Julho/Agosto do Journal of Gerontology. Este é o quarto trabalho importante, divulgado nos últimos dois anos, sobre a relação entre a participação em serviços religiosos e uma mais longa sobrevivência.

A participação em serviços religiosos está associada a significativos benefícios no campo da saúde entre os idosos, mesmo quando se tem em conta o facto de as pessoas religiosas terem tendência para cuidar mais da saúde e beneficiarem de maior apoio social", afirmou Koenig. Segundo a universidade, o novo estudo confirma trabalhos anteriores que demonstram que as pessoas religiosas têm tensão arterial mais baixa, são menos depressivas e ansiosas, possuem sistemas imunitários mais fortes e custam menos ao sistema de saúde pública que outras pessoas com menos envolvimento religioso. O estudo baseou-se em dados compilados pelo Instituto Nacional de Saúde ao longo de dez anos sobre os idosos da Califórnia do Norte e os seus hábitos de vida. Das 1177 pessoas que faleceram durante o período de seis anos que foi objecto da investigação, 22.9 por cento iam frequentemente à Igreja, enquanto 37.4 por cento eram frequentadores irregulares. Embora os investigadores não consigam explicar a associação entre o comportamento religioso e a saúde, consideram haver indícios de que a participação nas actividades da igreja traz benefícios ás pessoas em ternos psicossociais, biológicos e comportamentais.

Em primeiro lugar, os frequentadores habituais de serviços religiosos afirmam beneficiar de lagos sociais mais alargados que as pessoas que vão irregularmente à igreja, o que se traduz numa maioria estabilidade e numa maior possibilidade de doenças de que sofram serem mais rapidamente detectadas por amigos e familiares. Em segundo lugar, a devoção associada aos rituais religiosos pode directamente contribuir para o bem-estar mental e contrabalançar acontecimentos geradores de stress ou doenças no fim da vida. Esses sentimentos positivos podem contrariar o stress e ter efeitos na saúde, como uma função imunitária melhorada", disse Koenig.

Em terceiro lugar, as pessoas que reagem melhor aos altos e baixos da vida parecem ser menos inclinadas a beber, a fumar e a lançar-se noutros hábitos destruidores da saúde. Os idosos religiosos analisados no estudo eram fisicamente mais saudáveis e disseram ter hábitos de vida mais saudáveis que os frequentadores irregulares da igreja, Todos estes factores em conjunto, no entanto, não são suficientes para explicar a relação entre a religiosidade e uma maior sobrevivência, insistiu Harold Koenig.

Rituais religiosos podem contrabalançar acontecimentos geradores de "stress" ou doenças no fim da vida

ENTREVISTA COM MANUEL SILVA

O Concílio Vaticano II restaurou o Diaconado Permanente. A diaconia na Igreja é uma atitude fundamental.

O Senhor Jesus na véspera da Sua morte, como em testamento aos seus seguidores instituiu o serviço dos outros. O lavar os pés aos Apóstolos é uma atitude de alguém que sendo Mestre e Senhor presta serviços aos outros. Os que mais mandam na Igreja são os que mais servem. Com razão o Papa é o Servo dos Serviços de Deus. O mesmo Jesus dizia aos Seus Apóstolos: - "Quem quer ser o primeiro faça-se o último, o servo de todos.

É do tempo dos Apóstolos a escolha de 7 homens de boa reputação, para o serviço das mesas, para que os Apóstolos se possam dedicar mais à oração e à pregação.

Enquanto a Igreja foi serva e pobre aqueles que mais se distinguiam no serviço da comunidade eram ordenados para um serviço mais eficiente da comunidade. Mas quando a Igreja perdeu o sentido de serviço, perdeu sentido a diaconia na Igreja.

E por isso que hoje a Igreja querendo ser de novo serva e pobre ganha sentido a diaconia e por isso a Igreja do Vaticano II restaurou o Diaconado Permanente.

Na Diocese de Aveiro os diáconos permanentes são cerca de 24. O Manuel Silva é o primeiro diácono permanente do Arciprestado de Estarreja.

Um acontecimento importante para a Igreja do Arciprestado e por isso quisemos entrevistar o Manuel Silva sobre o seu compromisso na Igreja.

Notícias de Avanca: O Manuel Silva tem desde criança uma ligação estreita com a Igreja. Pertenceu ao grupo dos fundadores do Movimento do escutismo há 25 anos. Tem estado ligado à junta Regional; participa nas catequeses e na animação litúrgica. Agora o Diaconado é um prémio deste empenhamento na Igreja?

Manuel Silva - Não posso concordar que a minha ordenação como diácono, seja um prémio à doação a esta Igreja que me acolheu no dia do meu baptismo. Tudo o que tenho feito por esta mesmo Igreja acento numa oração que chamamos oração do Escuta mas que não fica mal a qualquer cristão rezá-la. Permito-me o Notícias de Avanca que a deixe aqui a todos os seus leitores:

«Senhor Jesus ensinai-me a ser generoso, a servir-Vos como vós o mereceis / a dar-me sem medida / a combater sem cuidar dos feridas / a trabalhar sem procurar descanso. A gastar-me sem esperar outra recompensa / se não saber que faço a Vossa vontade / Santa Ámen».

Notícias de Avanca - O chamamento de Deus para qualquer vocação de consagração na Igreja não dispensa a medição humana. Teve muitas dúvidas na proposta que há uns anos lhe foi feita de fazer uma caminhada em relação ao Diaconado Permanente? Teve momentos em que pensou desistir?

Manuel Silva - As dúvidas surgem sempre. Algumas vezes me interroguei: Porquê eu. ? Serei capaz de conjugar esta minha caminhada com a minha vida profissional? (O meu local de trabalho no altura era no Porto). À medida que o tempo foi passando apercebi-me que o Senhor insistia para que eu continuasse e não duvidasse (senti muitos vezes o estímulo da minha esposa e filhos). Quantos momentos em que a fraqueza humana me levam a pensar em desistir foram alguns e então lá vinha a voz carinhosa de Deus através do minha esposa e filhos que me diziam: Deus precisa de ti e então um sopro do Espírito Santo e lá estava eu de novo a rezar baixinho e a dizer como Jesus: Pai faça-se a Vossa vontade e não a minha.

Notícias de Avanca - A preparação para o Diaconado teve aspectos variados de estudo quer de ordem doutrinal, quer de ordem pastoral, quer de ordem espiritual. Com certeza tudo foi útil, mas dos 5 anos de preparação do que é que mais gostou?

Manuel Silva - Tendo sempre presente que "havemos de morrer a aprender", toda a formação ao longo dos 5 anos foi muito útil. Gostaria no entanto de realçar algumas matérias que mais me entusiasmaram:

Notícias de Avanca - Os Diáconos Permanentes dependem dos Bispos e são os Bispos que os nomeiam. Parece-me que é intenção do Sr. Bispo nomeá-lo para trabalhar na Paróquia de Avanca. Quais os sectores da pastoral em que mais gostaria de trabalhar?

Manuel Silva - É verdade que um Diácono Permanente ao ser ordenado fica ao serviço da Diocese e cabe assim ao nosso Bispo, iluminado pelo Espírito de Santo analisar onde este servo faz mais falta. Se ele verificar que é em Avanca a terra que me viu nascer há 52 anos, que eu posso pôr os meus talentos a render, mais uma vez que eu seja generoso e humilde para ajudar no crescimento dos crentes e não crentes. Quando me perguntam quais os sectores da pastoral que mais gostaria de trabalhar, poderão pensar que eu iria por em primeiro lugar os adolescentes e os jovens pois tenho dedicado uma grande parte da minha vida neste sector. No entanto e se for de pleno acordo do nosso Reitor Padre José Henriques, gostaria de trabalhar o sector (sócio-Caritativo-3ª Idade, doentes, pobres, marginalizados).

Notícias de Avanca - Se hoje lhe entregassem a orientação duma paróquia a que sectores daria prioridade?

Manuel Silva - Por certo que não estaremos a falar de uma paróquia que está no ponto zero e como tal a primeira coisa a fazer seria conhecer essa Paróquia e a partir desse estudo elaborar a minha lista de prioridades que por certo passaria pela pastoral juvenil, catequeses de adolescentes, jovens e adultos, pastoral familiar (famílias em crise).

Notícias de Avanca - É o primeiro Diácono Permanente do Arciprestado de Estarreja, enquanto outros Arciprestado já têm vários diáconos. O porquê desta situação?

Manuel Silva - É certo que outros Arciprestado já têm vários diáconos. Mas também é certo que hó Arciprestado que ainda não têm Diáconos Permanentes. Quero acreditar que se não há mais Diáconos no nosso Arciprestado é porque a nossa gente no sua maioria ainda não descobriu a riqueza de ser Servo, esta palavra envergonha ainda muitos cristãos e tapa-lhe de tal forma os ouvidos que não conseguem discernir a voz do Senhor que chama constantemente e todos os dias. Outras pessoas ainda têm vergonha de dor testemunho de Cristo e deixam-se levar pela voz do povo quase sempre destrutivo. É tempo de decisão e tomarmos consciência que todos nós podemos fazer muito por esta Igreja sob pena de um dia podermos ouvir as palavras que o Senhor disse ao servo que tenho recebido um talento, o foi enterrar com medo que alguém o roubasse.

Notícias de Avanca - Parece-lhe que a família dificulta um empenhamento maior nas tarefas pastorais?

Manuel Silva - Se o diálogo estiver presente em todos os momentos da nossa vida, se a família não for egoísta ao ponto de cada um dos seus membros não "enchergarem "outros horizontes para além do seu lar, por certo que qualquer trabalho pastoral fica assim dificultado. Agora se cada um dos elementos do família descobre que a sua vontade de serviço e capacidade de doação tem de ultrapassar as barreiras do seu lar, a alegria de viver e de se dar é muito maior.

Em nome do organização «Up With People,,, queria agradecer calorosamente pela vossa ajuda tão preciosa. Foi, para a Natasha, para o grupo e eu mesma, uma experiência única e verdadeiramente enriquecedora, de termos estado no comunidade avancanense.

Dinamizar os coisas, viver-se na casa dos pessoas, proporcionar-lhes momentos felizes... eis exactamente o que nós gostamos de fazer.

Peço-lhe também que agradeça por nós às cozinheiras que prepararam, com tanto carinho, tão boas refeições.

Obrigado por nos ter deixado limpar o estacionamento. Obrigado também pela electricidade que nós, no realidade, tanto precisávamos.

E, finalmente, um muito obrigado pela vossa ajuda quotidiano, pelo vosso apoio, vossos sorriso e vosso bom humor.

Desejo voltar um dia à Avanca onde tão bem me senti, durante estas três semanas.

0 grupo «Up With People» deixou em todos os avancanenses uma grande simpatia e muitas saudades. Por tudo o que fizeram nesta terra, estamos imensamente gratos. No entanto, são eles que agradecem...

RELATORIO

Intervençao de Restauro no retábulo existente na capela de Nossa Senhora do Carmo em Avanca

Todo o conjunto arquitectónico da Capela de Nossa Senhora do Carmo encontrava-se antes de sofrer obras de restauro, num estado de completo abandono, correndo o risco de todo este Património (incluindo a decoração interior), perder-se para sempre. Isto só não aconteceu, graças à intervenção rapidíssima do Exmo. Sr. Padre José Henriques da Silva, pároco de Avanca. É. bom sabermos que existem pessoas assim.

Todo este estado de degradação da capela contribuiu e muito, para a destruição lenta do belo retábulo que decora actualmente o interior da capela.

Este pequeno e belo exemplar de talha barroca, para além do mau estado das madeiras (estavam a desmoronar-se) encontrava-se barbaramente repintado. Neste repinte foram utilizadas tintas de parede e, de todas as cores possíveis e imaginárias. Depois de se fazerem análises cuidadosas no levantamento pontual deste repinte, concluímos de que toda a camada cromática original tinha sido raspada, encontrando-se de

baixo do repinte a madeira, sem qualquer preparação ou boilus. No entanto o interior do sacrário que compõem este conjunto de madeira entalhada, revela-nos um folheado a ouro brunido que julgamos ser ainda o original. As duas figuras de menino representadas nas paredes laterais do sacrário também foram poupadas sendo a sua policromia (julgamos) a original.

Esta policromia (carnações) foi descoberta depois de se terem removido todas as sujidades, sujidades estas que nos davam uma leitura completamente diferente destes dois elementos entalhados com figura de menino.

Todo o retábulo foi desmontado peça a peça. Nesta fase de desmontagem todas as madeiras sofreram uma intervenção cuidadosa de tratamento. Algumas foram substituídas por se encontrarem destruídas devido à acção dos xilófagos. Felizmente que as tábuas afectadas não continham elementos de talha. Neste tratamento foi aplicado um curativo com posterior consolidação. Tratadas as madeiras procedeu-se à montagem, com

uma equipe de marceneiros profissionais e muito cuidadosos, recomendados pelo Sr. Pároco.

Todo o retábulo foi dourado a pigmento reversível respeitando-se o interior do sacrário assim como as carnações das duas figuras de menino representadas nas partes laterais do mesmo. São estes os únicos vestígios que julgamos serem ainda da origem do retábulo.

Esta foi a solução encontrada para a recuperação deste pequeno e belo retábulo. Actualmente temos uma leitura aproximada do que teria sido este retábulo há talvez mais de duzentos anos. Talvez ainda seja possível num futuro não muito longínquo, a execução de um douramento a folha de ouro de lei, sendo para isso necessário para além do trabalho e empenho do Exmo. Padre José Henriques da Silva, o contributo de todos os paroquianos nesta intervenção, que a realizar-se se tornaria muito dispendiosa em termos financeiros, Duma coisa porém temos a certeza, este belo exemplar de talha barroca (o mais belo e representativo da Vila de Avanca) vai viver ainda muitos e longos anos, sendo o principal responsável o Exmo. Sr. Padre José Henriques da Silva.

AS ENTRADAS DE ÁGUA LEVADA

Agora que tenho passado mais tempo em Água Levada, devido às obras na capela, fiquei um pouco mais por dentro dos problemas. Desde sempre me pareceu que a entrada em Água Levada, do lado de Avanca era uma das obras prioritárias. Na altura parecia que se tinha de por algumas casas velhas abaixo para poder alargar a estrada. Quando cruzamos com um camião, alguém tem que recuar nas curvas para poderem cruzar. Quantos acidentes se tem dado nestas curvas?!... Agora falando com as pessoas venho a descobrir que há uma proposta muito mais fácil e muito melhor do que aquela que eu a princípio pensava: era abrir uma estrada a direito, na continuação da estrada que vem do pinhal. Se a estrada for a direito vai mesmo dar à entrada, junto do cruzeiro. Mais do que isso vim a saber que já se falou com os proprietários dos terrenos que estão dispostos a cedê-los para se endireitar a estrada. Se assim for, não há dúvida nenhuma que se deveria dar prioridade a esta estrada. A Câmara deverá aproveitar a boa vontade dos proprietários dos terrenos que segundo ouvi dizer entregam os terrenos para esse fim graciosamente. Ficariam assim resolvidos os problemas das curvas fechadas da entrada de Água Levada. Claro que é mais fácil alguém dar o terreno para a estrada toda, porque depois os terrenos ficam valorizados, do que dar mais um metro para alargar a estrada, pondo abaixo nem que seja uma casa velha. Para uma pessoa idosa é sempre mais complicado dar um metro da sua casa, do que dar 10 metros de largura numa outra parte do terreno.

A Junta de Freguesia tem obrigação de colocar esta obra como prioritária em relação a todas as outras, nas propostas que faz à Câmara, pois para além de todos os habitantes de Água Levada que usam a estrada esta também serve de passagem para Oliveira de Azeméis, S. Martinho, Cucujães, Loureiro, etc. Como ouvi dizer já foi apresentado isto à Câmara Municipal é pena que esta não tenha aproveitado esta oportunidade que pode passar. Teria também a vantagem de unir este lugar afastado à sede de freguesia.

As outras entradas, sobretudo a ligação a S. Lázaro, também precisava dum alargamento, pois em certos sítios não cruzam 2 carros.

AS OBRAS DA CAPELA DE ÁGUA LEVADA

Está a sofrer uma grande transformação o interior da capela de Santa Ana em Água Levada. Já falamos neste assunto em números anteriores mas na altura era só o projecto. Agora está já em execução. Já foi colocado um pavimento na zona da celebração em mármore branco, tendo-se retirado a alcatifa. O Altar e o ambão estão revestidos de mármore a cores e latão, pois antes era um betão à vista. Colocou-se na parte redonda um painel cerâmico representando a genealogia de Jesus: Santa Ana (padroeira da capela) e S. Joaquim que são os pais de N. Senhora, e depois apareceu também Nossa Senhora e seu filho Jesus. É um painel original feito pelo Dr. José Emídio, formado em Belas Artes que ultimamente se tem dedicado mais à sua carreira, deixando de ser professor. 0 sacrário vai ser novo e levará também um painel feito pelo mesmo autor em que aparece um pelicano que é o símbolo da eucaristia.

Assim para além das salas da catequese que era o projecto primeiro a capela sofre também uma grande transformação para se lhe dar uma melhor apresentação e maior dignidade.

No conjunto irá gastar-se cerca de 7 mil contos. Espera-se fazer a inauguração destas obras no dia 1 de Agosto por alturas da festa de Santa Ana.

CENTRO PAROQUIAL VAI ASSINAR UM ACORDO DE INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA COM A SEGURANÇA SOCIAL

O Centro Paroquial e Social de Santa Marinha tem acordos celebrados com a Segurança Social para a Creche, Infantário e A.T.L., em relação a crianças, Centro de Dia, Apoio Domiciliário e Lar para Idosos. A estas 6 valências pode juntar-se uma valência de vários cursos como o Integrar como resposta ao Rendimento Mínimo Garantido, os curso Pessoa, para os ajudantes da Creche e do Lar de Idosos. Está previsto começar em Outubro um outro curso que já está aprovado pelo Instituto do Emprego, para senhoras.

Agora vamos assinar o Acordo de Intervenção Comunitária, para uma maior intervenção na comunidade. Aliás este trabalho já está a ser feito pelo Centro Paroquial através da sua Assistente Social. Só que este trabalho não era subsidiado pelo Estado, mas só à nossa conta.

É também um reconhecimento da parte da Segurança Social do nosso trabalho de intervenção na comunidade.

FESTIVAL DE GASTRONOMIA

Começa a criar tradição entre nós o festival de gastronomia que vai tendo cada vez mais afluência. Uma iniciativa recente onde passa muito mais gente que na festa da padroeira.

O sucesso dos anos anteriores é a garantia de novos sucessos. E é interessante que outras freguesias vizinhas estão também a organizar os seus festivais de gastronomia

que tem igual sucesso. É uma aposta que parece ter êxito e que começa a valer a pena. A alegria e o convívio são as vertentes destas iniciativas que afinal ainda deixa uns cobres para os organizadores e para os grupos intervenientes. No último fim-de-semana de Julho mais uma vez o festival de gastronomia a que alguns chamam tasquinhas.

INAUGURAÇÃO DO RESTAURO DA CAPELA DA CASA DO MATO

Conforme foi noticiado no dia 16 de Julho às 19 horas celebrou-se missa de Acção de Graças na capela da Sr.ª do Carmo. A Capela que é pequena não conseguiu albergar os muitos fiéis que acorreram. Seria necessárias mais 3 capelas. Presidiu à celebração Monsenhor João Gaspar, Vigário Geral da Diocese de Aveiro, homem muito culto e conhecedor da história da diocese de Aveiro e pessoa ligada ao património. Os seus livros têm hoje muita procura. Foi ele mesmo que presidiu à ,celebração.

Desde as famílias doadoras, aos benfeitores da capela, e alguns membros da comissão manifestaram uma grande alegria por tudo o que se conseguiu fazer. A capela mesmo pequena é bonita. O convívio que se seguiu foi muito agradável e estava espelhado no rosto de todos uma grande satisfação.

O Reitor no fim da missa leu um texto que vem publicado na primeira página deste jornal. Vem também na 2.ª página as contas.

Poderá parecer anedota. Quem conhece o auditório do Centro Paroquial sabe que tem cerca de 1000 lugares sentados o que é uma lotação demasiado grande para qualquer terra, mesmo para Lisboa e Porto. Mesmo para outras cidades um auditório de 1000 pessoas já não se usa muito nos nossos dias.

Aliás a experiência diz-nos que para a maior parte das festas metade da plateia chega, não se abrindo sequer o balcão. Se aparece um espectáculo em que tudo se esgota como foi no caso "Up with people" em que se fizeram 2 espectáculos seguindo com lotação esgotada, é uma excepção fazer-se obras por este grupo, seria falta de senso, pois a maior parte das vezes o auditório fica às moscas.

Mas é verdade que na altura do espectáculo do grupo "Up with people" a D. Helena Coelho pôs-me este problema: que o palco era um pouco pequeno para este espectáculo necessitando que o palco tivesse mais um pouco de espaço em profundidade. Ela sugeriu que se avançasse com o palco entrando na plateia, que seria uma adaptação fácil com uma plataforma em madeira. Chego à conclusão que esta possível adaptação não seria assim tão fácil. Aquilo que me parece mais razoável fazer-se seria um alargamento em profundidade deixando a estrutura em botão, abrindo aberturas nas paredes. Mesmo que seja metro e meio ou 2 metros de alargamento ficaria como corredor o que é importante para que este tipo de grupos com muita gente, em que o espectáculo não tem paragens e deve haver um espaço para a circulação do pessoal. Este possível alargamento do palco poderá também ter mais duas vantagens, podendo aproveitar-se para fazer uma rampa de saída para as traseiras onde os vários grupos poderão com facilidade carregar e descarregar as aparelhagens, os sistemas de luz, etc. Por outro lado esta parte poderá servir de saída de emergência que é tão importante nestas casas que tem grandes lotações. A rampa ficaria ligada ás escadas de acesso ao palco para facilitar a movimentação dos actores. Ainda haveria uma terceira vantagem que consiste em a parte de baixo do possível alargamento poder servir de garagem aberta para as viaturas do Centro Paroquial que são cada vez mais. Existe uma estrutura em zinco que a Nestlé mantém neste lugar quando fez obras na sua cozinha e pediu a nossa cozinha emprestada. Deixamos esta estrutura sem a remover por precisarmos dela para coberto de uma carrinha. Quer o sol, quer o gelo prejudicam as viaturas e este possível alargamento do palco daria para proteger as viaturas quer do calor, quer do frio. A cobertura em chapa dá sempre má impressão ligando estas estruturas a bairros de lata. Também esteticamente ganharia a casa com esta adaptação. Parece-me que com cerca de 1000 contos se poderia fazer este alargamento do palco, que traz na verdade variadas vantagens. A direcção do Centro Paroquial já se debruçou sobre isto e está-se a fazer um estudo sobre o assunto. Entro as vantagens realço mesmo a questão da segurança com mais uma saída de emergência.

Aliás os auditórios com a aglomeração de pessoas que por vezes existe tem que ter estudadas as saídas de emergência. Uma coisa que me parece negativa entre nós é que nos habituamos a entrar e a sair pela mesma porta da plateia que é precisamente a porte onde se junta a saída do balcão. Em dias de grande aglomerado de pessoas os da plateia deveriam sair pela porta do lado sul, por onde não sai nem entra ninguém habitualmente e que tem a mesma capacidade da porta do norte. Os grupos fazem esta concentração de entradas para facilitar o controle, mas é mal que na saída não se obrigue a utilizar a porta do lado sul para evitar o encontro com os que saem do balcão que não têm outra hipótese. Penso no entanto que em relação ao projecto inicial muita coisa se modificou, pois no projecto inicial estava previsto apenas uma saída pela porta onde as crianças entram hoje para a catequese. Aqui se encontrava a saída do lado de todo o auditório com a agravante de ainda ficar no andar de baixo, * que tornava mais demorada * saída para o exterior. Ao nível da plateia não havia outras saídas para o exterior. As saídas para o exterior foram criadas depois, permitindo que a porta de saída principal fosse colocada ao nível de plateia e criando-se mais outra porta do lado sul com possibilidade de saída para o exterior ao nível da plateia.

Se se vier a fazer este aumento do palco em profundidade poderá também ficar uma saída de emergência para fora do lado do rio. Hoje existe apenas uma escada, não muito larga de acesso ao palco que reconheço que pela maneira como está feita não facilita uma saída de mui a gente com rapidez, primeiro por ser apertada, segundo por serem escadas. Uma rampa facilita mais as saídas e for larga tanto melhor. Uma rampa com dois metros de largura sempre é melhor que uma porta normal que não tem mais de 90 cms. Parece-me importante fazer-se esta adaptação por todas as razões apontadas mas também tendo em conta a segurança.

PROJECTO DE AJUDA PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA IGREJA NA ROMÉNIA

A Roménia é um dos países de Leste da Europa que há dez anos se libertou de quarenta anos de regime ditatorial Comunista. Nestes anos de poder comunista a Igreja sofreu grandes perseguições e foi impedida na sua missão de evangelização e de renovação. Os cristãos não podiam exprimir publicamente a fé, porque quem o fizesse arriscava a ir preso. Além disso o regime não permitia o progresso e desenvolvimento do país, vivendo fechado ao resto do Mundo, no sistema de «cortina de ferro».

Depois da queda do regime e o contacto com o mundo ocidental, pode-se ver como este povo ficou parado no tempo, com um atraso de desenvolvimento de quarenta anos em relação aos países da Europa Ocidental.

Uma das tantas causas da pobreza em que vivem as pessoas é devida à falta de emprego e além disso as que são empregadas têm um ordenado mísero. Por exemplo, um professor ganha dez

mil escudos por mês e um médico quinze mil escudos. A agricultura, que é a actividade económica mais exercida, é uma agricultura de subsistência.

A Igreja, depois de anos de perseguição, está-se a organizar e procura construir igrejas e centros paroquiais para a actividade pastoral. A pobreza na qual vivem as pessoas não lhes permite ajudar economicamente a Igreja. Actualmente uma das ajudas que precisariam é aquela de poder reparar ou construir novas Igrejas, que para este povo muito religioso, é expressão de fé. Este pedido de ajuda é feito através do Pe. Manuel Oliveira, oriundo da diocese de Aveiro que há dois anos iniciou uma missão na Roménia no lugar de Racaciunu, município de Bacau.

Contamos com o vosso apoio fraterno e de solidariedade cristã em favor deste projecto.

CRECHES, INFANTÁRIOS E A.T.L. SUPERLOTADOS

Quando começou a funcionar a Creche e Infantário do Centro Paroquial, alguns pensavam que havendo cada vez menos crianças poderia haver problemas de falta de frequência. Passados 6 anos nós verificamos que nem a Fundação Benjamim Dias Costa nem o Centro Paroquial dão resposta a todos os pedidos quer para as Creches, quer para os Infantários. Assim o Infantário do Centro Paroquial vai nos próximos dois anos ter mais do que a lotação permitida, e a Fundação põe o problema de criar mais uma sala quando fizer as novas instalações, pois este ano ao analisar as fichas de inscrição há uma turma que não pode ser recebida. E verdade que a natalidade vai diminuindo mas hoje já ficam cada vez menos crianças em casa. Este último dado é que ocasiona uma superlotação das Creches e Infantários, das duas Instituições Particulares de Solidariedade Social.

O A.T.L. do Centro Paroquial está também a ter uma procura que ultrapassa o dobro do número do acordo que está estabelecido com a Segurança Social. 0 Centro já o ano passado tinha criado mais uma sala de A.T.L. mas a afluência deste ano já nos põe o problema de arranjarmos mais espaço.

Prove-se que o acordo com a Segurança Social possa ser revisto em Janeiro mas mesmo assim ainda ficam muitas crianças sem serem abrangidas pelo acordo caso venhamos a começar com uma turma em Agua Levada.

CÂMARA MUNICIPAL DE ESTARREJA

PAVILHÃO E PISCINA ENTRAM EM OBRAS DE CONSERVAÇÃO

O pavilhão girnnodesportivo de Estarreja, localizado na freguesia de Beduído, vai sofrer obras de conservação estimadas em 23 774 mil contos.

A Câmara Municipal acaba de abrir concurso limitado para a execução de melhoramentos naquela infraestrutura, encontrando-se já aprovados o respectivo projecto, caderno de encargos e programa de concurso.

Em obras de beneficiação, e na mesma freguesia, vai entrar também a piscina Professora Maria de Lurdes Breu com a recente adjudicação dos trabalhos no valor de 3 448 contos.

Ainda no campo das beneficiações, o Executivo decidiu avançar com o restauro da Escola do Mato, em Avanca, aprovando o projecto e o programa de concurso cujo preço-base é de 24 325 contos.

Abrangida também com obras de conservação está a escola de Vale do Castanheiro, em Salreu, cujos trabalhos foram já adjudicados.

EMPRESAS VÃO PAGAR 10% DE DERRAMA

A Assembleia Municipal de Estarreja aprovou por unanimidade a proposta de 10% para a derrama para o corrente ano, fixando ainda em 1 % a taxa de contribuição autárquica para os prédios urbanos.

Os valores foram dados a conhecer na última reunião do Executivo Estarrejense durante a qual a Vereação aprovou por unanimidade abrir concursos para algumas beneficiações viárias, designadamente a ligação da estrada municipal 541 ao limite do concelho de Oliveira de Azeméis (11 564 contos) e arruamentos na freguesia de Pardilhó, no valor de 24 325 contos.

«Arqueologias do final do Milénio» é o título do livro de fotografia de Aníbal Lemos que vai ser lançado esta sexta-feira (dia nove), pelas 18,30 horas, na Casa Municipal da Cultura de Estarreja.

O lançamento insere-se no âmbito da exposição de fotografia do autor, com o mesmo nome patente ao público até 16 de Julho na Casa Municipal da Cultura.

JARDINS DE INFÂNCIA RECEBEM VERBAS

A Câmara de Estarreja decidiu recentemente transferir as verbas para os jardins de infância relativas à segunda tranche da Direcção Regional de Educação do Centro, relacionada com a comparticipação financeira dos almoços.

Os jardins de infância contemplados foram os de Pardilhó, do Vale Castanheiro, das Laceiras, do Pinheiro e da Congosta.

Já o ano passado tínhamos pedido dois espectáculos. Com receio do público não conhecer o grupo recuamos pedindo apenas um, mas depois a confusão foi grande e não houve possibilidade de acolher a todos, tendo ficado fora umas centenas largas e pessoas.

Este ano prevenimo-nos com tempo e fomos para os dois espectáculos. Uma casa encher-se duas vezes num período em que muita gente anda ocupada com a festa da comunhão dos filhos, não é fácil. Mas aconteceu o grupo UP With People tem uma magia única.

Terão estado nos dois espectáculos quase duas mil pessoas, entre as famílias de acolhimento e os espectadores.

Mas alguns vieram de longe. Refiro apenas dois casos: durante a tarde de sexta dia 24, recebi um telefonema de Vagos a pedir por tudo para lhe reservar dois bilhetes. Ora para vir de Vagos a Avanca ver um espectáculo é preciso andar cerca de 80 Km.

Um outro caso mais significativo. Durante o intervalo fui abordado por um homem que se apresentou como do Porto, sendo Professor Universitário, que me contou que quando soube que havia em Avanca um espectáculo do Grupo Up With People disse «eu não sei onde é Avanca mas eu vou por aí abaixo e alguém me há-de dizer onde fica Avanca. Contou que admirava muito o grupo, que o único receio que trazia era porventura não arranjar bilhete. Não se cansou de dar os parabéns por ter trazido o Grupo a Avanca. Que conheceu o grupo há uns anos e depois disso nunca mais tinha tido possibilidade de estar com eles. A mensagem que eles comunicam é profundamente cristã e fazem-no com muita arte, através de canções e danças.

Fiquei com pena de não ter ficado com o endereço deste homem. A própria encarregada em Portugal do grupo também gostaria de ter o endereço dum homem destes. Na altura não me ocorreu pedir-lhe mais elementos. Notei no entanto que era um homem que sendo professor da Universidade arranjava tempo para dar catequese.

Isto significa que não veio ao espectáculo apenas gente de Avanca, mas de fora do concelho de Estarreja, embora grande maioria dos espectadores eram de Avanca.

Quanto seria necessário para pagar a um grupo destes que veio da Alemanha, composto por 130 elementos, mais cerca de 10 dirigentes, que trazem um camião e um atrelado com a aparelhagem e roupeiro, com uma orquestra de grande nível, com verdadeiros artistas, com um espectáculo original. Com certeza que se fosse um grupo comercial nem 5 mil contos chegariam. Mas eles vem apenas pela estadia e pelas despesas pois aqui ninguém ganha dinheiro. Pelo contrário cada jovem que entra no grupo ou dá ou arranja entre mil a dois mil contos, conforme os países são mais ricos ou mais pobres. Afinal são eles que pagam a sua própria formação. Para além disso o espectáculo está todo ele carregado de mensagem de internacionalismo, da construção dum mundo novo, onde todos são iguais. A mensagem veiculada é extraordinária, é que nem sequer me puseram o problema de ficar algo para eles, já que íamos cobrar dinheiro nas entradas. Antes pelo contrário foram os seus dirigentes que entendera que poderíamos pedir alguma coisa nas entradas e isto poder reverter para gente carenciada. Afinal eles são coerentes com aquilo que defendem.

É também simpático a sua atitude de colaborar com instituições de solidariedade ou Câmaras Municipais. Sensibiliza a sua atitude de querer fazer algo para a comunidade que os acolhe. Pensou-se em limpar o rio que passa junto do Centro Paroquial, o Rio Gonde, mas o tempo da chuva dificultou os trabalhos. No entanto andaram a limpar o estacionamento e diziam que é uma maneira de manifestar a sua gratidão à comunidade que os acolhe.

Por estas e por outras eles deixam tanta simpatia, quer nas famílias quer na comunidade. Neste mundo marcado por tanta desordem e tanto comodismo como não admirar um grupo destes?

É um sintoma a organização do espectáculo, mas não deixa de ser espectacular o desmontar da aparelhagem no fim dos espectáculos em que toda a gente trabalha. É de facto outro espectáculo. Raparigas pegam nas chaves desmontam, transportam. É uma maravilha mesmo ver tanta organização. Em pouco tempo tudo está no camião.

Quem acompanha os bastidores de outros grupos nota a diferença e os artistas trabalham como qualquer um.

De 21 a 25 de Julho - Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia

Pelo 3º Ano consecutivo, o Cine-Clube de Avanca vai realizar o Festival Internacional de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia - AVANCA 99, direccionado a profissionais e Jovens estudantes da especialidade.

Durante 5 dias, o AVANCA`99, vai projectar no grande écran, dezenas de longas e curtas metragens, inéditas em Portugal e legendadas em Português, através do sistema legenda (o sistema de sub titulação evoluído e desenvolvido no nosso País pelo Cine-Clube de Avanca); Vídeos; documentários de Televisão; animações e Multimédia.

- 8 Worshops, orientados por profissionais de renome Internacional, nomeadamente Bob Balser (co-realizador da longa-metragem de animação «The Yellow Submarine» e premiado com o Emmy Award para «The Lion, The Witch and Wardrobe». Baiser é o actual presidente da Cartoon Européia).

- Um concurso de escrita de Argumentos Cinematográficos de longas metragens (uma iniciativa proposta aos argumentistas de língua Portuguesa e Galega).

- Uma exposição intitulada «Uma Frincha sob um Museu», trata-se da primeira mostra daquele que será no futuro «0 Museu Técnico do Cinema» um trabalho que está a ser desenvolvido à 12 anos pelo C.C.A.

- Um espaço de discussão sob o tema «Filmar em África, desafiar Tecnologias». Será composto por realizadores e Técnicos que na Europa mais têm filmado em África.

De referir que, desde a primeira edição o C.C.A., tem vindo a realizar extensões deste Festival, exibindo algumas das melhores obras em locais como Porto, Vila Real, Aveiro, Angeja e Estarreja.

A divulgação do AVANCA’99 tem também sido feita no estrangeiro, nomeadamente em alguns dos mais importantes festivais de cinema e multimédia da Alemanha, França e Espanha.

O AVANCA’99, é organizado pelo Cine-Clube de Avanca em parceria com a Câmara Municipal de Estarreja.

Agradecemos desde já a divulgação deste festival - provavelmente a única manifestação cultural deste género na Península Ibérica.

Conforme estava previsto, iniciou-se a 2ª fase do Parque Desportivo da Associação Atlética de Avanca, constituída por bancadas, balneários, área social e de trabalho para os diversos departamentos e arranjos exteriores.

Para quem visita o Parque, vive uma surpresa agradável: a estrutura em construção evolui com rapidez e o aspecto é belo e confortável.

A Juventude que goste de futebol, atletismo, manutenção, mini-golf e ténis deve unir esforços e juntar-se à direcção para em conjunto usufruir os meios existentes e a construir.

Para a expansão do ténis e parques de estacionamento, solicitamos autorização à Câmara Municipal de Estarreja.

Para a Pista de Manutenção e Parque Infantil, pedimos colaboração à indústria local.

Para as obras em geral, pedimos colaboração financeira ao povo amigo D'Atlética.

As colaborações previstas são: DGOT/DU 100.000 contos, AFA 500 contos; FPF - ??; Junta Freguesia - 1000 contos; CIVIE - 10.000 contos; IND - ??; Povo Anónimo ??; A. Atlética de Avanca - O «Restante». Para este «restante», vai a Atlética vender o velhinho Campo de Fontela, terreno em área urbana, desportiva e industrial. Será desta maneira a comparticipação histórica dos tempos históricos da Fundação, na Moderna Estrutura.

É nossa intenção iniciar a próxima época já com a 2ª fase concluída, pelo que se prevê a sua inauguração no final de Setembro.

Á Direcção da A. Atléctica de Avanca é reservado o direito de não vender, se os valores e condições da proposta não correspondem aos seus objectivos.

Depois de se ter falado no último número do jornal dos limites da freguesia de Avanca, reparámos que há uma placa a marcar o fim de AVANCA quando ainda mais 200 a 300 metros para a frente ainda é Avanca, até à Rua da Torre. Se é verdade que muitas vezes a Junta Autónoma deixa entre uma placa, que marca o começo duma freguesia e a outra que marca o fim, distâncias consideráveis aqui a placa que marca a Norte o fim da freguesia de Avanca está mesmo mal, pois o território de Avanca ainda se prolonga até à Rua da Torre e por isso todos os terrenos que ficam entre a antiga estrada 109 e a nova variante da mesma estrada, pertencem todos a Avanca. Consta que alguém que tem terrenos voltados para a parte nova da estrada 109 foi a Câmara de Ovar para, licenciar uma obra e a própria Câmara lhe disse que esses terrenos não eram de Ovar, mas de Estarreja. É por isso de toda a conveniência que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal resolvam o problema de modo que se saiba onde começa e acaba Avanca, para isso é mesmo necessário mudar as placas tanto do começo como do fim de Avanca.

ORFEÃO ACADÉMICO DA UNIVERSIDADE DO PORTO NO AUDITÓRIO DO CENTRO PAROQUIAL

O fim do ano lectivo é sempre ocasião de festas de encerramento do ano para as escolas. A escola E. B. 2. 3 Egas Moniz programou para o Auditório 3 espectáculos neste último período, com a escola de Música e o festival da Populanca juntando-se os dois espectáculos dos Up With People o Auditório do Centro Paroquial teve uma actividade maior que a habitual. No dia 19 de Junho o Rotary Clube de Estarreja promoveu um novo espectáculo com a presença do Orfeão Académico da Universidade do Porto.

Qualquer destes espectáculos tem tido grande qualidade. Não é por acaso que com a lotação que o nosso Auditório tem, de cerca de 1000 pessoas, dois espectáculos em dois dias seguidos se esgotam.

Os Orfeões Académicos, quer de Coimbra quer do Porto, são também espectáculos únicos: Há 3 a 4 anos esteve entre nós o Orfeão Académico de Coimbra. Agora está o da Universidade do Porto.

A profissão de fé é sem dúvida um momento alto de vivência da fé numa comunidade; Chegar-se aos 14 e 15 anos e poder-se dizer que se quer optar por Jesus Cristo, é qualquer coisa de importante para uma comunidade. Com a desordem que grassa na nossa juventude, haver alguns que possam marcar a diferença pela positiva, é motivos de alegria para todos.

Este ano foram 80 os adolescentes que fizeram a Profissão de Fé, sendo esta um assumir do baptismo, este ano procurou dar-se a tónica de "homem novo" em que o baptismo nos transforma.

Tirados do barro em Adão, sendo pecadores, somos "vasos novos, homens novos, em Jesus Cristo. Toda a obra da catequese e afinal toda a vida é transformar-nos em "Vasos Novos" que o mesmo é dizer, "Homens Novos" em Jesus Cristo.

Um pai, uma mãe, uma catequista, um pastor ou um cristão qualquer, não ficará emocionado quando ouve 80 adolescentes dizer:

0 grupo da Populanca todos os anos nos brinda com uma revista e um festival de Música popular de qualidade Este ano a revista é inteiramente dedicada a Egas Moniz por ocorrer o cinquentenário da atribuição do Prémio Nobel a este ilustre filho de Avanca.

O povo de Avanca não conhece suficientemente este homem invulgar que é mais conhecido a nível nacional que a própria terra onde nasceu e foi sepultado.

Conhecer alguns episódios da vida familiar de Egas Moniz é importante para todos. Conhecer também o homem de letras que a sua personalidade encerra, o seu amor à arte que tem como expressão máxima a Casa Museu e muitas outras facetas deste homem, é um dever de todos os Avanquenses. Parabéns Populanca, por esta iniciativa, vamos tentar vulgarizar ao longo deste ano algumas facetas da vida deste homem através de Notícias pela Avanca.

Já por várias vezes o Sr. D . Manuel Martins se tem referido à sua origem da nossa região. Estando em princípios de Maio era Ovar voltou a referir-se à origem dos seus Avós que segundo ele diz eram de Avanca e de Válega.

0 Sr. D. Manuel Martins, até há pouco era bispo de Setúbal, sendo dos bispos portugueses aquele que a comunicação social colocava sempre como grande lutador dos direitos humanos. A sua abertura aos problemas dos homens de hoje era outra característica da sua missão episcopal.

Enquanto algumas comunidades não querem acolher no seu seio qualquer instituição para a recuperação de drogados, Avanca foi acolhedora para a comunidade terapêutica. Talvez por confiar no seu fundador o P. Valente. Mas a verdade é que todos os moços depois que fazem o tratamento e procuram inserir-se na vida de trabalho nas empresas de Avanca tem dado um grande testemunho de cidadãos exemplares e de bons profissionais. Até hoje ainda não ouvi nada de negativo a respeito.

Por outro lado as participações da comunidade nos actos de culto tem sido de grande qualidade. Quem não recorda o seu contributo nas Vias-Sacras apresentando os seus problemas com uma abertura extraordinária, superando os sofrimentos e choros que causaram às famílias e à sociedade em geral e implorando o auxílio divino?

Este ano no último dia do mês de Maio a devoção do mês de Maria, esteve ao seu encargo; uma maravilha, Toda a gente saiu sensibilizada pelos textos, pelos problemas apresentados, pela recordação das mães a quem tanto fizeram sofrer, pelo pedido de auxilio à Mãe do Céu,

No final as palmas foram para Nossa Senhora, mas também foram para estes jovens que tiveram a coragem de se curar do flagelo da droga e que tão belo testemunho deram a esta comunidade de Avanca. Todos eram unânimes ao dizerem que o mês de Maio fechou com Chave de Ouro.

As festas de S. Sebastião tem sido moderadas, de tal maneira que tem deixado um saldo que tem revertido a favor da capela. As obras feitas na capela tem sido feitas à custa destes saldos, sem ter sido necessário fazer-se qualquer peditório pelo lugar. Isto corre3ponde já a uns milhares de contos pois o soalho novo, o arranjo da zona da celebração, a recuperação do retábulo e as várias pinturas da capela tem tido como única fonte de receita os saldos das festas. Há excepções. Quando se fizeram as últimas obras foi entregue uma esmola de 500 contos para as obras.

Depois da capela ter sido assaltada 2 vezes seguidas, foi-me entregue 157 contos para pagar o alarme. Este dinheiro era o saldo da mordomia de 1998.

A Câmara Municipal de Estarreja, à semelhança do que vem acontecendo em anos anteriores, vai proporcionar às pessoas idosas do concelho algumas actividades de carácter Cultural e Recreativo, integradas nas comemorações do Ano Internacional das Pessoas Idosas, (no corrente ano).

Contando para o efeito com o apoio das Instituições locais e das Juntas de Freguesia.

Embora o programa ainda não esteja completamente preenchido, é intenção levar a efeito essas actividades, de 25 de Setembro a 2 de Outubro próximo.

Considerando ter tido muito êxito e o grande valor para os idosos, a acção levada a cabo há 2 anos atrás e que decorreu nessas instalações com o apoio precioso dessa Instituição, leva-nos a que este ano uma iniciativa idêntica tenha todo o nosso apreço e empenhamento.

O dia de N. Senhora do Carmo é o dia 16 de Julho. Precisamente a antevéspera de Santa Marinha.

É do conhecimento de todos que a capela de N. Senhora do Carmo levou uma grande remodelação e que as famílias herdeiras da referida capela e doaram à paróquia. A capela está bonita e é motivo para nos alegrarmos por tudo o que aconteceu ligado a esta capela.

Projecta-se também o lançamento do livro do Dr. Carlos Cardoso para esse dia. Sendo a capela da Senhora do Carmo das mais antigas e sendo a casa do Mato a mãe de todas as casas nobres de Avanca, a capela da N. Senhora do Carmo tem por isso uma ligação forte a todas as famílias nobres da freguesia. No livro do Dr. Carlos Cardoso sobre Avanca este tema é bastante desenvolvido como não podia deixar de ser. 0 livro ficará também ligado à inauguração das obras feitas na capela.

Seria interessante que se pudessem juntar algumas famílias que deixaram Avanca e se encontram fora e que tem ainda uma ligação forte à sua terra. Era mesmo agradável colaborar para um encontro neste género. Mas torna-se impossível a quem deve congregar as famílias doadoras da capela, os benfeitores das obras feitas e o povo cristão em geral para celebrar este acontecimento nas vésperas de Santa Marinha.

Até porque no final da semana a seguir, haverá nova inauguração das obras da capela de Agua Levada. E não são as inaugurações que dão trabalho mas tudo o que elas pressupõem ou seja as obras que é necessário realizar até lá, que nos vão absorver demasiado.

Poderá haver outra ocasião para juntar as pessoas que deixaram Avanca e ainda estão ligadas a esta terra por laços afectivos fortes. Ainda não perdi a esperança do museu, etc.

A inauguração da capela nas vésperas de Santa Marinha ajuda a integrar a celebração nas festas da Vila, o que tem alguma vantagem.

Põe-se o problema de reunir os padres de Avanca neste dia 16 de Julho para em conjunto vivermos a alegria desta celebração.

Sempre esperei que alguém da nossa terra com mais possibilidade do que eu e até com muito mais capacidade, tomasse a iniciativa de homenagear este grande homem, que foi o Dr. Duarte de Oliveira, o médico que dedicou toda a sua vida ao serviço do seu povo, para quem viveu uma vida inteira, apenas com um fim. Servir a todos que dele precisavam sem olhar a sacrifícios e que foram muitos.

Já passaram 20 anos da sua morte. Eu o que mais gosto é que se faça justiça a quem o merece. Entendi que já era tempo, mais que suficiente para que o povo de Avanca prestasse uma homenagem muito a sério a quem tanto mereceu e a quem tanto fez pelo seu povo. 0 Dr. Duarte de Oliveira colocou acima de tudo servir o seu povo, os seus doentes, e que não eram poucos, pois atendia o povo de Avanca, Válega, Pardilhó e Loureiro. Por isso posso informar os que não tiveram a honra e o prazer de conhecer este apóstolo da Medicina. Este médico, trabalhava em média 20 horas por dia, mas que mesmo nas suas poucas horas de descanso desde que fosse solicitado para atender qualquer dos seus doentes, nunca se negava, fizesse frio ou chuva, a qualquer hora do dia ou da noite, etc.

Sei que só pessoas com mais de 30 anos de idade, tiveram conhecimento do que foi este grande homem, que já mais poderá ser esquecido na nossa terra. Sem dúvida, o pai dos pobres destas terras. Nunca levou um centavo a qualquer doente que vivesse com dificuldades e que nesse tempo poucos haviam que as não tivessem. Quando se lhe perguntava quanto era a sua consulta ou a sua visita ao doente, as palavras eram sempre as mesmas. Pagas quando fores rico!... Dizendo isto com um sorriso muito elegante, o que eu muito admirava.

Dava consulta até às 23 horas e mais, sempre sorridente, dizendo algumas graças para alegrar os seus doentes, procurando fazê-los mais felizes aos mais pobres, arranjava-lhes medicamentos gratuitos, etc. etc. Não me é possível aqui narrar tudo que de bom este homem fez por todos nós, pois muito fica por dizer da bondade, do esforço, das canseiras, como já disse, foi um verdadeiro apóstolo da medicina. Julgo que não seria possível fazer mais do que fez para o bem do seu povo e dos seus doentes.

Por todas estas razões, entendi que havia a necessidade de que este homem ficasse para sempre na memória dos que serviu, dos vindouros nossos filhos, nossos netos e bisnetos, etc. Pois bem mereceu de todos nós a maior admiração e a nossa maior gratidão.

Para que isto se concretizasse, entendia que o povo lhes devia mandar erigir um busto em local nobre e bem visível na nossa terra. O que felizmente veio a suceder.

Então na qualidade de membro da Assembleia de Avanca, resolvi levantar esta questão, a qual foi muito bem recebida. Só que a junta anterior não teve a coragem de pôr em prática, mas eu não desanimei nem me dei por vencido e graças ' a Deus que o povo de Avanca, elegeu nova junta, a qual preside o nosso amigo Sr. Augusto da Rocha Ferreira e a partir daí tudo se tornou mais fácil. Falei com o nosso presidente, ele que o conhecia melhor que ninguém, imediatamente se interessou e logo se começaram a fazer todas as diligências para que fosse realizado esse acto de justiça.

Imediatamente se começou a procurar dar seguimento à ideia e que depois de se ultrapassar uma série de dificuldades, eis que aí está o monumento, conforme a vontade do povo de Avanca.

Tenho o dever de informar que todo o nosso povo se sentiu feliz e que já não tenha sido feito há mais tempo, mas mais vale tarde que nunca. Aproveito aqui para agradecer a todos aqueles que contactei para que contribuíssem para esta obra, a maneira amável e até a grande satisfação que demonstraram pelo facto o que me tornou feliz ao verificar que todos comungam da mesma opinião que a minha. Não posso deixar de agradecer a todos que trabalharam para esta obra se concretizasse, em especial ao meu amigo Sr. Augusto Ferreira, nosso digno Presidente desta Junta que tanto se interessou e tanto fez para que isto fosse uma realidade. Também quero agradecer ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Estarreja, Sr. VIadimiro Silva pela sua boa colaboração, assim como ao nosso Reitor que tudo fez para que o dia da inauguração do Monumento ao Sr. Dr. Duarte de Oliveira tivesse o maior brilho possível. Bem sei que para que isso sucedesse teve muitas canseiras. Gostei muito da maneira como na sua homilia na missa que rezou às 16, 30 horas, pela forma como apresentou algumas das virtudes do nosso saudoso Dr. António Duarte de Oliveira. Bem haja Senhor Reitor.

Também temos que agradecer a presença e as palavras do Sr. Governador Civil que nos deu a distinta honra da sua presença tornando assim a Cerimónia muito mais enriquecida.

Avanca manifesta também profunda gratidão aos numerosos assistentes que atentamente ouviram os ilustres oradores, distinguindo os Exmos. Senhores Dr. António A. Abreu Freire; Dr. João Vasconcelos da Costa Leite; Dr. VIadimiro Silva, - Digno Presidente da Câmara; Dr. Antero Gaspar, - Digníssimo Governador Civil; e a Dr.ª Adélia Duarte de Oliveira, pelas suas brilhantes intervenções.

Muito gratos também a todas as Colectividades que se apresentam com as suas bandeiras, assim como aos nossos Bombeiros Voluntários de Estarreja que com a sua presença, maior brilho deram a esta cerimónia.

A vincar ainda mais fortemente a memória do saudoso médico Dr. António Duarte de Oliveira, foi instituído um prémio com o seu nome que será atribuído anualmente a um aluno da Escola Egas Moniz, da nossa terra, segundo regulamento a estabelecer pelo Conselho Directivo.

0 povo de Avanca viveu um dia feliz, pois prestou-se mais uma vez um acto de verdadeira justiça. Isto só vem provar que o povo de Avanca é sempre grato a quem merece e que ainda há muito a quem o bem nunca esquece.

O programa «Inovar Estarreja» surgiu como resposta da Câmara Municipal, em colaboração com o Governo, na luta contra a pobreza. 0 seu promotor é o Sr. Alberto Vidal, pessoa conhecida dos nossos meios. 0 ano de 1998 foi preferentemente dedicado a Avanca. Avanca era conhecida como a terra rica e terra onde não havia pobres. 0 Sr. Alberto ao tomar conhecimento dos problemas sociais que aqui existem, ele próprio ficou surpreendido, pois também tinha essa ideia de terra rica.

Quisemos entrevistar o Sr., Alberto Vidal sobre esta terra, ele que agora devido às funções que ocupa conhece melhor a situação de Avanca.

N.A. - O facto de estar à frente deste programa «Inovar Estarreja», deu-lhe um melhor conhecimento dos casos sociais existentes em Avanca. Ficou surpreendido a situação ou tinha uma ideia positiva sobre esta terra?

Alberto Vidal - De facto fiquei surpreendido, pois nunca pensei que houvesse tantos casos de carência nesta freguesia. Logo num primeiro levantamento apareceram cerca de 20 casos e todos os dias nos vão aparecendo novos casos. Em Avanca não apareceram bolsas de pobreza como em Pardilhó (Monte de Cima). Aparecem casos isolados. Há no entanto duas zonas de Avanca, com mais problemas: Água Levada e Areia.

N.A. - Quais as causas principais dos casos do pobreza mais graves que existem em Avanca?

A.V. - Fala-se, muitas vezes em pobreza de espírito. É um facto que a pobreza de espírito existe, mas vamos tentar entender o porquê dela: -praticamente todas as famílias carenciadas vêm já com este problema há algumas gerações. No fundo, foi esta a herança que os seus antepassados lhes deixaram má organização familiar, falta de hábitos de trabalho, alcoolismo, carências habitacionais gravíssimas... Nunca ninguém conseguiu apoiar estas famílias para ,ultrapassar este problemas. Hoje, com a existência do Rendimento Mínimo Garantido, com este projectos de Luta Contra a Pobreza, como o «INOVAR - ESTARREJA?, estão criadas as condições para que esta franja da população consiga ultrapassar os seus problemas de carência e passe a exercer os seus direitos de cidadania. Hoje já não se trabalha na base da «Caridadezinha». Todos os cidadãos têm os seus direitos e têm que lhes ser «Criadas», as condições para as exercerem. É forçoso que todas as Instituições trabalhem em Parceria, num sistema de rede para que o trabalho seja de facto um êxito pleno. Voltando à nossa questão, com base no levantamento, socio-económico, feito na Freguesia, os problemas principais são os seguintes: 1º - Alcoolismo; 2º - Falta de hábitos de trabalho; 3º - Analfabetismo; 4º - Desorganização familiar; 5º - Trabalho marginal (trabalho de dia, sem descontos para a Segurança Social e sem contrato de trabalho); 6º - Desorientação na utilização dos parcos recursos económicos; 7º - Graves Problemas Habitacionais; 8º - Abandono Escolar.

A.V. - No sector habitacional há graves carências que são acompanhadas de toda uma enorme variedade de outros problemas (já descritos atrás). Por isso o Programa de Luta Contra a Pobreza - INOVAR ESTARREJA, paralelamente à construção/reconstrução habitacional, preocupa-se em proporcionar (com a colaboração das Instituições Parceiras) uma série de outras acções que pretendem proporcionar às famílias carenciadas a incrementação de sua auto-estima de forma a que seja possível a melhoria das condições de vida quotidiana (melhoria de hábitos ao nível de higiene e alimentação) e a criação de um novo equilíbrio psicológico, físico e relacional de vivência familiar Por outro lato tenta-se dotar estas famílias de um a maior competência no desempenho de uma actividade profissional de forma a que seja possível a sua inserção no mercado de trabalho. Assim no ano de 1998 e a continuar em 1999, está a decorrer no Centro Paroquial e Social de Santa Maria de Avanca um curso de Formação Profissional de Medida 2 do Sub-Programa Integrar, destinado a 14 mulheres, beneficiárias do R.M. Garantido. Também em 1998 decorreu na Freguesia de Veiros e Pardilhó, Cursos de Formação Especial destinados cada um deles a 15 mulheres em situação de comprovada carência económica e social. Em Beduído esteve a decorrer em 1998 e continua em 1999, um Curso de Medida 2 do Sub-Programa Integrar, destinado a 14 mulheres de famílias carenciadas.

Está previsto para 1999, tendo já arrancado, um Programa Escola-Oficina, no âmbito de tecelagem (actividade artesanal com raízes histórico-culturais e económicas no nosso Concelho). Isto irá proporcionar o reavivar desta actividade e simultaneamente criará emprego. É especialmente dirigido a mulheres de Pardilhó beneficiárias do R.M. Garantido. Para além de todos estes Cursos de Formação, têm decorrido em todas as Freguesias = programas Ocupacionais para carenciados. Através destes Programas as pessoas são colocadas nas Juntas de Freguesia, Câmara Municipal, ou outras Instituições, executando tarefas de limpeza, jardinagem, etc. etc. 0 que se pretende com este Programas, é criar nestas pessoas, em situação de grave carência económica (normalmente beneficiários do R.M.G), hábitos de trabalho.

Ainda no que diz respeito ao apoio às famílias carenciadas e muito especialmente às suas crianças, mais do que nunca as Instituições Parceiras do Projecto e Centro Social de Pardilhó), se tem preocupado em admitir nos seus serviços (Creches - Jardins e ATL), todas as crianças das famílias socialmente carenciadas visto que estes serviços a elas se destinam em 11 lugar.

Está previsto o Centro Paroquial de Avanca avançarem 1999 um ATL em Água Levada.

A Santa Casa da Misericórdia de Estarreja, arrancou com um ATL, em Veiros e, com um Projecto de intervenção Comunitária. Em 1999 está previsto também arrancar com mais um ATL em Beduído (Barreiro de Além).

N.A. - Segundo a sua opinião, quais são as freguesias do Concelho de Estarreja que têm mais carências?

AM. - As Freguesias mais carenciadas do Concelho de Estarreja são, sem dúvida Pardilhó, Veiros e Avanca. No entanto em todas as freguesias há casos de carência, nomeadamente a freguesia de Beduído com a sua comunidade ,Cigana.

N.A. - Como poderiam ser resolvidas? Quais as situações que poderiam ter uma acção preponderante?

A.V. - O problema habitacional, com dinheiro, resolvia-se com facilidade. Mas é preciso ver bem o problema. Primeiro não se resolvem os problemas fazendo prédios e metendo lá as pessoas. É preciso ver que essas pessoas não estão habituadas a viver em apartamento. Isto é resolver um problema, criando muitos outros. 0 ideal é manter as pessoas no seu meio ambiente, criando-lhes lá condições habitacionais dignas. 0 que acontece é que muitas das pessoas não têm terrenos e as que têm o Plano-Director Munícipal, não permite que se construa lá. Por tudo isto as situações levam um certo tempo a resolver. Outra questão que temos de terem conta que uma casa com condições, só por si não resolve os problemas todos. Alterar toda a vivência de uma família é um trabalho demorado e por vezes desanimador. Só com um acompanhamento psico-social constante a essas famílias, se conseguem resultados. Parece-me também importante «agarrar» pelas crianças. Por isso acho muito importante todas estas crianças serem inseridas nas Creches - Jardins e

ATL. Aí criam novos hábitos de higiene, alimentação, conforto, etc., etc., e poderão ser elas os «motores» de mudançanestas famílias.

N.A. – O programa para Avanca para o ano que findou foi cumprido? Quais os casos contemplados?

A.V. - 0 programa para Avanca no ano de 1998 não foi totalmente cumprido. Irá continuar-se a trabalhar em 1999. Muitos casos não foram apoiados por não se tratar de habitação própria, nem terem terrenos próprios. Por outro lado, o Orçamento é muito Curto e não se podem fazer milagres. Apesar de tudo, muito se fez. Assim em 1998 o Inovar-Estarreja, interveio nos seguintes casos:

1 - Maria Adelina Santos Rodrigues; 2 – família de António Oliveira Matos; 3 - Rosa Bernardína Marques Dias; 4 - Ilda Maria Fonseca Cabral; 5 -Carlos Alberto Monteiro Soares; 6 - Ana Marques Resende; 7 - José Sã Pinto.

A.V. - Durante o ano de 1999, esperamos ultimar os casos que ficaram por terminar e iremos reconstruir a habitação da família de Grácia Celeste Oliveira Marcelina, na rua Marques Sardinha, iremos ainda dar o material para beneficiar o arranjo dos quartos das Casas do Bairro «Júlio Neves» e ainda electrificar as casas de Preciosa Pereira, do lugar da Peneda e de Maria de Fátima Jesus Pereira, da rua da Tendeira.

A.V. - Em princípio será mais virado para a Freguesia de Pardilhó. No entanto muitas das obras estão dependestes do R.D.M. Continuamos sempre abertos a casos que surjam nas outras Freguesias.

N.A. - Para além do arranjo de casas, que outras iniciativas contemplam o programa?

A.V. - Esta questão foi respondida um pouco atrás. Já falámos nos Cursos de Formação, que por um lado pretendem alterar hábitos de vivência familiar e fazer os beneficiários perceberem que têm determinadas competências e que serão capazes de as usarem e por outro lado vão criar nas pessoas competências profissionais de forma a facilitara sua integração / reintegração no mercado de trabalho. Programas Ocupacionais pretendem criar nos beneficiários os hábitos de trabalho que nunca existiram ou se foram perdendo. Ensino Recorrente - pretende-se que as pessoas adquiram o mínimo de instrução necessária à integração no mercado de trabalho (pretende-se ultrapassar o analfabetismo, situação notória nestas franjas de população). Ao nível da saúde pretende-se uma promoção e prevenção para a saúde: fazer perceber nas pessoas o interesse da vacinação, o interesse das consultas periódicas às crianças e às grávidas, o interesse das consultas de planeamento familiar. Pretende-se igualmente fazer perceber às famílias onde existem problemas de alcoolismo do interesse de fazer a desintoxicação alcoólica.

N.A. - Em virtude dos problemas da habitação ser dos mais difíceis de resolver, concorda que as contrapartidas da Cãmara Municipal para o cumprimento do testamento de Júlio Neves podem ser feitas neste Sector?

A.V. - Concordo plenamente com o exposto à Câmara Municipal de Estarreja, para se tentar resolver de forma digna o testamento do Grande Benemérito Avancanense e Concelhio - Júlio Neves, construindo-se 14 casas a famílias carenciadas de habitação, mas sempre tendo em linha de conta os casos detectados no levantamento feito pelas Assistentes Sociais, Conferência de S. Vicente de Paulo de Avanca e Parceiros do Inovar - Estarreja.

Pelo nosso auditório vão passando vários artistas da televisão e alguns grupos de renome. Em todos fica a surpresa: como é que unia terra como Avanca tem um Auditório com este tamanho e com esta apresentação!!!

De facto, os 1.000 lugares sentados, palco espaçoso e condições acústicas excepcionais fazem do nosso Auditório, uma maravilha. Quando à apresentação, sendo simples é muito digna.

Sendo a sala de visitas desta terra procurou-se dar-se-lhe um tratamento diferente do resto do edifício. Temos que ser dignos e ter algum gosto para receber seja quem for, que aqui venha com dignidade.

Avanca no passado era a terra da aristocracia: Não há terra aqui à volta que tenha tantas casas brasonadas como Avanca. Há tempos alguém dizia que os nobres de Estarreja viviam em Avanca.

Avanca tem orgulho do seu passado, da sua nobreza, do seu clero, do Dr. Egas Moniz, do Marques Sardinha, e de tantos outros. Avanca tem orgulho do seu povo bom, simples, generoso. Avanca é uma terra cheia de tradições...

isto vem a propósito de me parecer que todos os avancanenses poderem sentir orgulho de terem um auditório que causa espanto a todos os artistas que percorrem, os palcos do país e são capazes de fazer comparações. Na última sessão do espectáculo Chuva de Estrelas, o Jorge Gabriel que apresenta na SIC a Roda dos Milhões, não se cansava de manifestar a sua admiração pela sala de espectáculos que Avanca possuía. A referência ao P. José Henriques repetida várias vezes, como animador do projecto é no fundo uma referência ao Povo de Avanca. que foi generoso para esta obra. Não foi o Padre José Henriques que a fez com o seu dinheiro, mas foi o povo de Avanca que com grande sacrifício a construiu ao longo de vários anos. 0 Centro Paroquial é de todos os Avancanenses.

Mas há uma coisa que não entendo. Como é que há pessoas, talvez garotada, que com certeza não são de Avanca, e que tentam destruir uma coisa que foi feita com tanto carinho e com tanta generosidade!!!

já pela 2ª vez na parte de trás da plateia, os apoios das mãos das cadeiras já foram partidos, numa atitude de selvajaria que é próprio de marginais. Para além de danificarem os apoios, os números metálicos das cadeiras já foram tirados. Será que estes não têm gosto de terem uma sala bonita, acolhedora. Posso dizer que das coisas que mais me tem feito sofrer é isto: tentar fazer as coisas pelo melhor e haver gente que vem atrás destruir o que os outros fizeram com tanto amor.

Penso que as chiclets; nas cadeiras são outra inconsciência grave, que não só suja, mas pode provocar problemas aos que vão utilizar os bancos a seguir. Mas será com certeza por inconsciência. Agora partir os apoios é malvadez para com uma obra feita com tanto amor e carinho. Não pensamos que esta terra de Avanca se transforme numa terra de selvagens, que não tem gosto em nada, que só destroem, que sentem prazer em ver tudo partido. As cadeiras da plateia custaram cerca de 4 mil contos, mas poderiam ter custado 10 ou 20 mil contos. E Deus sabe com que sacrifício é que alguns deram ofertas para esta casa. Há cadeiras para auditórios que custam 50.000$00 ou até mais. Se as cadeiras do nosso auditório custaram cerca de 10.000 cada uma são dignas e cómodas. Claro que não são as melhores. O Centro Paroquial

custou na totalidade entre obras e equipamento 220 mil contos, mas se tudo fosse contabilizado e se fosse entregue a alguma empresa poderia

custar meio milhão ou um milhão de contos. Só o auditório poderia ter custado quando se gastou nas obras todas. Quando a Câmara Municipal

de Estarreja fizer as contas de quanto vai custar a compra do Cine-Teatro e das obras que estão previstas, é capaz de ultrapassar em muito 200 mil contos. E não quer dizer que o edifício seja maior que o nosso auditório ou fique com melhores condições.

Eu gostaria que os artistas que por aqui passam pudessem levar uma impressão positiva desta terra e deste povo, quer pelo Auditório, quer pela casa Museu Egas Moniz, quer pela Igreja ou por outra coisa qualquer. E que tanto o Jorge Gabriel como o Miguel Dias, ou o Luís aleluia (Menino Tonecas) quer o grupo Raízes pudessem sair daqui maravilhados em vez de poderem vir a lamentar o grau de destruição de que pode vir a ser alvo a nossa sala de visitar e de festas, que é o nosso Auditório.

Dia 25 de Abril - A freguesia de Pardilhó concentra-se em Santo António e em cortejo até à Igreja.

Dia 26 de Abril - Água Levada - Local de Encontro, o Cruzeiro. ia 26 de Abril - S. André - local de encontro: 0 cruzamento da Estrada Dr. Duarte de Oliveira com a Rua Peneda / Porto Tonce.

Dia 28 de Abril - S. Salvador - local de encontro, cruzamento da Rua de Prof. José Tavares com a Rua dos Chaves.

Dia 30 de Abril - Santa Luzia - local de encontro, depois da ponte desnivelada. 1

Haverá procissão de velas, todos os dias dos locais onde se concentram as pessoas até às capelas. No fim haverá sempre pregação pelos Padres Carmelitas de Aveiro.

A formação permanente é uma necessidade dos nossos dias. Para os que trabalham nos sectores da electrónica há avanços permanentes. As empregadas do Centro Paroquial tem como tarefa principal lidar com os idosos e as crianças e não precisam de uma actualização permanente no aspecto técnico. Mas torna-se importante ir recordando comportamentos e atitudes que se devem ter para com as crianças e os idosos. Tal como na vida cristã quem não tiver formação permanente «morre» assim também como a arte das artes que é lidar com pessoas em situações especiais. Por isso se torna necessário uma formação frequente.

A Direcção do Centro Paroquial e Social atenta a estas situações tentou criar um curso para as empregadas do Lar que lidam com os idosos; outro para as empregadas da Creche - infantário que tratam das crianças. Há um número enorme de regras que são importantes para se poder ajudar as nossas crianças e os nossos idosos. A boa vontade é muito importante mas não é tudo.

Neste momento ligado ao Centro Paroquial ficam a funcionar 3 cursos: um que já começou há um ano chamado Integrar que se vai prolongar até ao fim do ano, a partir de Abril com adaptação ao futuro emprego. São 14 mulheres que estão a receber o Rendimento Mínimo; depois o curso para as empregadas do Lar de Idosos, e por fim o curso para as que trabalham na Creche, Infantário e A.T.L..

Fez no dia 17 de Março, 25 anos que um grupo de jovens quiseram restaurar o movimento que tinha terminado as suas actividades em Avanca Convidaram-se os restauradores que estiveram ligados a este recomeço para virem participar na Missa de Acção de Graças. No dia 26 de Março, sexta-feira, vai haver uma reunião magna do movimento, esperando que esteja presente o chefe Regional, e se possível o assistente nacional para uma evocação do escutismo ao longo destes 25 anos e uma missa de Acção de Graças por tudo o que o Movimento proporcionou às centenas de jovens da nossa paróquia que estiveram ligados ao movimento. De facto muita gente esteve ligada ao movimento ao longo destes 25 anos e muito recebeu deste movimento, que a nível do país é o que mais adeptos tem em Portugal e no mundo.

Há cerca de 3 semanas que a porta da sacristia da capela de S. Sebastião apareceu forçada numa segunda-feira de manhã. Foi-se a ver, a caixa das esmolas também estava arrombada. Não havia mais nada estragado. Foi gente que procurava apenas dinheiro. Os assaltos a capelas e igrejas vão-se repetindo pois com a falta de respeito que existe em muita gente, nem os santos, nem o Santissimo (igreja) escapam. É um triste sintoma dos nossos tempos.

Temos por isso de reforçar as fechaduras e por também alarmes em todas as capelas, para não vir a sofrer algum desgosto. Vamos tentar melhorar a segurança na Igreja e capelas, mesmo que isto custe algum dinheiro.

Já há muito tempo que os grupos deixaram de trabalhar no Restaurante Paroquial. Já lá vão cerca de 4 anos que esta iniciativa acabou. Tinham sido antes, muitos anos a trabalhar e a dar muito dinheiro para as obras do Centro Paroquial. Depois ainda se esteve um ano a arranjar dinheiro para a Igreja.

Desde essa data até agora que o Restaurante tem contiunado devido à generosidade de algumas pessoas (poucas) que lá tem ido aguentando este trabalho durante anos seguidos.

Água Levada como vai fazer obras na capela prontificou-se a vir fazer alguns domingos. Com o grupo veio a animação, o restaurante cheio que faz lembrar um passado recente de muito trabalho e generosidade em favor das obras do Centro Paroquial, da Igreja.

Esta iniciativa teve uma grande projecção na angariação de fundos para uma obra que precisava de muita generosidade.

Agora a beneficiaria e a capela de Água Levada. A renovação do interior da capela e as salas de catequese vão custar cerca de 7.500 contos. 0 que se arranjar no restaurante será uma ajuda, para juntar a outras ajudas. Apesar dos números serem elevados eu creio que vai ser possível levar por diante mais esta iniciativa. Noutra parte do jornal explica-se o que se pretende fazer na capela de Santa Ana.

Chegou-se a pensar juntar a festa dos 25 anos da elevação de Avanca a Vila com a homenagem ao Sr. Dr. Duarte de Oliveira. 0 busto que ira' ser colocado junto do actual posto médico demorou a fazer e não permitiu que se juntassem ás duas festas. Agora que o busto está feito pensou-se no dia 17 de Abril como a data da homenagem ao Dr. Duarte. Mas esta data já foi mudada por o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Estarreja estar ausente no estrangeiro nesta data. Vai-se procurar nova data para que se possam juntar as autoridades civis, nomeadamente o Governador Civil e o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Estarreja.

0 Agrupamento de Avanca vem por este meio convidar, toda a comunidade, a participar na cerimónia de Aniversário dos 25 anos, «25 Anos de Estórias numa História de 25 Anos», com Missa e Promessas, a realizar no dia 26 de Março, pelas 20h30, no Salão Paroquial

Já está confirmado a vinda do grupo UP WITH PEOPLE a Avanca nos princípios do mês de Junho. Vai coincidir com, a Primeira Comunhão das nossas crianças. É também de novo o começo da digressão deste grupo em Portugal. Eles em principio vão também actuar na Vila da Feira. 0 Doutor Sousa Santos e esposa que contactaram com a D. Maria Helena

Coelho, responsável do grupo em Portugal, interessaram-se muito para que o grupo fosse também à Vila da Feira.

É por isso que em princípio o grupo vai ficar na Gafanha da Nazaré, em Avanca e na Vila da Feira. Eles juntam-se para fazerem os espectáculos.

As famílias de acolhimento vão fazer de novo um esforço para receber «os meninos e as

Será uma lufada de ar fresco que vai passar pela nossa Vila de Avanca com tantos jovens de tantos países, e mais uma oportunidade de um espectáculo único.

No programa está só «previsto um espectáculo para Avanca, mas vamos enveredar esforços para que se possam fazer aqui dois espectáculos.

Mudou-se o telhado fizeram-se as vedações, rebocou-se por dentro e por fora, pintou-se. Depois houve a recuperação do retábulo que ameaçava ruir, pois os suportes de madeira estavam podres; conservou-se a talha e fez-se o «douramento». Depois reparou-se o forro e colocou-se uma porta no coro. Encomendou-se uma torre cineira em granito, por fim colocou-se o chão em tijoleira.

As imagens foram recuperadas. Só não se fez um altar novo. Para não haver problemas com entradas, mudou-se a porta do lado sul para o lado norte, ficando assim um pequeno pátio ao lado da capela, onde em dia de aglomeração de pessoas podem ficar alguns fiéis que podem participar na missa através da porta lateral. Até para protecção da porta lateral arranjou-se um portão em ferro que se adoptou perfeitamente à abertura. Era um portão antigo que tinha saído da casa da Quinta do Gama.

Não foi preciso nem estreitá-lo nem alargá-lo. Parece que foi feito mesmo à medida e tem a vantagem de ser antigo, adaptando-se melhor ao estilo da Capela. 0 portão que estava, só fechava metade da abertura e não condizia com a dignidade da capela. Há coisas que dão tão bem, saem dum lado e adaptam-se logo a outro.

Vamos ter assim uma Capela Nova bonita, completamente renovada. Mas que bem que ela agora está.

0 Senhor Dr. Carios Cardoso no seu livro sobre Avanca diz o seguinte sobre a capela na pág. 113.

«A Capela que esteve durante longos anos completamente arruinada, dispõe de um coro e de um único altar com várias imagens de Santos (a principal das quais representando Nossa Senhora do Carmo). Este altar era de riquissima talha, mas a recente reconstrução da Capela, feita inconscientemente e sem qualquer respeito por aquela preciosidade, destruindo-a completamente. As estátuas dos santos e o altar foram todos besuntados de horríveis tintas (vermelho, verde, amarelo)... o chão cimentado de vermelho etc. Um desleixo enorme, para não lhe chamar actividade criminosa... Encontra-se construída junto da moradia do lado sul. Vou convidar o Senhor Dr. Carlos Cardoso para a inauguração da Capela, por todas as razões, mas também porque ele enviou 100 contos para as obras da Capela. Que a má impressão de há tempos seja agora contrariada.

Por falar em benfeitores afinal sempre apareceu um benfeitor a pagar o granito da torre onde fica a sineta, fazendo-o por alma do pai, António José do Alves. Depois de tanta generosidade para com a Igreja, as missões, o Centro, ainda mais esta benfeitoria feita pelo Francisco Carvalho e irmãos. Que a Senhora do Carmo os recompense.

Todos os anos na Quaresma os cristãos são convidados a dar uma ajuda para obras quer da Igreja em Portugal ^quer doutros países. Desde a Guiné a Angola, a Moçambique, a Timor, depois do 25 de Abril passaram por grandes dificuldades e temos tentado ajudá-los. Este ano a Conferência Episcopal Portuguesa propõe aos cristãos que a sua

Renúncia Quaresmal seja orientada para os meios de Comunicação Social dos países de Expressão Portuguesa.

Nestes países novos é mesmo importante que haja meios de comunicação social ligados à Igreja. Uma ajuda neste campo tem uma grande projecção para o futuro da Igreja.

Como já mais que uma vez noticiámos a Conferência decidiu dar uma apresentação diferente ao Bairro Júlio Neves. Desde o tempo em que a estrada passava junto das casas à mudança para o fundo do terreno, ficou ao critério decada um fazer as arrumações e currais que precisava. E verdade que na maior parte dos casos os arrumos e currais eram de muito mau gosto o que dava a impressão dum bairro de lata. Pensou-se ordenar os quintais e fazer uma arrumação que pode servir de garagem ou de arrumação.

Alguns podem estranhar que se tenha pensado fazer uma garagem num bairro para pessoas pobres. Mas a verdade é que aquilo a que chamamos garagem pode servir para todo o género de arrumações.

E se porventura algum dos ocupantes melhorar significativamente de vida ainda bem. Era até conveniente que todos os ocupantes pudessem melhorar a sua situação económica.

Mas a Conferência não se limitou a dar uma nova apresentação ao Bairro, mas antes disso procurou ajudar os ocupantes a arranjar as suas casas de banho, sobretudo aqueles que ainda não tinham casa de banho equipada.

Claro que a água canalizada era do mais importante para poder haver higiene. Foi o que se procurou fazer em primeiro lugar.

0 custo desta intervenção é apesar de tudo grande, para as possibilidades da Conferência. Mas era necessário fazer-se alguma coisa.

Em dia de chuva quando percorria a estrada de Água Levada, verificava que a estrada estava cheia de água; Não existiam valetas e a água corria veloz pelo meio da estrada dum lado para o outro. Muitas vezes pensava que era necessário fazer-se umas valetas naquela estrada, até porque os lados, com a queda das terras laterais estava sempre mais alto que a própria estrada. De Santo André para baixo, existiam valetas sempre cheias de ervas e entulhos. Lembra-me de ver algumas vezes tirar as ervas das valetas, mas porque a terra não era removida da beira da estrada, passados poucos dias os carros punham-na outra vez na valeta. E isto aconteceu várias vezes. Enfim um trabalho mal feito, mal programado.

Agora verifico que de Santo André até ao Centro a Junta de Freguesia limpou as valetas e removeu as terras e a Câmara Municipal de S. André a caminho de Água Levada vai limpando as bermas da estrada para as águas poderem escorrer pelas partes laterais sem andarem pelo meio da estrada. É um serviço necessário pois esta estrada que já sofreu várias benfeitorias nunca poderia conservar-se sem as águas correrem pelas valetas. A estrada é demasiado comprida e em dias de chuva junta mesmo muita água.

Estão por isso de parabéns a Junta e a Câmara e estou convencido que apesar de não ter valetas ou estas serem pequenas pelo menos como as bermas agora são mais baixas a maior parte da água corre pelas partes laterais em vez de correr pelo meio da estrada.

Mas um outro benefício sofreu esta estrada, o pinhal que fica entre a Boca do Monte e Água Levada era demasiado medonho e comprido para alguém, se por a caminho durante a noite. A escuridão era completa. Agora que a Câmara mandou colocar iluminação, já é possível passar-se por lá durante a noite, sem os medos da escuridão.

Nas noites de Inverno como é que as crianças passavam aquela gândara ao sair da escola de noite. A Escola de Água Levada tem trabalhado em desdobramento e quando acaba a escola do turno da tarde já é mesmo de noite. De facto era uma necessidade iluminar a estrada.

Há um grupo de crianças dia Boca do Monte que frequenta a escola de Água Levada.

Agora só falta uma coisa. A estrada ao chegar a Água Levada tem demasiadas curvas muito apertadas que não dão para dois carros grandes cruzarem. Um carro grande ocupa a estrada toda. 0 que impede o alargamento da estrada são casas velhas.

Não era possível alargar a estrada sacrificando as casas velhas? Elas estão desabitadas e não criam por isso qualquer problema, o seu alargamento.

Era mesmo um benefício grande para quem por lá passa com frequência que muitas vezes tem que recuar pois os carros grandes precisam da estrada toda.

A Casa Paroquial foi alvo de tentativas de assalto durante o ano de 1998. Umas vezes fizeram só estrago, outras vezes ainda levaram dinheiro e valores. Os amigos do alheio vão aumentando no nosso mundo que se diz civilizado.

Há uma preocupação grande que sobretudo não se perca nenhum património que os nossos antepassados nos deixaram.

Por causa dos assaltos e da falta de respeito nas Igrejas a maior parte das Igrejas do nosso país estão fechadas.

É um empobrecimento muito grande ter uma Igreja fechada. Quem quiser passar pela Igreja não lhe é fácil pedir a chave para ir rezar um bocadinho.

A Igreja de Avanca que vai tendo gente a fazer a visita ao SS.mo Sacramento durante o dia está aberta todo o dia. É quase uma excepção no nosso tempo. Enquanto for possível tê-la aberta é uma riqueza. Se algum dia tiver que se fechar será uma pena.

No entanto as portas mais antigas da. Igreja tinham muita segurança. Eram muito fortes e além disso estavam chapeadas por dentro de tal maneira que se tornava impossível assaltar a Igreja. As coisas modernas são muito frágeis. Por exemplo as almofadas das portas tornam a Igreja muito vulnerável. Por isso é necessário reforçar as portas sobretudo com chapas, para que se alguém quiser assaltar a Igreja, não o possa fazer facilmente.

Porque a Igreja tem valores grandes e sobretudo porque é irreparável qualquer roubo à Igreja, vamos não só chapear as portas novas, mas também vamos pôr alarme na Igreja. Amanhã pode ser tarde.

A Casa Paroquial também precisa de grades. Não será muito estético ver a Casa Paroquial com grades. Eu não gosto de ver. Mas nos tempos que correm a necessidade obriga.

E a evolução pelo que se vê, vai ser cada vez pior. 0 ditado diz: «Casa roubada, trancas à porta». Nós queremos antecipar-nos.

Os jazigos do cemitério foram colocados no fundo do primeiro cemitério. Com o andar dos anos foi necessário ir alargando o cemitério. Mas a barreira dos jazigos parecia mais uma divisória.

Muitas vezes se falava na necessidade de remover os jazigos. A Junta actual pÔs mãos à obra, removendo o jazigo do

c entro e agora já está planeado remover-se mais dois jazigos que estão ao lado daquele que foi, retirado. Ficará assim mais ampla a abertura e já se vai poder ver o cemitério todo. É uma iniciativa louvável que vai dar outra apresentação ao cemitério quando se retiraram mais estes dois jazigos.

Consta que os tão desejados semáforos para o cruzamento de Água Levada vão ser multiplicados por vários. Assim para além deste cruzamento, também vai haver semáforos na Vaiada e em S. Sebastião. Todos eles são necessários e se assim for Avanca vai ter os semáforos que precisa. Tanto se falou, tanto se pediu que parece que finalmente vamos ver satisfeita uma aspiração que já fez correr muita tinta.

Avanca ficará assim com 4 semáforos, pois os da Bandeira são também dos mais importantes e embora não estejam a funcionar em pleno já evitam muitos acidentes.

0 que agora era importante era arranjar passeios na estrada 109 onde fosse possível alargar a estrada. Era mesmo importante.

Fevereiro os encontros do C.P.M., aquilo a que vulgarmente se chama Curso de C.P.M.. Os encontros vão prosseguir nos próximos sábados. Para facilitar a vinda dos noivos doutras freguesia costumamos fazer duas reuniões em cada dia. Facilita por um lado o curso mas também tem a desvantagem de mal começa, acabar logo, não permitindo um conhecimento grande das pessoas.

Quase todos os noivos reconhecem que o curso foi muito positivo e até desejavam que continuasse. E normal que os noivos, venham um pouco desconfiados, mas depois os temas dizem-lhe muito e orientados por gente

simpática criam um clima de boa disposição. 0 final é sempre uma celebração e um convívio que os deixa ainda mais bem dispostos. Verificamos sempre uma mudança muito grande na sondagem feita no princípio comparada com as apreciações finais que são sempre muito positivas. Como as sondagens são anónimas pensamos que ninguém terá a tentação de dizer-nos outra coisa diferente do que sente.

0 C.P.M. é assim uma oportunidade para os noivos poderem ouvir alguns testemunhos de gente casada e saberem alguns dos problemas que vão encontrar depois de casados.

A Primeira Comunhão das nossas crianças nos últimos anos tem sido no primeiro domingo de Junho. Era próximo de Santa Marinha, meados de. Julho para se poder acolher algumas crianças filhas de emigrantes. Mas na verdade é que já não havia razão para isso. Por outro lado a Comunhão coincidia com o fim da catequese. Depois tudo acabava. Isto era errado em relação ao que deve ser a Comunhão, pois a Comunhão não é um fim, mas um princípio de maior intimidade com Deus. Por cima vinha a seguir as férias com a sua dispersão. Não podia ser.

0 mês de Junho é o mês das festas populares e para não coincidir com a festa do Santo António a melhor é ser sempre no princípio. Assim não há perigo de coincidência.

Depois de na catequese tomar esta resolução informaram-me que no tempo do Monsenhor Fidalgo a Comunhão era também no princípio de Junho. Afinal retomou-se assim uma tradição já antiga.

0 ambão e o Altar estão em cimento à vista. 0 sacrário está metido na parede, sem qualquer sinal. As imagens estão colocadas como que em prateleiras. A parte à volta do altar está com alcatifa que está gasta. Não tem qualquer elemento decorativo nem material com mais valor. No tecto é uma placa que serve também de cobertura. Agora notava-se as vigas do pré esforçado. porque as vigas que são em cimento, não tendo grossura de massa de cal suficiente, a tinta ganha caruncho com a condenação da humidade.

0 Senhor Cónego Salvador Terra com o Senhor Engenheiro Avenilde Valente foi dizendo que o problema do Sacrário, ficou por resolver, tendo-se adoptado uma solução provisória por o arquitecto não apresentar outra solução.

Pensando em pedira opinião a um arquitecto credenciado em arte sacra, pareceu-me que poderia pedir a opinião ao Dr. José Emídio que vive perto de Água Levada e é um consagrado artista, formado em Belas Artes. 0 Dr. José Emídio casou com uma irmã do Senhor Cónego Terra e por isso está ligado a Água Levada, vivendo no Alto do Adão. Era de facto a pessoa indicada para dar a sua opinião e o seu contributo para a valorização da Capela. Ele tem feito painéis cerâmicos para várias entidades, e é reconhecido o seu valor artístico.

Ele veio ver a Capela e reconheceu que de facto é muito pobre não tendo qualquer elemento decorativo, nem materiais dignos.

Ele porpôs-se fazer um painel cerâmico para ser colocado na frente um pouco ao lado esquerdo, na parte curva da capela. Propôs-se revestira parte da frente do Altar e do ambão com um mármore colorido, sendo as portas curvas revestidas de latão. 0 rário terá na frente o mesmo mármore colorido sendo mimado com uma figura de um pelicano. A cadeira da Presidência será também substituída por três cadeiras que tem os riscos dos bons uma inspiração nos bancos da capela, tendo umas costas que lhe dão uma certa, dignidade.

0 Dr. José Emídio propôs também que se colocasse madeira no tecto e na zona da Presidência o que dava uma certa dignidade ao local.

Claro que o revestimento do tecto a madeira é um pouco caro, embora reconhecemos que ficava bem.

Parece-nos no entanto que mesmo que custe um bocado de dinheiro, a zona da presidência deverá ser beneficiada ou com madeira, ou com pedra. Quanto ao tecto vai depender do custo por metro quadrado, pois o tecto tem entre 350 a 400 metros quadrados de área, o que custa uns milhares de contos.

4 Vamos reunir com a Comissão para estudar a hipótese do tecto em madeira e do chão daquilo a que se chama Capela Mor ou a zona da Presidência.

As propostas do painel cerâmico com a representação de Santa Ana, Avó de Jesus, apresentado a Geneologia de Jesus, Santa Ana, Nossa Senhora, Jesus, parece-me indiscutível. E no fundo aproveitar aquilo que alguém desta terra já com alguma fama de artista possa fazer por esta terra. 0 mesmo se diga com o revestimento do Altar e do ambão, e da base do Sacrário e o pelicano por cima do Sacrário. 0 mesmo se diga dos cadeirões da presidência que são criação dele. 0 revestimento a madeira será no entanto uma coisa a resolver com urgência, pois gostaríamos que as obras da capela de Agua Levada estivessem terminados por altura da Festa da Santa Ana. Poderá pensar-se que esta data possa ser a inauguração das obras.

Mas quanto custarão as Obras, as das salas de catequese e as obras interiores? Bem por agora ainda é estimativa, mas se as salas de catequese custarem 1.500 contos, os painéis, os cadeirões, e os arranjos no sacrário, no ambão e no altar cerca de 2.000 mil contos vai depois depender do dinheiro que houver de por ou não forro em madeira, em toda a capela, ou até só a partir da frente. Se as partes que devem ter uma intervenção indiscutível custam por volta de 4 mil contos para o qual é possível arranjar dinheiro. Daí para cima já não é tão fácil.

É que para além do edifício em si a parte exterior da Capela também custa dinheiro mesmo que se arranje alguma mão de obra gratuita, para arranjar os passeios com pedra calcária. Agua Levada é a terra dos calceteiros e parece-nos possível que se arranje boa vontade à volta desta obra, que é de todos.

Estou também convicto que não será por falta de dinheiro que não se farão as obras em Agua Levada. A mesma generosidade do que surgiu para se levantar a Capela surgirá também agora para a adornar e para acabar as salas de catequese. A vantagem é que já há dinheiro para uma parte das obras. Todos sabem que o grupo de Água Levada na parte final da iniciativa do trabalho para Restaurante Paroquial conseguiu arranjar 1.000 contos para as salas da catequese. É assim uma ajuda significativa, pois depois disso houve pessoas de Água Levada que ofereceram para a Capela bastante dinheiro. Agora é por erro mais fácil. Foi por isso vantajoso ter-se realizado esta iniciativa o ter-se poupado alguns dinheiros que agora dá para custar parte das despesas.

Na estrada de Agueiros, encostado a uma casa mal se dá por ele. Tem lá escrito: «TONCE 1714»

Faz parte de um conjunto de marcos que foram colocados pelo seu proprietário em 1714, à volta da Quinta de St.ª Esperança, cujo centro era a Capela do mesmo nome, em Loureiro.

Tonce, nessa altura, era um lugar meeiro, isto é um ano, pertencia a Loureiro, noutro a Avanca.

A Quinta era «honrada», isto é, tinha vários privilégios e isenções. As,,honras» eram concedidas pelo Rei a nobres, enquanto os «coutos», como Cucujães e Alcobaça eram atribuídos a Ordens Religiosas.

Da «honra de Tonce» fala o Dr. Carlos Cardoso a págs. 107 e 108 do seu primeiro estudo sobre Avanca, com o título de «subsídios para uma monografia».

Em 1714, tendo surgido dúvidas quanto aos limites das propriedades da «honra de Tonce», o seu proprietário mandou pôr marcos em pedra. Resta, apenas este e um outro de que ainda estará em algum fragmento perto da auto-estrada e do Rio Gonde.

0 tombo destas propriedades, cuja maior parte se encontra hoje em território de Avanca, encontra-se arquivado no Asilo César Pinho em Oliveira de Azeméis.

Estas propriedades, estavam aforadas a muitos caseiros, de Loureiro, Avanca e arredores.

Aqui fica este retalho de história comum de Loureiro e Avanca, o qual me foi fornecido pelo Pároco de Ovar, Pe. Pires Bastos, natural de Loureiro, que nos dará muito gosto se nos disser mais coisas sobre estes assunto tão interessante.

À Ana Homem, Rainha do Carnaval de Estarreja de 1999, os parabéns do Triângulos Bar, de .todos os teus amigos, daqueles que, desde o primeiro momento, acreditaram que aquele desfile só podia acabar assim, que te aplaudiram e juntos festejaram a mais justa eleição.

Votos de um reinado feliz, de um Carnaval inesquecível, de uma boa viagem até Londres e, já agora ... está mais que provado que o teu Rei…enfim, coitado... não lhe dês muita trela!

Ainda envolvidos na dor do nosso irmão Raimundo Oliveira, bem de nos surpreender com mais uma triste noticia, que é a morte de mais um dos nossos. José Maria Duarte de Oliveira, filho dessa tão linda terra.

Engenheiro Electrónico para a Hydro Québec, a maior companhia em Electricidade em Canada.

O José foi trabalhar no escritório, no dia 1 de Fevereiro, chegou a casa à noite, após o seu jantar não se sentiu bem, e conduzido por uma ambulância ao Hospital, os médicos não puderam fazer nada para o salvar.

Faleceu na noite de 1 par 2 do corrente pelas 2h e 30 da manhã, deixando assim sua Esposa Fátima Ramos Oliveira e três crianças; Silvie, Marlene, e Filipe, bem assim como seus 5 irmãos, uma irmã, Imelda, cunhado, e cunhadas; em Portugal irmã Ascensão, e Ana Oliveira, residente no lugar do Sobreiro.

Morrer com 52 anos, parece-nos cedo a mais! Muito trabalho, muito stress, talvez em parte, pois há uns tempos para cá, ele estava à frente duma equipe de engenheiros, todos trabalhadores da Hydro, como já disse, e que estavam a executar uns trabalhos eléctricos em Luanda Angola, e remodelação da mesma rede eléctrica.

De todos, como era ele o único que falava Português, e em Angola falasse o Português, foi nomeado à carga de tais trabalhos, para onde deveria partir em breve com a sua equipe, se tal surpresa não tivesse acontecido.

Realizou-se no dia trinta do mês de Setembro de mil novecentos e noventa e oito, pelas vinte e uma horas, uma sessão ordinária da Assem-, bleia de Freguesia.

Comunicado à Assembleia pelo Executivo das actividades realizadas e a realizar a curto prazo.

Aprovado por unanimidade o projecto do monumento ao Sr. Dr. Duarte de Oliveira.

Aprovado por unanimidade a colocação de um anúncio de venda do prédio do Porto da herança.do Sr. Júlio Ne ves.

Vai fazer 4 anos que no final do governo anterior foi prometido um pavilhão polivalente para Água Levada. Há um tempo a traz falava-se que se não se arranjasse terreno podia perder-se esta oportunidade. Houve até quem me dissesse para ver se resolvia o problema. Não me foi possível resolvê-lo pois tenho centenas de coisas urgentes para resolver. Isto compete mais a sociedade civil. Mas reconheço que seria urgente não perder-se esta oportunidade.

0 Cónego Salvador Terra falou-me que perto da escola tinham prometido um terreno para um campo de futebol. Os herdeiros não poderiam respeitar esta generosidade do pai para com o povo de Água Levada? 0 terreno para o polivalente seria em qualquer dos casos menos do que se fosse para um Campo de Futebol. Neste caso ganhariam ambas as partes.

Neste momento a Capela que tem mais necessidade de obras é a Capela de Santo André. Não apenas pelo aspecto exterior, mas também porque o retábulo interior vai mostrando que está a entrar humidade através da parede da frente, o que está a apodrecer o retábulo. É por isso urgente tentar-se fazer o isolamento da parede onde está apoiado o retábulo, de contrário qualquer dia já não existe re tábulo. Claro que depois disto é preciso pintar-se a Capela que apresenta no reboco várias fissuras o que pode significar que antes da pintura será necessário colocar um novo reboco.

Quase que não se compreende que um auditório não tenha um ecran. Nascendo esta sala para espectáculos não se compreendia que o Auditório não tivesse um ecran. Ele em princípio deveria fazer parte de mobiliário da casa.

Quando para os festivais do Cine-Clube era preciso um ecran, era a Câmara Municipal que o vinha montar transferindo-o do Cine Teatro de Estarreja. Era, apesar de tudo, um pouco incómodo. Por vezes para não se ter este trabalho improvisava-se um ecran colocando uns lençóis. Já se exibiram filmes com ecrans improvisados, mas a verdade é que a qualidade da imagem não é perfeita.

No dia 13 de Dezembro os animadores dos grupos de jovens organizaram no Centro Paroquial um dia, trazendo ao Centro algumas das crianças pobres da freguesia. 0 programa foi variado, tendo desde representações, jogos, danças, convívios, almoço e lanche. Neste dia em que havia um programa no Auditório com as crianças de Arraiolos, elas também participaram em parte da festa do Auditório. Para além do interesse que possa ter para as crianças iniciativas como esta, não há dúvida nenhuma que é de louvar a atitude dos nossos jovens de se interessarem pelas crianças pobres da Paróquia.

No dia 13 de Dezembro realizou-se no Auditório do Centro Paroquial uma festa de grande interesse com a participação das crianças do A.T.L., dos Idosos, e das crianças de Arraiolos. Foi a Festa de Natal aberta a todos os paroquianos que já é habitual fazer-se por altura do Natal. A festa teve este ano maior brilho devido à presença das crianças de Arraiolos que afinal estavam mesmo bem ensaiadas. Foi uma festa bonita que deixou contentes todos os que assistiram à festa. Estão de parabéns todos os que ensaiaram as crianças que de facto deram muita alegria à festa.

Este ano as férias do Senhor Cónego Guimarães em Avanca foram bastante prolongadas. A fractura dum pé que ocorreu no final das férias fez com que se prolongassem as férias. Como o Senhor Cónego tinha alguns «pecados» por não ter vindo durante vários anos a Avanca, foi uma ocasião de reparar os ditos pecados. Não sei se já estão saldados todos pois foram vários os anos em que não veio a Avanca, que tem muita estima pelo Senhor Cónego Guimarães.

0 Centro Paroquial como toda a gente sabe, tem 6 valências, 3 para crianças e 3 para idosos. 0 que quer dizer para recolher as crianças e os idosos ir a casa dos idosos fazer-lhes o apoio, ir buscar as crianças do A.T.L. às escolas é andar os carros um dia inteiro na rua. As 3 carrinhas que o Centro possuía, mais a carrinha que a Artística nos cedia eram insuficientes. Por vezes era preciso uma carrinha para levar alguém ao hospital, ou ir às compras e não havia nenhuma. Com a ajuda do Estado que nos deu 3.000 contos comprou-se mais uma carrinha para podermos servir melhor. 0 Centro recebe apoio da Artística que lhes cede a sua carrinha mas também dá apoio ao grupo de Jovens e aos escuteiros e ultimamente leva a Ovar alguns adolescentes da Escola C+S para os inserir no mundo do trabalho.

Proposta da Paroquia e da Conferencia Vicentina de Avanca a Camara Municipal de Estarreja para o cumprimento do Testamento de Julio Neves

Depois de ter passado um tempo razoável após se ter levantado a questão do cumprimento do testamento do benemérito Júlio Neves, por parte da Câmara Municipal de Estarreja, o Pároco de Avanca e a Conferência de S. Vicente de Paulo da mesma freguesia, vêm apresentar uma proposta da resolução do problema.

a) - Consideramos que foi útil ter decorrido algum tempo depois que se levantou o problema.

b) - Queremos apresentar uma solução para que o problema não se arraste indefinidamente.

c) - Estamos convencidos que é no campo da habitação que se deve tentar uma, ajuda maior à gente carenciada, pois esta é a maior dificuldade que se levanta nos nossos dias, pois para as primeiras necessidades, as pessoas vão arranjando dinheiro.

d) - Porque o Sr. Júlio Neves nomeia apenas o Pároco de Avanca e a Conferência de S. Vicente de Paulo, como devendo ser ouvidos na distribuição dos rendimentos do Armazém da Canoa, será esta uma maneira de dar cumprimento a esta cláusula aceitando a proposta destas duas entidades.

e) - A nossa proposta prevê a construção de casas em seis lugares diferentes, o que tem uma vantagem de não concentrar os pobres numa zona, com o perigo da formação dum guetto. Assim eles seriam mais facilmente integrados no contacto com outras populações.

f) A freguesia de Avanca, nos últimos tempos, tem acolhido jovens ex-drogados que optaram por esta terra, porque foi aqui que abandonaram o flagelo da droga e mete-lhes pavor voltarem às suas terras. Aqui organizam a sua vida e aqui têm casado. Algumas destas casas em Avanca podem vir acolher alguns destes casos que, porventura, queiram refazer a vida...

g) - A Câmara Municipal não pode comparar este projecto com outro qualquer, porque a Câmara faz os projectos conforme as suas possibilidades sem uma obrigação estrita. Ao contrário, o cumprir um testamento é uma obrigação de justiça.

h) - Entendemos que nas casas que forem feitas se deverá colocar uma lápide indicando a origem da benfeitoria de Júlio Neves.

i) - A Câmara Municipal, para além de cumprir um testamento, poderá alegrar-se por ajudar a resolver um problema das famílias carenciadas do Concelho de Estarreja, a que estas casas tentam dar resposta, sem sobrecarregar o erário da Câmara Municipal.

j) - Tendo em conta a proporção que o testador estabeleceu na distribuição dos rendimentos e tendo a Misericórdia de Estarreja recebido 10.000.000$00, o que equivale quase à terça parte da venda do Armazém, sabendo por outro lado que o rendimento do Armazém da Canoa em 1986, quando foi vendido, rendia Mensalmente 21.760$00, tendo a Misericórdia direito apenas a «mil escudos mensais», é fácil ver que a Misericórdia foi beneficiada. Mas porque se trata da Misericórdia que ajuda os pobres e estava contemplada no testamento, parece-me que agora quem precisa de ser compensado são os pobres de Avanca que tinham direito «ao restante». Assim po der-se-ia acertar nos seguintes

1 - Embora o testador não tenha previsto a venda do Armazém, mas a distribuição dos rendimentos deste, «mil escudos à Misericórdia e o restante aos pobres de Avanca», já que o Armazém foi vendido, devem ser os pobres de Avanca a beneficiar e a Misericórdia. Por outro lado, o Sr. Júlio Neves previa no Testamento a construção de vários bairros o que não aconteceu. Parece-nos que está dentro do espírito e da letra do testamento a construção de casas para pessoas pobres. E verdade que com a introdução de novas regalias aos cidadãos portugueses, da parte da Segurança Social, entre as quais se destaca o Rendimento Mínimo Garantido, o que permite às pessoas ter o indispensável para o seu sustento, hoje o problema dos pobres não é o ter que comer, mas os problemas da habitação. Por isso, está de acordo com o espírito e a letra do testamento a construção de casas para pobres e corres ponde às necessidades actuais dos carenciados.

2 - Nos últimos tempos têm sido doados à paróquia um conjunto de terrenos para neles se construir casas para os pobres. Estão todos situados junto de outras casas já construídas. A Paróquia adquiriu apenas um terreno em Agua Levada, porque quando se pensou nesta iniciativa, pareceu-nos que o programa deveria atingir Água Levada por haver nesta terra alguns problemas relacionados com a habitação. A relação dos terrenos está em anexo. As casas seriam catorze ao todo.

3 - A Câmara Municipal de Estarreja faria os projectos das casas, porventura o loteamento onde for necessário, e construía a estrutura em betão, incluindo as paredes e a cobertura, bem como qualquer arruamentos de acesso às casas. Havia assim a garantia de que as coisas ficariam bem estruturadas. 0 não acabamento das casas seria para se procurar uma participação, sobretudo em mão-de-obra dos futuros utentes e podermos também captar a participação da comunidade, que num ou noutro caso se prontificou a ajudar.

4 - Para se poder acabar as casas, a Câmara daria 10.000.000$00 no ano 2000, a mesma quantia no ano 2001 e também no ano 2002. Este dinheiro seria para pagar algumas empreitadas e pagar o material, quando for oferecida a mão de obra.

5 - Temos consciência de que o património da Quinta do Gama, comprado com o dinheiro dos pobres, tem um valor superior a estas contrapartidas pedidas à Câmara Municipal. Sabemos também que não era lícito à Câmara da altura ter desviado 5.000 contos para os Bombeiros de Estarreja, do dinheiro destinado aos pobres de Avanca. Reconhecemos que os gastos feitos na Quinta do Gama tiveram a ajuda da C.E.E. e que, portanto, o investimento da Câmara não foi tão grande. E, por fina, temos a convicção de que a venda dos lotes da Quinta do Gama, mesmo fazendo contas às despesas, é lucrativo para a Câmara Municipal e que, para além da venda dos lotes, há um património valioso não contabilidade que se traduz no lote da Casa de Habitação, da Casa da Eira, do lote do CineClube, do lote do Posto Médico e da Praça do Emigrante, património este que vale largas dezenas de milhares de contos, e que não estão, nem estiveram, ao serviço dos pobres. Por outro lado, as contrapartidas pedidas são para ser feitas em quatro anos, o que atenua o gasto. Será, no entanto, necessário que pelo menos metade das casas a levantar pela Câmara possam ser construídas no ano de 1999, para se poder andar com o projecto por diante e que as restantes sejam levantadas no ano 2000.

6 - Porque foi à Câmara que o Senhor Júlio Neves fez o Testamento e que foi aceite por esta, a Câmara Municipal deve ter um papel activo na construção das casas. Tendo em conta não apenas a experiência do Projecto «Inovar Estarreja», mas sabendo que este tem os mesmos fins que o Testamento que o Senhor Júlio Neves fez aos pobres de Avanca, o promotor do Projecto «Inovar Estarreja» poderia ter uma parte activa em parceria com a Paróquia, no acabamento das casas, levantadas pela Câmara Municipal. Porque se trata dum projecto autónomo, teria uma contabilidade à parte.

7 - A atribuição das casas às famílias pobres também seria feita entre a Câmara Municipal e a Conferência Vicentina juntamente com o Pároco.

8 – A administração futura das casas seria feita pela Conferência Vicentina de Avanca.

9 – Se o terreno de Água Levada der para mais alguma construção para além de quatro, ela destinar-se-á também a pobres, embora nesta fase não se deva construir mais de quatro habitações neste lugar. Ficará para futuras iniciativas.

Na certeza de que esta nossa proposta irá merecer da parte de V. Ex.ª a melhor das atenções, subscrevemo-nos reconhecidos.

Ao chegarmos ao fim do ano não apenas porque é obrigatório mas porque não se pode governar uma casa sem orçamento rigoroso, a Direcção do Centro Paroquial e Social com o Conselho Fiscal, reuniram-se para fazer o orçamento e o Programa de Actividades para o próximo ano de 1999. Ficamos todos surpreendidos como é que uma casa destas, para o próximo ano atinge assim um orçamento de mais de 11.000 contos mensais, ou seja cerca de 370 contos por dia. Houve assim um aumento significativo de 7 mil para 11 mil contos. A que é devido este aumento?

0 factor principal é o curso Integrar Medida 2, que no ano de 99 vai entrar no 2' ano de funcionamento, e que tem de orçamento 28 mil contos. É um curso para formação de 14 mulheres que estavam abrangidas pelo Rendimento Mínimo Garantido e que foi aprovado o ano passado, tendo começado e funcionar em Maio de 1998. Além deste curso poderemos ter mais dois cursos um, para o pessoal que trabalha no Lar, e outro para o pessoal que trabalha na Creche - infantário. Os dois cursos tem um orçamento de 5.000 contos no conjunto. 0 Centro Paroquial é hoje constituído pelas seguintes valências.

No conjunto o número de pessoas apoiadas pela instituição é de 223 utentes.

No próximo ano vamos tentar criar em Agua Levada uma turma de A.T.L. de 30 crianças. A escola de Agua Levada é a única da freguesia que trabalha em desdobramento e por isso põe-se a hipótese de fazer uma turma de manhã e de outra de tarde. Água Levada tem alguns falta de apoio às crianças em idade escolar, pois muitos saem de manhã e só regressam ao fim do dia, ficando as crianças entregues a si próprias.

Este ano a Direcção do Centro Paroquial vai tentar viabilizar uma turma crianças do A.T.L. que poderá vir a funcionar nas salas que estão a ser construídas junto da Capela. É perfeitamente possível que as salas possam servir para A.T.L. e para a Catequese.

Durante a semana funciona o A.T.L. e no fim de semana na a catequese.

Caso se consiga esta aprovação da Segurança Social o passará a assistir mais de 250 utentes.

Tinha feito em 12 de Outubro 80 anos, gosava de boa saúde. Até à altura do internamento no Hospital de Aveiro parecia que tudo corria bem quanto à saúde. Subitamente tudo se transtorna: Sucederam-se várias tromboses um endema pulmunar, e por fim uma pneumonia que o veio a vitimar. Tudo em menos de 15 dias.

A vida é assim. Parece que tudo está bem e de repente tudo se transtorna e uma pessoa que parecia saudável torna-se uma pessoa frágil. Nos primeiros dias ainda parecia reagir bem, mas depois foi-se degradando a situação e concluiu-se que não seria possível recuperar. Foi assim que P. Oliveira foi fazer companhia ao P. José Gualdino, ao P. Alexandre e ao frei Raimundo de quem era vizinho e padrinho.

O P. Oliveira é o 4.º sacerdote de Avanca a deixar-nos num período relativamente curto de um ano e pouco.

Tem sido muito duro ver desaparecer tantos padres em tão pouco tempo. Agora em que cada vez são menos os padres parece que se sente mais a falta.

O P. Oliveira era Capelão de Água Levada e de S. Lázaro, onde vinha ao domingo da parte da manhã. Muita gente tinha estima pelo 5. P. Oliveira, pela sua simplicidade e bondade.

Começou a sua actividade sacerdotal como secretário do Bispo João Evangelista de Lima Vidal. Esteve ligado ao Correio do Vouga, foi Capelão do Hospital de Aveiro, onde vivera largos anos, foi professor de Moral na Antiga Escola Comercial. Deu também no Seminário aulas de Grego e Latim.

Nos últimos tempos dedicava-se a dar explicação de Latim, tendo ajudado muita gente a entrar na Universidade. Era um bom professor de Latim. Ajudou mesmo muita gente nas suas dificuldades,

Durante o tempo em que foi professor no Seminário fê-lo gratuitamente e isto aconteceu durante os 14 anos em que estive no Seminário de Aveiro. Isto correspondeu a uma oferta ao Seminário de umas largas centenas de contos.

Uma outra faceta de 5. P. Oliveira era o gosto pelas máquinas, pela técnica. Quando em pequeno fui para o seminário,.recordo-me daquele homem com uma máquina a filmar os cortejos, as procissões, as festas. Cultivava mesmo o gosto pela fotografia e ele próprio conhecia a técnica de revelar as fotografias. E significativo que para ele tendo surgido a vulgarização dos

computadores, quando já era um homem maduro, ele se tenha entusiasmado pelos computadores. Ele utilizava o computador para muita coisa.

Ele ofereceu ao Cine CIube os filmes que ele fez para o Cine Clube poder passar os seus filmes para vídeo. E das pessoas que mais cedo começou a dedicar-se a estas coisas e até aconteceu que durante algum tempo, eu com outro colega lhe pedimos que a ele nos arranjasse as reportagens que tinha sobre o Seminário de Aveiro, sobretudo sobre a sua construção.

O pessoal do Cine Clube reconhece que P. Oliveira foi de facto um exemplo para eles e que de certa forma eles Os iniciou no gosto do cinema e das fotografias.

E mais um padre de Avanca que morre depois duma série de outros que faleceram há tão pouco tempo.

Sensibilizou muito a morte do Frei Raimundo com quem conviveu de perto, sendo seu padrinho de baptismo e porque eram vizinhos muito próximos.

Avanca fica agora apenas com 11 padres, naturais desta terra. O seu lugar fica em aberto.

O P. Oliveira mantinha uma relação de amizade com várias famílias desta, paróquia que tinham por ele muita estima.

Que Deus dê repouso à sua alma. O lugar do P. Oliveira e do P. José Gualdino ainda não estão preenchidos na Igreja de Aveiro. Há muitos anos que Avanca não dá padres para a Diocese a que pertence, tornando-se mesmo urgente pedir ao Senhor da Messe que manda operário para a sua messe. Já passaram mais de 30 anos que os últimos padres de Avanca se ordenaram para a Diocese de Aveiro. Os últimos foram o P. António Maria de Pinho e P. Manuel Arlindo da Rocha Valente.

É verdade que depois deles houve mais 5 ordenações sendo uma para a Diocese de Évora e quatro para as congregações religiosas.

O P. de Oliveira foi, realmente, para muitas pessoas guia, luz e portador de grande amor humano.

Não hesitou em dar o seu SIM, desprendendo-se das coisas terrenas e materiais, e entregando-se por inteiro ao serviço de Deus.

Deixou que se manifestasse a sua condição de peregrino, confiando em Deus e abrindo o seu coração, deixando a Mãe trabalhar por dentro, formando uma borboleta cada vez mais bela.

Tive o privilégio de com ele privar, pois ele foi meu professor e amigo. Era o meu dicionário de Latim, a ele lhe devo a minha entrada na Universidade. Não poderei mais esquecer os seus conselhos e as suas conversas que suscitam enquanto estudávamos e que tanto o preocupavam, pois significavam menos uns minutos de estudo.

Através destas conversas conheci um grande Homem que vive e viverá dentro de mim.

A Capela da Sr.ª do Carmo é de tacto uma jóia de grande valor artístico. As partes que tem em granito são mesmo bonitas. Tem grande beleza exterior e interior. Só havia uma coisa a destoar: era o Campanário onde estava colocada a Torre do sino que era feita de argamassa. Ora uma parte tão exposta ao tempo ficaria sempre estragada, pois não haveria tinta que resistisse. O que a torre deveria ser era feita em granito...

O orçamento feito foi mesmo de 350 contos... para fazer o campanário em granito. A capela merecia-o e vá de justar-se o referido campanário em granito. Esperam-se vários meses, mas há dias lá chegaram as pedras e colocou-se o campanário e ficou mesmo bonito.

Se a capela era rica, agora com mais este elemento mais rica se torna. É que fica mesmo bem o campanário em granito que condiz com a dignidade da fachada da Capela.

Chegou também a tijoleira para o chão. Esperamos que possa ser colocada em breve para a capela poder ficar ainda melhor. Depois só falta o tecto de madeira e a pintura do mesmo, quanto a obras. Resta depois ainda como objecto de grande interesse o altar É possível que se possa fazer a inauguração antes de se arranjar um altar definitivo.

este dinheiro é para o que for mais preciso. Quando me entregam dinheiro assim tenho-o desviado para as obras. Ultimamente tem sido a capela da Senhora do Carmo a beneficiada. Antes foram outras obras. Agora também estão a fazer-se as salas de catequese em Agua levada, Por enquanto ainda há dinheiro para o que se fez até agora. Vai no entanto ser necessário ajuda porque o dinheiro não chega para tudo., Vamos ver se damos também um jeito ao interior da capela de Santa Ana para que fique mais acolhedora.

Em relação à Capela da Senhora do Carmo ainda espero que apareça um benfeitor que queira oferecer o dinheiro do campanário em granito. São 350 contos que custou e penso que é possível que desta terra possa surgir um benfeitor que queira ligar o seu nome a esta capela e concretamente ao embelezamento da capela, oferecendo para isso 350 contos.

Os emigrantes depositam, por dia, cerca de um milhão e meio de contos em Portugal.

Tal verba foi atingida durante os primeiros cinco meses de 1998 e ultrapassou o volume e financeiro proveniente dos fundos comunitários no mesmo período de tempo. Assim, os emigrantes depositaram em Portugal 227 milhões de contos, enquanto Bruxelas transferiu 181 milhões de contos

Os emigrantes que mais verbas colocaram em Portugal são os que se encontram na França, logo seguidos pela Suiça e, em terceiro lugar, os

A Imprensa Regional Portuguesa com difusão no estrangeiro é a principal responsável por esta realidade, na justa medida em que se pode ufanar de constituir o único elo que mantém os emigrantes portugueses estreitamente ligados ás suas terras de origem.

É verdade que nem sempre os governos reconhecem este papel importante da Imprensa Regional. Esta debate-se com um conjunto de dificuldades de toda a ordem. Todos os que trabalham no nosso jornal fazem-no gratuitamente. Para além disso e expedição do jornal é também feita por voluntários. Só pagamos a serviço da tipografia. No entanto todos os anos o Jornal dá prejuízo suportado sempre pela Igreja Paroquial. Temos no entanto consciência de que estamos a fazer um trabalho útil por todos os ecos que nos chegam de todos os filhos desta terra que vivem no país e no estrangeiro, para quem a chegada do jornal é uma alegria muito grande. Há dias o Sr. P. Guimarães dizia-me: Sabe o que é que eu leio no jornal em primeiro lugar: «os óbitos são a primeira coisa que leio». Para quem está a viver na terra não tem qualquer interesse. Mas quem vive fora quer saber, quem morreu, quem casou, os nascimentos etc. Pequenas notícias pessoais, mas que tem interesse para quem está fora. O Governo progressivamente vai dificultando a imprensa regional. Começa-mos a pagar 10% do Correio que antes era gratuito... Já se fala numa percentagem maior. Muitos jornais começarão a ter maiores dificuldades. Estou convicto que não há nada que ligue mais os emigrantes à terra natal, que uma publicação que lhes chegue com regularidade e que lhes fale da sua terra e do seu povo.

Estava previsto fazer-se a inauguração do Busto neste mês de Dezembro do Dr. Duarte de Oliveira, junto ao Posto Médico, integrado nas comemorações da elevação de Avanca a Vila. Houve atrasos e a inauguração do Busto só será feita no mês de Janeiro. Não coincide já com o ano das celebrações, mas agora o tempo do natal com tantas festas já programadas não é também o melhor tempo para outras festas. Vamos ter, segundo nos consta em Janeiro, a inauguração do Busto ao Dr. Duarte e ainda a celebração da elevação de Avanca a Vila

O Rotary Clube de Estarreja decidiu entregar o prémio Rui Alberto à jovem Rita Oliveira pelo seu feito de se ter atirado em Fevereiro passado a um poço para salvar o pequeno Samuel, que lá tinha caído. Na altura demos conhecimento aos nossos leitores do acontecimento e parece-nos justa a atribuição do prémio a esta jovem que arriscou a vida para saber o pequeno Samuel.

Parece-nos que ela terá até direito ao prémio Vale Flor que normalmente é atribuído a pessoas que se distinguem por actos heróicos como aquele que a Rita praticou. A juventude é de facto capaz de fazer aquilo que os adultos por vezes tem dificuldade de fazer. E o tempo da generosidade. A Rita é uma heroína.

O Jornal de Notícias faz uma referência ao acontecimento baseado na atribuição do prémio Rui Alberto a esta jovem.

No passado dia 14 de Dezembro foram a leilão 8 lotes da Quinta do Gama. Quatro foram vendidos e quatro ficaram. Dissemos no último número que nos pareceu baixa a base de licitação atendendo às possibilidades de construção que é de 4 pisos mais cave.

Há quem peça aqui no Centro 15 mil contos por um pequeno lote que dá para a construção duma moradia com rés do chão e primeiro andar. Não vale muito mais um lote em que já estão feitas as infra estruturas todas e tem mais do dobro da capacidade de construção?

Antes de sabermos que os lotes iam ser vendidos propusemos à Câmara a construção de 14 casas em várias zonas da freguesia em terrenos doados à paróquia para ser possível resolver-se de uma vez por todas este problema que considero grave que entidades públicas tenham aceite um testamento em favor dos pobres e não tenham o que o testamento determina.

Recebemos da Câmara uma resposta dizendo que esperavam brevemente mudar o P.D.M. para poder contemplar o pedido da construção das casas pedidas.

Em conversa particular com o Sr. Presidente da Câmara, disse-me que ele pessoalmente estava inteiramente de acordo com a proposta e esperava que o resto da Câmara aceitasse a proposta, mas que, era preciso esperar pela mudança do P.D.M..

No próximo número do jornal daremos a conhecer a pro-posta apresentada à Câmara Municipal para a resolução do problema por parte da Câmara Municipal, do Testamento de Júlio Neves.

Cumpre-me registar as declarações do Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Avanca, que no último número do Jornal de Estarreja disse que iria cumprir à risca o testamento do Senhor Júlio Neves e que o rendimento das casas seria exclusivamente para pobres.

Antevejo assim que possa vir a executar-se um testamento que passados tantos anos ainda não tinha tido execução.

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