O sistema de anéis de Saturno faz do planeta um dos mais belos objetos do nosso sistema solar. Os anéis estão divididos em 5 partes (em ordem, do interior para o exterior): Anel D, Anel C, Anel B, Divisão (ou falha) de Cassini, Anel A (composto por vários anéis e pela divisão de Encke) e o Anel F. O mais brilhante é o anel F. Os anéis A, B e C também são brilhantes o suficiente para serem vistos da Terra, até por um binóculo.
A sua origem é desconhecida. Acredita-se que tenha se formado a partir de satélites destruídos por impactos e colisões com outros corpos maiores, como asteróides e/ou cometas. O sistema de anéis tem menos de 1 km de espessura, não vai além dos 200 metros. Porém se estende por 420.000 quilômetros além da superfície do planeta. Embora pareçam contínuos vistos da Terra, os anéis são formados por milhares de pequenas partículas de diversos tamanhos. E esse tamanho pode variar desde alguns centímetros a até vários metros. Também é bem provável que existam objetos com até alguns quilômetros de comprimento. Apesar de sua aparência contínua, há realmente muito pouco material nos anéis. Se pudéssemos concentrar todo o seu material num corpo só, este não teria mais que 100 quilômetros de raio!! O material de que são feitas as partículas dos anéis é composto basicamente de gelo de água. Entretanto, partículas rochosas cobertas por gelo podem também existir. Diferentes posições de Saturno, vistas da Terra por telescópio Devido à inclinação de Saturno, os anéis aparecem em diferentes posições vistos da Terra. A cada 15 anos, a Terra passa no plano dos anéis de Saturno. Com isso é visível apenas uma linha, devido à espessura do anel que reflete a luz. Em 2002 eles estarão com a máxima abertura, e o planeta estará com seu brilho máximo. Em 2009 volta para perfil, como foi em 95/96. Na imagem abaixo são visíveis possíveis variações na composição química de uma parte do sistema de anéis para a outra. Essa variações químicas aparecem como sutis variações de cores que podem ser captadas com técnicas especiais de processamento de imagem por computador.
Esta imagem foi obtida em 17 de agosto de 1981, quando a Voyager 2 estava a uma distância de 8,9 milhões de quilômetros. A imagem mostra o anel C e a "falha" (ou divisão) de Cassini em azul. A imagem também mostra diferenças de cores entre o anel B e a região externa, e a diferença entre esses dois e o Anel A. |
A tabela abaixo mostra a distância medida do centro do planeta até o início do anel.
Nome |
Distância* |
Largura |
Massa |
Anel D |
67,000 | 7,500 | ? |
Anel C |
74,500 | 17,500 | 1.1x10^18 |
Divisão de Maxwell |
87,500 | 270 | ? |
Anel B |
92,000 | 25,500 | 2.8x10^19 |
"Falha" de Cassini |
117,500 | 4,700 | 5.7x10^17 |
Anel A |
122,200 | 14,600 | 6.2x10^18 |
Divisão de Encke |
133,570 | 325 | ? |
Divisão de Keeler |
136,530 | 35 | ? |
Anel F |
140,210 | 30-500 | ? |
Anel G |
165,800 | 8,000 | 6-23x10^6 |
Anel E |
180,000 | 300,000 | ? |
(*) - Imagem de minha autoria
Todas as demais imagens são fotos da NASA/JPL.