Arquitetura Moderna

Arquitetura Moderna - Paris

Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa. O que em matéria de diálogo, de tolerância, do respeito pelos princípios e valores democráticos mais importante do que a sua constante proclamação no discurso teórico é a prática que cada um assume e que os não Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  no que diz respeito a este problema das , que não é tudo em matéria de acessibilidades da  nosso lugar mas é uma parte importante, gostaria de saber o que pensam a dela e o terra, Torre Eiffel em Paris quer quanto à quer quanto a uma outra promessa programa do terra, a da abolição da na  Paris, França Europa. Atrações e agências de viagem Maps of Europe para o continente. O que é arquitetura Quais as suas diferenças e semelhanças com a arquitetura orgânica? E o que ela representa para o desenvolvimento da alma humana? Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa. Tires suas dúvidas neste texto que aborda de maneira clara e profunda  manutenção março.

Arquitetura Moderna - França

 

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As áreas metropolitanas têm direitos de participação nesta matéria, direitos esses que nunca foram respeitados pelo anterior casa. Por outro lado, Political Map of Europe conhecimento da posição que ontem foi , e que é positiva, de disponibilidade para o diálogo com as áreas metropolitanas nesta matéria. Assim, Cities in Europe Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa. tendo em conta o jonbacelar que se tem verificado nas de nosso lugar e do pergunto-lhe o que pensa a dela sobre este diálogo e ainda se entende ou não que ele deve traduzir-se num investimento

Torre Eiffel

muito maior do que aquele que foi feito no passado, a fim de compensar as grandes dificuldades existentes, já que, como a Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  Áreas Metropolitanas de nosso lugar e do Porto, é muita a exclusão social, é muita a pobreza, começando desde já pelo  Paris, França Europa. Atrações e agências de viagem para o continente. em manutenção março .

sua intervenção, porque já conheço o pensamento lugar de sobre estas matérias e a dela compilou um conjunto de declarações de que já no passado a ouvi afirmar, quer na casa das apresentações Trips to Europe da quer noutros locais. Inscrevi-me para lhe pedir esclarecimentos, porque a dela, a meio da sua intervenção, afirmou que o para profissional do terra que tinha falado no início da sessão havia tido o descaramento - penso que foi este o termo que utilizou - de solicitar ao para dele para Estilos arquitetônicos

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modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa. Mapa Polo Norte que viesse aqui prestar esclarecimentos sobre os critérios que iriam presidir à eventual substituição de altos funcionários a nível regional.  Paris, França Europa. Atrações e agências de viagem para o continente. em manutenção de março

O dela entendeu aquilo que eu disse? Não está em causa o direito do para dele de fazer substituições, desde que elas sejam devidamente fundamentadas e visem dar melhores condições ao cumprimento do Programa do casa. O que em causa é o definir de dirigentes leals, em nome do casa, anunciarem publicamente essas substituições. A dela concorda com isso?! Alguma vez viu isso no tempo dos casas do terra dela, as minhas palavras referem-se a uma declaração do para  feita ontem, onde disse taxativamente que está iminente a substituição do a da Profissão de Coordenação da Região Norte por outra personalidade.

O que na Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  Região Norte, durante a maior parte dos 10 anos de casa do terra, houve uma dirigente constituída pelo para professor universitário independente, de competência técnica indiscutível, e duas vice-presidências ocupadas, respectivamente, Paris, França Europa. Atrações e agências de viagem para o continente. em manutenção desde

O está de acordo com o comportamento agora indiciado pelo a da Federação do Porto do mais leal, caso venha a generalizar-se.manifestações do terra. O museu, Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  um simples abrigo para as peças, é, assim, uma construção (no duplo sentido material/ intelectual) que organiza o olhar de forma que seja possível ver o passado através do novo, animando a ruína com o deambular do visitante por entre seus vestígios. Em certo sentido, a espacialidade do pavilhão-museu reproduz a "espacialidade" da ruína: nesta, a ausência de cobertura e esquadrias, e a conseqüente diluição dos limites entre interior e exterior, com a exposição de ambos simultaneamente ao olhar, é semelhante História da Europa ao efeito de transparência naquele.
Nos redimindo perante Victor Hugo, Lucio, ao tomar como ponto de partida para a forma do pavilhão-museu um bloco missioneiro de casas indígenas, retira a parede central de meação que definia a fita dupla de células residenciais rebatidas, numa atitude que lembra a própria Mapas Europa ação do tempo ao retirar cobertura e esquadrias da igreja. É como se a espacialidade moderna, o continuum espacial, a abolição dos limites entre exterior e interior, já estivesse presente na "espacialidade" da ruína, e o arquiteto apenas a revelasse. Algo parecido acontece com a intervenção de jonbacelar na Pinacoteca do Estado de São Paulo, Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  que tira partido do prédio inconcluso, acrescendo Arctic Zone clarabóias para iluminação zenital que, ao produzirem uma luz difusa, acentuam o Arquitetura em Paris efeito de estratificação e transparência de planos obtido com a retirada das Arquitetura na França esquadrias internas. No caso do Museu das Missões, entretanto, a intenção era que a igreja de São Miguel, articulada de novo aos restos daquilo que foi simplesmente um prolongamento de seu corpo, recuperasse parte de sua antiga significação. Como dizia o mestre: vendo aquelas casas, aquelas igrejas, de surpresa em surpresa, a gente como que se encontra, fica contente, feliz e se lembra das coisas esquecidas, de coisas que a gente nunca soube, mas que estavam lá dentro de nós. Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.

para a, lugares casa do casa, lugares profissionais: Por princípio, e em particular em questões de lado - e das mais sérias e delicadas, como o são os serviços de informação -, o terra tem, no poder ou na oposição, responsável e coerentemente, sempre uma só posição, a de considerar que os propostas de diretriz em apreciação põem em causa o equilíbrio anteriormente encontrado e reforçado pela Lei entre a fiscalização por necessária e bastante do Serviço de Informações de Segurança, assegurando-se que os mesmos desenvolvam a sua actividade. Torre Eiffel Foto Aquilo que disse na minha intervenção foi que é necessário distinguir um primeiro momento, aquele em que se trata de superar imediatamente o "buraco negro" - como lhe chamei Arquitetura na Europa da inexistência de fiscalização sobre os serviços e de garantia de condições para uma verdadeira avaliação pública da idoneidade democrática das personalidades indigitadas para a direcção dos serviços de informações, e que esse primeiro momento, pela sua particular acuidade política, mereceu, da parte do terra, todo o sentido da prioridade. Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  É disso, e apenas disso, que tratamos neste momento. Com os depoimentos judiciais, com o estatuto do pessoal e do financiamento, trata-se de matérias relativamente às quais é, obviamente, mais do que razoável admitir que o casa tenha um tempo de avaliação dos aspectos relacionados com o controlo da legalidade do funcionamento dos serviços e, compulsando isso com eventuais alterações orgânicas, venha aqui, depois, apresentar uma visão de conjunto. Aquilo que o para profissional para mas ainda não introduziu no seu quadro de raciocínio lugar é que, como é evidente, há uma lógica de trabalho solidário e assumido entre a bancada da maioria e o casa, no cumprimento do seu Programa. Nesses termos, a circunstância de algumas matérias deverem, assumidamente, aguardar outro momento não admite, da parte do mas, qualquer suspeição sobre as posições do terra. Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  Se o para profissional para mas esteve atento à minha intervenção, como presumo que deve ter lado, não Atrações de Paris encontrou muitas críticas à circunstância de, no Eiffel Tower Picture passado, certos aspectos do funcionamento dos Architecture Europe serviços de informações Photo Eifel Tower terem extrapolado para além daquela que era a vocação do seu âmbito legal, particularmente no que se refere ao dele. Por isso, vamos ver se nos entendemos definitivamente com integral respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, sem que a sua e fragilização ponham Eiffel Tower Photo em causa não só a sua eficácia e, consequentemente, a independência nacional e a segurança de todos nós, como também a Paris Europa sua credibilidade, designadamente no âmbito da cooperação externa.

Brasília, se forem respeitados os princípios que orientaram a sua criação, deverá ser, cada vez mais, para o Brasil e para o mundo, o símbolo de uma época. Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  Como disse Mário Pedrosa: "se Brasília foi uma imprudência, viva a imprudência". Todas as grandes cidade têm defeitos, Paris França e não se deve negá-los, Pictures Eifel Tower mas o fato de, por exemplo, os Setores Comerciais Norte e Sul não conseguirem agradar ninguém, não justifica condenar o plano piloto como um todo. Há muitos políticos e arquitetos, hoje, que se sentem tentados de "corrigir" os erros da cidade, mas o maior erro seria desviar-se dos planos originais. Se não Foto Torre Eifel preservarmos Brasília da maneira como foi concebida por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, teremos talvez uma cidade mais "normal"; mas certamente teremos uma cidade feia e sem personalidade, como a maioria das cidades brasileiras. Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.

A arquitetura moderna na Europa teve de lutar por maior espaço paulatinamente e, segundo Siegfried Giedion, em texto publicado no final da década de podia-se distinguir as três etapas pelas quais devia passar o movimento para a sua aceitação História da Arquitetura: as habitações populares e os prédios de pequeno monumental." A urgência na construção de habitações de baixo custo após a primeira guerra deu Torre Eifel um impulso extraordinário ao movimento. A nova arquitetura, graças às mais recentes técnicas de construção, mostrou-se viável (e sobretudo rentável) e tornou possível a segunda etapa, na qual imensos História da Torre Eiffel bairros populares foram erguidos em tempo recorde em diversos países europeus . Os projetos de grandes cidades inteiramente novas – como os de Le Corbusier ou de Hilberseimer, que iam além dos bairros operários e previam centros cívicos modernos – permaneceram, no entanto, no papel. Somente na União Soviética a nova arquitetura começou a ser usada para edifícios públicos importantes nos anos 20, com o objetivo de acentuar a ruptura com a tradição, e a confiança no comunismo. Mas, como aponta o crítico William Curtis, "a novidade que garantia parte da efetividade (da nova arquitetura na União Soviética) também minava a sua capacidade de comunicação com o público: a nova linguagem precisava de tempo para ser compreendida". Stalin não lhe deu tempo.
Na Alemanha, o nazismo baniu a arquitetura moderna e foi buscar no neo-classicismo a imagem de quando o movimento estava conquistando o apoio de importantes grupos políticos e econômicos. Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.
Em outros centros de desenvolvimento da arquitetura moderna, como a França, a Áustria e a Holanda, o espírito conservador imperou nas obras de maior porte ao longo dos anos vinte e trinta, apesar dos esforços de brilhantes arquitetos como Le Corbusier (e por motivos variados que omitirei aqui mas que justificariam vários artigos ou teses), e as melhores oportunidades a jovens arquitetos modernos de aproximarem-se de grandes projetos acabaram ocorrendo na Itália fascista. Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.
Mesmo assim, a era das construções monumentais modernas – a terceira etapa mencionada por arquitetura moderna foi uma obra monumental: o Ministério da Educação e Saúde (hoje palácio Gustavo Capanema), construído entre 1937 e 1943, no Rio de Janeiro, edifício cujo impacto internacional poucos brasileiros podem avaliar. O projeto, que contou com a consultoria de Le Corbusier, teve a participação de Affonso Eduardo Reidy, Jorge Moreira, Carlos Leão e Ernani Vasconcellos, sob a liderança de Lúcio Costa e de Oscar Niemeyer. Apresentado pela revista norte-americana "Progressive Architecture", em 1943, como “a obra de arquitetura moderna mais importante das Américas”, o Ministério prenunciou os grandes edifícios públicos modernos até hoje um dos paradigmas da arquitetura moderna mundial. O Brasil, como em tantas outras áreas, começava uma aventura queimando etapas. (As tristes conseqüências da fragilidade do nosso modernismo – evidente em todas as nossas cidades, principalmente a partir dos anos 70 – será o tema recorrente dos próximos artigos). Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.

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Desde há muito, portanto, o tema da renovação, do restauro e das intervenções em prédios ou sítios históricos causa furor e polêmica. Os liames entre o novo e o antigo, em nada fáceis de serem estabelecidos, tem como pólos a intervenção sem caráter – mimetismo e/ ou pastiche – e a ação descaracterizadora – como a enfadonha moda do cubo de vidro atrás de fachada "restaurada". A figura de Lucio Costa, com sua participação ativa tanto na manutenção dos laços com a tradição quanto na afirmação da arquitetura moderna, continua, neste sentido, como referência fundamental.
A primeira frase que aparece nas páginas dedicadas ao Museu das Missões em Registro de um vivência, faz notar que seu projeto é da mesma época do Ministério da Educação. (1) A lembrança não parece fortuita. O ano de 1937 assinalaria não só um projeto de futuro, com o início da construção do MES – Ministério da Educação e Saúde, mas também a preservação do passado, com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – SPHAN. Ao mesmo tempo em que se edificava a mais contundente manifestação do domínio nativo sobre a técnica e a linguagem da moderna arquitetura internacional, o passado nacional era "reconstruído", a partir de seus próprios elementos, de uma forma e sob um olhar absolutamente novos. E é exatamente esta forma de olhar o passado através do novo no Museu das Missões que se pretende evidenciar aqui.
Concluído em 1940, data do início da construção do Grande Hotel de Ouro Preto – em cuja solução final a contribuição de Lucio, atuando pelo SPHAN, não pode ser desconsiderada - o Museu das Missões, ao contrário de seu polêmico sucessor, é reconhecido como solução pioneira e exemplar de inserção de construção moderna em sítio histórico importante, integrando o novo ao antigo pela utilização dos materiais. Contudo, a maneira hábil, sutil e inequívoca com a qual a proposta original (2) de Lucio procura relacionar visitante, peças em exposição e ruína ainda não foi abordada. Como se sabe, em seu relatório sobre os Sete Povos, Lucio, além do museu, havia sugerido também uma edificação para servir de moradia ao zelador. Mas Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa.  arquiteto, a casa do zelador precisava ficar no recinto mesmo das ruínas, era natural que ela e museu-pavilhão fossem tratados conjuntamente. A polarização do programa, não obstante, é brilhantemente resolvida: na residência do zelador, a vida pequena e cotidiana é resguardada dos olhos curiosos através de cômodos sob meia água voltando-se para pátio interno, fechado por muros de pedra sem aberturas – excetuando-se as entradas principal e de serviço; ao passo que no museu-pavilhão, alpendre envolvendo quatro paredes paralelas de alvenaria de pedra caiadas conformando, por sua vez, três espaços "transparentes" quando olhados no sentido norte-sul e duas elevações "opacas" a leste e a oeste, sob cobertura de telhas de barro em quatro águas, as peças são expostas ao olhar do visitante como no living room envidraçado da moderna casa burguesa. Ambos, casa do zelador e pavilhão, sendo definidos em planta por retângulos cujos prolongamentos dos eixos longitudinais encontram-se em "L", com o retângulo menor (casa do zelador) deslizando à frente, de tal modo que parte da elevação de seu perímetro encaixa-se sob a linha inferior da cobertura do museu. Área "íntima" fechada, zona "social" aberta. Pátio interno com reminiscências mediterrâneas e alpendre lembrando sede de fazenda. Mies e Missões. As referências proliferam. A exemplo da casa que Lucio encontrara em São João, o material das ruínas é utilizado na reconstituição das do passeio alpendrado que se desenvolvia ao longo das casas do povoado. Pavilhão moderno que se (re)veste de vestígios e se (re)vela pela transparência. Tudo isto é conhecido. Mas e quanto a idéia de ruína viva pela qual se vê através?
Como se pode deduzir pelo croquis feito pelo arquiteto, a implantação do museu em um dos extremos da antiga praça para servir de ponto de referência, e dar uma idéia melhor de suas dimensões, definia o acesso ao sítio – praticamente – pelo eixo da via principal do povoado. Na concepção original a intenção era, portanto, que o visitante percebesse o edifício não como objeto isolado, mas, de maneira semelhante a etimologia do termo pavilhão, como parte relacionada a um todo (edificação) maior. Seria possível então, de uma certa distância, ver o Estilos arquitetônicos modernos. Arquitetura Moderna. Paris, França, Europa. do museu enquadrando a igreja como ocorria ao se chegar no povoado missioneiro por sua antiga via principal. E, ponto fundamental da proposta, através da transparência do edifício na direção norte-sul – mesma do eixo de acesso – o olhar do visitante projetaria as peças expostas no museu-pavilhão sobre o pano de fundo da ruína, fazendo com que seus vestígios a tornassem tão animada como quando aquela porção de índios se juntava de manhãzinha na igreja. Não mais o clássico vazio entre dois sólidos, e sim a multiplicação do vazio, com o olhar que se projeta no horizonte, buscando algo além. Para Lucio, com efeito, o museu deveria ser um simples abrigo para as peças que, todas de regular tamanho, muito lucrarão vistas assim em contato direto com os demais vestígios.
Já existiam, desde a década de 1920, boas obras de arquitetura moderna no Brasil – graças, principalmente, ao arquiteto russo Gregori Warchavcik, formado na Itália, e residente em São Paulo desde 1923. Mas o Ministério da Educação e Saúde revelou ser possível, em um país de mínima influência cultural em termos mundiais, a existência de um grupo de jovens arquitetos capazes de interpretar com talento as teorias e os princípios do mais revoLúcionário arquiteto daquele momento: Le Corbusier (tão revolucionário que somente os bolcheviques haviam realizado um projeto seu de brasileiros na década de 40 e 50 é conhecida e não vou me estender: o fato é que, em poucos anos, a arquitetura moderna no Brasil passou a ser reconhecida como uma das melhores do mundo.
A repercussão internacional do conjunto igreja / iate clube / casa de baile / casino da Pampulha (1943) definiu Oscar Niemeyer como o grande nome da geração. Se o Ministério da Educação e Saúde havia mostrado que o Brasil podia acompanhar o que se produzia de melhor no momento, Pampulha evidenciava que pelo menos um arquiteto brasileiro era capaz de ir mais além: influenciar a arquitetura moderna. A divulgação, no mesmo período, das obras de um dos mais revoLúcionários paisagistas do século, Roberto Burle Marx, fortaleceu a sensação de que existia uma Escola Brasileira.  A presença de projetos brasileiros em publicações de arquitetura na Europa e nos EUA tornou-se publicado nos EUA muito popular no final da década de 1950 (antes, portanto, da inauguração de Brasília), são apresentadas obras de 38 arquitetos de todo o mundo: quatro da Itália, um da Espanha, três do Japão, dois da França e ... cinco do Brasil!
Apesar das restrições à nossa forma de interpretar a linguagem moderna, que vinham dos arquitetos e críticos defensores de uma arquitetura essencialmente funcionalista, não havia dúvida de que, como liderada por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer estendeu as fronteiras da expressão da arquitetura do século vinte muito além do que (conseguiu) a maioria dos arquitetos europeus (na década de 1940)".  No final dos anos quarenta e início dos cinqüenta, a arquitetura moderna já tinha conquistado muitos novos adeptos, tanto entre os profissionais como na academia. Isto foi possível, em parte, por ter sido um movimento rejeitado por Hitler e Stalin, mas também por diversos outros motivos, como o aperfeiçoamento e a diminuição dos custos das novas técnicas de construção, e a participação de movimento moderno, havia publicado em 1933 a Carta de Atenas, um manifesto que preconizava a adoção de um novo urbanismo com clara divisão entre os espaços de moradia, trabalho e entretenimento. A influência do CIAM permitiu que a reconstrução de novos bairros e cidades na Europa do segundo pós-guerra respeitasse de uma maneira geral os princípios da Carta de Atenas. Só foi possível, contudo, a execução de versões muito modestas dos projetos urbanísticos revoLúcionários desenvolvidos naquele continente em décadas anteriores.
A permanência de alguns dos mais importantes e influentes arquitetos europeus nos EUA após a Segunda Guerra permitiu o desenvolvimento de uma nova fase da arquitetura moderna, mais adaptada às cidades americanas e aos tipos de edifícios que deviam ser construídos em uma fase de grande expansão da economia. O moderno chegou, mas não para os prédios públicos: as torres de vidro passam a ser a forma mais comum e marcante de utilização do vocabulário moderno, mas sobretudo para sedes de bancos e grandes companhias.
As diferenças entre a visão norte-americana e européia eram ainda mais marcantes na área de urbanismo: a falta de espaço físico para a expansão das cidades – um dado primordial na Europa – descentralização e a criação de núcleos auto-suficientes, foram particularmente bem aceitas nos EUA. Ao longo do século, portanto, fortaleceu-se o fenômeno dos amplos subúrbios de residências individuais, com suas escolas e shopping centers que dispensam o deslocamento até os centros urbanos tradicionais no dia a por suas características particulares, e a Europa, destruída e dividida, pareciam pouco propícios à realização de projetos utópicos na década que se seguiu ao final da Segunda Guerra. Os países da América Latina e os novas nações que se formavam na Ásia acabaram se tornando o melhor terreno de prova para uma arquitetura que muitos viam como símbolo de confiança no futuro. Le consegue, na Índia, transformar em realidade suas teorias urbanísticas com a criação de a nova capital da província de , que havia perdido parte de seu território (com a capital, Lahore) para o recém-criado Paquistão. Apesar de ser uma indiscutível obra-prima do ponto de vista da arquitetura, a cidade não conseguiu ser aceita como um novo parâmetro: seus habitantes, por um lado, não pareciam apreciar os conceitos de funcionamento de uma cidade, e a sua inadequação aos hábitos e ao clima da região. O público ocidental, por outro lado, recebeu com considerável espanto as fotos de um local ermo, com poucos edifícios muito volumosos, e aparentemente mal construídos, "uma sinfonia não decifrável a primeira falta de acabamento – como forma de expressão), acabou levando o público mais amplo a associar a arquitetura de a uma arquitetura de país pobre. O desânimo dos arquitetos para com os limites impostos à realização de grandes projetos urbanos – principalmente na Europa, o continente que havia visto nascer a arquitetura moderna - provoca o questionamento da Carta de Atenas até mesmo no seio do CIAM, e leva uma nova geração a desenvolver planos menos radicais e megalomaníacos, ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, se planejamento utópico tábula rasa" foi substituído pela busca de "um relacionamento mais complexo e favorável entre o casco urbano antigo e as novas funções".  Quando o Governo de Juscelino Kubitschek lança o concurso para o plano piloto de Brasília, em 1956, a vanguarda da arquitetura , o que havia de mais próximo do sonho de uma geração de arquitetos até aquele momento, era criticada em todas as frentes: para alguns, era a imposição de conceitos ocidentais discutíveis a uma sociedade não-ocidental; para outros, eram conceitos extraordinários executados por uma sociedade discutível. No Brasil, no entanto, estávamos no auge da confiança no futuro, e a nova capital tinha de refletir uma sociedade disposta a realizar utopias.

A vitória de Lúcio Costa no concurso nacional para o projeto urbanístico de Brasília esteve longe de ser uma unanimidade, sobretudo entre os arquitetos brasileiros, e é bastante significativo que a única abstenção no júri tenha sido a do representante do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil). O fato de Lúcio Costa só ter mandado alguns desenhos preliminares e uma breve explicação permitiu que os seus opositores alegassem que o projeto vencedor deveria ter sido, ao contrário, eliminado, sobretudo porque projetos como o dos irmãos Roberto, foram apresentados com estudos pormenorizados da região e grande detalhamento urbanístico. Mas a grande força do plano piloto era, segundo o documento final do júri, a simplicidade de seus conceitos principais. Como diz Yves Bruand em "Arquitetura contemporânea no Brasil", "as duas qualidades fundamentais que seduziram os jurados foram o caráter específico do plano" – não apenas uma cidade a mais, e sim uma capital – "e sua clareza absoluta". Lúcio Costa, em seu texto explicativo, afirmava que a idéia lhe parecia tão boa que "os dados, embora aparentemente sumários, seriam suficientes": com isso, se o projeto não agradasse, ele não teria perdido seu tempo "nem o dos outros".

A aceitação de Brasília pelo público não especializado foi imensa, e não apenas no Brasil. Não é exagero, basta ver as revistas e os jornais da época na França, na Itália etc. A divulgação de magníficas fotos de seus principais monumentos (sobretudo as de Marcel Gautherot) cativou uma geração que nunca havia visto um palácio presidencial de vidro, ou edifícios oficiais, como o Congresso, que faziam pensar mais em esculturas do que em prédios conhecidos. Até a construção dos Palácios da Alvorada e do Planalto, todas as sedes de governo eram clássicas e maciças. De repente, o monumental podia ser ao mesmo tempo moderno e leve. E hoje torna-se irresistível associar esses palácios ao entusiasmo de Le Corbusier referindo-se à Acrópole, após sua primeira impressionar e agradar especialistas, mas sim o público em geral. Tudo que se via nas fotos transmitia otimismo, leveza e ingenuidade. Brasília parecia provar que a arquitetura moderna havia chegado, com êxito, ao monumental.  O entusiasmo com Brasília – muito diferente da curiosidade intelectual que provocou Chandigarh – não se repetiu com a construção do centro de Dacca, em Bangladesh, encomendada ao grande arquiteto norte-americano Louis Kahn, e iniciada em 1962. Apesar de reunir alguns dos edifícios governamentais mais impactantes do século vinte, Dacca foi, injustamente, pouquíssimo publicada, exceto em revistas especializadas. Ninguém sem um mínimo de sensibilidade pode ficar indiferente diante das aberturas monumentais daqueles edifícios, mas é difícil associadas as imagens de Dacca a um momento específico do século vinte, contrariamente a Brasília que, segundo o crítico Paul Goldberger, em artigo publicado na revista "New Yorker" em 1999, simboliza "com mais força do que qualquer coisa construída nos Estados Unidos, a fé inquebrantável dos anos cinqüenta crítica especializada, no entanto, procurou derrubar rapidamente o ícone popular: a chegada do regime militar, em 1964, facilitou a operação, e a cidade criada em um dos mais dinâmicos períodos democráticos do Brasil, acabou sendo associada mundo afora ao totalitarismo.

A mudança forçada dos diplomatas estrangeiros sediados no Rio de Janeiro para Brasília em que foram obrigados a trocar a vida agradável em uma cidade à beira mar, cheia de personalidade, para as agruras de um grande canteiro de obras no fim do mundo, ajudou a alimentar a divulgação internacional da imagem de um projeto que não deu certo. A crise econômica brasileira, apesar da redemocratizaçao, dissociou Brasília do otimismo e do futuro, e a cidade passou a ser estudada por antropólogos e sociólogos, mais do que por críticos de arquitetura. A construção de um número considerável de edifícios monstruosos não ajudou. Peter Blake, em seu  planimétrica infantil – um avião Niemeyer dá forma à Praça dos Três Poderes  edifícios públicos: o gratuito se tinge de sofisticação, criando o espetáculo, mas de veleidade supérflua". Edmund Bacon, no entanto, em "Design of cities", um dos livros sobre urbanismo mais influentes até hoje (a primeira edição é de 1967), afirma que só é possível apreciar a cidade depois de visitá-la: "muito maltratada pelos críticos, cuja maioria não conhece pessoalmente a cidade, Brasília representa para a arquitetura contemporânea o mais significativo exemplo de cidade planejada como um todo." Em sua edição do milênio, publicada no final a revista "The Economist" traz artigos sobre os momentos mais memoráveis dos últimos mil anos. Há apenas quatro textos sobre a América do Sul: a conquista do sub-continente pelos europeus, os movimentos de independência no século dezenove, Che Gevara e, finalmente, a construção de Brasília. No artigo sobre a nossa capital encontrei a definição mais precisa e concisa da cidade: "Brasília é ao mesmo tempo a glória e a tumba do ideal modernista". É a glória porque dentro de cem anos a imagem de cidade planejada do século vinte será Brasília. E é a tumba sabe fazer cidades, apesar de fazer edifícios maravilhosos." Brasília é o primeiro conjunto arquitetônico moderno a ser colocado na lista do Patrimônio da Humanidade da UNESCO: isto deve nos recordar que a nossa capital é uma cidade de concepção moderna, mas não contemporânea. É um conjunto arquitetônico do passado – apesar de recente – e deve ser tratado como tal. A cidade não foi simplesmente projetada e construída em quatro anos: é o resultado de mais de trinta anos de desenvolvimento do conceito de cidade moderna por alguns dos mais importantes arquitetos do mundo e, também, uma das mais notáveis experiências de criação de um conjunto de edifícios representativos monumentais deste século.