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Está página foi atualizada pela última vez em:  25-abr-2001.

 

 

 

DECLARAÇÕES DIVERSAS SOBRE O TIMOR LESTE

"A construção de utopias como a democracia, respeito aos direitos humanos em todo o mundo, e para nós particularmente no Timor e na Indonésia, é essencial. Inclusive para que o mundo não se torne um lugar monótono, sem desafios, sem vida, onde todos, globalizados, comem no Mac Donalds, usam tênis Nike, bebem coca - coca, e se suicidam por falta de sonhos...".

.Frei João Xerri, OP, Promotor de Justiça e Paz da Família Dominicana.

 

"Os babinsas (espiões indonésios) estão em toda parte. Eles são os que precisam saber de tudo o que está acontecendo nas vilas e aldeias de nova colonização. Tudo tem que ser relatado a eles".

. D. Martinho Lopes, Bispo de Díli.

"É a nova civilização indonésia que estamos trazendo. E não é fácil civilizar pessoas atrasadas".

. Um antigo comandante militar indonésio, sobre o processo de "indonesianização" de Timor Leste.

"Começou de todos os lados em Timor Leste, todos indo em direção a Aitana, perto de Lakluta, que era para ser o centro do círculo. A linha de frente era de timorenses que tinham sido obrigados a tomar parte(Uns 80 mil timorenses, de 8 a 50 anos de idade eram obrigados a andar em fila através da zona rural na frente da tropas da ABRI, protegendo-as dos ataques dos guerrilheiros da Falintil). Quando o círculo ficou suficiente pequeno, o exército bombardeou a área e depois os soldados foram lá para acabar com qualquer pessoas que ainda estivesse viva.

Uma semana depois fui forçado a ir lá com um grupo de soldados para fazer uma limpeza final... Pudemos sentir o cheiro dos corpos antes de encontrá-los. Tinham sido cortadas as cabeças dos primeiros corpos: uma mulher e quatro homens... Os outros corpos que vi estavam com as cabeças. Encontramos três outros homens amarrados pelos pé, de cabeça para baixo, em árvores ... outros dois estavam amarrados, com as mãos atrás do tronco de árvores. Seus rostos pareciam ter sido espancados e parecia que tinham feridas feitas por facas na barriga. No Chão, do lado deles, havia seis outros, duas mulheres e duas crianças e um velho e uma velha... Havia sangue seco nesses corpos ... O cheiro era muito forte e as moscas ... Não era possível identificar essas pessoas; mesmo que fosse meu próprio irmão ou irmã, não poderia reconhêce - los.

. Cristiano da Costa, sobre a operação "cerca de pernas" lançada pela Indonésia em março de 1981.

"Em 1979, toda nossa gente, quase três mil da minha área de Laclo, foi capturada pelos indonésios perto da estrada costeira principal, onde se passa para ir a Manatutu e Baucau. Fomos para o ponto mais alto e ficamos lá por um mês, tentando todos os caminhos para sair.

Os indonésios nos atacaram a partir da praia e de Manatutu, Díli e Baucau. Todos vieram juntos e nos cercaram. Alguns guerrilheiros escaparam e levaram armas de volta para outras Falintil. Eu fui capturado porque era responsável, esse era meu cargo, tinha que ficar com minha gente, não podia ira embora. Eles me pegaram sem minha arma, se não estaria morto.

Fomos interrogados, mas não falávamos bhasasa indonésio, de modo que um timorense traduzia. Ele disse: ‘Não tenham medo, digam sempre alguma coisa, qualquer coisa’. O intérprete inventava respostas para nós. Ele também era timorense, tentou nos proteger. Tinha tanta gente para ser interrogada, e de qualquer modo estávamos dando informações dando informações erradas. Mas quando nos levaram para Díli, devagar apagaram quase todos nós que estávamos lutando. Os espiões e informantes tinham tempo para fazer seu trabalho, lá."

. Xavier, guerrilheiro, descreveu assim sua captura pela ABRI, após as aquisições de novas armas pela Indonésia, fornecidas pelos EUA e GRÃ BRETANHA, inclusive jatos F-5 e bombardeiros A-4 e aviões Hawk para ataque terrestre.

"Eu estava em Matebian, ( perto de Baguia ), onde só tem montanhas e pedras ... No dia 17 de outubro de 1978. Alguns indonésios chegaram bem na base da montanha de Matebian e foi então que começamos a lutar contra eles. Durante esses dois primeiros meses, outubro e novembro, tivemos muito sucesso e uns 3 mil indonésios morreram. Então eles ficaram zangados e com medo de chegar perto e começaram a nos bombardear do ar.

Eles nos bombardeavam duas vezes por dia, de manhã e de tarde, com quatro aviões pretos. Agora sei o nome deles é bronco, mas nós os chamávamos de escorpiões, porque tinham um rabo que se curvava para cima como o desse inseto. Suas bombas deixavam um buraco grande de uns dois metros de profundidade.

Depois conseguiram novos aviões supersônicos. Nosso pessoal tinha muito medo desses, porque não se podia nem sequer ouvir que estavam lá, até que já tivessem ido embora.

Esses supersônicos passavam ao longo do vale tão depressa, que não conseguíamos atirar neles...

Soubemos pelo rádio da zona sul que os indonésios tinham jogado quatro bombas incendiárias (de napalm) lá. Depois jogaram duas dessas bombas em nós. Eu vi todas as chamas e ouvi gente gritando e berrando. Estava em outra montanha, mas podia ser bem ... A pé levou meia hora para descer e subir de novo, e quando chegamos lá tudo estava completamente queimado. Vimos toda uma área de uns cinqüenta metros quadrados toda queimada, não havia nenhuma grama, nada, só cinzas.

Nas pedra tinha uma cor marrom avermelhada, e na terra também, não eram de cor cinza normal, mas um tipo de cinzas amareladas, como areia da praia. Não dava para ver onde os corpos tinham estado. Não havia nada a não ser cinzas e pedras queimadas em toda a área, mas nós tínhamos ouvido aquela gente gritando."

. Lourenço, que tinha apoiado a UDT e passou a trabalhar com a Fretilin, descreveu assim a aniquilação de uma ala da zona leste das Falintil.

"Nós estamos morrendo, como pessoas e como nação."

. Carlos Belo, Bispo de Díli, 1989.

"Todos temos consciência do interesse que tem a defesa australiana na situação do Timor português, mas será que o Departamento se certificou do interesse do ministro de Minas e Energia na situação de Timor ?

A brecha atual no acordo sobre a fronteira marítima poderia ser negociada muito mais facilmente com a Indonésia... do que com Portugal ou com um Timor português independente.

Sei que estou recomendando antes uma atitude pragmática do que uma baseada em princípios, mas é disso que trata o interesse nacional e a política exterior."

. Richard Woolcott, embaixador australiano na Indonésia, em agosto de 1975.

"Não é preciso dizer o objetivo número um (da política exterior) de meu governo é fortalecer as relações com a Indonésia".

. Gough Whitlam, primeiro-ministro australiano em 1972.

"É desejável ... que a política australiana leve em conta os interesses e reações dos EUA, como aliado importante e principal potência na comunidade estratégia ocidental".

. Texto do Departamento de Defesa da Austrália em 1974.

"Em relação à questão timorense... estamos enfrentando uma daquelas decisões amplas de política exterior que a maioria das nações enfrenta, num momento ou outro. O governo enfrenta uma escolha entre uma posição moral, baseada na condenação da Indonésia pela invasão de Timor Leste e na afirmação do direito inalienável do povo timorense à autodeterminação, de um lado, e a aceitação pragmática e realista da inevitabilidade da situação a longo prazo, de outro lado.

É uma escolha entre aquilo que poderia ser descrito como um idealismo wilsoniano e o realismo kissigeriano. O primeiro é mais adequado e baseado em princípios, mas o interesse nacional a longo prazo poderá ser bem servido pelo último. Não acreditamos que seja possível ter ambos."

. Richard Woolcott, embaixador da Austrália na Indonésia, em telegrama que enviou para Camberra em janeiro de 1976.

"Não vejo porque tanto barulho ! O fato real é que só existem 700 mil timorenses; nós estamos preocupados mesmo é com nosso relacionamento com 130 milhões de indonésios."

. Funcionário graduado do Ministério de Relações Exteriores da Austrália, em meados da década de 70.

"É importante para a Austrália que o mundo compreenda que os países grandes não podem invadir seus vizinhos pequenos impunemente."

. Bob Hawke, primeiro-ministro australiano, em 1990, referindo-se à invasão do Kuwait pelo Iraque.

"Os Estados Unidos querem que suas relações com a Indonésia continuem a ser íntimas e amigáveis. ( É ) uma nação com quem temos muitos negócios".

. Um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA, pouco depois da invasão.

"Nossa verdadeira tarefa no próximo período é elaborar um padrão de relacionamentos que nos permita manter esta posição de disparidade, sem prejuízo formal à nossa segurança nacional. Deveríamos fazer um estudo cuidadoso para ver que partes da região do Pacífico e do Extremo Oriente são absolutamente vitais para nossa segurança, e deveríamos concentrar nossa política em cuidar para que essas áreas permaneçam em mãos que podemos controlar ou nas quais podemos confiar."

. Conselho de George Kennan, diretor de Pessoal no setor de Planejamento de Diretrizes Políticas do Departamento de Estado dos EUA, após constatar que os EUA sozinho detinham "mais ou menos 50% das riquezas do mundo, mas apenas 6,3% de sua população.

"Essas áreas não só oferecem muitos mercados para produtos norte-americanos, como também são produtoras substanciais de matérias-primas úteis para nossa economia ...Deveríamos dar à nossa marinha mercante e firmas comerciais a oportunidade de assumir uma grande parte desse comércio, anteriormente nas mãos dos japoneses e seus navios.

. Visão dos responsáveis pelas diretrizes políticas dos EUA, sobre a região após a II Guerra Mundial.

"Em termos das relações bilaterais entre os Estados Unidos e a Indonésia, estamos mais ou menos fechando os olhos à incursão em Timor Leste".

. Um funcionário não identificado do Departamento de Estado dos EUA, no início de 1976.

"Os Estados Unidos entendem a posição da Indonésia sobre a questão de Timor Leste, e Ford disse que, se tivesse que escolher entre Timor Leste e a Indonésia, os EUA ‘teriam de estar do lado da Indonésia".

. Kissinger disse a repórteres em Jacarta, dois dias antes da Invasão de Timor Leste.

"Os Estados Unidos poderiam ter alguma influência sobre a Indonésia neste momento, pois a Indonésia realmente quer e necessita da ajuda dos EUA para seu programa de renovação do equipamento militar .... Mas o embaixador (dos EUA) Newsom me disse, ontem à noite, que recebeu instruções do (secretário de Estado Henry) Kissinger pessoalmente para não se envolver em discussões sobre Timor com os Indonésios, baseando-se no argumento de que os EUA atualmente já estavam envolvidos com problemas suficientes, de maior importância, no exterior ... Sua atitude atual é de que os EUA deveriam se manter fora da situação do Timor português e deixar que os acontecimentos sigam seu curso."

. Telegrama que o embaixador da Austrália na Indonésia mandou para o Ministério do Exterior em Camberra (capital da Austrália).

"Quando penso na Indonésia - um país cortado pelo Equador, com 180 milhões de habitantes, uma idade média de 18 anos e a proibição de consumo de álcool - eu me sinto como se soubesse com o que o céu se parece."

. Donald R. Keough, presidente da Coca - Cola, por volta de 1992.

"Os Estados Unidos continuam, como sempre, contra a agressão, contra aqueles que usariam a força para substituir o domínio da lei."

. George Bush, presidente dos EUA, 1990, referindo-se à invasão do Kuwait pelo Iraque.

"Membros permanentes do Conselho de Segurança (não podiam) ter se abstido num caso tão evidente de agressão armada, envolvendo um aliado da OTAN (Portugal)".

. José Ramos-Horta, sobre o reunião do Conselho de Segurança da ONU em 22/12/75.

"Imediatamente depois de reunião da assembléia, todos foram levados de volta a seus carros para dar uma rápida volta pela cidade antes de serem conduzidos diretamente ao aeroporto ... Ninguém teve oportunidade de apertar a mão de qualquer membro da assembléia e os membros do executivo do Governo Provisório se recusaram a responder às perguntas da imprensa, entrando imediatamente em seus novos carros Volvo."

. Declaração de um jornalista, presente a encenação de 31/05/76, da assembléia fantoche que aprovou a integração de Timor Leste pela Indonésia.

"Estávamos muito assustados e fugimos para o mato ...Éramos 40 mil, segundo disseram os que lutavam. Eu nunca tinha visto tanta gente junta ...Os javaneses continuavam a atacar e jogar bombas e nós éramos como animais correndo de um lado para o outro, carregando nossas crianças, indo para cá e para lá. Dormíamos em qualquer lugar, na chuva, na lama, até perto dos animais mortos. As bombas vinham e nós levantávamos e corríamos de novo. No caminho comíamos qualquer coisa que crescesse, qualquer coisa que pudéssemos encontrar. Durante o dia nos escondíamos em cavernas ou debaixo de pedras. Saíamos de noite para dormir ao ar livre e para cozinhar, fazia-se um buraco para acender um pequeno fogo, sem fumaça, só carvão. As pessoas e os animais corriam, empurrados para o interior das montanhas, onde não havia nenhuma água. No começo conseguíamos carregar comida, mas depois de algum tempo não conseguíamos carregar isto e também nossas crianças. Estávamos correndo todo o tempo e estávamos mais fracos. Quando as pessoas morriam, apenas as colocávamos ao lado dos animais mortos."

. Edhina, uma das muitas pessoas de Timor Leste, que fugiram para as montanhas para escapar das tropas da indonésia chegavam. Invasão de 07/12/75.

"Depois que chegaram a Díli, os indonésios ... perguntavam por toda parte, ‘Onde estão as garotas solteiras ? Quero me casar ‘, e coisas assim. Um tio sabia falar o bahasa indonésio ( a língua oficial da Indonésia ) por causa de negócios com Timor Ocidental. Eles o obrigaram a acompanhá-los, para servir de intérprete. Ele voltou e contou como os indonésios estavam estuprando as mulheres timorenses."

. Olinda, jovem timorense chinesa, contou o que o seu tio tinha visto, na época da invasão.

"Ao meio-dia ( no dia 7 de dezembro ), eles pegaram seis de nós (homens) para trabalhar no porto ... (onde) tivemos que carregar ... cadáveres ... Havia uma porção de canos de ferro no cais e precisamos amarrá-los nos cadáveres com cordas de pára-quedas e atirá-los no mar... (Timorenses chineses de um subúrbio de Díli) chegavam em grupos de dois, ou três, ou quatro, ficavam em pé no cais e eram mortos à bala. Um grupo depois do outro, chegando, chegando, sendo mortos e jogados no mar. Dois eram casais, um com crianças pequenas que foram com parentes.

O outro casal era de velhos, e o resto eram homens...

Depois eles pegam os dez (homens que estavam trabalhando conosco) ... Os indonésios dizem a eles que fiquem em fila, de frente para o mar, e então atiram neles com uma metralhadora. Quatro pessoas daquelas primeiras dezesseis de nós ... eram pai e filho, mas os indonésios não sabiam disto. Lá no cais eles mataram o pai e o filho teve que amarrar e jogar o pai no mar. Depois mataram o outro filho e seu pai foi um dos seis de nós que teve que amarrar e jogar seu corpo."

. O Senhor Siong, um timorense chinês que morava perto do porto, na época da invasão.

"No dia 7 de dezembro acordamos e ouvimos esse barulhão de aviões e vimos pára-quedas e aviões cobrindo a luz, ficou escuro por causa deles, eram tantos. Mas então houve tiros e entramos e continuamos a ouvir mais e mais tiros. De tarde, alguns timorenses vieram e nos disseram que todo mundo precisava se entregar no quartel general...

Quando chegamos lá, eles nos separaram: as mulheres, crianças e velhos de um lado, e do outro os rapazes (e os homens) ...

Então um indonésio gritou uma ordem e ouvimos metralhadoras atirando nos homens. Vimos o rapazes e homens morrendo lá mesmo. Algumas mulheres viram seus maridos morrerem. Olhamos umas para as outras, chocadas. Pensamos que iam nos matar em seguida. Todas nós apenas nos viramos, agarramos as crianças e o bebês e saímos correndo como loucas, gritando, para todo lado ...(Mais tarde) minha irmã foi procurar seu marido e seu filho. No caminho ela se encontrou com uma amiga, chorando, que disse: ‘Não adianta ir lá. Acabei de ver meu primo sendo comido por um cachorro. Estão todos mortos. Só os cachorros estão vivos lá."

. Eloise, uma timorense que morava em Díli na época da invasão.

"Os soldados que chegaram começaram a matar todas as pessoas que encontravam. Havia muitos cadáveres nas ruas - só o que podíamos ver eram os soldados matando, matando, matando, matando."

. declaração do Bispo de Díli, D. Martinho Lopes, em dezembro de 1975.

"O total mortos pode ser de 50 mil, mas o que isto significa, comparado com as 600 mil pessoas que querem se unir à Indonésia ? E então, por que tanto problema ? É possível que tenham sido mortos por australianos e não por nós.

Quem sabe ? Era a guerra."

. Declaração do ministro do Exterior da Indonésia, Adam Malik, referindo-se ao número de pessoas de Timor Leste mortas durante os primeiros quinze meses da invasão".

"As forças indonésias estão matando indiscriminadamente.

Estão atirando em mulheres e crianças nas ruas. Vamos todos ser mortos.

Repito, vamos todos ser mortos...

Este é um apelo por ajuda internacional.

Por favor, façam alguma coisa para parar esta invasão."

. Transmissão de rádio da Fretilin, de Díli, nas primeiras horas do dia 07 de dezembro de 1975.

"Esta estrutura administrativa tinha limitações evidentes, mas gozava claramente de amplo apoio e cooperação da população, inclusive de muitas pessoas que antes apoiavam a UDT... Na realidade, os líderes do partido vitorioso foram recebidos de braços abertos, espontaneamente, nos principais centros por multidões de timorenses. Em minha longa associação com o território, nunca tinha presenciado tais demonstrações de calor e apoio espontâneo por parte das pessoas comuns."

. James Dunn, antigo cônsul da Austrália em Díli, sobre a recepção do povo aos líderes da Fretilin, após a vencer a guerra civil em 1975.

"Era a última coisa que queríamos, mas com as forças da Fretilin se aproximando e sem comida, realmente não tínhamos outra alternativa a não ser concordar".

. declaração de um antigo líder da UDT, com relação a uma petição( em favor da integração de Timor Leste à Indonésia) que a Indonésia impôs aos membros da UDT e suas famílias, pudessem entrar no Timor Oeste, após a derrota destes na guerra civil de 1975.

"Um Timor Leste independente é inviável e uma ameaça em potencial para a área"

. Gough Whitlam, primeiro-ministro da Austrália em setembro de 1974.

"Não sonhem em ter ... um país de Timtim(nome dado pela Indonésia a Timor Leste). Isto não existe! ... De agora em diante, Timtim é o mesmo que outras regiões. Por isto não tentem ser heróis de última hora, batendo no peito e proclamando. ‘Sou um patriota de Timtim’. Não existe nação Timtim, só existe uma nação Indonésia...Se vocês tentarem criar seu próprio país... ele será esmagado pelos (militares indonésios)... Rebeliões maiores têm ocorrido, têm havido maiores diferenças de opinião com o governo do que aquelas do pequeno número que se chama de Fretilin, ou sejam quais forem seus simpatizantes aqui. Vamos esmagar a todos eles ! Repito, vamos esmagar a todos eles ! "

. Ministro da Defesa da Indonésia, Benny Murdani, falando em Díli, fevereiro de 1990.

"Sob o domínio português, Timor Leste parecia estar parado na história. O relógio do desenvolvimento não batia lá".

. José Ramos-Horta, representante do CNRM, para Relações Exteriores.

"É doloroso falar hoje dos sacrifícios e fardos que impusemos ao povo de Timor Leste ... Ordenamos a chefes que mobilizassem pessoas em massa para a construção de estradas ... para trabalharem sem receber comida ou compensação. Devido à escassez de alimentos, pessoas morriam de fome todos os dias. A comida para os soldados japoneses e cavalos para transportar munição eram confiscados do povo e alguns soldados da tropa sob meu comando estupraram mulheres timorenses."

. Iwamura Shouachi, comandante de um pelotão japonês em Timor Leste durante mais de dois anos, durante a 2o. Guerra Mundial.

"Não nos arrependemos de nada

. general Mantriri, comandante regional de Timor, logo após o massacre de Santa Cruz.

"Eu já não tinha coração, tanta era a dor"

.Fátima Guterrez, timorense em reunião do Grupo Clamor Por Timor, sobre a violações sofridas pelas mulheres timorenses, praticadas pelos soldados da Indonésia.(22/03/97)

obs: retirado do livro TIMOR LESTE - Este País Quer Ser Livre.

"Testemunhas oculares lhe contaram que soldados indonésios mataram muitos dos feridos no hospital militar de Díli; eles "esmagaram os crânios dos feridos com grandes pedras, passaram por cima deles com caminhões, perfuraram-nos com baionetas e ministraram - na presença de médicos - desinfetantes venenosos como remédios"

. Max Stahl, jornalista britânico, cuja câmera de vídeo captou o massacre de Santa Cruz.

Obs: retirado do livro TIMOR LESTE - Este País Quer Ser Livre.

"Soldados ergueram seu rifles e apontaram . Então, agindo em conjunto, abriram fogo ... Homens e mulheres caíram, estremecendo, na rua, rolando devido ao impacto das balas. Alguns estavam indo para trás, e tropeçando, com as mãos erguidas. Outros simplesmente tentaram virar e correr. Os soldados pularam por cima de corpos caídos e atiraram nas pessoas que ainda estavam em pé. Correram atrás de jovens, rapazes e moças, e atiraram neles pelas costa".

. Allan Nairn, Jornalista do New Yorker, testemunha ocular do massacre de Santa Cruz.

Obs: retirado do livro TIMOR LESTE - Este País Quer Ser Livre.

"massacre a sangue-frio e premeditado"

. Max Stahl, Jornalista britânico, sobre o massacre de Santa Cruz.

" Delinqüentes como esses têm de ser mortos à bala, e vamos atirar neles".

. general Try Sutrisno, comandante dos militares indonésios na época do massacre e atualmente vice-presidente da Indonésia.

" Timor Leste.....Trago de lá a imagem de um povo amordaçado, extremamente oprimido mas corajoso e determinado, tal como o seu Bispo, D. Ximenes Belo. Este, apesar das ameaças de morte e das duas tentativas de assassinato ( por pessoas a soldo dos ocupantes ) a que escapara, continua a defender os direitos humanos e o direito a um referendo de autodeterminação do povo do Timor Leste"

D. Hilton Deakin (Bispo Aux. de Melbourne - Austrália)

(Após visita ao Timor Leste)

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