Boneca de Pano

22/01/02

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Boneca de Pano

Que me alegrou a meninice
Que saudades, tenho.
Cara de bruxa,
Olhos arregalados,
Rostinho vermelho,
Vestido de trapo.

Encardida e travessa,
Criava vida
E tagarelava
Em minha imaginação.

Sorria feliz,
Ao lado de outras,
Belas e ricas,
De louça e papelão.

Sabia ser a única
No meio de tantas.
Apenas sentia,
Uma ponta de ciúmes,
Das feitas de milho.

Verdinha, de cabelos vermelhos.
Ficava feliz,
Quando elas murchavam
E iam para o lixo.

Toda vaidosa,
Recebia o carinho
Das mãos gorduchinhas
De sua mãezinha careta.

Onde você está?
Outras lhe fazem carícias?
Escondida no armário,
Espera outra amiguinha.

Elaine Ventureli Caldas

 

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Este site foi atualizado em 22/01/02