"Prisioneiros da vida.
A vida é metafísica que é pura fé no sentido platônico e ao mesmo tempo é realização no sentido humano da palavra. A geração da vida é a própria vida que se recria num constante círculo infinito de multiplicidades de sensações vibrantes e etéricas circundantes. A existência individual e universal faz parte da vida que caracteriza o mundo humano. "Tudo" é o que molda o mundo humano, é aquilo que se esclarece na multiplicidade sensível e divisível do homem. Uma realidade superior apresenta-se através de uma exterioridade mais autêntica que expressa-se perpetuamente no homem..."
"...meu esconderijo, aquele canto sagrado que eu construi só para mim. Sem apêgos, nada.
Posso revelar-me hoje como um tudo, posso jurar a mim mesma que cheguei lá, aonde minha felicidade vive. O efêmero é, posso dizer, a substância primeira a ser vivida e inspirada e apresenta-se através da arte, do pensamento criativo.
A criação da substância, "do quase nada" que transforma-se no aqui e agora sendo. Sempre uma presença adequada que desfalece para eternidade que é efêmera.
Aquilo que quase nada é , é ao mesmo tempo tudo pois estabelece com os sentidos um pacto, "além do bem e do mal", que é vida efêmera.
Falar sobre uma substância primeira, é falar sobre o ponto, aquele momento de arte, efêmero que traduz o tudo na relação humana; o bem estar vivido na presença de si e do(s) outro(s), numa certeza de si e do(s) outro(s), na certeza da vida eterna em si e também no(s) outro(s).
Se for a Lei de Deus que seja então a lei dos homens...
Planejamos tudo errado, e tudo deu certo! Quem sabe a Moira...
Solidificamos o inefável.
Meus poemas voaram e se foram rumo a vitória; de vestes brancas subiram sete mares...Nadaram quatro lestes...Pra lhes ofertar a vitória do mar, do agreste, do leste...A vitória do mar..."
Lie Caseiro
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