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A recuperação de trechos da EF Madeira-Mamoré será retomada num esforço conjunto do governo do Estado, e da Associação de Preservação do Patrimônio Histórico de Rondônia e Amigos da Madeira-Mamoré.
Ontem pela manhã, o governador Valdir Raupp e o vice-governador Aparício Carvalho visitaram o complexo da estação, oficina, galpões e rotunda da ferrovia, onde foram recebidos por diretores e membros da associação.
O presidente da entidade, arquiteto Luiz Leite, fez várias observações e chegou a denunciar uma "lavagem de dinheiro" com os recursos que foram liberados durante o governo passado e que deveriam ser investidos na recuperação do patrimônio da EFMM.
Uma das primeiras irregularidades mostradas pelo arquiteto foi a cobertura dos galpões e da oficina. Segundo ele, ao invés de recuperar todos os galpões, uns foram destelhados para completar a cobertura de outros.
A oficina, que na opinião de Luiz Leite deveria ser a prioridade em qualquer projeto que se proponha a recuperar a ferrovia, não foi beneficiada por nenhum tipo de obra.
"É um exemplo do descaso. Essa oficina é praticamente uma fábrica de locomotivas", chamou atenção Luiz Leite.
Reclamou que "o dinheiro necessário para a recuperação da EFMM veio de Brasília, mas serviu de lavagem. Alguém ficou com o dinheiro, e a Madeira-Mamoré só serviu de justificativa para obtê-lo".
O governador recebeu um manifesto da Associação dos Amigos da Madeira-Mamoré, que sugere medidas definidas, que vão desde a desvinculação da EFMM da Fundação Cultura (Funcer), à recuperação gradual da estrada até, pelo menos, Jacy-Paranã (ver resumo a lado).
Valdir Raupp manifestou sua preocupação quanto à obtenção de recursos para as obras necessárias, mas assegurou que lutará, em Brasília, "para recuperar o que for possível".
1 — Desvincular a EFMM da Fundação Cultura (Funcer).
2 — Inventário do patrimônio da EFMM, com a reintegração dos bens móveis e imóveis em poder de terceiros, conforme Art. 264 da Constituição Estadual.
3 — Reintegração das oficinas, com todos os equipamentos em poder do 5º BEC e outros.
4 — Aquisição de novos equipamentos ferroviários.
5 — Restauração dos galpões descobertos pela Construtora Brasília.
6 — Montar esquema para combater o roubo e contrabando de trilhos e outros materiais, nos municípios de Porto Velho, Vila Nova do Mamoré e Guajará-Mirim.
7 — Pintura e manutenção das pontes, pontilhões metálicos e imóveis.
8 — Criação e instalação do Centro de Memória para resgatar documentos e informações da história da ferrovia.
9 — Viagem de inspeção ao longo da linha para verificar sua real situação.
10 — Incorporar as recomendações do Seminário Madeira-Mamoré, Porto Velho, 1980/Nov, atualizadas.
Fotos: – Foto 1 - Pacific nº 50 — Foto 2 - Mikado nº 18 — Foto 3 - Mikado nº 15 — Foto 4 - Braçagem de uma Pacific — Foto 5 - Mikado nº 15 com gaiola e prancha — Foto 6 - Mikado nº 18 e nº 15 — Foto 7 - Pacific nº 50 — Foto 8 - Praça e estação de Porto Velho — Foto 9 - Loco e guindaste abandonados no mato — Foto 10 - Chegada a Guajará-Mirim — Foto 11 - Galpão e loco abandonada — Foto 12 - Construção na selva — Foto 13 - As Três Marias — Matérias: – CO-3 - Exposição sobre a EF Madeira-Mamoré — CO-20 - Conheça a EF Madeira-Mamoré — CO-20 - Best-seller ajuda a reconstituir o meio e a época — CO-62 a 96 - Quadro de Avisos — (1992) - Comissão Geral EF Madeira-Mamoré — CO-73 - Visita à EF Madeira-Mamoré — CO-73 - A luta pela EF Madeira-Mamoré — CO-81 - MIS lança álbum da EF Madeira-Mamoré — CO-81 - Cronologia da EF Madeira-Mamoré — CO-82 - Madeira-Mamoré reabre este mês — CO-95 - Governador visita a EF Madeira-Mamoré — CO-95 - Linhas de ação para reativar a estrada — CO-95 - Ferrovia volta a ter esperanças
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