Insuficiência Cardiaca Aguda
De um modo geral, em nosso meio, o termo
insuficiência cardíaca está ligado à Miocardiopatia Dilatada da Doença
de Chagas; talvez por isso, a maioria de nós entende o termo
insuficiência cardíaca como uma síndrome crônica.
Entretanto, existem muitas situações, como infarto agudo do miocárdio,
insuficiência mitral aguda, etc., nas quais a bomba cardíaca falha
agudamente, resultando em síndromes clínicas das mais dramáticas da
Medicina, como se vê no Edema Agudo de Pulmão, ou de elevada mortalidade,
como a síndrome do Choque.
As formas de insuficiência cardíaca aguda mais
freqüentes, que são:
1. Parada Cardíaca
2. Edema Agudo de Pulmão (EAP)
3. Choque
Agudização de doença cardíaca crônica
é um dos fenômenos também relacionados às síndromes clínicas agudas, seja
por agravamento de cardiopatia pré-existente, interrupção de tratamento
médico bem conduzido, superhidratação, uso inadvertido de drogas
inotropo-negativas ou o advento de complicações tais como fibrilação atrial
ou tromboembolia.
Interrelação Coração-Pulmão
A estrutura dos sistemas circulatório
e respiratório está organizada de um modo tal que a disfunção de um
determina agressão ao outro: se há insuficiência cardíaca esquerda, ocorre
hipertensão venocapilar pulmonar com congestão e edema intersticial e/ou
alveolar pulmonar; por outro lado, pulmões comprometidos com DPOC (doença
pulmonar obstrutiva crônica) ou SARA (síndrome de angústia respiratória do
adulto) apresentam elevada resistência vascular pulmonar, de um modo tal que
o ventrículo direito torna-se insuficiência para lidar com essa excessiva
pós-carga, entrando em falência aguda (SARA) ou crônica (DPOC).
Embora o edema pulmonar mais freqüente
seja o de origem cardiogênica, lesões agudas que destruam o endotélio
pulmonar estão usualmente associados a aumento da permeabilidade, de modo
que a transferência de líquidos para o interstício pulmonar aumentam a ponto
de superar a rica drenagem linfática, gerando o edema pulmonar não
cardiogênico ou, se grave, SARA.