Paraíso
Subindo
a escada,
deixando
para trás os degraus,
tento
alcançar a luz, que a meus olhos, caída;
igual
a que ficara para trás.
Ando
no escuro.
Ando
na corda.
Para
trás o Paraíso, já obscuro.
Meu
passado...
No
futuro, a luz.
A
luz que tento alcançar.
Ela
me leva, me conduz...
Meu
futuro...
Ando
no escuro,
entre
relâmpagos.
Relâmpagos
que acendem minhas lágrimas
e
ofuscam meus olhos
Olhos
baixos.
Um
tanto cabisbaixo.
Enegrecidos;
antes
azulados.
Minhas
pernas tremem,
um
escorregão,
e
caio no infinito.
No
infinito das lágrimas,
da
angústia, da aflição.
Não
sei se meu futuro será luz;
ou
será escuridão,
com
o infinito embaixo
e
o Paraíso acima, chamando-me para ser um normal.
um
cidadão.
Paraíso.
A
luz se acaba
e
eu me acendo.
Logo
me apago.
E
caio...
Caio
entre nuvens,
atravessando
o Paraíso.
Caindo
em desolação.
Atravessando
o último siso.
Indo
para baixo.
Me
afogando...
E
morrendo...
Tomaz
1990 |