Poemas
 
Capítulo Último
 

Sofre se descobre da paixão o que resta
e não foi só mal, feita assim, uma aresta.
Foi mais que isso, mal que se enxerga.
Um prefácio: que alma não se erga.
Pede: Acalma o sangue quente que te corre
ante o próprio coração que derrete, escorre.

Sofre aquele que descobre da paixão o que assola,
bem impossível, de coisa que não se isola,
adendo; e depois da cegueira que assombra,
o cair da noite, mas veja esta só sombra.
Pede-se: separa, foge, envaidece, esquece!
Mas vê-se: o que é único, aquece!

Sofre se descobre da paixão o que sobra
e se achas assim que enquadras teu corpo nesta obra
e de dessa obra o que encaixas é substituível,
primordial, geral, fruto de ego triste, terrível!
Digo: tens sorte, não há prisão que te arme
já ainda muito o que andar, preso, em tristeza da carne!

Sofre aquele que descobre da paixão o que assombra
e no cair da noite, pede-se: vele esta só sombra!
E de sua íntima exigência, transmuta agora inefasta,
vê-se: na realidade, o que se toma por bem, hoje devasta!
na calma e constância de algo que se pede: não se quer!
este adendo, terrível, que consome, grita, mas que requer!
 
 

Tomaz
2001
 

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