A subcultura hacker surgiu no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusets) nos anos sessenta. Alunos de uma organização, alguns futuros engenheiros e cientistas de computador, que não se contiveram em seguir as limitações burocráticas impostas pelo Instituto, eles queriam expandir-se e explorar novos caminhos. Após sua graduação, espalharam-se, formaram outros grupos com os hippies e continuaram com suas idéias (na verdade uma contracultura) exploradoras e desafiadoras.
A ética hacker envolvia desbravamento e socialização de informações na área da informática, formulação de novos métodos de acesso e derrubada de um sistema único centralizado.
O computador seria agora um meio de cultura, que alguns hackers utilizariam em benefício próprio, mas a maioria deles contribuiu para os avanços que presenciamos hoje. Há de se considerar os dois lados da moeda...
A atitude hacker deu origem ao subgênero cyberpunk na ficção científica, como alguém caracterizado por uma conduta antimoral dark e anárquica. Modelos utilizados no Romance de Gibson; Neuromancer e Bladerunner de Philip Dick.
O termo Cyberpunk foi usado pela primeira vez por Gardner Dozois, que inventou a palavra para descrever a fusão entre a ficção científica e a contracultura niilista punk dos anos 80.
Cibernética: ciência que estuda as comunicações e o sistema de controle não só nos organismos vivos, mas também nas máquinas. Punk: jovem que se veste de maneira chocante, usa cabelos coloridos e enfeites de metal e protesta contra tudo que é convencional, inconvencional, rebelde.
Cultura cyberpunk: não existe limites para a liberdade de informação de dados.
A cultura hacker abriu caminho para a exploração do desconhecido e desbravamento de novas tecnologias, porém criou duas classes diferentes, os profissionais da informática e os visionários. Há na verdade uma guerra de poder e interesses que os separa e não colabora para um perfeito desenvolvimento do espaço cibernético.
O avanço das tecnologias, ao contrário do proposto pela cultura hacker, tem proporcionado o aumento de grandes empresas detentas de grandes potenciais, que tem a tendência de usá-los em benefício próprio e para domínio da população anão esclarecida.
A cultura hacker e cyberpunk são movimentos elitizados?
