PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS
- F2 - G - H - I - J - LM - N - O - P - Q - R - S - T - U - VXZ
F1
Faca de parentes não tem fio.
Faca na barriga dos outros não dói.
Faca que corta, dá talho sem dor.
Faça-as como quiser, quem as paga é minha mulher.
Faça o que digo, não faça o que faço.
Faça-se justiça, embora desabem os céus.
Faça-se o milagre, embora o faça o diabo.
Faça seu sermão, mas não bata no púlpito.
Fácil é ao sabedor aprazer ao mau, se quiser errar.
Fácil é louvar o que não se há de invejar.
Fácil no amar, fácil no aborrecer.
Facilmente acreditamos aquilo que queremos.
Fados e lados fazem ditosos os desgraçados.
Fala a boca o que sente o coração.
Fala de lisonjeiro, sempre vã e sem proveito.
Fala do lisonjeiro, sempre vã e sem proveito.
Fala pouco, diz a verdade, gasta pouco, e não devas.
Fala pouco e bem, serás alguém.
Fala pouco e bem, ter-te-ão por alguém.
Fala Roldão, e fala por seu mal.
Falai aos vossos e guardai o vosso.
Falai do ruim e olhai para a porta.
Falai no lobo, ver-lhe-eis a pele.
Falai no mau, aparelhai o pau.
Falai no mau, aprontai o pau.
Falai no mau, preparai o pau.
Falai no mau, que ele sempre aparece.
Falai no Mendes, à porta o tendes.
Falai no Mendes, aqui o tendes.
Falai no Mendes, e à porta o tendes.
Falai no ruim, logo aparece.
Falam em alhos, responde em bugalhos.
Falamos muito por ver e saber.
Falando do diabo, aparece o rabo.
Falando no bom, prepara-lhe o pão.
Falar a ponto e favas contadas.
Falar bem não custa a ninguém.
Falar bocados de ouro.
Falar com sete pedras na mão.
Falar de coração e bofes lavados.
Falar de farto.
Falar de palanque.
Falar do arnês e nunca o vestir, todos o fazemos.
Falar é despender, escutar é adquirir.
Falar é fôlego.
Falar é prata, calar é ouro.
Falar, falar, não enche barriga.
Falar grego.
Falar mais que o preto do leite.
Falar mais que pobre no sol.
Falar não enche barriga.
Falar no diabo, e o diabo aparecer.
Falar no mau, aprontar o pau.
Falar no mau e aparelhar o pau.
Falar no mau, olhar para a porta.
Falar no mau, preparar o pau.
Falar pelos cotovelos.
Falar pelos sete cotovelos.
Falar português.
Falar português claro.
Falar português velho e relho.
Falar sem cuidar é atirar sem apontar.
Falar sem pensar é atirar sem apontar.
Falar verdade a mentir.
Falas de mel, coração de fel.
Falas a gaguejar, estás-me a enganar.
Fale embora o mentiroso uma verdade, que parece falar sempre debalde.
Falem cartas, calem barbas.
Falo-lhe em alhos, responde-me em bugalhos.
Falo-lhes em alhos, respondem-me com bugalhos.
Falou o boi e disse "béu".
Falou o boi e disse "um".
Falso amor umas vezes dá alegria, outras, dor.
Falso como manta de retalhos.
Falso por natura, cabelo negro e barba ruiva.
Falso por natureza, cabelo negro, barba ruiva.
Falta de azeite, consumição das torcidas.
Falta de azeite, desgraça das torcidas.
Falta de notícias, boas notícias.
Falta de notícias é boa notícia.
Falta-nos ainda muito por ver e saber.
Falta-nos muito por ver e saber.
Faltando a familiaridade, falta a amizade.
Fama sem proveito faz dor de peito.
Fama sem proveito faz mal ao peito.
Família cresceu, economia em casa.
Família criada, paz arrasada.
Far-te-ei a barba, far-me-ás o topete.
Farás primeiro aos meus, depois aos alheios.
Farás primeiro aos teus, depois aos alheios.
Fardel de pedinte nunca é cheio.
Fardel de pedinte nunca está cheio.
Farei primeiro aos meus, então aos alheios.
Farejar e não dar com a toca.
Farinha apurada, não ta veja sogra nem cunhada.
Farinha é que levanta parede.
Farinha gabada, não ta veja sogra nem cunhada.
Farinha pouca, meu pirão primeiro.
Farinha ruim não dá bom pão.
Farinha seca não é de comer.
Farnel de pedinte nunca é cheio.
Farta-te, gato, que é dia de entrudo.
Fartar, gatos, que é dia de entrudo.
Farto está o carneiro, quando marra o companheiro.
Fartura de lobo três dias dura.
Fartura faz bravura.
Fatos e não palavras.
Favas, as primeiras; cerejas, as últimas.
Favas, das mais caras; cerejas, das mais baratas.
Favas me fartam, favas me matam.
Favor ao comum, favor a nenhum.
Favor ao comum, favor ao nenhum.
Favor recebido, favor esquecido.
Favores alegados pagos estão.
Faz bem jejuar depois de jantar.
Faz e barato, venderás por cem.
Faz e barato, venderás por quatro.
Faz muito quem faz bem o que faz.
Faz o que quiseres, por isso te responderá a lata.
Faz por ter, vir-te-ão ver.
Faz que faz, mas não faz, como o Tomás.
Faz que nem gato: dá unhada e esconde a unha.
Faz que nem morcego: morde e sopra.
Faz rasto sem pôr pegada.
Faz-se a roupa conforme o pano.
Faz-se arrocho dum pau direito, que dum torto ele está feito.
Faz trabalhar a cabeça e dá feriados à língua.
Faz tudo o que deves fazer, suceda o que suceder.
Faze a teu filho teu herdeiro e não teu despenseiro.
Faze a tua seara onde canta a cigarra.
Faze bem à gata, saltar-te-á na cara.
Faze bem a quem te desagrada, Deus e ele te recompensarão.
Faze bem a vilão, morder-te-á a mão; castiga o vilão, beijar-te-á a mão.
Faze bem ao bom varão, haverás galardão.
Faze bem e acautela-te.
Faze bem, não cates a quem.
Faze bem, não temerás ninguém.
Faze boa farinha e não toques buzina.
Faze conta com a hóspeda e verás o que te fica.
Faze da noite noite, e do dia dia, viverás com alegria.
Faze de boa vontade o que fizeres, e nunca te cansarás.
Faze-me a barba, far-te-ei a tosquia.
Faze-me a barba, far-te-ei o cabelo.
Faze-me as barbas, eu te pentearei.
Faze-me as barbas, far-te-ei o cabelo.
Faze o bem e não olhes a quem.
Faze o bem, sem olhar a quem.
Faze o bem, sem olhares a quem.
Faze o mal, e espera outro tal.
Faze o que deves fazer, suceda o que suceder.
Faze o que eu digo, mas não faças o que eu faço.
Faze o que eu disser e não faças o que eu fizer.
Faze o que manda teu senhor, sentar-te-ás com ele à mesa.
Faze o que manda teu senhor, sentar-te-ás com ele ao sol.
Faze o que podes, se não podes fazer o que queres.
Faze o teu dever, suceda o que suceder.
Faze o teu filho teu herdeiro e não teu despenseiro.
Faze pé atrás, e melhor saltarás.
Faze pé atrás, que melhor saltarás.
Faze por ter, vir-te-ão ver.
Faze por ti, que Deus te ajudará.
Faze-te conhecer, saber-se-á quem és.
Faze-te morto, deixar-te-á o touro.
Faze-te útil, que um dia serás necessário.
Faze teu filho herdeiro, não o faças despenseiro.
Faze tu bem, não cates a quem.
Faze tu da tua parte, que eu te ajudarei.
Faze tu, e Deus te ajudará.
Faze tua seara onde canta a cigarra.
Faze tudo o que deves fazer, suceda o que suceder.
Fazei aos outros o que quereríeis que eles vos fizessem.
Fazei o bem, não olheis a quem.
Fazei o bem que digo, e não o mal que faço.
Fazei o bem, sem olhar a quem.
Fazei-vos mel, comer-vos-ão as moscas.
Fazeis-me abalos por cantarejos de galos.
Fazeis muito por valer pouco.
Fazeis orelhas de mercador.
Fazeis uma coisa e rogais a Deus por outra.
Fazeis uma, e rogais a Deus por outra.
Fazem-se a barba um ao outro.
Fazem-se as barbas um ao outro.
Fazem-se mais males nos gabinetes da política que nos campos de batalha.
Fazenda alheia não faz herdeiros.
Fazenda de raiz farta, mas não abasta.
Fazenda de sobrinho, queima-a o fogo, leva-a o rio.
Fazenda é fazê-las.
Fazenda em duas aldeias, pão em duas taleigas.
Fazenda esfarrapada vale pouco ou nada.
Fazenda, fazenda, teu dono te veja.
Fazenda herdada é menos estimada.
Fazenda herdada não é estimada.
Fazenda rica ou boa fazenda.
Fazenda, teu dono te veja.
Fazendo muro é que se vira pedreiro.
Fazer a broa maior que a boca do forno.
Fazer a chuva e o bom tempo.
Fazer a festa e soltar os foguetes.
Fazer alguém de bobo.
Fazer as coisas às avessas.
Fazer as coisas com tempo, peso e medida.
Fazer bem a velhaco é deitar água no mar.
Fazer bem a velhaco é lançar água em saco.
Fazer bem a velhacos é deitar água a pintos.
Fazer bem a velhacos é lançar água ao mar.
Fazer bem a vilão ruim e lançar água em cesto roto.
Fazer bem a vilão ruim é vazar água em cesto roto.
Fazer bem nunca se perde.
Fazer bem o bico ao sacho.
Fazer bem sem saber a quem seus perigos tem.
Fazer capinar sentado. (= Fazer sofrer)
Fazer castelos no ar.
Fazer como a lebre: comer e rodar longe do covil.
Fazer conta sem a hóspeda.
Fazer corar frade de pedra.
Fazer cortesia com o chapéu alheio.
Fazer da necessidade virtude.
Fazer dar dois pontos na boca.
Fazer das fraquezas forças.
Fazer das tripas coração.
Fazer de alguém gato e sapato.
Fazer de um argueiro um cavaleiro.
Fazer de um caminho dois mandados.
Fazer de uma pulga um cavaleiro armado.
Fazer de uma via dois mandados.
Fazer do céu cebola.
Fazer e desmanchar, tudo é trabalhar.
Fazer economia de palitos.
Fazer extremos por dá cá aquela palha.
Fazer falta como uma viola num enterro.
Fazer festa a um velhaco é lançar água ao mar.
Fazer gato sapato de alguém.
Fazer mal aos animais é indício de mal caráter.
Fazer o bem, não olhar a quem.
Fazer o bem, não temer a ninguém.
Fazer o bem nunca se perde.
Fazer o bem sem saber a quem perigos tem.
Fazer o bem sem saber a quem seus perigos tem.
Fazer o mal e a caramunha.
Fazer o que os outros fazem, não é pecado.
Fazer orelhas de mercador.
Fazer ouvidos de mercador.
Fazer pela vida, que a morte é certa.
Fazer-se de burro para poder dar peido diante das moças.
Fazer-se de parvo para não remar.
Fazer-se tolo para viver.
Fazer torres de vento.
Fazer tudo às pancadas.
Fazer tudo com tento, peso e medida.
Fazer uma e rogar a Deus por outra.
Fazer uma tempestade num copo d'água.
Fazida de João Gomes, foi a cavalo e veio nos alforjes.
Fé de mulher é pena sobre água.
Fé que não é firme, não é fé.
Febre intermitente não a cura senão Deus.
Febre outonal, ou longa, ou mortal.
Fecha a tua porta, antes de seres roubado.
Fecha a tua porta e tira a chave; quem vier, que bata.
Fecha o sabo antes que ele transborde.
Fechar as portas, que soltam os touros.
Feijão é que escora a casa.
Feio como a necessidade.
Feio como uma noite de trovões.
Feio no corpo, bonito na alma.
Feita a lei, cuidada a malícia.
Feita a vindima, guardam-se os cestos.
Feitas as vindimas, guardam-se os cestos.
Feito de vilão, atirar a pedra e esconder a mão.
Feitos te farei que ao coração te cheguem.
Felicidade, cada um faz a sua.
Felicidade completa não há.
Felicidade e desejo não podem juntar-se.
Feliz a casa em que só um gasta.
Feliz a nação que não tem história.
Feliz ao jogo, infeliz aos amores.
Feliz aquele a quem as desgraças alheias tornam acautelado.
Feliz de quem se contenta com o que tem.
Feliz de quem tem seu ninho a salvo do vendaval.
Feliz e boa festa faz quem em sua casa fica em paz.
Feliz é irmão freira, que entra no céu como cunhado.
Feliz é o doente que se conhece.
Feliz é quem experimenta em cabeça alheia.
Feliz é quem feliz se julga.
Feliz é quem por feliz se tem.
Feliz é quem só quer o que pode e só faz o que deve.
Feliz, infeliz, é quem tal se crê, e não quem outrem diz.
Feliz no jogo, infeliz no amor.
Feliz no jogo, infeliz nos amores.
Feliz que nem filho de padre.
Feliz quem sempre espera.
Ferida pequena é que dói.
Feridas de amor, só as cura quem as faz.
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