PROVÉRBIOS PORTUGUESES E BRASILEIROS

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V

Vá a corda trás o caldeirão.

Vá o rio por onde vão as águas.

Vá onde puder, morra onde dever.

Vá pentear macacos.

Vá-se o diabo para o diabo, venha Maria para casa.

Vaca, bem cozida e mal assada.

Vaca de vilão, se no inverno dá leite, melhor o dá no verão.

Vaca do monte não tem boi certo.

Vaca e órgãos, nunca enfada.

Vaca parida não come longe.

Vaca que não come com os bois, ou comeu antes, ou comerá depois.

Vaca sabe quanto vale o rabo logo que lho cortam.

Vaca triste e pançuda não presta e não muda.

Vaca velha parece que nunca foi bezerra.

Vai a corda trás o caldeirão.

Vai a moça ao rio, conta o seu e o do vizinho.

Vai às duras, e eu às maduras.

Vai como vai, e não como deve.

Vai daqui, ganho, não me dês perda.

Vai daqui, ganho, que me dás perda.

Vai e vem quem de seu tem.

Vai el-rei até onde pode, e não onde quer.

Vai grande diferença do vivo ao pintado.

Vai muito de uma coisa a outra.

Vai muito do dizer ao fazer.

Vai muito do vivo ao pintado.

Vai o fumo para o mais formoso.

Vai onde puderes, morre onde deveres.

Vai-se o bem para o bem, e as abelhas para o mel.

Vai-se o bem para o bem, e o mal para quem o tem.

Vai-se o comido pelo serviço.

Vai-se o diabo para o diabo, venha Maria para casa.

Vai-se o perigo, volta a presunção.

Vai-se o tempo como o vento.

Vai-se um amor e vem outro.

Vai-te com Deus e São Miguel com as almas.

Vai-te, feira, e eu sem capa.

Vai-te queixar ao bispo!

Vai ver se estou na esquina!

Vai ver se eu estou ali na esquina!

Vaidade das vaidades, tudo é vaidade.

Vaidade de pobre é defeito, e de rico é enfeite.

Vaidade de rico é recurso de pobre.

Vaidade em cima, nulidade em baixo.

Vais apagar incêndio?

Vais salvar teu pai da forca?

Vais-te, feira, e eu sem capa.

Vale a lei o que quer o rei.

Vale este homem o dinheiro que pesa.

Vale este homem quanto pesa.

Vale mais a boa ação que a oração.

Vale mais a mecha que o sebo.

Vale mais a nação que a criação.

Vale mais crédito que dinheiro.

Vale mais geração do que educação.

Vale mais lavrar o nosso ao longe que o alheio ao perto.

Vale mais nada dizer do que dizer nadas.

Vale mais não vender que perder.

Vale mais no farelo que na farinha.

Vale mais o corrido que o lido.

Vale mais o feito calado que o por fazer falado.

Vale mais passar de burro a cavalo que de cavalo a burro.

Vale mais pedir que furtar.

Vale mais ser invejado que lastimado.

Vale mais ser o artífice da sua fortuna que o ser obra dela.

Vale mais um bom mandador que um bom trabalhador.

Vale mais um burro que nos leve que cavalo que nos derrube.

Vale mais um inimigo que nos avisa do que o amigo reservado.

Vale mais um sim tardio que um não vazio.

Vale mais uma hora de ciência do que cem de ignorância.

Vale mais uma onça de cautela que uma arroba de botica.

Vale mais uma perna sã que duas muletas.

Vale mais uma sardinha com paz do que uma galinha com guerra.

Vale quanto pesa, ou pesa quanto vale.

Vale quem tem.

Vale tanto como o adulador quem aceita a adulação.

Valentão não morre de velho.

Valentes e vinho bom duram pouco.

Valentia não é privilégio.

Valha-me, meu Santo Antoninho.

Valha-me Nossa Senhora.

Valha-nos São Silvestre e a camisa que ele veste.

Valha-te a eira má.

Vamos ver quem tem garrafas vazias para vender.

Vampiro não se dá em gaiola.

Vão à missa os sapateiros, rogam a Deus que morram os carniceiros.

Vão as leis onde querem os reis.

Vão de orelha é perigoso.

Vão os bons, ficam os ruins.

Vão-se os amores e ficam as dores.

Vão-se os anéis e ficam os dedos

Vão-se os anéis e fiquem os dedos.

Vão-se os anéis, mas ficam os dedos.

Vão-se os anéis, mas fiquem os dedos.

Vão-se os bons, ficam os ruins.

Vão-se os dias maus e vão-se os bons, e ficam filhos e netos de ruins avós.

Vão-se os gatos, e estendem-se os ratos.

Vão-se os gatos, passeiam os ratos.

Vão-se uns, vêm outros.

Vaqueiro novo faz o gado desconfiado.

Vás onde vás, com quais te achares, tal te farás.

Vasilha quebrada dura muito.

Vasilha ruim não se quebra.

Vaso feio não quebra.

Vaso mau nunca quebra.

Vaso novo primeiro bebe que seu dono.

Vaso ruim não quebra.

Vaso ruim não tem quebra.

Vassoura nova é que varre bem.

Vassoura nova é que varre melhor.

Vassoura nova sempre varre bem.

Vassoura nova varre bem.

Vassoura nova varre direito.

Vassouras novas varrem bem.

Vê a quais agradas, não a quantos.

Vê bem que ates e desates.

Vê-lo com os olhos e comê-lo com a testa.

Vê o mar e sê na terra.

Vê-se com prazer a cara do amigo e os pés do inimigo.

Vê-se na adversidade o que vale a amizade.

Vê se não é de mui alto que tua mulher te manda cair.

Vê um dia do discreto e não toda a vida do néscio.

Veado e caça, quem porfia, a mata, e não besteiro cansado.

Veda ao tolo o que queres que ele faça.

Vêem os olhos o que o coração deseja.

Veio Deus a ver, sem companhia.

Velha experimentada por água vai arregaçada.

Velha gaiteira não falta a uma feira.

Velha galinha faz gorda a cozinha.

Velha madeira, vinho velho, velhos amigos e velhos livros.

Velhaco de cinqüenta e cinco costados.

Velhaco não engana velhaco.

Velhice de pimenta, engelhada e negra.

Velhice é doença.

Velhice é mal desejado.

Velhice, segunda meninice.

Velho amador, inverno com flor.

Velho amador, inverno em flor.

Velho apaixonado, com pouco está casado.

Velho casado com moça de poucos anos, corno temos.

Velho com amor, inverno em flor.

Velho com amor, morte em redor.

Velho é bananeira que já deu cacho.

Velho é Pedro, para cabreiro.

Velho é trapo.

Velho enamorado, cedo enterrado.

Velho gaiteiro, velho menino.

Velho na sua terra e o moço na alheia sempre mentem de uma maneira.

Velho namorado, cedo enterrado.

Velho não se senta sem "ui!", nem se levanta sem "ai!".

Velho que de si cura, cem anos dura.

Velho que não adivinha, não vale uma sardinha.

Velho que não anda, desanda.

Velho recém-casado, reza-lhe por finado.

Velho, só vinho, ouro e conselho, e novo, só moça, hortaliça e ovo.

Velhos amigos e contas novas.

Velhos são os trapos.

Vem a ventura a quem a procura.

Vêm as glórias, vão-se as memórias.

Vem fácil, vai fácil.

Vem mais apressado o perigo desprezado.

Vem-me o mal que me sói vir: depois de farto, me ponho a dormir.

Vem-me o mal que me sói vir, que depois que me farto, me deito a dormir.

Vem o demo de fora e enxota as galinhas de casa.

Vêm os golpes, vão-se os amores.

Vem teu inimigo humilhado? Guarda-te dele como do diabo.

Vem ventura e dura.

Vemos um argueiro no olho do vizinho e não vemos uma trave no nosso.

Vence quem se vence.

Vencei o mal com o bem.

Vencer a língua é mais que vencer arraiais.

Vencer a si é mais que vencer o mundo.

Vencer a si mesmo é mais que vencer o mundo.

Vencer ou morrer.

Vencer-se a si é mais que vencer o mundo.

Vencer sem luta é triunfar sem glória.

Vencer sem perigo é triunfar sem glória.

Venda seu peixe, que eu depois vendo o meu.

Vendamos os bois, vamos todos os dois.

Vende a esposado e compra a enforcado.

Vende a própria vontade quem recebe alheio benefício.

Vende em casa e compra em feira, se queres sair da lazeira.

Vende público e compra secreto.

Vender a pele do lobo antes de o matar.

Vender a pele do urso antes de o ter morto.

Vender de contado, comprar fiado.

Vender em casa, comprar na feira.

Vender gato por lebre.

Vender mel a quem o queira.

Vender mel ao colmeeiro.

Vender o peixe.

Vender siso a Catão.

Vendo o peixe pelo preço por que comprei.

Venha minha nora, mas venha cada dia e não cada hora.

Venha o diabo e escolha.

Vento bom, água na vela.

Vento e ventura não duram.

Vento e ventura, pouco dura.

Vento no rosto torna o homem sábio.

Vento ou ventura, pouco dura.

Vento que venta cá, venta lá.

Ventre em jejum não ouve a nenhum.

Ventura nunca é segura e pouco dura.

Ventura sempre no mal e no bem pouco dura.

Ventura te dê Deus, filho, que o saber pouco te basta.

Ver a estrela do meio-dia.

Ver a palhinha no olho alheio e não ver a trave no seu.

Ver as barbas do vizinho arder e pôr as suas de molho.

Ver com os olhos e comer com a testa.

Ver com quantos paus se faz uma canoa.

Ver com quantos paus se faz uma jangada.

Ver de perto, para contar de certo.

Ver é fácil, prever é difícil.

Ver e ouvir como São Tomé.

Ver em que param as modas.

Ver estrelas ao meio-dia.

Ver não tira pedaço.

Ver o mal antes que chegue é grande bem para escapar dele.

Ver o mar e morar em terra.

Ver os touros de palanque.

Ver, ouvir e calar.

Ver, ouvir e calar é a regra do bom viver.

Ver para crer.

Ver para crer, como São Tomé.

Ver, prever, poder, é viver.

Ver-se entre o malho e a bigorna.

Ver sem atenção não é ver.

Ver tudo cor-de-rosa.

Ver um argueiro no olho do vizinho e não ver uma tranca no seu.

Ver um argueiro no olho do vizinho e não ver uma trave no seu.

Verdade, verdade, não há beleza sem bondade.

Verdadeiro estudo do homem é o homem.

Verdades há como estrelas, que só se avistam nos céus.

Verdades há que amargam como fel e mentiras que têm o sabor do mel.

Verde é o que o lume não vê.

Vergonha é furtar e não poder carregar.

Vergonha é roubar e não poder carregar.

Vergonha no pobre fá-lo mais pobre.

Vergonha só se perde uma vez.

Vésperas de aldeia, põe a mesa e a ceia.

Veste-te em guerra, arma-te em paz.

Vestidura que muitos há de cobrir, a contento de todos se há de cortar.

Vestir a carapuça.

Vestir a uso e comer a gosto.

Vezo mau tarde é deixado.

Vezo ponhas, que não tolhas.

Vi com estes olhos que a terra há de comer.

Vi um homem que viu outro que viu o mar.

Viagem de boca não faz despesa.

Vício de mulheres é o único que o homem pode ter, porque o perde sem querer.

Vício não castigado cresce ilimitado.

Vícios aprendem-se sem professor.

Vida da aldeia, Deus a dê a quem a deseja.

Vida de porco, curta e gorda.

Vida de só, vida de Jó.

Vida e confiança só se perde uma vez.

Vida é prazer de quem não tem prazer.

Vida é prazer de quem não tem saber.

Vida gemida, vida comprida.

Vida infeliz com a afortunada o sono iguala.

Vida que levas, fome que rapas.

Vida sem amigo, morte sem castigo.

Vida sem amigo, morte sem testemunhas.

Vidro, jejum e segredo, se se quebram, não têm solda.

Vidro quebrado perde o valor, e soldado não tem graça.

Vieram porcos do monte, lançaram-nos de nossa corte.

Vieste ao atar das feridas.

Vilaboim, terra boa, gente ruim.

Vilão comido, vilão fugido.

Vilão ruim dá sempre mau pago a quem o serve.

Vilão ruim não precisa chocalho.

Vilão sáfio, mulher sáfia.

Vilão servido, vilão esquecido.

Vinha entre vinhas, casa entre vizinhas.

Vinho, azeite e amigo, o mais antigo.

Vinho, azeite e amigo, quanto mais velho, melhor.

Vinho do meio, mel do fundo, azeite de riba.

Vinho e amigo, o mais antigo.

Vinho e medo descobrem segredo.

Vinho e moça, peral e faval, maus são de guardar.

Vinho e mouro, não é tesouro.

Vinho em excesso nem guarda segredo, nem cumpre promessas.

Vinho, mulheres e tabaco põem o homem fraco.

Vinho não há mister ramo.

Vinho, ouro e amigo, quanto mais velho, melhor.

Vinho pela cor, pão pelo sabor.

Vinho que baste, carne que farte, pão que sobre, e seja eu pobre.

Vinho tirado é vinho bebido.

Vinho turvo, madeira verde e pão quente são três inimigos da gente.

Vinho velho, amigo velho, ouro velho.

Vinte galinhas e um galo comem tanto como um cavalo.

Vintém poupado, vintém ganhado.

Vintém poupado, vintém ganho.

Violência é crise de fraqueza.

Vir ao atar das feridas.

Vir ao pintar da faneca.

Vira tua boca para lá.

Virar a casaca.

Virar o bico ao prego.

Virar-se o feitiço contra o feiticeiro.

Virtude invejada, duas vezes é virtude.

Virtude precede, quando a força cede.

Virtudes vencem sinais.

Virtudes vencem vícios.

Visita rara, convidado amável.

Visitas sempre dão prazer; quando não é na sua chegada, é na partida.

Vista bela é ver o mar e morar em terra.

Vista de quem não tiveres dor, à tarde e sem sol.

Vista faz fé.

Vitória de Pirro.

Viu passarinho verde.

Viu-se o demo em socos e quis pisar os outros.

Viu-se o diabo com botas, correu a cidade toda.

Viu-se o diabo de cruz, correu toda a cidade.

Viúva de beira de estrada, nem viúva, nem casada.

Viúva é barco sem leme.

Viúva e capão, quanto comem, assim dão.

Viúva é sobejo de defunto.

Viúva nova e rica casada fica.

Viúva rica casada fica.

Viúva rica, com um olho chora, com o outro repenica.

Viúva rica, com um olho chora, com o outro repica.

Viúva rica é noiva.

Viúva rica, por um olho chora, por outro repenica.

Viúva rica sempre casada fica.

Viúvo fica é quem morre.

Viva a galinha com sua pevide.

Viva a galinha e viva com sua pevide.

Viva a galinha e viva sua pevide.

Viva a pátria e chova arroz.

Viva el-rei e dá cá a capa.

Viva o luxo com seu repuxo.

Viva o luxo e padeça o bucho.

Viva quem reina.

Viva quem tem bigode: quem tem cavanhaque é bode.

Viva quem vence.

Vive bem aquele que vive escondido.

Vive de sorte que aches a vida na morte.

Vive o pastor com a sua rudeza e morre o físico que a física reza.

Vive-se mais tempo deitado do que em pé.

Vivendo, aprende-se.

Vivendo e aprendendo.

Viver à custa da barba longa.

Viver bem, que Deus é Deus.

Viver da mão à boca.

Viver de ar.

Viver de crédito, pagar dobrado.

Viver e casar, cada qual com seu igual.

Viver é como desenhar sem borracha.

Viver e deixar viver.

Viver é lutar.

Viver muito é uma prova de sentir pouco.

Viver não é nada, saber viver é que é.

Viver não posso, morrer não quero.

Viver o dia a dia.

Vizinhança é meia parentela.

Voa o tempo como o vento.

Vogue a galé, venha o que vier.

Voltar à vaca fria.

Voltar-se o feitiço contra o feiticeiro.

Vontade de rei não conhece lei.

Vontade é vida.

Vontade também consola.

Vôo de falcão, morte de gavião.

Vós às duras, e eu às maduras.

Vós que arrotais, é porque fartinho estais.

Vós que não dais, por que esperais?

Vossas obras dirão quem vós sois.

Vossas obras dizem quem vós sois.

Voz de um, voz de nenhum.

Voz do povo, voz de Deus.

Voz do povo, voz do diabo.

Vozes de asno não chegam ao céu.

Vozes de burro não chegam aos céus.

X

Xexéu e vira-bosta, cada qual do outro gosta.

Xexéu e vira-bosta, cada qual do rabo gosta.

Z

Zangado como um diabo que bebeu água-benta.

Zangado como uma barata.

Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.

Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades.

Zangas de namorados, amores dobrados.

Zé Nabiça quanto vê, quanto cobiça.

Zeloso que não sabe dar a capa, não tem bom zelo.

Zomba das cicatrizes quem nunca foi ferido.

Zomba o vesgo do zarolho.

Zombai com o tolo em casa, zombará convosco na praça.

Zombai do tolo em casa, zombará convosco na praça.

Zombar dos bons conselhos é dispor para as ruínas.

Zombaria de siso mete os homens em perigo.

Zorro deitado não apanha bocado.

Zorro deitado não apanha mosca.

Zurra o burro, deitam-lhe o cabresto.

Zurra o burro, deitem-lhe o cabresto.

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