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- Alberto
de Oliveira -

Antônio
Mariano Alberto de Oliveira nasceu em Palmital de Saquarema, Rio de Janeiro,
a 28 de abril de 1857. Formou-se em Farmácia; abandonou o curso de Medicina
quando cursava o terceiro ano. Data de 1883 sua amizade com Olavo Bilac
e Raimundo Correia; em 1897 é um dos sócios fundadores da Academia Brasileira
de Letras. Em 1924, já em pleno Modernismo e sob o impacto da Semana,
é eleito "Príncipe dos Poetas", no lugar deixado vago por Olavo Bilac
(os "príncipes" sempre foram parnasianos). Morre em 19 de janeiro de 1937,
em Niterói.
Apesar de ter vivido 80 anos de transformações políticas,
econômicas e sociais, além de literárias, Alberto de Oliveira sempre permaneceu
fiel ao Parnasianismo e à margem dos acontecimentos históricos. A partir
de seu segundo livro, "Meridionais", já segue as características parnasianas,
sendo considerado mestre dentro dessa estética, pois foi realmente o mais
perfeito dos parnasianos.
Sua temática esteve presa aos rígidos ensinamentos da Escola:
uma poesia descritiva que tinha por tema desde a natureza até meros objetos,
exaltando-lhes a forma (como por exemplo os sonetos "Vaso grego", "Vaso
chinês", "A estátua"), uma impassibilidade por vezes traída por tons intimistas
de alguns sonetos, o culto da "arte pela arte" e a exaltação da Antiguidade
Clássica.
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