Romantismo
 

- Lord Byron -

  Lord Byron foi um dos principais poetas ultra-românticos, nascido na Inglaterra, este inglês, influenciou grandes escritores, como Álvares de Azevedo. De família rica, foi acusado de abuso sexual pela prima, homossexualismo e também foi um dos primeiros escritores a descrever os efeitos da maconha.
  Em suas obras aparece desde o platonismo do amor carnal, além da morte, a noite e seus mistérios. Como exemplo de suas obras podemos citar "Dom Juan".
  Curiosa é a lenda urbana que se conta de sua família, dizia-se que na Abadia de Newstead, no condado de Norttingham, lar da família Byron, era assombrada pelo fantasma de um frade malvado que se deliciava com infortúnos alheios.
  A Abadia serviu de mosteiro para os cônegos agostinianos durante quase quatrocentos anos. Mas no século XVI, irado com a oposição da Igraja Católica à anulação de sua união com Catarina de Aragão, Henrique VIII começou a confiscar os bens da Igreja e dividi-las entre alguns de seus nobres. A Abadia de Newstead coube aos Byron e ficou com a família pelos trezentos anos seguintes. O último Lord Byron a herdá-la foi ninguém menos que o dissoluto poeta romântico, George Gordon, que não só amava a propriedade como lá encontrou alimento para seus poemas no mais notável de seus vários fantasmas: o Frade Negro.

  Ninguém sabe quem teria sido em vida, essa alma penada, mas alguns acreditam que sua sombra, encapuzada e de feições escuras, representava a praga da Igreja contra os usurpadores de suas Terras. Diz a Lenda que quando um membro da família morria, o monge fantasma fazia uma visita para se regozijar com a desgraça. Por outro lado, apresentava-se de cara pesarosa em ocasiões felizes. Uma aparição contrita era norma nos nascimentos e em alguns casamentos - mas não em todos. O Poeta Lord Byron asseverou ter visto o fantasma muito contente em seu próprio casamento com Annabella Milbanke, que ele qualificaria mais tarde como o acontecimento mais infeliz de toda sua vida. Em seu Don Juan, Byron faz alusão ao Frade Negro:

"Sobre o tálamo nupcial, dizem os rumores
Na noite das bodas de leve esvoaça;
Mas ao leito de morte de seus senhores
Não falha - para gozar a desgraça."

(Lord Byron).

Sol dos Insones

"Sol dos insones! Ó astro de melancolia!
Arde teu raio em pranto, longe a tremular,
E expões a treva que não podes dissipar:
Que semelhante és à lembrança da alegria!

Assim raia o passado, a luz de tanto dia,
Que brilha sem com raios fracos aquecer;
Noturna, uma tristeza vela para ver,
Distinta mas distante-clara-mas que fria!"

(Lord Byron).