Modernismo
 

- Macunaíma -

  Publicado em 1928, foi classificado pelo autor como uma rapsódia, uma vez que, como nas rapsódias musicais, a obra constitui-se de uma colagem de diversos elementos da cultura popular brasileira, alinhavados pelo personagem central.
  Apoiando-se numa narrativa simples, o autor traça um vasto painel da cultura brasileira: "Macunaíma" ganhou de "Ci", sua mulher, um amuleto (a "pedra de muiraquitã") que acabou perdendo. Esse amuleto reapareceu nas mãos de "Venceslau Pietro Pietra", mascate peruano que morava em São Paulo e que, na verdade, é "Piaimã", o gigante comedor de gente. Acompanhado de seus irmãos ("Jiguê" e "Maanape"), "Macunaíma" partiu para São Paulo a fim de recuperar seu amuleto. Depois de muitas aventuras, ele alcança seu objetivo, matando "Piaimã". Logo em seguida, perdeu novamente a pedra. Perseguido pelo minhocão "Oibê", "Macunaíma" percorre todo o Brasil e volta para o Amazonas. Um dia, desgostoso e solitário, resolveu subir ao céu, transformando-se na constelação Ursa Maior.