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- Rachel
de Queiroz -

Nasceu
em Fortaleza, Ceará, a 17 de novembro de 1910. Em 1927, já formada no
curso normal, inicia sua colaboração em jornais escrevendo crônicas. Escreve
seu primeiro livro em 1930, o romance "O Quinze". Milita no Partido Comunista
Brasileiro, sendo presa, em 1937, por suas posições políticas. A partir
de 1940 dedica-se à crônica jornalística e ao teatro. Em 1977, quebrou
a velha tradição e se tornou a primeira mulher a fazer parte da Academia
Brasileira de Letras.
Sua obra é marcada pelo forte regionalismo: o Ceará, seu povo,
sua terra, as secas, são presença constante em seus romances, escritos
numa linguagem fluente e de diálogos fáceis, o que resulta em uma narrativa
dinâmica.
Em seus primeiros romances ("O Quinze" e "João Miguel") está
presente a coexistência do social e do psicológico, sendo o primeiro superior
ao segundo. O ponto máximo de sua literatura engajada e esquerdizante
é atingido em "Caminho de Pedras", publicado em 1937 (início do Estado
Novo de Getúlio Vargas).
A partir de então, em decorrência da situação adversa, a romancista
vai abandonando o aspecto social de sua obra, ao mesmo tempo que passa
a valorizar a análise psicológica, o que pode ser percebido em seu romance
"As Três Marias".
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