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- José
Lins do Rego -

José
Lins do Rego Cavalcanti nasceu a 3 de julho de 1901, no engenho Corredor,
em Pilar, Paraíba. Passou a infância neste engenho, que pertencia a seu
avô materno. Formado em Direito no Recife, transfere-se para o Rio de
Janeiro, em 1935, onde colabora em alguns jornais e exerce cargos diplomáticos.
Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1955, o autor defendeu
sempre uma literatura voltada para a região Nordeste. Morre no Rio de
Janeiro, a 12 de setembro de 1957.
O próprio José Lins divide sua obra em:
- ciclo da cana-de-açúcar - nesses livros (principalmente em "Menino
de engenho") o autor recorre constantemente a recordações da infância
e adolescência. Ambientados na zona da mata nordestina, retratam a decadência
de uma sociedade patriarcal que vive um momento de transição: a passagem
dos antigos engenhos para as modernas e poderosas usinas. Pertencem a
esse ciclo os livros: "Menino de engenho"; "Doidinho"; "Bangüê"; "Usina";
e "Fogo morto" (publicado em 1943, é considerado a síntese de todo esse
ciclo, sendo o ponto máximo de sua obra).
- ciclo do cangaço, misticismo e seca - onde aborda outros aspectos
típicos da vida nordestina. A provável temática, bem como a oralidade
da narrativa, nesses casos, teria vindo da literatura de cordel, como
o próprio autor afirmou. Pertencem a esse ciclo os livros: "Pedra Bonita"
e "Cangaceiros".
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