Arquivos da categoria Abril 2007
Perfil do Profano Candidato à Iniciação (*)
Postado Quinta-feira, Abril 26, 2007 as 7:52 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
PERFIL DO PROFANO CANDIDATO À INICIAÇÃO (*)
Inicialmente, cabe colocar que temos normas e condições estabelecidas pelas nossas Potências que condicionam a indicação de um profano para ser iniciado em nossa Ordem , as quais se encontram descritas, de forma de Regulamentos e legislação marginal, que estabelecem, entre outras exigências, de que o candidato esteja em pleno gozo de sua capacidade civil, que seja do sexo masculino, que não professe ideologias que se oponham aos princípios gerais da instituição, reputação ilibada, ter profissão e meio de vida lícitos e que serão admitidos mediante deliberação da Loja em que todos os presentes tomem parte.
Ao mesmo tempo impõe algumas condições restritivas das quais se sobressai a que define as pessoas que estejam impedidas de manifestarem livremente sua vontade.
Em estatística, recentemente divulgado pelo nosso G .'.O.'. R.'.G .'.S.'. , de um total de 22.121 iniciados temos 15.185 IIr.'. inativos (68,7%) e tão somente 6.936 IIr.'. ativos (31,3%), daí perguntamo-nos: as condições determinadas pelas nossas normas são suficientes?
Sem dúvida temos que parar e repensar o assunto. A culpa é da norma que parece ser liberal em demasia ou é dos IIr .'. indicantes e/ou das Lojas que aprovam um candidato, mais pelo seu QI (quem indica) do que por suas qualidades e atuações no mundo profano.
Entendo que as normas estão bem definidas, fixando as condições, mínimas, a serem preenchidas pelo profano, mas como indicantes e, principalmente, como sindicantes devemos ser mais exigentes na análise e checagem das informações fornecidas e obtidas sobre o candidato.
Outro ponto a ser revisado, são nossas sindicâncias, que, na forma como estão elaboradas, (a meu juízo), não esclarecem muito sobre o candidato, mas ao contrário do que pensam àqueles que não dão o devido valor, a enorme importância e responsabilidade dessa missão, do Sindicante, ou estes não estão dispostos a consumir um tempo em beneficio do progresso de sua Loja, fornecendo uma informação consistente e exata. É preferível, nesse caso, que não aceitem tão honroso encargo, devendo, delicada e honestamente, rejeitar essa missão, porque uma boa "SlNDICÂNCIA" deve ser isenta de qualquer resquício de obrigatoriedade, protecionismo, sem nenhum indício de optatividade e traçada com o intuito de iluminar os IIr .'. que irão tomar parte da decisão que dela, a "SINDICÂNCIA", advir.
Pela estatística acima comentada fica evidente que não estamos enfrentando uma boa fase. O que fazer?
Primeiramente precisamos ser muito mais rigorosos ao indicarmos ou ao analisarmos as qualidades individuais do Candidato, que, a meu juízo, deve ter o seguinte perfil, entre outras características individuais:
- Conduta ética, moral e social ilibada;
- Demonstrar espírito de liderança e de equipe;
- Gosto pela leitura e pelo estudo;
- Questionador e batalhador contra as injustiças;
- Tolerância, sociabilidade e criatividade.
Por fim, voltando ao assunto, o que entendo ser uma a principal peça neste processo, a Comissão de Sindicância, que vai verificar e informar para a Loja se o candidato está em condições de fazer parte de nossa Ordem. A Sindicância é um trabalho especial, e até diria, extraordinário, em cujo desempenho o maçom há de movimentar-se, tanto no interior do Templo e especialmente fora dele.
É, como dissemos, um trabalho especial que muito honra e dignifica o Ir .'. encarregado do seu desempenho, uma vez que tem excepcional importância para a construção das bases de progresso de uma Loja. É uma incumbência de grande vulto e estrita consideração para o e com o Ir .'. escolhido pelo V .'. Mestre.
É importante que nos conscientizemos da relevância das informações e da honra que nos é deferida no momento que passamos a fazer parte de uma Comissão de Sindicância, pois de nosso desempenho depende, em muito, o progresso de nossa Loja. É o que penso. Marco Antonio Perottoni - M .'.I .'. - Loja Cônego Antonio das Mercês e Loja Francisco Xavier Ferreiro de Pesquisas Maçônicas GORGS - Porto Alegre – RS.
(*) PESQUISA: Ser.'. Irmão José Robson Gouveia Freire, M.'. I.'., Gr.'. 33º, Gr.'. Orad.'. Adj.'. do Sob.'. Supremo Conclave do Brasil e Membro Ativo da A.'. R.'. L.'. S.'. Pioneiros de Brasília nº 2288 – Federada ao G.'. O.'. B.'. e Jurisdicionada ao G.'. O.'. D.'. F.'. - Rito Brasileiro
O primeiro Grande Conselho do Mundo
Postado Sexta-feira, Abril 20, 2007 as 7:09 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Os Primórdios
Os Altos Graus --- acima do de Mestre --- suma característica do Rito Escocês Antigo e Aceito, começaram a surgir no século XVIII, em função de três acontecimentos principais:
1. Discurso de Ramsey
André Michel de Ramsey (1), escocês de Ayr, plebeu com fumaças de aristocracia, aportou na França, depois de alijado da Maçonaria de sua pátria, por insistir em criar graus cavalheirescos. Na França, satisfez a sua ânsia de nobreza, ao ser recebido como cavaleiro da Ordem de São Lázaro (Chévalier de Saint Lazare). E tão agradecido ficou que produziu, em 1737, um discurso, onde pretendia aristocratizar a Maçonaria, ligando-a aos nobres das Cruzadas, o que é pura lenda. Ele foi proibido de pronunciar o discurso, por ordem do cardeal Fleury (André Hercule de Fleury), ministro de Luis XV e dono do poder da época, na França, como ocorreu com outros cardeais (Richelieu, Mazzarino) ; mas o texto acabou sendo publicado no ano seguinte e influenciaria as tentativas posteriores de criação de Altos Graus.
Para alguns autores, o discurso foi, como tendência a uma profunda reforma institucional na Maçonaria, o ponto de partida para a adoção do sistema dos Altos Graus, além de ser uma verdadeira carta e um código geral de pensamento. Outros discordam, não lhe reconhecendo nenhuma influência importante e não vendo, nele, mais do que um apelo a lendas, uma paixão pelos títulos nobiliárquicos e uma pretensa origem dos franco-maçons nos cruzados.
2. Criação do Capítulo de Clermont
O Capítulo de Clermont foi criado em Paris, em 1754, com o nome de Colégio dos Jesuítas, onde ele foi instalado, local que já havia sido residência do pretendente ao trono inglês, Carlos Eduardo Stuart, filho de Jaime III. Dizendo-se uma Obediência maçônica, o Capítulo propunha-se a praticar os Altos Graus e não manter vínculos com a Grande Loja (da França), repudiando-a por suas atividades políticas. Este Capítulo teve uma existência bastante efêmera --- muitos autores nem mesmo o citam --- mas, como o discurso de Ramsey, acabaria rendendo frutos, através das idéias que propagou, para que surgissem, posteriormente, os Altos Graus.
3. O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente
Considerado, por muitos, como o sucessor do Capítulo de Clermont, foi fundado, em 1758, em Paris, o denominado Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém, que foi, no século XVIII, a mais importante das Potências ditas escocesas, as quais, embora nascidas na França, tiveram os seus primórdios com os partidários dos Stuarts --- denominados "escoceses" --- que reinaram, durante muito tempo, sobre a Inglaterra e a Escócia. O seu pomposo título distintivo mostra, claramente, a influência aristocrática, a fixação nas Cruzadas --- já expostas no discurso de Ramsey --- a fatuidade da época e o fascínio exercido pelos Altos Graus. No mesmo ano de 1758, o Conselho criou um sistema de Altos Graus, impondo-lhe o limite de 25 graus. Essa resolução foi inscrita, oficialmente, em seus Estatutos de 1762, e, no início, todos esses graus superiores eram chamados de "graus de perfeição". Essa escala de 25 graus foi denominada Rito de Perfeição, ou de Héredom.
Em 1761, Etienne Morin, membro da seção do Conselho instalada em Bordeaux, recebeu uma patente, através da qual ele era autorizado a fundar Lojas dos graus de perfeição nas Américas. Aí chegando --- através de Porto Rico --- só dois anos mais tarde, Morin constatou que outros o haviam precedido. Em parte de sua correspondência, citada por Lantoine, é abordada "uma respeitável Loja escocesa", encontrada tão bem composta, da mesma maneira que a Loja simbólica, que ele acreditou dever dar a elas as mesmas instruções. Isso significa que, além dessa Loja simbólica, já existia uma Oficina de Altos Graus, embora tenha sido só através de Morin que essas Lojas progrediram e prosperaram, sob a égide da seção bordelesa do Conselho, que lhe havia concedido a patente.
O Supremo Conselho de Charleston
Os Altos Graus tiveram, no Novo Mundo, uma acolhida muito grande e até sofreram acréscimos. Todos os tinham e a sua concessão, sem qualquer critério lógico e sem um poder moderador para discipliná-la e organizá-la, acabou fazendo com que o sistema se transformasse num verdadeiro caos.
Diante disso, um grupo de maçons, reunidos a 31 de maio de 1801, na cidade de Charleston, no Estado da Carolina do Sul (EUA), por onde passa o paralelo 33 da Terra, resolveu criar o Supremo Conselho do grau 33, que, por ser o primeiro, audenominou-se "Mother Council of the World", ou seja Supremo Conselho Mãe do Mundo (por que não pai?). Supõem, porém, alguns pesquisadores, que os Supremos Conselhos das Índias Ocidentais Francesas e de Kingston (Índias Ocidentais Inglesas), cuja existência é imprecisa, em ambos os casos, já atuavam desde 1796.
Marcando o início de uma fase de organização e método na concessão dos Altos Graus, o primeiro Supremo Conselho adotou a divisa Ordo ab Chao, ou seja, Ordem no Caos, o caos em que se havia transformado o emaranhado de Altos Graus, concedidos sem qualquer critério lógico e sem que houvesse um poder organizador, moderador e disciplinador.
Da criação desse Supremo Conselho participaram nove membros: Frederik Dalcho, John Mitchell, Abraham Alexander, James Moultrie, Thomas Bartholomew Bowen, Jean-Baptiste Marie Delahogue, Emanuel de la Motta, Moses Levy, Israel de Lieben. O conde Alexandre-François-Auguste Grasse-Tilly, genro de Delahogue, embora tenha sido, praticamente, o mentor da idéia, não aparece entre os fundadores. Nascido em 1765 e iniciado em Paris, antes da Revolução Francesa, na Loja Saint Jean d'Écosse du Contrat Social, ele foi para a América, passando muito tempo em São Domingos, como oficial, até chegar a Charleston, em 1786. A história de sua vida se identifica, a partir daí, com a história do Rito Escocês Antigo e Aceito, pois ele já vinha, desde 1796, pensando em fundar um Supremo Conselho e criar o 33o. grau.
Chegando a Paris, munido de uma patente que o habilitava a criar um Supremo Conselho, Grasse-Tilly encontrou grande agitação maçônica, provocada por dissidências e querelas em torno da colação dos Altos Graus de Héredon, as quais já haviam proporcionado diversos acordos, seguidos de tantas outras rupturas, ainda em conseqüência da implantação, em 1786, dos quatro Altos Graus do Rito Francês, ou Moderno. Em reação a esse sistema, o conde, em curto espaço de tempo, elevou ao 33o. grau um grande número de maçons franceses, formando um Supremo Conselho provisório. A 12 de outubro de 1804, os Grandes Oficiais do Rito constituíram o Grande Consistório, que convocou, para o dia 22 do mesmo mês, uma assembléia geral, com a finalidade de proceder à formação de uma Grande Loja Escocesa. Nesse dia, deu-se a criação da Grande Loja Geral Escocesa de França, do Rito Antigo e Aceito, com sede em Paris, elegendo-se, na ocasião, quarenta e nove dignitários e sendo proclamado o príncipe Luís Napoleão, como Grão-Mestre, e Grasse-Tilly como seu representante.
Grasse-Tilly foi o dirigente máximo (Soberano Grande Comendador) do Supremo Conselho da França, de 1804 a 1806, tendo Delahogue como Lugar-Tenente, segundo da escala e substituto imediato do Soberano Grande Comendador. Ele viria a ser sucedido pelo duque de Cambacérès, que governaria de 1806 a 1818, e retornaria ao cargo, dirigindo o Supremo Conselho de 1818 a 1821. Foi com Grasse-Tilly que o Rito Escocês, realmente, vicejou por quase toda a Europa, embora só com grandes esforços tenha aberto um discreto caminho na Inglaterra, onde a Maçonaria, sob a égide da Igreja Anglicana, não via com bons olhos um rito nascido do catolicismo jacobita (stuartista).
A "lenda" das Constituições de Frederico II
Criado o Supremo Conselho, que estabelecia um sistema totalmente novo de Maçonaria, desconhecido até então, atribuiu-se a sua organização a uma Constituição de 1o. de maio de 1786, que teria sido elaborada por Frederico II, rei da Prússia (2). Esse sistema só ficou conhecido a partir de 4 de dezembro de 1802, quando o Supremo Conselho de Charleston expediu uma circular, comunicando o fato, enaltecendo os Altos Graus e atribuindo, então, a sua organização a Frederico. Se essa organização tivesse, realmente, surgido nessa data --- 1786 --- é, no mínimo, estranho que o fato só ficasse conhecido em 1802.
A história "oficial", divulgada, inclusive, pelo Supremo Conselho da França, diz que Carlos Stuart, filho de Jaime III, sendo chefe de toda a Maçonaria, conferiu, a Frederico II, a dignidade de Grão-Mestre, nomeando-o, também, seu sucessor, qualidade na qual ele seria reconhecido como chefe dos Altos Graus. A 25 de outubro de 1782, ainda com os 25 graus de Héredom, eram confirmadas as Constituições e Regulamentos de Bordeaux. E quatro anos depois, segundo essa versão "oficial", Frederico transmitia os seus poderes e prerrogativas a um Supremo Conselho dos Grandes Inspetores Gerais, ao mesmo tempo em que aumentava a escala para 33 graus e publicava, a 1o. de maio de 1786, a sua Constituição.
Alguns fatos mostram que isso é pura lenda:
Em primeiro lugar, a 1o. de maio de 1786, Frederico não tinha condições de assinar nada, nem transmitir coisa nenhuma, já que se encontrava em estado semi-comatoso, vindo a falecer a 17 de agosto do mesmo ano.
A versão oficial não tem a mínima credibilidade entre os bons autores maçônicos, sendo refutadas por pesquisadores de primeira linha, como Findel. Rebold, Thory, Clavel, Cordier, Marconay e Lindsay. Rebold afirma que Frederico foi iniciado a 15 de agosto de 1738, em Brunswick e que, em 1744, a Loja "Três Globos Terrestres", de Berlim, fundada por artistas franceses, foi, por ele, elevada à categoria de Grande Loja, da qual ele foi aclamado Grão-Mestre, exercendo o mandato até 1747. A partir de então, ele não mais se ocupou ativamente da Maçonaria e, quando o sistema dos Altos Graus foi introduzido nas lojas prussianas pelo marquês de Bernez, ele se mostrou adversário da inovação, tratando-a com desdém, sendo duro em relação aos Altos Graus e prevendo que eles acabariam sendo motivo de constante discórdia entre as Lojas.
Marconay afirma que, em resposta a uma consulta sua, a Loja dos Três Globos enviou-lhe carta, onde refere que Frederico foi, em parte, o criador do sistema que a Loja adotou, mas que nunca interferiu em seus assuntos e nunca se ocupou em ditar leis aos maçons. Diz mais, essa missiva, que a Grande Loja dos Três Globos não reconhecia nem praticava mais do que os graus azuis de São João, mas que tinha um comitê, chamado Supremo Oriente Interior, que dirigia os trabalhos dos graus superiores, que não passavam de sete. E termina, afirmando que carecia de fundamento tudo aquilo que se referisse a prescrições de Frederico.
Findel, considerado um dos maiores pesquisadores maçônicos de todos os tempos, é mais contundente, chamando essa versão "oficial" de simples invenção, que só poderia ser divulgada por quem tivesse interesses estranhos à procura da verdade histórica.
Assim, tanto as Constituições, Estatutos e Regulamentos, quanto os Novos Institutos Secretos e Fundamentais da Muito Antiga e Venerável Sociedade dos Antigos Maçons Livres Associados, ou Ordem Real e Militar da Franco-Maçonaria, atribuídos a Frederico, com a fictícia data de 1o. de maio de 1786, devem ser vistos como documentos históricos do Rito Escocês Antigo e Aceito, mas gerado pelos criadores do primeiro Supremo Conselho e com data posterior à que consta nos documentos, pois, vale repetir, se uma inovação tão grande quanto essa já ficara totalmente organizada, em 1786, na Europa, por que ela permaneceria oculta e ignorada até 1802, sendo necessário que os norte-americanos revelassem ao mundo a sua existência?
Na realidade, a América do Norte, nesse início de século XIX (1801), ainda era vista, pelos europeus, como uma terra de índios, selvagem e inóspita, já que o seu território ainda estava sendo conquistado e eram constantes os atritos bélicos com os índios. Para se ter uma idéia, o famoso massacre de Little Big Horne, quando o regimento comandado pelo general Custer foi dizimado por índios apaches, sioux, arrapahoes e outros, ocorreu já no último quartel desse século, em 1876. Aceitar uma novidade vinda desse Novo Mundo seria muito difícil para a Europa, com seus séculos de civilização; já partindo de um de seus mais importantes monarcas ela seria muito mais palatável. E foi o que ocorreu.
Mas a "lenda" de Frederico foi, durante muito tempo, levada a sério na Europa. Rémy Boyau cita o seguinte fato: a 21 de novembro de 1879 --- setenta e oito anos após a fundação do Supremo Conselho de Charleston --- em "Impressões de um Aprendiz", Georges Martin mostra-se indignado, num arroubo juvenil e até cômico:
"A origem da Franco-Maçonaria confunde-se com a época pré-histórica, enquanto que a Constituição que nos rege data de 1786, menos de um século atrás! Quem fez essa Constituição? Frederico II, rei da Prússia! Já que eu vos comunico minhas impressões, eu devo falar francamente. Pois bem, do mais profundo de meu coração de francês e de antigo soldado da defesa de 1870-1871, eu declaro que todo o meu ser fica revoltado perante a idéia de que, entrando na Franco-Maçonaria, eu sou submetido ao jugo de uma Constituição emanada do déspota Frederico II, rei da Prússia"!
O disparate maior, nessa arenga do autor, todavia, é o de que a origem da Maçonaria confunde-se com a época pré-histórica. Ele só é superado pelo de George Oliver, que, em "Antiquities of Freemasonry", afirma que a Maçonaria remonta à época da criação do mundo, pois é grande a semelhança entre os seus princípios e os da primitiva Constituição que regia o Paraíso terrestre! Se é que houve um "Paraíso", como Oliver teve conhecimento de sua "Constituição"? E para que precisaria, o Paraíso, de uma Constituição?
Embora o nome de Frederico esteja em rituais de Altos Graus, como o criador da Ordem, isso deve ser tomado como lenda --- como tantas outras da Maçonaria --- e não como fato histórico.
Ir. José Castellani
Notas
1. Ramsay nasceu em Ayr, Escócia, em 1686, e faleceu em Saint-Germain, França, em 1743. Embora tenha afirmado que era filho de um baronete escocês e reclamado o título quando foi recebido em Oxford, em 1730, na realidade, seu pai era um padeiro ; essa sua origem foi esclarecida num panfleto intitulado "La Ramsayade" , atribuido a Voltaire, mas não reconhecido por ele. O que o enobreceu foi o título de Chevalier de Saint Lazare (Cavaleiro de São Lázaro), que lhe foi concedido pelo regente da França.
Ele foi iniciado a 10 de março de 1730, na Loja Horn, no Palácio Hard de Westminster, da qual o duque de Richmond foi Venerável Mestre. Filho de pai calvinista, exerceu, entre outros preceptorados, o de Carlos Stuart (1724), filho de Jaime III, pretendente católico ao trono da Inglaterra, e acabaria se tornando discípulo, companheiro e apologista do prelado e escritor francês Fénelon e, em conseqüência, do catolicismo. Apesar disso, ingressaria na Royal Society, de Londres, e na Universidade de Oxford, o que mostra que, apesar de católico stuartista, ele mantinha ligações com o anglicanismo.
2. Frederico II, o Grande, filho de Frederico Guilherme I (o "Rei Sargento") da Prússia, nasceu em 1712 e subiu ao trono em 1740, revelando-se tanto hábil administrador quanto guerreiro e conquistador insaciável. Cético e, muitas vezes, sem escrúpulos, era um déspota esclarecido e não renunciava às prerrogativas do absolutismo, embora acatasse muitas das idéias dos enciclopedistas franceses. Tinha, por isso, como lema, a frase: "Tudo para o povo, mas sem o povo". Atraiu para a sua residência, em Sans-Souci, muitos sábios e filósofos --- como Voltaire, por exemplo --- e gostava de ser chamado de "rei filósofo".
Iniciado em Brunswick, a 15/8/1738, antes de assumir o trono, regressou à residência real no mesmo ano, criando uma Loja no castelo de Rheinsberg, secretamente, já que seu pai era contrário à Maçonaria, provavelmente devido à origem britânica desta. Em 1740, quando se tornou rei, era criada, sob sua proteção, a 13/9, a Loja Três Globos Terrestres, formada por artistas franceses que haviam sido chamados à Prússia. A 24/6/1744, ela era elevada a Grande Loja Real, com Frederico como Grão-Mestre. Faleceu a 17/8/1786, após passar seis meses praticamente inconsciente
Categoria Artigos (RSS), Historia (RSS)
Alta Venda Carbonária Universal
Postado Quinta-feira, Abril 12, 2007 as 7:51 PM pelo B:.Pr:. Mazzini
Grande Loja Carbonária do Brasil, Grande Loja Carbonária do Paraguay
Grande Loja Carbonária da Argentina, Grande Loja Carbonária de Portugal
Grande Loja Carbonária de Itália e Grande Loja Carbonaria de França
PO. Box, 120 - Curitiba-PR - CEP 80001-970
C O N C L A M A Ç Ã O
Estimados Bons Primos:
Salute e Fratellanza!
De parte do Ven.´. PM.´. La Roche, da R.´.V.´.C.´. Tito Livio Zambbecari, n.7, ao Nasc.´. de São Paulo, comunica e conclama à todos os Bons Primos de todos os Nasc.´., que aos 28 Sóis da Quarta Lua, do ano da graça de N.´. B.´.Pr.´. Jesus Cristo e de N.´. Prot.´. São Teobaldo, de 2007, às 14:00H, no Templo Harmonia e Concódia, sita à Rua dos Carbonários, n. 700, Castelo dos Carvoeiros situado na Floresta Negra, em Campo Magro-PR., fará realizar iniciação de quatro Pagãos, que desejam fazerem-se Carbonários, para a honra da Alta Venda Carbonária Universal e à G.´. do S.´.M.´.D.´.U.´.
A presente cunha, é fendida para convocar os braços de todos os Bons Primos e Boas Primas dos Bosques e Canteiros da Maçonaria Florestal, que deverão acudir o evento em referência, munidos de suas armas e seus competentes cartuchos.
Dado e traçado em algum lugar do Templo de Jerusalém, sob a copa de uma frondosa Árvore da Vida, aos 12 Sóis da Quarta Lua, do ano da graça de N.´. S.´. Jesus Cristo e de N.´. Prot.´. São Teobaldo, de 2007 - E.´.C.´.
Vantagem e Boa Vida à todos!
Triple Abbraccio.´.
Bom Primo GILBERTO PEREIRA DA SILVA, 33.´. M.´.C.´.I.´.
Ser.´. Grão Mestre da Grande Loja Carbonária do Brasil
Boa Prima ANGELA MARIA ANTUNES MACIEL BATTU, 33.´. M.´.C.´.I.´.
Ven.´. MM.´. da R.´.V.´.C.´. Anita Garibaldi, n. 3 - Nasc.´. de Campo Magro-Pr.
Gde.´. Chanceller e Gda.´. dos SSel.´.
Categoria A:.V:. Carbonaria (RSS)
Apontamentos sobre a História da Maçonaria
Postado Terça-feira, Abril 10, 2007 as 7:23 PM pelo B:.Pr:. Mazzini
A história da maçonaria portuguesa é um calvário sangrento. É a história de inúmeras vitimas, nas prisões nos cárceres, nas câmaras de tortura da inquisição, nos pelourinhos do povo e nas fogueiras dos numerosos autos-de-fé. Outros foram exilados nalguma ilha diabólica. Na base dum alvará do Grão-Mestre inglês Lord Weymouth, o matemático George Gordon, o autor da parte matemática do "Dictionarium Brittannicum de Bailey, escrito em 1730" introduzia a maçonaria em Portugal. Na instalação da primeira loja estiveram presentes numerosos oficiais da marinha inglesa. Em 1738 existiam em Lisboa duas lojas. Uma loja católica "A casa real dos maçons da Lusitânia " e uma loja protestante. A primeira reunia-se numa tasca dum Irlandês e era constituída principalmente por Irlandeses.
As informações que a inquisição recolheu de um dos compatriotas irlandeses, professor em teologia no colégio "Corpo Santo", Charles O'Kelley, um dominicano, davam uma imagem favorável. Mesmo assim todos os membros foram citados, entre eles também três frades da ordem de São Domingos. A inquisição ficou satisfeita com as declarações e voltou a sua atenção para a loja protestante. Cinco anos depois surgiram na maçonaria as primeiras testemunhas de sangue. Um frade dominicano, fanático provençal, descobridor dos heréticos, Bonnet de Meautry, que se chamou si mesmo "o carniceiro de Notre Seigneur" denunciou 17 franco maçons junto do Grão lnquisidor Dom Pedro de Silveira por causa de "conspiração e heresia" e exigiu energicamente o castigo dos "Pedreiros livres", homens cheios de ideias loucas sobre a religião.
O Rei João V consentiu numa perseguição e promulgou, sem consentimento das Cortes, um decreto retroactivo segundo o qual cada maçon foi condenado á morte sem possibilidade de apelação. A 8 de Marco de 1743 a loja Virtude em Lisboa foi assaltada. Os três membros presentes, Damião de Andrade e Manuel de Revelhos, ambos aristocratas e o irmão de serviço Christoph Diego, sofreram torturas mortais. Não indicaram nomes dos outros maçons mas, por uma denuncia duma mulher, a policia conseguiu encontrar três e detê-los. Foram os joalheiros franceses Jean Thomas Braslé e Jacques Mouton e o lapidário de diamantes e joalheiro de camafeus suíço Johann Coustos de Berna que participavam na instalação duma loja. Gravemente maltratados e torturados no palácio da inquisição, durante um período de três meses, sem que qualquer segredo tivesse sido revelado.
No mesmo dia Coustos e os seus irmãos foram por meio dum desfile publico levados para um auto-de-fé na igreja do São Domingos, vestidos numa mortalha, porque essa foi a maneira como eles foram executados, para lá de ouvir em presença do rei, o nuncio do papa e o ministro plenipotenciário de Castela o castigo: quatro anos de cárcere e excomunhão para o protestante suíço e cinco anos de deportação para os outros. A tortura do Braslé teve como consequência a sua morte. Em 1744 Coustos foi libertado por iniciativa do ministro plenipotenciário inglês Lord Crompton, depois da intervenção do Grão-Mestre inglês Lord Harrington e com Mouton trazido para um navio holandês "O Damietta" e depois levado para Portsmouth e Londres. Dois outros maçons morreram na fogueira depois de auto-de-fé. Um deles foi o advogado judaico Dr. Jorge da Silva. Durante o reinado do D. José I ( 1850 -1877) Sebastião Carvalho e Melo foi ministro plenipotenciário na corte de Viena, mais tarde Marques de Pombal e primeiro ministro de Portugal. Iniciado em 1744 numa loja em Londres pelo Grão-Mestre inglês Frederico de Gales, assistiu repetidas vezes às reuniões da loja "Para os três canhões" em Viena. As reformas progressivas (criando novos ramos de indústria e portos, um sistema de canalização grandiosa, uma constituição liberal, um edito de tolerância, a eliminação da inquisição, da tortura e das classes privilegiadas) foram uma bênção sob todos os aspectos para o paupérrimo país, próximo da banca rota, e culturalmente arruinado. Pombal protegeu a reanimação da maçonaria. Em Portugal e nas colónias surgiram lojas que fundaram grandes bibliotecas e importantes serviços de assistência social para a população. Durante o trabalho de salvamento por ocasião do terramoto lisboeta em 1755 os maçons mereceram o agradecimento da nação pela sua assistência abnegada.
A subida ao trono em 1777 da rainha clerical Maria I, que colaborou de novo com os fidalgos e o clero e chamou os jesuítas expulsos em 1769, punha cobro à obra do Pombal. A rainha renovou a lei anti-maçónica do seu avô. Muitos irmãos eminentes tiveram que fugir. Em 1788 teve lugar outro auto-de-fé. A revolução francesa foi mais um motivo para conflitos violentos. O governador de Madeira teve, em 1792, ordem para deter todos os maçons na ilha. Avisados pela mulher dele, conseguiram que o capitão dum navio inglês, Walter Ferguson, aceitasse transportar 64 irmãos, com suas famílias, no seu navio com dois conveses "Good Hope" de Funchal para América. Na barra no porto de Nova Iorque uma das velas ostentou símbolos maçónicos e as palavras "Asylum querimos". Em consequência disso a Grande Loja da Pensilvania convidou os refugiados para Filadélfia. Uma fragata da frota da União levou os mártires para Delaware River. Washington saudou-os em nome dos Estados Unidos e declarou-os como cidadãos americanos.
Em Portugal formaram-se, apesar de todas as perseguições, mais lojas. Durante longo espaço reuniram-se nos navios ancorados nos portos portugueses. Famosa foi a fragata "Fenix". Um navio de posto inglês onde tiveram lugar reuniões todas as sextas-feiras. Participaram capitães dos navios ingleses, oficiais ingleses e portugueses e monarquistas refugiadas de França. Às vezes estavam 140 irmãos presentes na "Loja da marinha real Fénix". Esta loja foi a loja mãe da loja maçónica lisboeta "Regeneração" donde resultaram mais cinco lojas maçónicas. A coesão dentro das lojas singulares em Lisboa, Coimbra, Porto, etc., foi assegurado por um grupo de seis pessoas "A comissão do expediente". 0 governo requereu em vão ao ministro plenipotenciário inglês, Sir John Partridge que mandasse regressar o navio de posto a Inglaterra. Mais severo foi o chefe da polícia, o Intendente Pina Manique. Num memorando dirigido ao príncipe regente D. João, filho da rainha que sofria de demência espiritual, declarou que um espião da policia, sob juramento, viu por um buraco que aquela "canalha amaldiçoada" pisara uma gravura do Salvador e que o crucificado derramou sangue sob suspiros lastimáveis. Mais uma vez os maçons foram postos sob pena de morte. Muitos maçons desapareceram nos cárceres para sempre. A despeito disso existiram numerosos exemplos de confissões de fidelidade heróica. Em 1798, 200 maçons juraram aceitar torturas terríveis antes de renunciar à arte real. As diferenças que existiram entre os maçons lisboetas e portuenses foram apaziguadas solenemente em 1802 numa reunião com 200 participantes dirigida por Abbé Monteiro no palácio de Gomes Freire d'Andrade. Cerca de 1802 estabelece-se a primeira Grande Loja. Um conselheiro do supremo tribunal, Sebastião Sampaio Castro, foi eleito o primeiro Grão-Mestre de Portugal. Don Hipólito José da Costa viajou para Inglaterra para concluir um pacto de amizade com a Grande Loja da Inglaterra. Este pacto foi celebrado. As perseguições pioraram.
As tropas franceses que em 1807 entraram em Portugal, comandadas pelo general Junot encontraram nove esqueletos atados de homens aparentemente maçons num calabouço subterrâneo. A época dos franceses mostrou-se primeiramente favorável para a maçonaria, mas em 1808 a Grande Loja teve problemas por motivos nacionalistas, porque ter sido forçada a pendurar em todos os templos maçónicos o imagem de Napoleão e por não condescender com o desejo do General Junot em aceitar um Grão-Mestre da sua graça. Sampaio foi reeleito em 1808. Mais duas vezes os franceses regressaram (uma vez sob Soult e depois sob Massena) ambos as vezes a actividade maçónica renasceu e de cada vez surgiu depois o antagonismo e até a luta. Em 1809 um desfile publico dos maçons das forças armadas inglesas com bandeiras e emblemas despertou de novo a atenção da inquisição. Nos anos seguintes foram deportados para os Açores 30 maçons da capital.
Entretanto a Grande Loja liderada desde 1809 por Fernando Romão d'Ataíde Freire continuou a trabalhar em segredo no mosteiro São Vicente de Fora com 13 lojas, das quais foram membros muitos oficiais e funcionários públicos liberais. O seu sucessor, o General Gomes Freire d'Andrade, um oficial e grande simpatizante da causa nacional, foi, depois de ser denunciado, enforcado em 1817 por ordem do então comandante em Portugal, o brigadeiro inglês Beresford, com onze irmãos que como o Grão-Mestre não se submeteram ao domínio estrangeiro, sendo partidários da monarquia constitucional e defensores da mudança. Um dia antes da execução um coronel inglês visitou o Grão-Mestre na cadeia e ofereceu-lhe como irmão a oportunidade para a fuga. Gomes recusou a oportunidade. Em 1853 foi erguido um monumento no sitio onde morreu.
Em 1818 D. João VI do Brasil declarou por sua vez a actividade maçónica um crime punido com a pena de morte. Durante os três anos da monarquia constitucional reinou mais uma vez a liberdade. O conselheiro do estado, Isão da Cunha Souto Mayor, actuou como Grão-Mestre. Depois da contra-revolução de 1823 apareceu logo a seguir um édito novo do D. João VI que condenava a actividade maçónica com o exílio de cinco anos em Africa. No ano seguinte o usurpador Dom Miguel de Bragança decretou uma portaria que acabou com as palavras "Viva o rei, Viva a religião católica-romana. Morte e ruína á raça malvada dos maçons". Uma pastoral do cardeal Sousa, arcebispo de Lisboa, foi motivo para o assassínio, pela plebe, de 17 maçons estando entre eles o Marques de Loulé. " Deve ser derramado em massa o sangue dos portugueses como antigamente o sangue dos judeus porque o infante jurou não embainhar a espada antes de resolver a situação com os maçons. Estou sequioso de banhar as minhas mãos de sangue", pregou o padre João Moriano. Seguindo a ordem do Grão-Mestre as lojas foram fechadas. Nesse período a actividade ficou limitada à Ilha Terceira . Mas quando depois da capitulação de D. Miguel em 1834, a jovem rainha legítima, Maria II, tomou o leme, a maçonaria espalhou-se novamente. lnfelizmente estabeleceu-se no seio dos maçons, que regressaram depois de longa emigração, várias interpretações e ritos, e também conforme a índole portuguesa defenderam com energia linhas políticas diferentes nas suas lojas. Existiam muitas divergências de opiniões. Por conseguinte não nasceu então uma maçonaria homogénea.
Durante um período existiram quatro Grandes-Lojas / Grandes Orientes e também uma Loja Provincial Irlandêsa que trabalharam com rituais inglês, escocês, irlandês e francês. Durante um século foram fundadas lojas, foram fundidas outras entre si, para mais tarde se separarem ou até se extinguirem.
(traduzido da Enciclopédia Internacional de Maçonaria por um M:. M:. da R:. L:. Alengarbe).
Categoria Artigos (RSS), Historia (RSS)
Pascoa - a Fraude
Postado Quinta-feira, Abril 05, 2007 as 12:36 PM pelo B:.Pr:. Luigi
- Papai, o que é Páscoa?
- Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!
- Igual ao Natal?
- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.
- Ressurreição?
- É, ressurreição. Marta, vem cá!
- Sim?
- Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.
- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?
- Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?
- O que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!
- Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?
- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.
- O Espírito Santo também é Deus?
- É sim.
- E Minas Gerais?
- Sacrilégio!!!
- É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?
- Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!
- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?
- Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.
- Coelho bota ovo?
- Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais !
- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?
- Era... era melhor,sim... ou então urubu.
- Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia ele morreu?
- Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.
- Que dia e que mês?
- (???) Sabe que eu nunca pensei nisso ? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.
- Um dia depois!
- Não, três dias depois.
- Então morreu na Quarta-feira.
- Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois! Como? Pergunte à sua professora de catecismo!
- Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?
- É que hoje é Sábado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.
- O Judas traiu Jesus no Sábado
- Claro que não! Se Jesus morreu na Sexta!!!
- Então por que eles não malham o Judas no dia certo?
- Ui...
- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?
- Cristo. Jesus Cristo.
- Só?
- Que eu saiba sim, por quê?
- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?
- Ai coitada!
- Coitada de quem?
- Da sua professora de catecismo!
Memorando circulando em uma grande Empresa
Postado Terça-feira, Abril 03, 2007 as 4:51 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
De: Presidente
Para: Diretor
Na próxima segunda-feira, aproximadamente às 20:00 horas, o cometa Halley
passará por aqui. Trata-se de um evento que ocorre somente a cada 76 anos.
Assim, peço que os funcionários sejam reunidos no pátio da fábrica, todos
usando capacetes de segurança, para que eu possa explicar o fenômeno a eles.
Se estiver chovendo, não poderemos ver o raro espetáculo a olho nú, e todos
deverão se dirigir ao refeitório onde será exibido um filme documentário sobre o cometa Halley.
De: Diretor
Para: Gerentes
Por ordem do Presidente, na sexta-feira às 20:00 horas, o cometa Halley vai
aparecer sobre a fábrica. Se chover, os funcionários deverão ser reunidos, todos com capacete de segurança, e encaminhados ao refeitório, onde o raro fenômeno aparecerá, o que acontece a cada 76 anos a olho nú.
De: Gerentes
Para: Chefe de Produção
A convite do nosso querido Diretor, o cientista Halley de 76 anos, vai
aparecer nú no refeitório da fabrica, usando capacete, pois vai ser
apresentado um filme sobre o problema da chuva na segurança.
O diretor levará a demonstração para o pátio da fábrica.
De: Chefe de Producao
Para: Supervisor de Turnos
Na sexta-feira às 20:00 horas, o Diretor, pela primeira vez em 76 anos, vai
aparecer nú no refeitório da fábrica, para filmar o Halley, o cientista famoso e sua equipe.
Todo mundo deverá estar de capacete, pois vai ser apresentado um show sobre
a segurança na chuva.
O Diretor levará a banda para o pátio da fábrica.
De: Supervisor de Turnos
Para: Funcionários
Todo mundo nú, sem exceção, deve estar no pátio da fábrica, na próxima sexta-feira, às 20:00 horas, pois omanda-chuva (Presidente) e o Sr. Haley, guitarrista famoso, estarão para mostrar o raro filme "Dançando na Chuva".Todo mundo no refeitório de capacete, o show será lá, o que ocorre a cada 76anos.
Aviso para todos:
Na sexta-feira, o chefe da diretoria vai fazer 76 anos e liberou geral
para a festa às 20:00h no refeitório. Vão estar lá, pagos pelo
manda-chuva, a banda "Bill Halley e seus Cometas".Todo mundo nú e de
capacete, pois a banda é muito louca e o rock vai rolar solto, mesmo com
chuva.
Motivação
Postado Terça-feira, Abril 03, 2007 as 11:04 AM pelo B:.Pr:. Luigi
Todos os dias, a formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. Era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E admitiu uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. Logo a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas. O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo a formiga, produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões! O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico dasituação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : "Há muita gente nesta empresa".
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida.
E o Sapo Besta Barbuda Continua com o Sorriso de Quem se Acha Inteligente...
Postado Terça-feira, Abril 03, 2007 as 10:55 AM pelo B:.Pr:. Luigi
O governo dos Estados Unidos acusou 63 de seus parceiros comerciais, entre eles o Brasil, de impor barreiras "injustas" a produtos de exportação americanos.
Um relatório anual apresentado na segunda-feira pela representante de comércio americana, Susan Schwab, afirma que as tarifas impostas individualmente pelo Brasil e a TEC (Tarifa Externa Comum) do Mercosul estão prejudicando a exportação de produtos agrícolas, bebidas destiladas e artigos de informática e telecomunicações.
"O Brasil aplica tarifas adicionais que poderão dobrar o custo de importações no país", diz o documento. "Altas tarifas para equipamentos e peças de informática, além de altos impostos, levaram à criação de um enorme mercado negro de computadores."
Segundo o relatório, o déficit comercial dos Estados Unidos com o Brasil foi de US$ 7,2 bilhões em 2006 - uma queda de US$ 1,9 bilhão em relação ao ano anterior. O Brasil representa o 13º maior mercado de exportações para os Estados Unidos.
Avanços
O documento diz que a pirataria continua sendo "um problema grave" no Brasil, mas reconhece que as autoridades brasileiras têm conseguido avançar no combate ao problema.
O mesmo reconhecimento partiu da própria Susan Schwab em janeiro, durante um encontro da Oraganização Mundial do Comércio (OMC), quando ela chegou a listar o Brasil como um dos países em que mais ocorrem violações de propriedade intelectual, junto com a China e a Rússia.
Por esse motivo, o documento divulgado na segunda-feira coloca a China como prioridade na lista de áreas em que o governo americano quer se concentrar para conseguir a redução das barreiras comerciais.
O relatório lembra que se o governo chinês falhar em combater a pirataria, os Estados Unidos podem abrir um processo formal contra o país junto à OMC.
Segundo o documento, o controle "inadequado" da China nessa frente afeta uma ampla gama de produtos, que inclui filmes, música, softwares, medicamentos, entre outros.
A China também é criticada quanto a subsídios. O relatório afirma que o país aparentemente usa subsídios "proibidos" que prejudicam pequenos e médios fabricantes americanos.
O estudo conclui que, em 2007, o governo americano vai continuar tentando "vigorosamente" encontrar uma solução para estes impasses.
O relatório é preparado anualmente há mais de 20 anos, e é uma maneira de informar o Congresso americano sobre suas prioridades na área de comércio exterior.
Incompetência no auge
Postado Terça-feira, Abril 03, 2007 as 9:43 AM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Por Fernando Rodrigues
A incompetência administrativa de Lula para solucionar a crise de seis meses do setor aéreo chegou ao seu zênite nos últimos três dias. O Brasil lulista emergiu à perfeição, sem disfarces. O presidente e os ministros talvez não tivessem condições de reagir com rapidez em outubro passado, em pleno processo eleitoral. Lula não sabia se ficaria mais quatro anos no Planalto. Já em novembro e dezembro houve tempo suficiente para notar quais eram os problemas a serem atacados. O que o presidente fez de prático? Nada.
Os relatos agora indicam uma ação direta de Lula para impedir a demissão e a prisão dos controladores de vôo amotinados. O governo cedeu. Não haveria como substituí-los. Lula "teve bom senso", interpretaram os "spin doctors" palacianos. Deveriam completar: a atitude de rendição veio depois de o presidente passar meses em seu já conhecido estado de catatonia quando demandado a tomar uma decisão técnica e complexa.
Não é crível a impossibilidade de contratar 200 novos controladores de vôo em alguns meses para montar uma equipe de reserva técnica no país. Não é possível que a 10ª economia do planeta não tenha dinheiro para pagar, vá lá, US$ 10 mil por mês a esses controladores a serem recrutados, se não no Brasil, nos países vizinhos ou na América do Norte e na Europa.
Não ocorreu à equipe jeca-tatu, de pensamento insular e majoritariamente monoglota que habita a Casa Civil, Planejamento e adjacências, sugerir algo desse porte ao presidente. Esvaíram-se em conchavos para garantir suas cadeiras e outras para a companheirada petista na Esplanada.
E Lula? Esse é um fenômeno de comunicação. Ontem começaria a veicular a campanha de TV para enaltecer o PAC. Custo: R$ 7,8 milhões. O PAC não existe. E daí? Imagem, Lula sabe, é tudo.
Rito da Floresta
Postado Segunda-feira, Abril 02, 2007 as 3:21 PM pelo B:.Pr:. Mazzini
"E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida, bem como a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal". (GÊNESIS 2.9)
A madeira é o símbolo do inicio da vida, de uma árvore Eva colheu a maçã e por isso desceu do paraíso para colonizar a terra, a relação entre a madeira e o homem é antiga, escrita em várias passagens do velho testamento, de madeira de acácia foi construída a Arca da Aliança que serviu de depósito para as tábuas da lei, desde os primórdios da raça humana a madeira teve um papel essencial para a sobrevivência do homem, como instrumento de moradia deu abrigo ao corpo e alimento ao espírito, serviu de lenha a fogueira e de telhado.
Ao confrontarmos esta realidade percebemos dois lados distintos de um mesmo material, o lado da vida e o lado da morte, ao lado da vida a madeira é o instrumento que impulsionou o progresso da humanidade, servindo de templo a deus e de refúgio aos homens. Ao lado da morte, confrontamos a morte da madeira onde ela incendeia e vira cinzas sacrificando assim o seu corpo para nos alimentar com o calor produzido pela sua queima, na verdade ela apenas sofre uma metamorfose, transformando a sua forma, mas mantendo o seu espírito, pois uma vez queimada ela vira cinzas e volta para a terra de encontro ao seu criador de onde um dia brotou.
"...Porque há esperança para a árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos..." (JÓ 14.7)
Ao lançar uma semente ao solo o homem espera o nascer de uma planta e enxerga apenas mais uma árvore ao longo do campo, mas nós não somos apenas homens meus caros Primos Fendedores, nós somos iniciados nos mistérios da natureza e vimos à luz do mundo proveniente do Grande Arquiteto do Universo, para nós o sentido da semente deve ser mais amplo, pois podemos nos comparar a uma semente lançada ao solo, ao semear o solo em uma mesma cova, várias sementes são lançadas com a esperança que uma delas nasça e vire uma bela árvore, não muito diferente do nosso inicio da vida onde dentro do útero milhares de espermatozóides nadam ao atingir o óvulo a ser fecundado, a árvore ao ser germinada recebe o sopro da vida assim como nós ao sermos criados recebemos nossa alma e o sopro do GADU que nos ilumina e nos cede um pouco da sua luz para que caminhemos sobre a terra, o crescer de uma planta se assemelha ao nosso crescimento onde temos que lutar para sobreviver a cada dia, ambos precisamos de água e tememos sucumbir durante a vida, ambos fazemos grandes esforços para que os nossos frutos sejam férteis e úteis e que maior satisfação para nós do que saber que os nossos frutos alimentaram alguém e o fizeram crescer e se tornar feliz, todos nós lutamos a cada dia para subir mais um degrau na escada de Jacó assim como a árvore traça o seu caminho vertical, na velhice nos contentamos em fazer uma boa sombra para os que estiverem a nossa volta e ao deixar este mundo partimos felizes por ter deixado um legado de felicidade onde muitos se lembraram de nós pelos frutos que deixamos ou por nossa majestosa presença.
"...O fruto do justo é árvore de vida; e o que ganha almas sábio é..." (PROVÉRBIOS 11.30)
A potencia natural da árvore e da madeira está descrita através dos tempos, serviu de cruz para Jesus, de combustível para a fogueira onde aqueceu muitos povos, mas também consumiu muita carne, como na dualidade da vida o homem também pode percorrer dois caminhos o da madeira usada para construir e aquecer e aquele usado para destruir, assim como a dualidade da vida a árvore que já viu enforcarem muitos em seus galhos serviu de casa e lar.
"... Inseparável do fogo, portanto da luz, a sombra. A sombra da árvore que, gira em torno de si forneceu o primeiro relógio solar, o primeiro quadrante solar...".
O bastão é de fato o princípio das ferramentas de trabalho é a mola impulsionadora da arte do trabalho serviu como primeiro elemento de manejo, originado a partir deste as ferramentas que seriam usadas no manejo da madeira e mais tarde da pedra, serviu também de símbolo de poder.
O Ritual da Floresta teve seu surgimento associado às confrarias de fendedores (lenhadores), que dedicavam a vida ao culto da madeira e a alquimia que consistia na transformação da matéria viva em objetos de serventia ao homem. A sua técnica e a transmissão de seus segredos de ofício foram incorporados aos rituais que permitiam que o bom fendedor realizasse o trabalho com maestria e seguindo as leis naturais.
Com o Ritual da Floresta os fendedores buscavam o seu caminho até Deus usando como base de ensinamento as suas técnicas copiadas do seio da floresta e assim associadas à presença do criador, extraindo o caminho moral a partir de seus instrumentos de ofício.
Este rito era praticado nas grandes florestas da França, Suíça, Noruega, Alemanha e Áustria, o ritual tem sua fonte provável nos Carpinteiros anteriores, os mais antigos, com grande influência cristã, sendo essencial a todos os carpinteiros de todas as especialidades e os Bons Primos Fendedores.
A natureza nos traduziu grande parte de nossos rituais e da nossa cultura ela ensina o modo de ser e de agir, podemos colher dentro de uma floresta milhares de ensinamentos ao observarmos um único ramo de um galho, como disse Hermes o Trimegisto "tudo que está em cima, está em baixo" ou seja, a terra é um espelho do céu e os ensinamentos de Deus podem ser notados ao observarmos a harmonia de uma floresta. No seio da floresta muitos ritos e rituais nasceram os chamados pagãos tentavam encontrar Deus através da natureza e muitos por isso foram condenados por praticas de bruxaria, porem muitos foram respeitados e hoje sabemos que foram percussores da atual maçonaria, os Druidas, por exemplo, eram magos da virtude e os seus rituais aconteciam dentro das florestas associando o homem ao poder da natureza e construindo assim o saber básico da formação da vida.
P. - Quantas madeiras um irmão deve conhecer?
R. - Quatro.
P. - Quais são elas?
R - O carvalho, o ulmeiro, a espinheira e o cedro.
P. - Dê-me uma explicação.
R. - O ulmeiro é a madeira que serviu para fazer o ataúde de nosso senhor, o carvalho a cruz onde ele expirou, a espinheira a coroa que lhe foi colocada o cedro onde Judas se enforcou.
Muito antes dos pedreiros livres terem surgido, os madeireiros livres já existiam, as confrarias de madeira são muito anteriores as de pedra, muitos dos rituais hoje existentes foram extraídos destas confrarias que já existiam há séculos, Hiran Abiff ao ser convidado a participar da construção do tempo de Salomão já trouxe consigo todo o conhecimento necessário para trabalhar na madeira, pois seu pai prevendo que o filho seria um grande mestre construtor e necessitaria deste conhecimento já o havia introduzido na confraria dos "Bons Primos Fendedores" onde este aprendeu e desenvolveu a sua técnica de construção, trabalhando nas florestas do Líbano tanto na sua confraria como em obras de destaque, razão pela qual sua fama cresceu e seu nome foi especialmente escolhido por Hiram Rei de Tiro para tomar parte nos trabalhos de construção no Templo de Jerusalém.
"...A natureza é um Templo onde pilares vivos às vezes deixam escapar confusas palavras, o homem passa por florestas de símbolos que observam com olhares familiares..."
João disse: (O Senhor) "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento... ...E já está posto o machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo... ...Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo... ... ele queimará a palha em fogo inextinguível." (Mateus 3.8, 3.10, 3.11 e 3.12)
"...Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor... ...Porque é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto..." (JEREMIAS 17.7 e 17.8)
"...No monte alto de Israel o plantarei; e produzirá ramos, e dará fruto, e se fará um cedro excelente. Habitarão debaixo dele aves de toda a sorte; à sombra dos seus ramos habitarão... ...Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o Senhor, abati a árvore alta, elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde, e fiz reverdecer a árvore seca; eu, o Senhor, o disse, e o farei..." (EZEQUIEL 17.23 e 17.24)
Como vimos à madeira a árvore e a vida estão intimamente ligadas o elo fundamental que transmite a força entre os seres, o raio de luz vindo do supremo árbitro dos mundos é uno e estável e age de forma a transmutar a matéria inerte em força de vida, ela une o homem à natureza e cria laços inseparáveis numa relação de harmonia com a base da vida. Estas poucas palavras apenas serviram para que os Primos possam ter uma idéia dos Sagrados Rituais das Florestas, e de sua relação com o homem e com a maçonaria. A verdade é um pelicano de asas abertas à espera do abraço acolhedor da busca do conhecimento, este texto não encerra o assunto nem é absoluto em pensamento, ele apenas abre as portas do conhecimento para que cada um possa iniciar a sua busca pelo conhecimento gravado no seio da natureza.
"Aquele que escuta a voz do vento e se cala diante do carvalho, ganha a sabedoria das coisas que inertes transmitem mais palavras do que um orador eufórico"
BIBLIOGRAFIA
Os Sagrados Rituais Maçônicos das Florestas, Príncipe Asklépius D'Sparta. Ed Madras, São Paulo, 1998.
Biblia Sagrada