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Carta aberta para Renato Aragão, o nosso Didi.
Postado Segunda-feira, Agosto 27, 2007 as 8:27 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Quinta, 23 de agosto de 2007.
Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências).
Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.
Não foi por "algum" motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre
esses motivos). Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Estudei na escola da zona rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos! Sem falar dos impostos embutidos em cada alimento, em cada produto que preciso comprar para minha família.
Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais. O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não tem a educação como prioridade. O dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal. Para você ter uma idéia, na minha cidade, cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)!
O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda?
Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada ao Presidente da República. Ele é "o cara". Ele tem a chave do cofre. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ele faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
No último parágrafo da sua carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da "minha" doação, que a "minha" doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, mande uma carta para o Presidente pedindo para ele selecionar melhor os professores. Só escolher quem de fato tem vocação para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para ele, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para ele priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando...
Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal educada: vou rasgá-la antes de abrir.
Landmarks
Postado Quarta-feira, Julho 25, 2007 as 7:35 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
A primeira vez em que se fez menção à palavra Landmark em Maçonaria foi nos Regulamentos Gerais compilados em 1720 por George Payne, durante o seu segundo mandato como Grão-Mestre da Grande Loja de Londres, e adoados em 1721, como lei orgânica e terceira parte integrande das Constituições dos Maçons Livres, a conhecida Constituição de Anderson, que, em sua prescrição 39, assim, estabelecia:
"XXXIX - Cada Grande Loja anual tem inerente poder e autoridade para modificar este Regulamento ou redigir um novo em benefício desta Fraternidade, contanto que sejam mantidos invariáveis os antigos Landmarks..."
Os Landmarks, que podem ser considerados "constituição maçônica não escrita", longe de ser uma questão pacífica, se constituem numa das mais controvertidas demandas da Maçonaria, um problema de difícil solução para a Maçonaria Especulativa. Há grandes divergências entre os estudiosos e pesquisadores maçônicos acerca das definições e nomenclatura dos Landmarks. Existem várias e várias classificações de Landmarks, cada uma com um número variado deles, que vai de 3 até 54.
Virgilio A. Lasca, em "Princípios Fundamentales de la Orden e los Verdaderos Landmarks", citado por Nicola Aslan em "Landmarques e Outros Problemas Maçônicos", dá a seguinte relação de compilações de "Landmarks":
3, para Alexander S. Bacon e Chetwode Crawley;
6, para a Grande Loja de Nova York, que toma por base os capítulos em que se dividem as Constituições de Anderson;
7, para Roscoe Pound, a Grande Loja da Virgínia e o cubano Carlos F. Betancourt;
9, para J. G. Findel;
10, para a Grande Loja de Nova Jersey;
12, para A. S. Mac Bride;
15, para John W. simons e para a Grande Loja de Tennessee;
17, para Robert Morris;
19, para Luke A. Lockwood e a Grande Loja de Connecticut;
20, para a Grande Loja Ocidental de Colômbia, com sede em Cali;
25, para Albert Galletin Mackey e Chalmers I. Paton e ainda a Grande Loja de Massachussets, a qual, embora só admitindo 8 Landmarks, estes são iguais àqueles enunciados por Mackey;
26, para a Grande Loja de Minnesota;
29, para Henrique Lecerff;
31, para o Dr. Oliver;
54, para H. G. Grant e para a Grande Loja de Kentucky.
As Potências Maçônicas latino-americanas, via de regra, adotam a classificação de vinte e cinco Landmarks compilada por ALBERT GALLETIN MACKEY.
Os Landmarks de Albert Galletin Mackey
I - Os processos de reconhecimento são os mais legítimos e inquestionáveis de todos os Landmarks. Não admitem mudança de qualquer espécie; desde que isso se deu, funestas conseqüências posteriores vieram demonstrar o erro cometido.
II - A divisão da Maçonaria Simbólica em três graus - Aprendiz, Companheiro e Mestre - é um Landmark que, mais que qualquer outro, tem sido preservado de alterações apesar dos esforços feitos pelo daninho espírito inovador.
III - A lenda do terceiro grau é um Landmark importante, cuja integridade tem sido respeitada. Nenhum rito existe na Maçonaria, em qualquer país ou em qualquer idioma, em que não sejam expostos os elementos essenciais dessa lenda. As fórmulas escritas podem variar, e na verdade variam; a lenda do Construtor do Templo de Salomão, porém, permanece em essência. Qualquer rito que a excluir ou a altere substancialmente, deixará de ser um Rito Maçônico.
IV - O Governo da Fraternidade por um Oficial que é seu presidente, denominado Grão-Mestre, eleito pelo povo maçônico, é o quarto Landmark da Ordem Maçônica. Muitos pensam que a eleição do Grão-Mestre se pratica por ser estabelecida em lei ou regulamento, mas nos anais da Instituição, escontram-se Grão-Mestres muito antes de existirem Grandes Lojas, e se todos os Regulamentos e Constituições fosse abolidos, sempre seria mister a existência de um Grão-Mestre.
V - A prerrogativa do Grão-Mestre de presidir todas as reuniões maçônicas, feitas onde e quando se fizerem, é o quinto Landmark. É em virtude dessa lei, de antiga usança e tradição, que o Grão-Mestre ocupa o Trono e preside todas as sessões da Grande Loja, assim como quando se ache presente à sessão de qualquer Loja subordinada à autoridade maçônica de sua obediência.
VI - A prerrogativa do Grão-Mestre de conceder licença para conferir graus em tempos anormais, é outro importantíssimo Landmark. Os estatutos e leis maçônicas exigem prazos, que devem transcorrer entre a proposta e a recepção do candidato, porém o Grão-Mestre tem o direito de dispensar esta ou qualquer exigência, e permitir a Iniciação, a Elevação ou Exaltação imediata.
VII - A prerrogativa que tem o Grão-Mestre de dar autorização para fundar e manter Lojas, é outro importante Landmark. Em virtude dele, o Grão-Mestre pode conceder a um número suficiente de Mestres-Maçons o privilégio de se eunir e conferir graus. As Lojas assim constituídas chamam-se "Lojas Licenciadas". Criadas pelo Grão-Mestre só existem enquanto ele não resolva o contrário, podendo ser dissolvidas por ato seu. Podem viver um dia, um mês ou seis. Qualquer que seja, porém, o prazo de sua existência, exclusivamente ao Grão-Mestre a deve.
VIII - A prerrogativa do Grão-Mestre de criar Maçons por sua deliberação é outro Landmark importante. O Grão-Mestre convoca em seu auxílio seis outros Mestres-Maçons, pelo menos, forma uma Loja e sem uma forma prévia confere os graus aos candidatos, findo o que, dissolve a Loja e despede os Irmãos. As Lojas asssim convocadas por este meio são chamadas "Lojas de Emergência" ou "Lojas Ocasionais".
IX - A necessidade de se congregarem os Maçons em Lojas é outro Landmark. Os Landmarks da Ordem prescrevem sempre que os Maçons deveriam congregar-se com o fim de entregar-se a tarefas operativas e que às suas reuniões fosse dado o nome de "Lojas". Antigamente, eram estas reuniões extemporâneas, convocadas para assuntos especiais e logo dissolvidas, separando-se os Irmãos para de novo se reunirem em outros pontos e em outras épocas, conforme as necessidades e as circunstâncias exigissem. Cartas Constitutivas, Regulamentos Internos, Lojas e Oficinas permanentes e contribuições anuais são inovações puramente moderna de um período relativamente recente.
X - O Governo da Fraternidade, quando congregada em Loja, por um Venerável e dois Vigilantes é um outro Landmark. Qualquer reunião de Maçons congregados sob qualquer outra direção, como, por exemplo, um presidente e dois vice-presidentes, não seria reconhecida como Loja. A presença de um Venerável e dois Vigilantes é tão essencial para a validade e legalidade de uma Loja que, no dia de sua consagração, é considerada como uma Carta Constitutiva.
XI - A necessidade de estar uma Loja a coberto, quando reunida, é outro importante Landmark que não deve ser descurado. O cargo de Guarda do Templo, que vela para que o local da reunião seja absolutamente vedado à intromissão de profanos, independe, pois, de qualquer Regulamento ou Constituição.
XII - O direito representativo de cada Irmão nas reuniões da Fraternidade, é outro Landmark. Nas reuniões gerais, outrora chamadas "Assembléias Gerais", todos os Irmãos, mesmo os Aprendizes, tinham o direito de tomar parte. Nas Grandes Lojas, hoje, só tem direito de assistência os Veneráveis e Vigilantes, na qualidade, porém, de representantes de todos os Irmãos das Lojas. Antigamente, cada Irmão se auto-representava. Hoje são representados pelas Luzes de sua Loja. Nem por motivo dessa concessão, feita em 1817, deixa de existir o direito de representação firmado por este Landmark.
XIII - O direito de recurso de cada Maçon das decisões de sua Loja para a Grande Loja, ou Assembléia Geral dos Irmãos, é um Landmark essencial para a preservação da Justiça e para previnir a opressão.
XIV - O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja é um inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado "Direito de Visitação", reconhecido e votado universalmente a todos os Irmãos que viajam pelo orbe terrestre. É a conseqüência do modo de encarar as Lojas como meras divisões da família maçônica.
XV - Nenhum Irmão desconhecido dos Irmãos da Loja pode a ela ter acesso como visitante sem que primeiro seja examinado, conforme os antigos costumes, e como tal reconhecido. Este exame somente pode ser dispensado se o Irmão visitante for conhecido por algum Irmão da Loja, o qual por ele será responsável.
XVI - Nenhuma Loja pode intrometer-se em assunto que diga respeito a outra, nem conferir graus a Irmãos de outros Quadros.
XVII - Todo Maçom está sujeito às leis e aos regulamentos da jurisdição maçônica em que residir, mesmo não sendo, aí, obreiro de qualquer Loja.
A inafiliação constitui, por si própria, uma falta maçônica.
XVIII - Por este Landmark, os cadidatos à Iniciação devem ser isentos de defeitos ou mutilações, livres de nascimento e maiores. Uma mulher, um aleijado ou um escravo não podem ingressar na Fraternidade.
XIX - A crença no GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO é um dos mais importantes Landmarks da Ordem. A negação dessa crença é impedimento absoluto e irremovível para a Iniciação.
XX - Subsidiariamente à crença em um ENTE SUPREMO, é exigida, para a Iniciação, a crença numa vida futura.
XXI - Em Loja, é indispensável a presença, no Altar, de um LIVRO DA LEI, no qual supõe-se, conforme a crença, estar contida a vontade do Grande Arquiteto do Universo. Não cuidando a Maçonaria de intervir nas peculiaridades da fé religiosa dos seus membros, o "Livro da Lei" pode variar conforme o credo. Exige, por isso, este Landmark que um "Livro da Lei" seja par indispensável das alfaias de uma Loja Maçônica.
XXII - Todos os Maçons são absolutamente iguais dentro da Loja, sem distinção de prerrogativas profanas, de privilégios que a sociedade confere.
A Maçonaria a todos nivela nas reuniões maçônicas.
XXIII - Este Landmark prescreve a conservação secreta dos conhecimentos havidos pela Iniciação, tanto os métodos de trabalho como suas lendas e tradições, que só devem ser comunicados a outros Irmãos.
XXIV - A fundação de uma ciência especulativa, segundo métodos operativos e uso do simbolismo e a explicação dos ditos métodos e dos termos neles empregados com o propósito de ensinamento moral, constitui outro Landmark.
A preservação da Lenda do Templo de Salomão é outro fundamento deste Landmark.
XXV - O último Landmark é o que afirma a inalterabilidade dos anteriores, nada lhes podendo ser acrescido ou retirado, nenhuma modificação podendo ser-lhes introduzida. Assim como de nossos antecessores os recebemos, assim os devemos transmitir aos nossos sucessores - Nolumus est leges mutari.
"Bons Primos Carbonários - IRMÃOS PARA SEMPRE!"
"Cuando los que mandan pierden la vergüenza, los que obedecen pierden el respeto"
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Mãe de vítima critica Lula em carta ao governo
Postado Terça-feira, Julho 24, 2007 as 9:12 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Adi Maria Vasconcellos Soares, mãe de Luís Fernando Soares Zacchini, 41
anos, uma das vítimas do acidente com o avião da TAM, há uma semana,
divulgou uma carta (veja íntegra abaixo) dirigida aos governantes e à
família brasileira, na qual critica a atitude do governo em relação ao
acidente.
Segundo ela, a tragédia já era prevista. Porém, o que mais lhe surpreendeu foi a reação do presidente que ela considerou falsa e classificou como um insulto. "Não pensei que teria de passar por mais um insulto: ouvir a falsidade de um presidente, sob a forma de ensaiadas e demagógicas palavras de conforto. Um texto certamente encomendado a um hábil redator, dirigido mais à opinião pública do que a nossos corações, ao nosso luto, às nossas vítimas."
Luiz Fernando Soares Zacchini era diretor de planejamento e assessor jurídico do Sindicato dos Técnicos-Científicos do Estado do Rio Grande do Sul (Sintergs). Nascido em Uruguaiana (RS), morava em Canoas (RS) com a mulher e o filho.
Veja a íntegra da carta:
"Aos governantes e à família brasileira, Perdi o meu único filho.
Ninguém, a não ser outra mãe que tenha passado por semelhante tragédia, pode ter experimentado dor maior.
Mesmo sem ter sido dada qualquer publicidade à missa que ontem oferecemos à alma de meu filho, Luís Fernando Soares Zacchini, mais de cem pessoas compareceram. Em todos os olhos havia lágrimas. Lágrimas sinceras de dor, de saudade, de empatia. Meus olhos refletiam todos os prantos derramados por ele, por mim, por seu filhinho, por sua esposa, por todos parentes e amigos. Por todos os sacrificados na catástrofe do Aeroporto de Congonhas.
Há muito eu sabia que desastres aéreos iriam acontecer. Sabia que os vôos neste país não oferecem segurança no céu e na terra. Que no Brasil a voracidade de vender bilhetes aéreos superou o respeito à vida humana. A culpa é lançada sobre um número insuficiente de mal remunerados operadores aéreos ou sobre as condições das turbinas dos aviões. Um Governo alheio a vaias é responsável pelo desmonte de uma das mais respeitáveis e confiáveis empresas aéreas do mundo, a VARIG, em benefício da TAM, desde então, a principal provedora de bilhetes pagos pelo Governo. Que a opinião pública é desviada para supostos erros de bodes expiatórios, permitindo aos ambíguos incompetentes que nos governam continuarem sua ação impune. Que nossos aeroportos não têm condições de atender à crescente demanda de vôos cujo preço é o mais caro do mundo. Quando os usuários aguardam uma explicação, à falta de respeito ao cidadão juntam-se o escárnio e a cruel vulgaridade de uma ministra recomendando aos viajantes prejudicados que relaxem e gozem. Assuntos de alcova não condizentes com a reta postura moral e respeito exigidos no exercício de cargos públicos. Assessores do presidente deste país eximem-se da responsabilidade e do compromisso com a segurança de nosso povo exibindo gestos pornográficos. Gestos mais apropriados a bordéis do que a gabinetes presidenciais. Ao invés de se arrependerem de uma conduta chula, incompatível com a dignidade de um povo doce e amável como o brasileiro, ainda alardeiam indignação, único sentimento ao alcance dos indignos. Aqueles que deveriam comandar a responsabilidade pelo tráfego aéreo no Brasil nada fazem exceto conchavos. Aceitam as vantagens de um cargo sem sequer diferenciarem caixa preta de sucata. Tanto que oneraram e humilharam o país ao levar o material errado para ser examinado em Washington. Essas são as mesmas autoridades agraciadas com louvor e condecorações do Governo em nome do povo brasileiro, enquanto toda a nação, no auge de sofrimento, chorava a perda de seus filhos.
Tudo isto eu sabia. A mim, bastava-me minha dor, bastava meu pranto, bastava o sofrimento dos que me amam, dos que amaram meu filho. Nenhum choro ou lamento iria aumentar ou minorar tanta tristeza. Dores iguais ou maiores que a minha, de outras mães, dos pais, filhos e amigos dos mortos necessitam de consolo. A solidariedade e amor ao próximo obrigam-nos a esquecer a própria dor.
Não pensei, contudo, que teria de passar por mais um insulto: ouvir a falsidade de um presidente, sob a forma de ensaiadas e demagógicas palavras de conforto. Um texto certamente encomendado a um hábil redator, dirigido mais à opinião pública do que a nossos corações, ao nosso luto, às nossas vítimas. Palavras que soaram tão falsas quanto a forçada e patética tentativa que demonstrou ao simular uma lágrima. Não, francamente eu não merecia ter de me submeter a mais essa provação nem necessitava presenciar a estúpida cena: ver o chefe da nação sofismar um sofrimento que não compartilhava conosco.
Senhores governantes: há dias vejo o mundo através de lágrimas amargas mas verdadeiras. Confundem-se com as lágrimas sinceras e puras de todos os corações amigos. Há dias, da forma mais dolorosa possível, aprendi o que é o verdadeiro amor. O amor humano, o Amor Divino. O amor é inefável, o amor é um sentimento despojado de interesse, não recorre a histriônicas atitudes políticas.
Não jorra das bocas, flui do coração!
E que Deus nos abençoe!
Adi Maria Vasconcellos Soares
Porto Alegre, 21 de julho de 2007."
Postado Segunda-feira, Junho 25, 2007 as 7:23 PM pelo B:.Pr:. Mazzini
Q:.Q:.H::H::
Nos ha llegado circular del Gran Maestro de la Gran Logia de Chile comunicando que el 22 de mayo pasado se inauguró el sitio Web www.ilec.cl de ILEC, Instituto Laico de Estudios Contemporáneos.
En este sitio se puede ver noticias, información y temas relacionados con la defensa de los principios del laicismo, el libre pensamiento y la libertad de conciencia, temas de real trascendencia laica y filosófica que van en perfecta armonía con nuestros valores.
Investigaciones, libros, noticias, ensayos, seminarios, opiniones, documentos, diplomados, cursos, revistas, publicaciones y otras informaciones, hacen de este sitio Web una herramienta inmejorable en la difusión de nuestros principios laicos y humanistas, insertando a nuestras instituciones en un lugar de avanzada en el perfeccionamiento meliorístico del hombre y la sociedad.
Espero que esta página sea un aporte para los hermanos de esta lista. Debemos de estar a la altura de estos tiempos y hacer uso de este elemento, que es Internet, para difundir nuestros principios, en especial a la juventud quienes son los que más necesitan de una educación ética y laica que fundamente la cultura de nuestros países.
Un TAF
Axel Darrouy V.
R:.L:.Bernardo O’Higgins Nº 79
Valle de Santiago
Chile
M:.M:.
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São João, Nosso Padroeiro...
Postado Segunda-feira, Junho 25, 2007 as 7:21 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Desde que surgiram as primeiras associações de oficio organizadas hoje, englobadas sob o rótulo geral de "Maçonaria Operativa", ou "Maçonaria de Ofício" cada ofício tinha o seu padroeiro.
A primeira organização de que se tem noticia, é a dos "Collegia Fabrorum", criados em Roma, no século VI a.C., por necessidade oriunda da atividade bélica: era a época em que as legiões romanas espalhavam-se pelo mundo conhecido, em sua ânsia conquistadora, destruindo, com a guerra, as povoações conquistadas. Os "collegiati" seguiam os legionários, para reconstruir o que fosse destruído por estes.
A principio, os patronos dos ofícios eram os deuses do panteão greco-romano que a Igreja, depois, chamaria de "pagãos" havendo, posteriormente, já na era cristã, a adoção de outros padroeiros. Com o declínio dos "collegiati" , após a queda do Império Romano do Ocidente, os ofícios passaram para o domínio exclusivo da Igreja, com as Associações Monásticas, que, evidentemente, buscavam seus protetores entre os santos e, principalmente, entre os mártires da Igreja.
Com a evolução dos ofícios, os frades passaram a ensiná-los a leigos, que se colocavam sob a sua proteção, dai surgindo, no século XI, as Confrarias, que, embora formadas por mestres leigos, sofriam forte influência do clero católico, do qual aprenderam a arte da arquitetura e o cunho religioso dado aos trabalhos. Quase na mesma época surgiam as Guildas, que eram, inicialmente, entidades simplesmente religiosas, passando, a partir do século XII, a formar corpos profissionais. Tanto as Confrarias quanto as Guildas, pela influência religiosa, mantinham o hábito do culto a protetores dos ofícios.
Deve-se considerar, também, por essa época, o "Compagnonnage" , criado pelos Templários, para o serviço em suas distantes comendadorias do Oriente. Cada um dos ofícios que compunha o "Compagnonnage" também possuía o seu santo protetor: São José, para os carpinteiros, Sant’ Ana, para os marceneiros, Santo Eloi, para os ourives, Santa Bárbara, para os telhadores, a Assunção, para os pedreiros e canteiros, etc.
Só depois do século XII é que surgiria a organização profissional por excelência, que foi a dos Ofícios Francos, ou Franco-Maçonaria. A palavra "franco", na Idade Média, designava não só o que era livre, em oposição ao servil, mas, também, todos os indivíduos, ou todos os bens que escapavam às servidões e direitos senhoriais. Os Ofícios Francos eram formados por grupos privilegiados de artesãos, desligados dos feudos, das obrigações e das imposições dos poderes real e feudal e com liberdade de locomoção. Esses grupos, dedicados à arte de construir, tinham os seus privilégios concedidos e garantidos pela Igreja, que era o maior poder da época, fazendo com que eles fossem bastante apegados a ela, aos seus santos e aos princípios religiosos.
Estas corporações de ofício costumavam comemorar, festivamente, o início do verão e o do inverno, ou seja, as datas solsticiais, ou solstícios. Solstício é a época do ano na qual o Sol, tendo-se afastado do equador o mais possível, parece estacionar, durante alguns dias, antes de tomar a se aproximar daquela linha. Os solsticios, portanto, ocorrem quando o Sol atinge suas posições mais afastadas do equador terrestre, havendo os de verão e de inverno. Para os habitantes do hemisfério sul da Terra, o solstício de verão ocorre quando o Sol atinge sua posição mais austral (meridional, sul) e, o de inverno, quando ele atinge sua posição mais boreal (setentrional, norte).
O solstício de inverno, no hemisfério sul, ocorre a 21 de junho, enquanto que o de verão acontece, a 21 de dezembro, invertendo-se no hemisfério norte, onde o de verão é a 21 de junho e o de inverno a 21 de dezembro. Por influência da Igreja, mentora das corporações, essas datas solsticiais acabaram se confundindo com as datas dedicadas a São João, o Batista (24 de junho) e São João, o Evangelista (27 de dezembro), que não são exatamente as mesmas dos solstícios. E, graças a isso, os dois São João foram considerados os patronos das corporações, hábito que chegou, em alguns casos, à Maçonaria dos Aceitos (por ser formada por homens não ligados à arte de construir, mas aceitos pelos operativos), também chamada de "Especulativa" .
Esclareça-se, entretanto, que não é em todos os ritos teístas que isso acontece. Para a Maçonaria inglesa, por exemplo, a grande festa maçônica é a de São Jorge, padroeiro da Inglaterra.
Para os ritos adogmáticos, como o Moderno, ou Francês, não há padroeiros, já que o rito, em respeito à concepção metafísica de cada maçom, evita símbolos religiosos. O Grande Oriente da França, que criou a Palavra Semestral, em 1777, e que implantou o dogmatismo e sem imposição de crenças, continua a considerar as exatas datas solsticiais, para a emissão da Palavra.
Pode-se notar, também, que, quando se fala, nos demais ritos teístas, como o Escocês, em "S. João, nosso padroeiro", a referência não é a apenas um, mas a dois santos da Igreja Católica: o S. João Batista e o S. João Evangelista.
O Batista, filho de Zacarias e Isabel, foi o precursor de Jesus, anunciando a vinda do Messias e batizando-o, no rio Jordão. Segundo o que consta nos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, seus pais já eram velhos quando o conceberam, por graça divina; já adulto, pregou, ao povo, a penitência, para a espera do Messias, vivendo, ele mesmo, uma vida austera, no deserto, alimentando- se de gafanhotos e mel silvestre.
Anatematizou Herodes e foi encarcerado por este. Depois, Herodias, amante de Herodes, mandou que sua filha, Salomé, exigisse, dele, a cabeça do João Batista, que acabaria, então, sendo degolado, no ano 28 ou 29 da era atual.
O Evangelista, filho de Zebedeu, foi, como seu irmão Tiago, um dos apóstolos de Jesus (na realidade, os chamados apóstolos eram membros de uma confraria, muito comum entre os hebreus e chamada, em hebraico, de "shaburá" sendo, os seus membros, os "shaberim"). Foi autor de um Evangelho (o Evangelho do Espírito), o Apocalipse e três Epístolas. Era um dos companheiros constantes de Jesus e um dos preferidos por ele. Foi o primeiro a reconhecê-lo ressuscitado na Galiléia. Depois do ano 58, instalou-se em Éfeso, de onde continuou sua pregação, tendo sido o último apóstolo a morrer, no fim do primeiro século da era cristã, sob o reinado de Trajano.
Em homenagem ao S. João Batista é que as Lojas do Rito Escocês (como de outros ritos) dizem-se "Lojas de S. João". E é em homenagem ao Evangelista, que TRADICIONALMENTE RITO ESCOCÊS abre o Livro da Lei Sagrada NO EVANGELHO DE SÃO JOÃO, capítulo 1, versículos 1 a 5, que mostram o triunfo da Luz sobre as trevas, texto básico PARA O GRAU DE APRENDIZ e que diz o seguinte:
"No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no Principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele e sem Ele nada existiria. Nele estava a Vida e a Vida era a Luz dos homens. A Luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam"
Esse texto, que tem tudo a ver com o grau de Aprendiz Maçom, pois este, simbolicamente, veio das trevas, para procurar a Luz, acabou sendo, no Brasil, injustificadamente, substituído pelo salmo 133, da Fraternidade, que é um texto aplicável a toda a escala do rito e não especificamente ao grau de Aprendiz.
O Rito Adoniramita também homenageia o Evangelista, abrindo o Livro, no grau de Aprendiz, no Evangelho de S. João, capitulo 1, versículos 6 a 9:
"Houve um homem enviado por Deus, que se chamava João. Este veio por testemunha, para dar testemunho da Luz, afim de que todos cressem por meio dela. Ele não era a Luz, mas veio para que desse testemunho da Luz. Era a Luz verdadeira, que alumia a todos os homens, que vem a este mundo. "
Nos demais ritos teístas praticados entre nós, isso não ocorre: no Rito de York, o Livro das Sagradas Escrituras é simplesmente aberto em qualquer trecho (pois não há uni obrigatório); no Rito Schroeder ele está presente, mas permanece fechado; e, no Rito Brasileiro, com base no Escocês deturpado praticado no Brasil, a abertura é no salmo 133.
A representação simbólica dos solstícíos deve estar presente nos templos, no CÍRCULO ENTRE PARALELAS TANGENCIAIS E VERTICAIS. Este sugere que o Sol não transpõe os trópicos, recordando, ao maçom, que a consciência religiosa de cada obreiro é de foro íntimo e portanto inviolável. Além da representação dos solstícios — inicio do verão e do inverno — as duas paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio, em todos os ritos teístas representam também, Moisés e o Rei Salomão, o primeiro porque instituiu a Lei de Deus (o decálogo) e erigiu o Tabernáculo, e o segundo porque construiu o templo de Jerusalém. No Rito Escocês principalmente, as paralelas tambem SIMBOLIZAM O S. JOÃO BATISTA E O S. JOÃO EVANGELISTA.
Na Carbonária, o santo padroeiro é São Theobaldo, o protetor dos Carvoeiros e que ficou designado pelos Florestais como o seu santo de referência e crença, tendo o mesmo papel para a Ordem dos Carbonários, que São João Batista para os Pedreiros.
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Na Zona Rural Venezuelana, Terra Muda de Mãos à Força
Postado Segunda-feira, Junho 11, 2007 as 7:23 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
The New York Times
URACHICHE, Venezuela - O presidente Hugo Chávez está executando o que poderá se tornar a maior redistribuição forçada de terras na história da Venezuela, construindo vilas agrícolas utópícas para os invasores, gastando dinheiro em novas cooperativas e enviando tropas de comando do exército para supervisionar propriedades confiscadas em seis estados.
Os partidários de Chávez formaram milhares de cooperativas estatais para confiscae fazendas e ranchos de criação de gado de proprietários particulares. Os donos das terras dizem que a compensação é difícil de obter. Autoridades locais descrevem a apreensão das terras como pedras para construir "a estrada para o socialismo".
"Isto é terrorismo agrário encorajado pelo Estado", disse Fhandor Quiroga, proprietário de terras e líder da câmara de comércio de Yaracuy, indicando as dezenas de seqüestros de latifundiários por gangues armadas nos últimos dois anos.
O governo diz que o objetivo da reocupação nacional é fazer melhor uso de terras improdutivas e tornar a Venezuela menos dependente da importação de alimentos. Novas leis permitem que os sem-terra gerenciem e cultivem terras que agora pertencem ao governo.
Antes do início da reforma agrária em 2002, cerca de 5% da população possuía 80% das propriedades privadas do país. O governo afirma que agora ocupou mais de 3,4 milhões de acres e realocou mais de 15 mil famílias.
Trabalhadores agrícolas pobres e moradores desempregados da cidade que invadiram terras no local estão cheios de otimismo, e os ricos latifundiários cheios de raiva. Nos subúrbios da cidade de Urariche, por exemplo, está a Fundo Bella Vista, comunidade agrícola inagurada por Chávez durante um episódio transmitido por seu programa de televisão em abril.
A Bella Vista é uma das 12 "cidades comunais" que Chávez planeja construir neste ano. Possui limpos corredores com casas idênticas de três quartos para 83 famílias, sala de leitura, estação de rádio, um prédio com serviço de internet banda larga gratuito, escola e uma praça com o busto de Simon Bolívar, herói nacional da Venezuela.
Com o financiamento de bancos estatais, a cooperativa planta mandioca, milho e feijão, melhor adaptados ao solo daqui do que a cana de açúcar, dizem oficiais em Caracas. Ao queimar cana durante as invasões, os sem-terra preparam o solo para outras plantações e dão aos proprietários menos incentivo para lutar por controle. O governo estadual e federal têm a Bella Vista como exemplo do fervor ideológico que Cháves tenta incutir na zona rural.
Mas enquanto as recém-inaguradas comunidades agrícolas estão eufóricas, os proprietários de terras permanecem tensos. Economistas dizem que a reforma agrária poderá surtir efeito oposto ao pretendido por Chávez, e tornar o país mais dependente de alimentos importados do que antes. As incertezas e divisões das ocupações de terra levaram à diminuição dos investimentos por alguns fazendeiros. A produção de certos tipos de alimentos ficaram relativamente baixas, causando a carência de certos ítens como açúcar, dizem os economistas.
Simon Romero
Belo Trabalho...
Postado Domingo, Junho 10, 2007 as 3:22 PM pelo B:.Pr:. Estela Guedes
Impressionante trabalho exotérico e filosófico, mas também Alquímico, no link abaixo.
http://www.triplov.com/Coloquio_07/Antonio-de-Macedo/Introducao.htm
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Biocombustível já Eleva preço de Alimentos, diz FAO
Postado Domingo, Junho 10, 2007 as 3:18 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
De Márcia Bizzotto
Em Bruxelas, Bélgica
Um estudo divulgado pela FAO - o órgão das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação - nesta quinta-feira sugere que a crescente demanda por biocombustíveis pode estar levando a uma alta dos preços internacionais de alguns alimentos.
Segundo o estudo, os gastos globais com a importação de alimentos devem crescer 5% e atingir um valor recorde de US$ 400 bilhões neste ano.
A alta é puxada pelos preços de importação de grãos e óleos vegetais, usados em grande escala na produção de biocombustíveis - sobretudo nos derivados de milho.
Ainda de acordo com a FAO, o aumento dos gastos com as importações desses produtos em 2007 chegará a 13% em relação a 2006.
"Observando esse dado vemos claramente que a demanda por biocombustíveis é o maior responsável pela subida dos preços (dos alimentos), apesar de ser impossível dizer exatamente qual a porcentagem de culpa atribuída a esse fator", afirmou à BBC Brasil Abdolreza Abbassian, um dos autores do estudo.
Etanol
Só nos Estados Unidos, estima-se que, no período entre 2007 e 2008, serão necessárias 86 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol.
Isso representaria 60% a mais (30 milhões de toneladas) do que o total utilizado no período anterior e uma quantidade superior ao volume total de milho exportado em todo o mundo, estimado em 82 milhões de toneladas.
"O milho é a principal matéria-prima utilizada na alimentação animal. Um aumento em seu preço se traduz em aumento nos custos de criação de animais e em um conseqüente aumento nos preços de produtos derivados de animais", explicou Abbassian.
Para o consumidor final, o resultado mais visível será o encarecimento da carne, de produtos lácteos e dos óleos vegetais, que já começam a ser observados.
De acordo com a FAO, o preço da carne subiu 7,6% em março passado em relação ao mesmo mês em 2006 e o preço dos produtos lácteos aumentou 46% desde novembro passado.
No caso do frango, os preços das exportações do Brasil e dos Estados Unidos, que juntos respondem por 70% do comércio mundial, subiram em março passado 14% e 20%, respectivamente, em relação à média de 2006.
Mas parte desse comportamento "se deve também a fatores como o clima", disse Abbassian.
De acordo com o especialista, o açúcar é o único produto que ainda não corre risco de subir de preço, apesar de o Brasil, maior produtor mundial, continuar destinando cada vez maiores quantidades de cana para a produção de etanol.
"A produção brasileira ainda é maior que a demanda. Mas isso vai mudar a partir do momento em que as nações desenvolvidas decidirem liberalizar o mercado de etanol e eliminarem as tarifas sobre o álcool brasileiro."
Os Suiços e suas Armas
Postado Domingo, Junho 10, 2007 as 3:02 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
OS SUIÇOS E SUAS ARMAS
Uma velha anedota suíça reza que o príncipe alemão Wilhelm Hohenzollern certa vez, quando em visita a Suíça, foi convidado a assistir um dos inúmeros treinamentos militares a que os cidadãos desse país são submetidos. A um dado momento perguntou ao comandante do exercício: Quantos homens em armas você possue? Foi-lhe respondido: Um milhão. O príncipe, posteriormente Kaiser da Alemanha, então indagou: O que você faria se cinco milhões de meus soldados cruzassem sua fronteira amanhã? Ao que o comandante suíço replicou: Cada um de meus homens daria cinco tiros e iria para casa!
No debate sobre o direito a posse e uso de armas, aqueles favoráveis apontam para a Suíça onde a quase todo adulto do sexo masculino é legalmente permitido a posse de armas de fogo. Uma das poucas nações com taxa per capita de armas mais alta do que os Estados Unidos, a Suíça praticamente não ostenta crimes com armas de fogo. Assim sendo, argumentam os que são a favor, o controle governamental de armas não é necessário.
Contudo, os que são contrários , apontam a Suíça como uma das nações desenvolvidas que apresentam controle mais rigoroso sobre armas. Afirmam que todas as armas são registradas e que a compra de armas curtas requer inspeção prévia e uma licença. Crimes com armas de fogo realmente são inexistentes na Suíça, portanto, concluem, é necessário um rigoroso controle sobre as armas.
Quem está certo? Como sempre os anti-armas estão errados, mas isso não torna o grupo favorável necessariamente certo. A posse de armas na Suíça desafia as simplificações e os chavões dos debates alhures.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Tal como os EUA, a Suíça ganhou sua independência através de uma guerra revolucionária feita por cidadãos armados. Em 1291, alguns cantões iniciaram uma guerra de libertação nacional contra o império Habsburgo da Áustria. Na lenda, a revolução foi precipitada por Guilherme Tell, embora não hajam provas definitivas sobre sua real existência.
Ao longo do século seguinte a milícia suíça libertou a maior parte do pais dos austríacos. Os cidadãos que constituíam a milícia usavam as mais poderosas armas daqueles tempos: espadas e flechas. Para a vitória suíça foi crucial a motivação das suas tropas de voluntários.
Desde os primeiros anos da independência os suíços foram obrigados a portar armas. Depois de 1515, a Suíça adotou uma política de neutralidade armada. Pelos quatro séculos seguintes grandes impérios europeus surgiram e cairam, levando consigo muitos países mais fracos. A Rússia e a França chegaram a invadir seu território, e os Habsburgos, e posteriormente o Império Austro-Húngaro, foram uma constante ameaça.
Mas a Suíça quase sempre manteve sua independência. A política suíça era "prevenção da guerra através da determinação em se defender".
Durante a 1ª Guerra Mundial, tanto a França como a Alemanha consideraram a hipótese de invadir o território suíço para atacar o flanco do outro. Na 2ª Guerra Mundial, Hitler queria as reserva suíças de ouro e precisava de comunicação e trânsito livres pelo país para abastecer as forças do Eixo no Mediterrâneo. Porém, quando os estrategistas militares viram os cidadãos bem armados, a terra montanhosa e as fortificações civis de defesa, a Suíça deixou de ser um alvo atraente para invasões. Enquanto duas guerras mundiais devastavam cidades e países, a Suíça gozava de uma paz segura.
Na Suíça, a Confederação Helvética evoluiu para um governo central fraco deixando muita autoridade nas mãos dos cantões ou níveis mais baixos de governo. A tradição de autonomia local ajudou a deixar a Suíça livre das violentas guerras civis entre católicos e protestantes que devastaram a Alemanha, França e Inglaterra. Em 1847/48 os liberais de toda Europa revoltaram-se contra os governos aristocráticos. Eles foram bem sucedidos apenas na Suíça, controlando a nação inteira após um breve conflito chamado de Guerra de Sonderbrund (as baixas foram apenas 128). Os direitos civis foram firmemente garantidos e todos os vestígios de feudalismo banidos.
Apesar da esperança dos reformadores alemães, o povo suíço não mandou seus soldados para a Alemanha em 1848 a fim de apoiar a revolução popular. Após a derrota da revolução germânica, a aristocrática Prússia pensou em invadir a Suíça, porém concluiu que a tarefa era impossível. Como um historiador resume: "A Suíça foi criada em meio a batalhas, alcançou sua dimensão atual através de conquistas e, depois disso, defendeu sua existência através da neutralidade armada. A experiência da historia suíça fez a independência nacional e o poder realmente sinônimos de cidadãos armados".
O EXÉRCITO DO POVO
Atualmente, o serviço militar para os homens suíços é universal. Por volta dos 20 anos de idade, todo o cidadão passa por 118 dias consecutivos de treinamento no "Rekrutenschule." Esse treinamento pode ser o primeiro encontro de um jovem com seus compatriotas que falam diferentes línguas (a Suíça tem 4 línguas oficiais: o alemão, o francês, o italiano e o romanche). Antes mesmo do serviço militar obrigatório começar, rapazes e moças podem ter cursos opcionais com o fuzil de assalto Stgw. 90 (SIG 550) do exército suíço. Eles ficam de posse da arma por 3 meses e recebem 6 sessões de 6 horas de treinamento. Dos 21 aos 32 anos de idade, o cidadão suíço constitue a linha de frente do exército, o "Auszug", e dispende 3 semanas do ano (em 8 dos 12 anos) para continuar o treinamento. Dos 33 aos 42 anos, ele serve no "Landwehr" (que é a Guarda Nacional); a cada poucos anos, ele se apresenta para treinamento de 2 semanas. Finalmente, dos 43 aos 50 anos, ele serve na "Landsturm"; neste período, ele só passa um total de 13 dias em cursos militares .
Durante a carreira de soldado, o cidadão também passa por dias de inspeção obrigatória de equipamentos e pratica de tiro ao alvo. Assim, em uma carreira militar obrigatória de 30 anos, o suíço gasta apenas 1 ano no serviço militar direto. Após a baixa do exército regular os homens ficam na reserva até a idade de 50 anos (55 para oficiais).
Pela Constituição Federal de 1847, aos membros do serviço militar são dados equipamentos, armas e roupas. Depois do 1º período de treinamento os recrutas devem guardar as armas, a munição e os equipamentos "am ihrem Woh nort" (em suas casas) até o termino do serviço.
Hoje em dia aos alistados são distribuídos fuzis automaticos Stgw.90 e, aos oficiais, pistolas. A cada reservista são entregues 24 cartuchos de munição em embrulhos selados para o uso em emergências. (Ao contrario do que dizem os anti-armas, está munição de emergência é a única pela qual o reservista tem de prestar contas).
AS ARMAS DO POVO
Depois da dispensa militar, ao ex-reservista é dado um fuzil de repetição sem registro ou outras obrigações. A partir de 1994, o governo passou a dar fuzis automáticos aos ex-reservistas também. Os oficiais também recebem suas pistolas ao final do serviço.
Quando o exército adota um novo fuzil de infantaria, os velhos são vendidos a população a preços subsidiados. Os reservistas são encorajados a comprar munição militar (7,5 e 5,6mm - 5,56mm nos outros paises - para fuzis, e 9mm e 7,65mm Luger para pistolas) que é vendida a preço de custo pelo governo objetivando a prática do tiro ao alvo. A munição não-militar para armas longas e a munição .22 LR não são subsidiadas, porém não possuem qualquer controle de vendas. As munições não-militares para armas curtas mais poderosas do que o .22LR (como a .38 Spl) são registrada no momento da venda.
A munição militar suíça deve ser registrada se comprada em loja particular, mas não precisa de registro se for adquirida num estande militar. Os 3000 estandes oficiais de tiro da Suíça vendem a maioria absoluta de toda munição. Tecnicamente, a munição comprada no estande deve ser consumida no local, mas a lei é muito pouco conhecida e quase nunca observada.
O exército vende regularmente uma variedade de metralhadoras, submetralhadoras, armas anti-tanques, canhões antiaéreos, morteiros e canhões. Os compradores dessas armas precisam obter uma licença cantonal, o que é feito facilmente, e as armas precisam ser registradas.
Em uma nação de 6 milhões de pessoas, existem pelo menos 2 milhões de armas, incluindo 600.000 fuzis totalmente automáticos, 500.000 pistolas e numerosas metralhadoras. Praticamente em todo lar há uma arma. Além das armas militares subsidiadas, o suíço também pode comprar outras armas facilmente. Enquanto as armas longas não precisam de procedimentos especiais de compra, as armas curtas são vendidas somente para aqueles com um waffener werbsschein (certificado de compra) emitido por uma autoridade do cantão. O certificado é emitido sem problemas para todo requerente maior de 18 anos que não seja criminoso ou deficiente mental. Não existem restrições para o transporte de armas longas. Cerca da metade dos cantões tem rígidos procedimentos para a concessão do porte de armas curtas, e a outra metade simplesmente não tem regulamento algum. Não há diferença perceptível na taxa de criminalidade entre os cantões como conseqüência das diferentes políticas de porte de arma. Graças a uma ação movida por grupos suíços pró-armas, fuzis semi-automáticos não necessitam de permissão de compra e não são registrados pelo governo. Assim, as únicas armas longas registradas são as totalmente automáticas (metralhadoras)(três cantões exigem que os colecionadores que possuam mais de 10 armas automáticas sejam registrados). As vendas de armas de uma pessoa para outra são controladas em 5 cantões e completamente livres em todo o resto. Comerciantes de armas no varejo devem manter registro de suas vendas, mas as transações não são apresentadas ou cobradas pelo governo. Na Suíça, as vendas de armas longas e de carabinas de pequeno calibre não são nem mesmo lembradas pelos negociantes.
MOBILIZAÇÃO
Se algum dia uma nação teve uma milícia bem preparada, este pais é a Suíça. O economista do século XIX, Adam Smith, achava que a Suíça era o único lugar onde todas as pessoas haviam sido treinadas com sucesso em tarefas militares. Na realidade, a milícia é virtualmente sinônimo de nação. "O suíço não tem um exército: eles são o exército", diz uma publicação do governo. Completamente mobilizado, o exército suíço apresenta 15,2 homens por quilometro quadrado; em contraste, os EUA e a Rússia tem apenas 0,2 soldados por Km2. A Suíça é 76 vezes mais densa em soldados do qualquer outra super potência. Realmente, somente Israel tem mais exército por Km2.
A Suíça é também a única nação do ocidente que tem abrigos completamente fornidos de comida e suprimentos para um ano para todos os seus cidadãos em caso de guerra. Os bancos e os supermercados subsidiam em muito esta estocagem. Os bancos também tem planos para deslocar seu ouro para o centro montanhoso da Suíça no caso de invasão. A nação está pronta para se mobilizar rapidamente. Disse um soldado suíço: "se nós começarmos pela manhã, estaremos mobilizados pelo final da tarde. Isso porque a arma está em casa, a munição está em casa. Todos os jovens tem metralhadoras. Eles estão prontos para lutar". Os cidadãos-soldados, em seu caminho para os pontos de mobilização, podem fazer parar os automóveis que estiverem passando e ordenar seu transporte.
DEMOCRACIA
Desde 1291, quando as assembléias se reuniam em círculos nas praças das vilas, e somente os homens portando espadas podiam votar, as armas tem sido a marca da cidadania suíça. Como um porta voz do Departamento Militar disse," é uma velha tradição suíça que somente um homem armado tem direitos políticos". Essa política é baseada no entendimento de que somente àqueles que assumem a obrigação de manter o pais livre é permitido gozar completamente dos benefícios da liberdade. Em 1977, o movimento INICIATIVA MUNCHENSTEIN propôs permitir aos cidadãos a escolha do trabalho social, ou em hospitais, como alternativa ao serviço militar. A proposição foi rejeitada nas urnas e nas 2 casas do parlamento (o "Bundesversammlung's Nationalrat" e o "Standerat"). Existe previsão legal para objetores de consciência, mas esse grupo é de apenas 0,2% dos convocados.
RELACIONAMENTO COM OS VIZINHOS
Em 1978, a Suíça recusou-se a ratificar uma decisão do Conselho da Europa sobre controle de armas de fogo. Desde então, a Suíça tem sofrido pressões por parte dos outros governos europeus, que a acusam de ser uma fonte de armas para terroristas. Como resultado, em 1982, o governo central propôs uma lei proibindo estrangeiros de comprar na Suíça armas que eles não poderiam comprar em seus próprios países, e também exigindo que os cidadãos suíços obtivessem uma licença para a compra de qualquer arma, não apenas para as armas curtas.
Os ultrajados usuários de armas suíças formaram, então, um grupo chamado Pro Tell em homenagem do herói nacional Guilherme Tell. Em 1983, o Conselho Federal (o gabinete executivo) abandonou a proposta cerceadora porque a oposição era muitoforte, e sugeriu que os cantões regulassem cada um a sua maneira, a questão. Alguns meses antes, o parlamento do cantão de Friburgo já tinha aprovado tal lei com um único voto de vantagem. Um plebiscito popular anulou a lei no ano seguinte, com 60% dos votos.
CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS
Qualquer que seja o efeito das armas fora da Suíça, eles nem mesmo apresentam os pequenos crimes triviais em qualquer outro pais. Mesmo com todas as armas, a taxa de assassinatos é uma mera fração da americana sendo também menor do que a do Canadá e da Inglaterra (que controla severamente as arma), ou até mesmo do Japão, que praticamente as proíbe. A taxa de crimes com armas de fogo é tão baixa que não há nem mesmo registro estatístico.
A taxa de suicídios, entretanto, é quase o dobro da americana. As armas são usadas em cerca de 1/5 de todo os suicídios na Suíça, comparados aos 3/5 nos EUA e ao 1/3 dos suicídios canadenses.
Não é o verniz cultural suíço, ou suas leis sobre armas, que explicam essa taxa de crimes. Na verdade é a ênfase na atuação comunitária (onde a posse de uma arma é uma parcela de peso) que explica o baixo índice de criminalidade. No livro Cidades com poucos Crimes (CITIES WITH LITTLE CRIME), o autor Marshall Clinard compara a baixa taxa de crimes na Suíça com a mais alta incidência na Suécia, pais onde o controle de armas é mais severo. Esta comparação é mais surpreendente tendo em vista a densidade populacional mais baixa e a homogeneidade étnica da Suécia. Uma das razões para tão pouca criminalidade, diz Clenard, é que as cidades suíças cresceram relativamente devagar. Muitas famílias vivem por gerações no mesmo lugar. Portanto, grandes cidades heterogêneas com enclaves de favelas nunca surgiram.
Orgulhosa por ter o governo central mais fraco do ocidente, a Suíça é governada principalmente pelos seus 3. 095 "Einwohrnergemeinde" (comunas, sub-estados de um cantão). Poucos cantões ainda fazem suas leis pelo tradicional sistema "Labdsgemei", quando todos eleitores qualificados reúnem-se anualmente ao ar livre.
Diferente da polícia do resto da Europa, a polícia suíça é descentralizada. Juizes e jurados são eleitos pelo povo. Com menos mobilidade e laços comunitários profundamente desenvolvidos, é natural que existam poucos crimes.
A maioria das nações democráticas impõe longos períodos de prisão aos criminosos, mas não a Suíça. Para todos os crimes, exceto assassinatos, o suíço raramente fica mais que um ano na prisão; mesmo sérios delinqüentes tem suas sentenças comutadas. Como no Japão, o foco do sistema está na reintegração do transgressor à sociedade, muito mais que na sua punição.
Para os suíços não criminosos, dito é que cada um é seu próprio policial. Visitantes estrangeiros ficam surpresos ao ver os pedestres sempre esperando nos sinais de trânsito mesmo quando não há tráfego. O sistema de transporte público funciona, com sucesso, na base do pagamento voluntário.
Clinard deduz que os fortes governos centrais enfraquecem a iniciativa dos cidadãos e a responsabilidade individual. As comunidades, ou Cidades, que desejam se precaver do crime e da violência devem encorajar uma descentralização política maior através do desenvolvimento de pequenas unidades governamentais e do encorajamento da responsabilidade do povo para com a obediência às leis e ao controle da delinqüência.
No livro NAÇÕES NÃO POSSUÍDAS PELO CRIME, Fred Adler chega as mesmas Conclusões de Clenard. Ela também receita o sistema de governo comunal no qual as leis são decretadas através do voto popular e a estabilidade residencial.
A maioria dos suíços ainda vive em famílias patriarcais tradicionais . De fato, a Suíça tem a mais baixa porcentagem de mães trabalhando em relação a qualquer país europeu. Enquanto no resto do mundo as mulheres estavam lutando por igualdade de direitos, os suíços ainda estavam decidindo se as mulheres poderiam ou não votar (a longa demora na aprovação do sufrágio feminino deve ter algo a ver com a questão dos direitos civis e o serviço militar).
As escolas são severas e os adolescentes têm menos liberdade do que na maior parte da Europa. Os estudos mostram que os adolescentes suíços, diferentemente daqueles nos outros países, sentem-se mais próximos de seus pais do que de seus amigos. A comunicação entre as gerações é muito fácil.
Entre os fatores que contribuem para a harmonia entre gerações está o serviço militar, que oferece uma oportunidade para todos os grupos masculinos interagirem entre si. Adultos e jovens compartilham muitos esportes, como o esqui e a natação. O tiro ao alvo é outra importante atividade comunal, com prêmios e troféus muitas vezes exibidos em restaurantes e tabernas. Todo ano celebra-se o fim de semana "Feldschiessen", quando mais de 200 mil suíços participam das competições nacionais de tiro ao alvo e são consumidos cerca de 5 milhões de cartuchos.
Em Casa, escreve Jonh Mcphee, enquanto o pai limpa o fuzil na mesa da cozinha, seu filho está a observá-lo e a criança , assim, fica familiarizada com a arma. Marshall Clinard explica que, por causa das armas do exército serem guardadas em casa . . . muitas atividades associadas ao cuidado no manejo de armas, prática de tiro ao alvo, ou conversas sobre atividades militares, tornam-se comuns nas famílias. Tudo isso, juntamente com várias outras atividades levadas a cabo na Suíça envolvendo diversas faixas etárias, têm servido para inibir a separação de gerações, alienação, e o crescimento de uma cultura jovem à parte, que tem se tornado, de maneira crescente, uma característica de muitos outros países desenvolvidos,. Embora estes fatores representam somente uma parte do jeito suíço de ser, eles são uma parcela de peso para a baixa taxa de criminalidade e a propensão ao crime.
CONCLUSÕES
Uma análise da legislação de armas suíça mostra como é frágil a argumentação dos anti-armas de que elas são por si só maléficas (o mal materializado). Mostra, também, que o raciocínio simplista "mais armas significam mais crime", tão a gosto de nossos políticos, não é válido.
O oposto também não é verdadeiro. - Será que se o exército começasse a vender canhões e metralhadoras a preços subsidiados ao povo haveria um declínio da criminalidade em nosso país? Certamente não nos primeiros trinta anos.
A Suíça nos mostra apenas que não há relação entre criminalidade e a presença de armas na sociedade. Mostra que mais importante que o número de armas é seu contexto cultural. Na Suíça, as armas são um importante elemento de coesão de uma estrutura social que apresenta baixa taxa de criminalidade. Nota-se, claramente que, o controle dos indivíduos é mais eficiente e mais importante que o controle do Estado.
Para nós, entusiastas de armaria, o sistema suíço parece ser o paraíso. Mas é preciso observar a sociedade como um todo. Na Suíça, ter uma arma em casa não é uma questão de opção individual. É uma obrigação imposta pelo governo e uma exigência da sociedade. Em que outro pais uma imposição deste tipo seria aceita pelos cidadãos?
O que o mundo tem a aprender com a Suíça é que a melhor maneira de se reduzir o mau uso das armas é promover o seu uso com responsabilidade.
FIM
Traduzido e adaptado da revista American Rifleman de fevereiro de 1990 por autorização da National Rifle Association dos EUA.
O SOLDATENBUSCH
(Livro do soldado)
Cada cidadão que entra para o exército suíço recebe um exemplar do Soldatenbusch. Lá estão os rudimentos das táticas e técnicas militares, instruções sobre como se proteger das guerras nuclear, química e bacteriológica, assim como técnicas de ocultamento e construção de abrigos.
Mas o Soldatenbusch não é apenas um manual militar. Trata-se de algo mais profundo que podemos definir como um "Manual do Cidadão". Lá, ao lado de uma sinopse da história do país, o soldado encontrará capítulos mostrando a importância da democracia, a importância da participação do soldado nos plebiscitos comunais, e a importância de sua arma na defesa desses valores.
Folheando o Soldatenbusch percebe-se que os princípios democráticos estão firmemente arraigados na população. Num país onde o povo é armado não pode haver outra forma de governo que não seja democrático. Entende-se porque as instituições funcionam e porque existe respeito entre os cidadãos. A outra opção é o banho de sangue.
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Carbonaria
Postado Sábado, Maio 26, 2007 as 3:09 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
A Gloria del Gran Maestro dell’Universo e del Nostro Protettore San Teobaldo
À G.'. DO S.'.M.'.D.'.U.'.
P R O C L A M A Ç Ã O
Ser.'. Grão Mestre Geral:
F.'.E.'.C.'.
Sob a sombra da mesma árvore da vida, saúdo-vos por T.'.V.'.T.'., bem como a todos os VV.'. IIr.'. dessa R.'. Obed.'. Maç.'. rogando A.'.D.'.N.'.S.'.M.'.D.'.U.'. e ao N.'.P.'. São Teobaldo, S.'.F.'.U.'. aliado a mais alta sap.'. e benevolência como atributos ao ILum.'. Ir.'.
1. A Maçonaria Carbonária existe no Brasil, desde cerca de 1800, por influência sobretudo Francesa e Portuguesa. Perseguida a partir da promulgação da bula condenatória do Papa PIO VII (1821), em todos os países onde funcionava e ativa estava, teve, como alguns de seus introdutores em nosso país, Joaquim do Lêdo e José Bonifácio de Andrada simpatizante da Maçonaria Florestal senão ele próprio maçom e primeiro Grão Mestre da Maçonaria Brasileira, em que pese terem vividos em destacadas rivalidades, segundo alguns historiadores maçons da época. Contudo, também foi vítima, tal qual a ordem da pedra, pela escumunhão da Igreja Católica:
La bolla di scomunica
"ECCLESIAM A JESU"
PIO VESCOVO
SERVO DEI SERVI DI DIO A PERPETUA MEMORIA
2. La Chiesa fondata da Gesù Cristo Salvatore Nostro sopra solida pietra (e contro di essa Cristo promise che non sarebbero mai prevalse le porte dell’inferno) è stata assalita così spesso e da tanti temibili nemici, che se non si frapponesse quella promessa divina che non può venir meno, vi sarebbe da temere che essa potesse soccombere, circuita dalla forza o dai vizi o dall’astuzia. Invero, ciò che accadde in altri tempi si ripete anche e soprattutto in questa nostra luttuosa età che sembra quell’ultimo tempo preannunciato in passato dall’Apostolo: "Verranno gli ingannatori che, secondo i loro desideri, cammineranno nella via dell’empietà" (Gd 18). Infatti nessuno ignora quanti scellerati, in questi tempi difficilissimi, si siano coalizzati contro il Signore e contro Cristo Figlio Suo; costoro si adoperano soprattutto (sebbene con vani sforzi) a travolgere e a sovvertire la stessa Chiesa, ingannando i fedeli (Col 2,8) con una vana e fallace filosofia e sottraendoli alla dottrina della Chiesa. Per raggiungere più facilmente questo scopo, molti di costoro organizzarono occulti convegni e sette clandestine con cui speravano in futuro di trascinare più facilmente numerosi individui ad essere complici della loro congiura e della loro iniquità.2. Già da tempo questa Santa Sede, scoperte tali sette, lanciò l’allarme contro di esse con alta e libera voce e rivelò le loro trame contro la Religione e contro la stessa società civile. Già da tempo sollecitò la vigilanza di tutti perché si guardassero in modo che queste sette non osassero attuare i loro scellerati propositi. È tuttavia motivo di rammarico che all’impegno di questa Sede Apostolica non abbia corrisposto l’esito cui essa mirava e che quegli uomini scellerati non abbiano desistito dalla congiura intrapresa, per cui ne sono derivati infine quei mali che Noi stessi avevamo previsto. Anzi, quegli uomini, la cui iattanza sempre si accresce, hanno perfino osato creare nuove società segrete.3. A questo punto occorre ricordare una società nata di recente e diffusa in lungo e in largo per l’Italia e in altre regioni: per quanto sia divisa in numerose sette e per quanto assuma talvolta denominazioni diverse e distinte tra loro, in ragione della loro varietà, tuttavia essa è una sola di fatto nella comunanza delle dottrine e dei delitti e nel patto che fu stabilito; essa viene chiamata solitamente dei Carbonari. Costoro simulano un singolare rispetto e un certo straordinario zelo verso la Religione Cattolica e verso la persona e l’insegnamento di Gesù Cristo Nostro Salvatore, che talvolta osano sacrilegamente chiamare Rettore e grande Maestro della loro società. Ma questi discorsi, che sembrano ammorbiditi con l’olio, non sono altro che dardi scoccati con più sicurezza da uomini astuti, per ferire i meno cauti; quegli uomini si presentano in vesti di agnello ma nell’intimo sono lupi rapaci.4. Anche se mancassero altri argomenti, i seguenti persuadono a sufficienza che non si deve prestare alcun credito alle loro parole, cioè : il severissimo giuramento con cui, imitando in gran parte gli antichi Priscillanisti, promettono di non rivelare mai e in nessun caso, a coloro che non sono iscritti alla società, cosa alcuna che riguardi la stessa società, né di comunicare a coloro che si trovano nei gradi inferiori cosa alcuna che riguardi i gradi superiori; inoltre, le segrete e illegali riunioni che essi convocano seguendo l’usanza di molti eretici e la cooptazione di uomini d’ogni religione e di ogni setta nella loro società.5. Non occorrono dunque congetture e argomenti per giudicare le loro affermazioni, come più sopra si è detto. I libri da loro pubblicati (nei quali si descrive il metodo che si suole seguire nelle riunioni dei gradi superiori), i loro catechismi, gli statuti e gli altri gravissimi, autentici documenti rivolti a ispirare fiducia, e le testimonianze di coloro che, avendo abbandonato la società cui prima appartenevano, ne rivelarono ai legittimi giudici gli errori e le frodi, dimostrano apertamente che i Carbonari mirano soprattutto a dare piena licenza a chiunque di inventare col proprio ingegno e con le proprie opinioni una religione da professare, introducendo quindi verso la Religione quella indifferenza di cui a malapena si può immaginare qualcosa di più pernicioso. Nel profanare e nel contaminare la passione di Gesù Cristo con certe loro nefande cerimonie; nel disprezzare i Sacramenti della Chiesa (ai quali sembrano sostituirne altri nuovi da loro inventati con suprema empietà) e gli stessi Misteri della Religione Cattolica; nel sovvertire questa Sede Apostolica (nella quale risiede da sempre il primato della Cattedra Apostolica) (Sant’Agostino, Ep. 43) sono animati da un odio particolare e meditano propositi funesti e perniciosi.6. Non meno scellerate (come risulta dagli stessi documenti) sono le norme di comportamento che la società dei Carbonari insegna, sebbene impudentemente si vanti di esigere dai suoi seguaci che coltivino e pratichino la carità e ogni altra virtù, e che si astengano scrupolosamente da ogni vizio. Pertanto essa favorisce senza alcun pudore le voluttà più sfrenate; insegna che è lecito uccidere coloro che non rispettarono il giuramento di mantenere il segreto, cui si è fatto cenno più sopra; e sebbene Pietro principe degli Apostoli (1Pt 2,13) prescriva che i Cristiani "siano soggetti, in nome di Dio, ad ogni umana creatura o al Re come preminente o ai Capi come da Lui mandati, ecc.", sebbene l’Apostolo Paolo (Rm 3,14) ordini che "ogni anima sia soggetta alle potestà più elevate", tuttavia quella società insegna che non costituisce reato fomentare ribellioni e spogliare del loro potere i Re e gli altri Capi, che per somma ingiuria osa indifferentemente chiamare tiranni.7. Questi ed altri sono i dogmi e i precetti di questa società, da cui ebbero origine quei delitti recentemente commessi dai Carbonari, che tanto lutto hanno recato a oneste e pie persone. Noi, dunque, che siamo stati designati come veggenti di quella casa d’Israele che è la Santa Chiesa e che per il Nostro ufficio pastorale dobbiamo evitare che il gregge del Signore a Noi divinamente affidato patisca alcun danno, pensiamo che in una contingenza così grave non possiamo esimerci dall’impedire i delittuosi tentativi di questi uomini. Siamo mossi anche dall’esempio di Clemente XII e di Benedetto XIV di felice memoria, Nostri Predecessori: il primo, il 28 aprile 1738, con la Costituzione "In eminenti", e il secondo, il 18 maggio 1751, con la Costituzione "Providas", condannarono e proibirono le società dei Liberi Muratori, ossia dei Francs Maçons, o chiamate con qualunque altro nome, secondo la varietà delle regioni e degli idiomi; si deve ritenere che di tali società sia forse una propaggine, o certo un’imitazione, questa società dei Carbonari.E sebbene con due editti promulgati dalla Nostra Segreteria di Stato abbiamo già severamente proscritta questa società, seguendo tuttavia i ricordati Nostri Predecessori pensiamo di decretare, in modo anche più solenne, gravi pene contro questa società, soprattutto perché i Carbonari pretendono, erroneamente, di non essere compresi nelle due Costituzioni di Clemente XII e di Benedetto XIV né di essere soggetti alle sentenze e alle sanzioni in esse previste.
8. Consultata dunque una scelta Congregazione di Venerabili Fratelli Nostri Cardinali di Santa Romana Chiesa, con il loro consiglio ed anche per motu proprio, per certa dottrina e per meditata Nostra deliberazione, nella pienezza dell’autorità apostolica abbiamo stabilito e decretato di condannare e di proibire la predetta società dei Carbonari, o con qualunque altro nome chiamata, le sue riunioni, assemblee, conferenze, aggregazioni, conventicole, così come con il presente Nostro atto la condanniamo e proibiamo.9. Pertanto a tutti e a ciascuno dei fedeli di Cristo di qualunque stato, grado, condizione, ordine, dignità e preminenza, sia laici sia chierici, tanto secolari che regolari, degni anche di specifica, individuale ed esplicita menzione, ordiniamo rigorosamente e in virtù della santa obbedienza che nessuno, sotto qualsivoglia pretesto o ricercato motivo, osi o pretenda di fondare, diffondere o favorire, e nella sua casa o dimora o altrove accogliere.
E nascondere la predetta società dei Carbonari, o altrimenti detta, come pure di iscriversi od aggregarsi ad essa o di intervenire a qualunque grado di essa o di offrire la facoltà e l’opportunità che essa si convochi in qualche luogo o di elargire qualcosa ad essa o in altro modo prestare consiglio, aiuto o favore palese od occulto, diretto o indiretto, per essa stessa o per altri; e ancora di esortare, indurre, provocare o persuadere altri ad iscriversi, ad aggregarsi o a intervenire in tale società o in qualunque grado di essa o di giovarle o favorirla comunque. I fedeli debbono assolutamente astenersi dalla società stessa, dalle sue adunanze, riunioni, aggregazioni o conventicole sotto pena di scomunica in cui incorrono sull’istante tutti i contravventori sopra indicati, senza alcun’altra dichiarazione; dalla scomunica nessuno potrà venire assolto se non da Noi o dal Romano Pontefice pro tempore, salvo che si trovi in punto di morte.10. Inoltre prescriviamo a tutti, sotto la stessa pena di scomunica, riservata a Noi e ai Romani Pontefici Nostri Successori, l’obbligo di denunciare ai Vescovi, o ad altri competenti, tutti coloro che sappiano aver aderito a questa società o che si sono macchiati di alcuno dei delitti più sopra ricordati.11. Infine, per allontanare con più efficacia ogni pericolo di errore, condanniamo e proscriviamo tutti i cosiddetti catechismi e libri dei Carbonari, ove costoro descrivono ciò che si è soliti fare nelle loro riunioni; così pure i loro statuti, i codici e tutti i libri scritti in loro difesa, sia stampati, sia manoscritti. A tutti i fedeli, sotto la stessa pena di scomunica maggiore parimenti riservata, proibiamo.
I libri suddetti, o la lettura o la conservazione di alcuno di essi; e ordiniamo che quei libri siano consegnati senza eccezione agli Ordinari del luogo o ad altri cui spetti il diritto di riceverli.
12. Vogliamo inoltre che ai transunti, anche stampati, della presente Nostra lettera, sottoscritti per mano di qualche pubblico notaio e muniti del sigillo di persona investita di dignità ecclesiastica, si presti quella stessa fede che si concederebbe alla lettera originale se fosse presentata o mostrata.
13. Perciò a nessuno sia lecito strappare o contraddire con temeraria arroganza questo testo della Nostra dichiarazione, condanna, ordine, proibizione e interdetto. Se qualcuno osasse tentare ciò, sappia che incorrerà nello sdegno di Dio Onnipotente e dei beati suoi Apostoli Pietro e Paolo.
Dato a Roma, presso Santa Maria Maggiore, nell’anno dell’Incarnazione del Signore 1821, il giorno 13 settembre, nell’anno ventiduesimo del Nostro Pontificato.
PIO PP. VII
A Carbonária, manteve-se até hoje como corpo maçônico regularmente constituído e representativo da Maçonaria Carbonária Universal, embora tenha permanecido por um longo período sob o manto de inúmeros maçons carbonários, oculta e operante nas Lojas e Obediências diversas, contudo, seu espírito, herança e brio, não se apagou jamais. Existiram, claro está, cisões e divisões como por toda a parte e, em especial, as ocorridas dentro do Grande Oriente e Grande Lojas, como também em outras tantas e sucessivas obediências, mas o seu espírito e esperança prevaleceram, sendo sempre possível restaurar a unidade interrompida.
Reestruturada, regularizada e personalizada jurídicamente como Grande Loja Carbonária do Brasil, desde 1984, a Maçonaria Carbonária, trabalhando no rito florestal, pretende efetivar relações fraternas oficiais com praticamente todas as Obediências do mundo.
Para tanto, os princípios essenciais defendidos hoje pela Grande Loja Carbonária do Brasil, para a existência de uma Loja justa e perfeita podem resumir-se nos sete pontos seguintes:
1. que seja formada por, pelo menos, 7 mestres maçons;
2. que seja dirigida por 3, iluminada por 5 e tornada justa e perfeita por 7;
3. que trabalhe segundo um ritual que utilize os símbolos da construção;
4. que tenha as suas sessões num local fechado e coberto onde se encontrem as colunas J e B, as três grandes luzes entre as quais o esquadro, o compasso, e o canivete, instrumentos do grau e o pavimento em mosaico;
5. que pratique os graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre;
6. que a iniciação no grau de Aprendiz, a efetuar sob o sinal do triângulo, compreenda a câmara de reflexões, as provas e a passagem das trevas à luz; que a elevação ao grau de Companheiro Fendedor tenha lugar à luz da estrela flamejante; que a exaltação ao grau de mestre inclua a comunicação da lenda de Hiram; que a cada grau corresponda um compromisso solene;
7. que se considere maçom carbonário todo aquele que tenha sido formalmente iniciado numa loja maçônica justa e perfeita; Além destes princípios essenciais, a Grande Loja Carbonária do Brasil julga importantes e pratica pela sua Constituição e regulamentos, ou recomenda às suas lojas (Vendas), a prática dos seguintes:
8. que exista um grão-mestre eleito pelo povo maçônico carbonário;
9. que o grão-mestre tenha o direito de presidência em toda e qualquer reunião maçônica carbonária;
10. que o grão-mestre possa, se necessário, criar maçons carbonários e conferir graus;
11. que o grão-mestre possa autorizar a criação de lojas (Vendas);
12. que os irmãos (Bons Primos), tenham o direito de estar representados nas reuniões gerais maçônicas carbonárias, através das respectivas lojas (Vendas);
13. que cada irmão tenha o direito de apelar, para um corpo superior, das decisões da sua loja (Venda);
14. que cada irmão tenha o direito de visitar e tomar assento em qualquer loja (Venda);
15. que os visitantes sejam maçonicamente examinados antes de admitidos em qualquer loja (Venda);
16. que cada loja (Venda), não se intrometa em assuntos internos de outra nem confira graus a irmãos que não sejam do seu quadro;
17. que cada irmão esteja sujeito à Constituição, leis e regulamentos da Grande Loja Carbonária do Brasil;
18. que todo o candidato à iniciação seja isento de defeitos e mutilações e maior de 18 anos;
19. que cada loja trabalhe sob a invocação do Sagrado Mestre do Universo, cabendo a cada irmão plena liberdade de interpretar, religiosa ou filosoficamente, aquele conceito;
20. que a terceira das três grandes luzes indicadas no ponto 4. dos princípios essenciais, seja o Livro da Lei, representado pela Bíblia Sagrada;
21. que todos os maçons carbonários sejam iguais dentro da loja (Venda), onde trabalham, independentemente das suas diferenças na sociedade pagã;
22. que os conhecimentos adquiridos por iniciação nos vários graus sejam mantidos secretos e só comunicados a outros irmãos;
23. que se aceitem os ensinamentos simbólicos da Maçonaria em geral como ciência especulativa com profundo objetivo moral.
Assim, a Grande Loja Carbonária do Brasil, atém-se na sua quase totalidade aos 25 landmarks tradicionais da lista compilada pelo maçom norte-americano Albert G. Mackey, pondo apenas restrições aos nos. 1 (processos de reconhecimento), 18 (só no que respeita à proscrição absoluta das mulheres. Quanto ao 25o. e último landmark (inalterabilidade dos próprios landmarks), considera-o um absurdo histórico e filosófico de raiz dogmática, já que a mudança dos tempos tudo obriga a rever, corrigir e alterar.
3. A Grande Loja Carbonária do Brasil, conta hoje com lojas (Vendas) e triângulos (Choças), distribuídas e em organização por grande parte do território brasileiro.
Todas as Lojas (Vendas), da G.'.L.'.C.'.B.'. trabalham presentemente no Rito Florestal baseado nos de 1807, 1818 e 1822, então praticados em Itália, França, Portugal e Brasil, mas nada impede que outros ritos possam vir a ser introduzidos se as Lojas assim o entenderem.
4. A Grande Loja Carbonária do Brasil, rege-se pela Constituição de 1984, explicitada por um Regulamento Geral.
À frente da Grande Loja Carbonária do Brasil, encontra-se o Grão Mestre Geral, eleito por um período de três anos por sufrágio direto dos IIr.'. decorados com o grau de Mestre. Substituem-no nos seus impedimentos e coadjuvam-nos um Grão-Mestre Adjunto e o Grande Orador eleitos por igual período de tempo e pela mesma forma. Completa o executivo um Conselho da Ordem de membros eleitos no triênio formados também pelos Past Masters, formando assim a Alta Venda Carbonária. Este conselho reúne-se periodicamente e trata de todos os assuntos de caráter administrativo e executivo.
Com poderes sobretudo legislativos existe portanto, a Alta Venda, constituída pelos Veneráveis e todas as lojas (Vendas), e por representantes de cada loja (Venda), eleitos anualmente por todos os IIr.'. que a compõem.
A Justiça Carbonária é exercida, em primeira instância, dentro das próprias lojas (Vendas). Em segunda instância, funciona um Grande Tribunal, composto por cinco juízes, eleitos pela Alta Venda Carbonária.
5. A sede da Grande Loja Carbonária do Brasil, é em Curitiba, Estado do Paraná no chamado Castelo dos Carvoeiros da Floresta Negra, localizado na Rua dos Carvoeiros, s/n. Bairro São Pedro (próximo à ponte do Rio Passaúna – Divisa de Campo Magro. Trata-se de uma Venda Carbonária, que funciona nos moldes da Carbonária Antiga, em meio a uma Floresta (Um Alqueire) adquirido pelos maçons carbonários recentemente. Lá, projeta-se a construção de um Castelo ao estilo medieval, cuja área estima-se em 1500 m2, onde funcionarão Lojas e Vendas, tendo em suas torres, diversas salas de aula, alojamentos, refeitórios, cozinhas, praça de esportes e lazer. Serão recolhidos inicialmente, 60 menores abandonados, entre 08 e 12 anos de idade, que receberão ensino e atendimento em período integral, além da assistência aos seus familiares.
Desde 15 de Janeiro de 2004, se trabalha dioturnamente para a efetivação do mencionado projeto, restituindo à Maçonaria Carbonária a dignidade e a característica que a fez reconstruir e onde se voltaram a reunir as lojas (Vendas), Giuseppe Garibaldi, Anita Garibaldi, Benso d`Cavour, todas de Curitiba, a partir deste ano.
O Palácio Maçônico Carbonário, constará de uma construção com 320 m2, contendo uma Torre de três andares, onde primeiro estarão localizados os serviços administrativos, a biblioteca e o arquivo. O segundo será ocupado pelos gabinetes dos Veneráveis e GMG. O terceiro destinar-se-á as secretarias de lojas.
Em outras torres, funcionarão a Academia Maçônica Carbonária de Letras, Arte e Cultura do Brasil, além de outras entidades culturais e benéficas, legalmente constituídas e que servirão de ligação oficial entre a Maçonaria e o mundo pagão. Nelas se acharão também o Museu da Carbonária, salas para convívio, banquetes e um bar restaurante.
6. O Rito Florestal Carbonário, foi introduzido em Portugal pela França e Itália, antes mesmo de 1800, sendo sabido que José Bonifácio de Andrada, Joaquim do Lêdo, Alm. Tamandaré e tantos outros, iniciaram-se na Maçonaria Florestal como o faziam os cientistas e naturalistas da época. Não dispõe de um Supremo Conselho do Grau 33, todavia, com ajuda de vários Maçons investidos no Gr.'. 33, hoje Bons Primos, preparam a sua introdução nos estudos dos graus filosóficos do 4. ao 33 do REAA, adaptado.
É certo e tradicional, o ramo andrógeno da Carbonária, composto de um corpo feminino, totalmente subordinado à A.'.V.'.C.'.B.'., todavia, de atividade livre e independente, praticando o mesmo Rito Florestal, a exemplo da R.'.V.'.M.'.C.'.F.'. Anita Garibaldi, n. 03 na Floresta de Curitiba-Pr.
Assim, não admite a Maçonaria Carbonária, desavenças, intrigas e maledicências entre seus IIr.´. e Bons Primos, primando pela verdadeira união em todos os aspectos, pela Liberdade, Igualdade e Humanidade em todos os sentidos, e pela soberania da pátria que nos serve de abrigo, cientes do dever e da herança republicana e guardiã dos direitos e protetora dos desvalidos da sorte. Afinal, se hoje, grande parte do países democráticos do mundo gozam de liberdade, igualdade e fraternidade, é certo que se faz graças aos punhaiss da Carbonária do passado.
A abolição da escravatura no Brasil, teve a indeclinável e decidida participação das Lojas Maçônicas Carbonárias do passado, inclusive a ativa participação da Carbonária Italiana e Portuguesa na luta pela independência do Rio Grande do Sul, contra o despotismo e monarquia feudal experimentada pelo Brasil, nos idos de 1835 à 1845, já que Dom Pedro II, não era Maçom Carbonário, como o foi Dom Pedro I.
“O Maçom que não respeita a liberdade de associação de seus pares, discrimina potências ou ritos de outras sociedades secretas mas de idêntica filosofia (entre outros disparates), é um déspota digno do mais profundo desprezo. Usa indevidamente a condição de Ir.'. e apregoa falsamente moral que não lhe faz juz"
Por isso, à
Grande Loja Carbonária do Brasil
Na forma de Maçonaria Florestal é uma Ordem Universal formada de homens de todas as raças, credos e nacionalidades, escolhidos por iniciação e congregados em lojas (Vendas) nas quais por métodos ou meios racionais auxiliados por símbolos e alegorias, estudam e trabalham para a construção da sociedade humana; Fundada no Amor Fraternal, na Esperança, na Fé e na Caridade, que com Tolerância, Virtude e Sabedoria, com a constante livre investigação, com o progresso do conhecimento humano das ciências e das artes, dentro dos princípios da Moral, da Razão e da Justiça, o Mundo alcance a PAZ UNIVERSAL.
"O SEU DEUS É TAMBÉM O NOSSO DEUS"
A GRANDE LOJA CARBONÁRIA DO BRASIL (ALTA VENDA CARBONÁRIA), trabalhando sob as doutrinas puras da Moral, da Razão e da Justiça, sociedade simbólica e iniciática, adota rito litúrgico universal, que tem por base os seguintes
P R I N C Í P I O S :
1. A Maçonaria Florestal, proclama, com vem fazendo desde a sua origem, a existência de um Princípio Criador, sob a denominação de "Sagrado Mestre do Universo".
2. A Maçonaria Florestal, não impõe limite à livre investigação da verdade e à liberdade de pensamento e consciência, defendendo a mais plena liberdade de expressão e de pensamento como direito fundamental e inalienável do ser humano, e é para garantir a todos a amplitude dessa liberdade que ela exige a tolerância.
3. A Maçonaria Florestal, é acessível aos homens e mulheres de todas as raças e de quaisquer crenças religiosas, credos políticos, sistemas filosóficos e ideológicos, desde que sejam livres e de bons costumes.
4. A Maçonaria Florestal, combate a ignorância, a superstição e a tirania, e qualquer forma de pré-julgamento do ser humano baseado em raça, religião ou credo político, ideológico ou filosófico e a discriminação.
5. A Maçonaria Florestal, condena a exploração do homem pelo homem, o cerceamento por qualquer forma da liberdade, os privilégios e regalias indevidas, a hipocrisia, mas, enaltece o mérito da inteligência, a prática da virtude, bem como o valor demonstrado na prestação de serviço à Ordem, à Pátria e à Humanidade.
6. A Maçonaria Florestal, por ser uma entidade mediadora nos choques ideológicos entre os homens e mulheres, permite as discussões em suas Vendas, acerca das matérias que mereçam o apoio da Ordem e dos Bons Primos, nas causas da Liberdade, Igualdade e Humanidade, e a Soberania da Pátria!
Assim Proclamado:
Como de fato proclamada tem, a Maçonaria Carbonária por todo o conteúdo supra exposto, não busca reconhecimento de sua regularidade maçônica com outros corpos, mas sim, amizade, paz e prosperidade entre todos os IIr.'., de sorte que, para tanto, coloca-se de P.'. e a O.'. para todas as OOb.'. com sinceridades de propósitos, reiterando e enaltecendo o Landemark 14, onde estarão os nossos Templos receptivos as visitas dos AAm.'. IIr.'. de todo o Orbe, na certeza do apreço e do carinho fraternal que gozarão numa sociedade de Bons Primos, os encantos da igualdade!
Dado e traçado em algum lugar do Templo de Jerusalém, aos três Sóis, da Quinta Lua, do ano da Graça de N.'. B.'.Pr.'. Jesus Cristo, de 2004 e sob os auspícios de N.'.P.'. São Teobaldo - E.'.C.'. na Gr.'. Flor.'. da Maç.'. Flor.'. Brasileira.
Saúde e Fraternidade!
Vantagem! Vantagem!! Vantagem!!!
Triplo Abbraccio.'.
B.'.Pr.'.Walmir Battu, M.'.M.'.C.'.I.'.,
Grão Mestre Geral da G.'.L.'.C.'.B.'.
Luiz Cézar Machado
Gr.'. Orad.'. da G.'.L.'.C.'.B.'.
www.carbonaria.org
"Cuando los que mandan pierden la vergüenza,
los que obedecen pierden el respeto"
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Lula e Delúbio: Eles Venceram o Brasil
Postado Terça-feira, Maio 22, 2007 as 7:20 PM pelo B:.Pr:. Carlos zatti
Glauco Fonseca
Houve pelo menos um dia em que Jader Barbalho foi algemado e preso. Maluf chegou a ser detido por vários dias com seu filho. O juiz Lalau ainda está (está?). Collor perdeu seu mandato e PC Farias foi assassinado. Até mesmo José Dirceu sofreu – e ainda sofre – pelo seu “conjunto da obra” no caso do mensalão, segundo o procurador-geral da República.
Muitas outras “personalidades” brasileiras envolvidas em algum escândalo foram expostas à opinião pública, outras até morreram, como os prefeitos de Santo André e de Campinas. O próprio Marcos Valério já não tem mais agência e nem tão cedo terá (ou será que já tem e eu não sei?).
O certo é que temos de render homenagem a dois ilustres brasileiros que, mesmo tendo sido personagens fundamentais nas mais importantes ocorrências do mensalão, dos empréstimos mentirosos e dos conchavos no Congresso Nacional, esses dois são Delúbio Soares e Lula da Silva.
Delúbio está de bem com a vida. Nenhuma responsabilidade foi apurada, mesmo tendo sido ele dono da caneta mais rápida do velho sudeste. Esteve à frente das falcatruas mais famosas dos poucos séculos de história do Brasil e nada, absolutamente nada se fez para elucidar e enquadrar o cidadão. Já Lula, o presidente, cujos compadres, assessores, chefes de gabinete, amigos, financiadores, pagadores de contas permaneceram como estão, não só foi isentado de tudo como ganhou de prêmio mais quatro anos no comando deste país que tem muito, muito mais sorte do que juízo.
Lula e Delúbio são a dupla que venceu o Brasil em todos os certames a que foi exposta. Delúbio foi expulso do PT e isto foi sua maior pena. Nada foi imputado a Lula, entretanto, nem mesmo a presunção do adágio “diz-me com quem andas...”.
Delúbio é hoje um pop star. Dá autógrafos, distribui sorrisos e não está nem aí para o que um país inteiro diz dele. Tira fotografias com “fãs” e investe em longa cabeleira, como se quisesse demonstrar displicentemente não só sua magnífica inocência como a brancura imaculada de sua consciência. Lula, cujo filho enriquece à custa de dinheiro público via uma concessionária de serviços públicos, cujo irmão estabanado bem que tentou influenciar e ganhar mas não levou como queria, do amigo que pagou suas contas e de sua filhota catarinense, do amigo que intermediou o milionário negócio entre companhias aéreas, do assessor citado no escândalo eleitoral do dossiê anti-tucanos, Lula, esse mesmo, não fosse ele o sofrido ex-metalúrgico, pobre, retirante, que combateu as elites e se tornou o presidente da República, “contrariando as oligarquias e os interesses do imundo capital internacional”, teria sido suspeito, indiciado, acusado ou até mesmo impedido. Bastaria que não fosse o Lula ou que não fosse do PT.
Delúbio e Lula, vinho da mesma pipa, farinha do mesmo saco, não só riem do Brasil como estão “em busca da perfeição”. E nos assusta o que eles entendem por “perfeição”. Perfeição pode ser governar com sabedoria, com lucidez e justiça. Perfeição pode ser, quem sabe, melhorar de fato a distribuição de riqueza entre os cidadãos. Perfeição pode até ser atingir indicadores de primeiro mundo, erradicando a dor e fazendo a delícia de ser brasileiro. O problema é quando perfeição é considerar apenas que... compensa.
Diego Casagrande
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Os Maçons e a Abolição da Escravatura
Postado Terça-feira, Maio 22, 2007 as 7:18 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Do livro "Os Maçons e a Abolição da Escravatura"
Editora A Trolha - 1998
1884 - O CEARÁ LIBERTA SEUS ESCRAVOS, SOB A ÉGIDE DA MAÇONARIA
A partir de 1875, o abolicionismo começara a empolgar a opinião pública na província do Ceará, enquanto a atitude do Parlamento imperial, de caminhar para uma paulatina extinção da mão-de-obra servil, sem uma ação eficaz para a total abolição, preocupava os abolicionistas cearenses.
Tal situação fiz com que diversos grupos ativistas começassem a atuar dentro da mesma tendência paulista, de liberar, em grande escala,os cativos dos latifúndios.
Também começaram a ser criadas associações abolicionistas, destacando-se, entre elas, o Centro Abolicionista, de tendência moderada, e a Sociedade Cearense Libertadora, de linha jacobina (1). Esta era formada, em sua maioria, por maçons republicanos e abolicionistas e conseguiu agitar a província, com uma reunião na chamada "Sala do Aço", a 30 de janeiro de 1881, quando o seu presidente, João Cordeiro, à luz de velas, cravou um punhal na mesa revestida de pano negro , exigindo, de todos os presentes, o juramento de matar ou morrer pela abolição da escravatura, ao mais clássico estilo da Carbonária (2), também chamada de Maçonaria Florestal. Nos estatutos da Libertadora constava, expressamente:
"A Sociedade libertará escravos por todos os meios ao seu alcance". Seguindo essa linha, que era, também, a de Luís Gama (da Loja América) e Antônio Bento (da Loja Piratininga), em S. Paulo, a Libertadora usava, realmente, todos os meios, legais, ou ilegais, para libertar escravos. Assim, raptavam-nos das fazendas, escondiam escravos fugidos, disfarçando-os sob roupas finas e enviando-os para longe, com falsas cartas de alforria. Além disso, quando havia escravos à venda, os membros da Sociedade e suas mulheres doavam, para um fundo, relógios, correntes, anéis e brincos de ouro, para resgatá-los e dar-lhes liberdade. Cartas ameaçadoras eram enviadas a senhores de escravos.
Uma delas, em registro que foi conservado, era dirigida a um fazendeiro do Piauí, cujos escravos fugidos haviam sido acolhidos pela Sociedade, e continha um trecho terrivelmente ameaçador, embora alguns historiógrafos o considerem "pitoresco" :
"Nós, abaixo-assinados, membros da terrível Sociedade Libertadora Cearense, restituímos a liberdade
ao cidadão F...., e ordenamos-lhe que pretendendo voltar à terra de sua residência, se o seu senhor quiser obrigá-lo ao cativeiro, o poderá matar com uma faca bem grande, que lhe atravesse o coração de uma banda à outra".
A Sociedade chegou a aliciar os jangadeiros do Ceará, --- que, por isso, seriam homenageados por Patrocínio --- chefiados por Francisco José do Nascimento, conhecido como "dragão do mar". Fortaleza, capital e porto da província do Ceará, devido ao mar bravio, era péssimo ancoradouro e, por isso, os embarques e desembarques tinham que ser feitos por meio de embarcações pequenas e insubmersíveis, ou seja, as jangadas, as únicas a conseguir vencer o mar encapelado desse trecho da costa cearense. Os jangadeiros, então, faziam o transporte de passageiros e carga para os navios ancorados ao largo e recusavam-se a transportar escravos, sendo, por isso, fechado, o porto, ao tráfico interno de cativos, que eram vendidos, por seus proprietários, em outras províncias, diante do avanço da ação abolicionista.
A última tentativa de embarcar escravos --- duas mulheres --- para o sul do país, foi tumultuada, exigindo a presença do chefe de polícia, para garantir o embarque ; enquanto este discutia com os jangadeiros, as duas escravas foram raptadas por membros da Sociedade e libertadas. Os municípios cearenses começavam, nessa época, a libertar em massa os seus escravos. O primeiro a tomar tal atitude foi Acarape, que, por isso, teve o seu nome mudado para Redenção.
Seguiram-se diversos pequenos municípios até que, a 8 de maio de 1883, a liberdade, para os cativos, chegava a Fortaleza. Era o passo que antecedia o clímax: a 25 de março de 1884, finalmente, era abolida a escravidão na província do Ceará, quatro anos antes da Lei Áurea.. Foi quando Patrocínio chamou o Ceará de "terra da luz".
E tudo fora feito, principalmente, através do trabalho incessante da Sociedade Libertadora, de nítida inspiração maçônica.
NOTAS:
1. Os jacobinos formaram a mais importante das associações políticas da época da Revolução Francesa. A associação teve origem no Clube Bretão, criado por deputados liberais da Bretanha, logo após a abertura dos Estados Gerais, em 1789, em Versalhes. Acompanhando a Assembléia Nacional, em Paris, a associação reunia-se no Convento dos Jacobinos, à rua de Saint Honoré. O nome de jacobinos era dado, na França, aos, aos frades dominicanos, porque o seu primeiro convento, em Paris, estava instalado na rua Saint Jacques. E esse nome acabou sendo dado, por adversários, aos membros da associação, que, em 1791, passou a se intitular Sociedade dos Amigos da Constituição e, depois da queda da monarquia, em 1792, Sociedade dos Jacobinos, Amigos da Liberdade e da Igualdade. A maior parte da associação era formada por republicanos extremados. Com grande poder na época, ela, depois, foi perdendo sua influência, até ser dissolvida, em 1799. Nessa ocasião, a palavra "jacobino" já servia para designar os que defendiam opiniões extremamente revolucionárias.
2. Carbonária era uma sociedade secreta, nascida, inicialmente, entre os carvoeiros e lenhadores de Hanover, daí o título, do italiano: carbonaro = carvoeiro. A sociedade espalhou-se por quase toda a Europa, tendo bastante atividade política, nos séculos XVIII e XIX, principalmente na Península Itálica, onde foi responsável pela unificação da Itália (1870), e na Península Ibérica. Por extensão, o termo foi aplicado a todos os membros de sociedades secretas com fins revolucionários. A Carbonária foi, durante muito tempo, confundida com a Maçonaria --- daí o título de Maçonaria Florestal --- porque ambas as sociedades, em algumas ocasiões, chegaram a manter algum tipo de intercâmbio e colaboração, para uma finalidade comum, como no caso da campanha de unificação da Itália.
Todavia, os métodos, geralmente violentos e de luta revolucionária da Carbonária, afastam-na da Maçonaria, que sempre foi fundamentalmente libertária e avessa à violência. O punhal era o mais comum meio de justiça dos carbonários; e, em muitas de suas cerimônias, ele era usado para sinais e para reforçar juramentos e compromissos, como no citado caso da Libertadora. Daí a comparação.
Síntese da obra:
I - Os Primórdios do Abolicionismo no Mundo
II - Os Primórdios do Abolicionismo no Brasil
III - A extinção do Tráfico e o Início da Luta dos Maçons
IV - A Lei do Ventre Livre - O Visconde do Rio Branco
V - Os Grandes Vultos Maçônicos do Abolicionismo
VI - A Questão Militar e a Abolição da Escravatura
VII - O Caminho do Fim da Escravidão
VIII - Apêndices:
O Navio Negreiro (Castro Alves)
Vozes D´África (Castro Alves)
Carlos Gomes e o Abolicionismo.
"Bons Primos Carbonários - IRMÃOS PARA SEMPRE!"
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Sinais Inquietantes
Postado Domingo, Maio 20, 2007 as 2:59 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
MARIA LUCIA VICTOR BARBOSA
18/5/2007
Quais os limites da liberdade de cada pessoa diante do poder do Estado? Essa é uma pergunta que demanda resposta complexa, mas pode ser respondida de forma simplificada dizendo-se que a liberdade de cada indivíduo depende do contexto cultural de sua sociedade e do sistema político em que ele vive.
Nos sistemas totalitários do século passado, o nazismo e o comunismo ou socialismo real, a liberdade era nula. Não se era livre em nenhuma esfera da vida fosse ela política, econômica, religiosa, familiar, cultural, intelectual. O controle do Estado era total e no cimo da hierarquia da casta dominante um déspota regia com mão de ferro os destinos de seu povo. Esse "grande líder", por sua vontade suprema decidia como um deus sobre a vida ou a morte, o prêmio ou o castigo de cada um.
Um esquema parecido funciona na ditadura ou regime autoritário. Porém, nesse caso, existe certa margem de liberdade no que tange, por exemplo, a organização familiar, a religião ou a alguma produção cultural “inofensiva”. As ditaduras, contudo, não toleram opositores, não permitem a liberdade política configurada em partidos ou entidades de oposição. Não é permitida a liberdade de pensamento, notadamente, a liberdade de imprensa. Nas ditaduras os Poderes Legislativo e Judiciário funcionam como apêndice do Executivo e a ele obedecem. Naturalmente, as ditaduras, ainda que tenham essência comum, possuem nuances diferenciadas conforme a sociedade em que vigoram.
Nem sempre o governante totalitário ou o ditador é figura carismática que necessite agradar ao povo ou provocar empatia. Déspotas mandam e quem tem juízo obedece. Mas, não falta entre os grandes ou pequenos tiranos os que se julgam uma espécie de deus ou de super-homem. Seriam eles os salvadores da pátria, os grandes heróis que prometem redimir os oprimidos. Para alimentar tais crendices usa-se largamente a propaganda. Todavia, como disse Haro Tecglen ao analisar o super-homem nietzschiano, “Hitler acreditou que fosse ele; centenas ou talvez milhares de pessoas acreditam serem elas: algumas foram parar em asilos, outras foram mais ou menos toleradas pelas famílias, algumas alcançaram o poder e fantásticos níveis de catástrofe”.
Quanto ao liberalismo expresso na democracia, pressupõe o exercício das liberdades civis: liberdade de mercado, pluripartidarismo, eleições livres, liberdade de pensamento, religiosa, cultural, de reunião, etc., o que não significa liberalidade na medida em que a Lei, configurada constitucionalmente, deve impedir abusos e impor limites à ação dos cidadãos. O arcabouço legal das democracias é também antídoto eficaz contra a tentação totalitária ou autoritária que dá asas aos super-homens.
Regimes democráticos também se adaptam aos contextos sociais em que se inserem e isso explica a fragilidade de nossa dúbia democracia.
Nossos vizinhos de origem espanhola são radicais em suas paixões políticas, em suas atitudes e comportamentos, o que acaba fomentando o aparecimento de oposições tão necessárias às ditaduras. Mesmo nos sistemas democráticos deve haver oposição, pois sem esta não há democracia. Exceção observa-se em Cuba, cujo sistema totalitário impede qualquer demonstração livre por parte do povo.
No momento se nota sinais inquietantes em nossa frágil democracia sem que haja percepção ou reação de parte da maioria da população. Vejamos os mais graves:
1º) O Legislativo e o Judiciário comportam-se como figurantes do Executivo, sendo que o Legislativo exibe sem pudor seu objetivo voltado para privilégios, cargos e outros “benefícios” oferecidos pelo Executivo como moeda de troca em votações. Nossos parlamentares, com honrosas exceções, parecem empenhados em demonstrar que todos têm seu preço.
2º) Aumenta a impunidade da classe dirigente que se locupleta de forma jamais vista nesse país. Para distrair a opinião pública e ocultar crimes mais graves aparecem alguns bodes expiatórios que também ficarão impunes, e tudo bem.
3º) Não existem oposições e mesmo certas figuras públicas, antes vigorosas em suas críticas e denúncias, renderam-se ao Poder Executivo.
4º) Na mídia, de modo geral, ressoa a “voz do dono”. Poucos e corajosos jornalistas foram ou estão ameaçados de serem calados sem que haja nenhuma manifestação de apoio da imprensa. Cito aqui o caso do defenestrado Boris Casoy, do Arnaldo Jabor que levou um cala-boca governamental e do Diego Mainardi ameaçado de morte no pasquim do MR-8. E vem aí Franklin Martins e a TV estatal.
5º) O presidente da República, que se diz modestamente próximo da perfeição, parece supor que encarna o super-homem. Ele sabe que o povo gosta e precisa de super-heróis e anda caprichando em shows de triunfalismo e egolatria. Pode-se dizer que é um homem de sorte monumental e, respaldado por sua impressionante propaganda, faz a maioria crer que é um democrata.
Mas qual é o limite da liberdade diante desse poder incomensurável? O tempo responderá, como já respondeu em outros países.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
Sem Comentarios...
Postado Domingo, Maio 20, 2007 as 2:54 PM pelo B:.Pr:. Carlos zatti
1. LULA CONSULTA JURISTAS PARA TENTAR CONTINUAR NO PODER EM 2010
Do Observatório de Inteligência
04 de maio de 2007
Por Orion Alencastro
Um dos mais prestigiados escritórios de advocacia da capital de São Paulo, localizado fora do centrão, trabalha silenciosamente para atender um cliente muito especial da República Federativa do Brasil. Há dias, jurisconsultos conceituados iniciaram uma frenética faina noturna compilando constituição, revendo fatos históricos, jurisprudência, mecanismos congressuais e o inventário da legislação eleitoral do país.
REFORMA POLÍTICA OFERECERÁ BRECHAS
A reforma política aquecerá os debates na Câmara e no Senado, sob coordenação do Ministro da Justiça Tarso Genro, um dos cérebros do gramscismo. Gera muita expectativa a proposta que será apresentada este mês pelo presidente do PMDB, deputado Michel Temer, que já advoga mandato de 7 anos com o fim da reeleição, mas que não encontra ressonância alguma até o presente momento.
não tem condições de refletir.
2. CÂMARA FEDERAL: MASMORRA DO PALÁCIO DO PLANALTO
Orientado por Chávez, o presidente amarrou a Câmara dos Deputados.
3. MUSSOLINI, HITLER E LULA CHEGARAM AO PODER PELA VIA DEMOCRÁTICA.
Duas das mais notáveis autocracias, o fascismo italiano e o nazismo ascenderam ao poder por vias formalmente democráticas. Mussolini, após a marcha sobre Roma, foi chamado pelo rei para construir o Governo e procurou, de início, fingir obediência ao formulário constitucional. Hitler, para grande escândalo da democracia, subiu ao poder por um processo estritamente democrático, embora pressionado por um conjunto de fatores subterrâneos.
Na realidade nacional, o casuísmo fará o jogo para o candidato à tirania usar da orientação e dos pareceres jurídicos mais convenientes para que a força de coalizão política e popular materializem as suas aspirações de perpetuação no poder.(OI/Brasil acima de tudo)
4. BRASIL: ARMAS PARA A FRENTE DE LIBERTAÇÃO NACIONAL E APOIO DA AL-QAEDA.
Do Observatório de Inteligência
04 de maio de 2007
Tendo em vista que o presidente Luiz Inácio da Silva e seu gabinete de segurança institucional não tem oferecido resistência e, sim, apoio político e financeiro a "Frente de Libertação Nacional", sustentando o aumento da ação e dos quadros dos exércitos das guerrilhas rural e urbana, coordenada pelo MST, CUT e agentes do Governo, com orientação da Al-Qaeda e em função do contínuo descarregamento de armas clandestinas em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória, consideramos conveniente republicar o artigo " O terror está no Brasil, não avisem o presidente! ":
5. FARC TREINA JOVENS LATINO-AMERICANOS NA COLÔMBIA.
Treina-os para a guerrilha, subsidiados pelo governo brasileiro. No aeroporto de Guarulhos, embarcam para a Colômbia, candidatos a treinamento nas FARC, previamente recrutados e hospedados na cidade, antes da viagem.
As bombas que explodiram em São Paulo no Ministério Público (R. Riachuelo), em vagões do Metrô e CBTU, foram artefatos produzidos por especialistas de alto preparo técnico externo. A que explodiu em organização da Polícia Militar de São Paulo foi artefato deixado pelo terror e recolhido para perícia e, lamentavelmente, provocou o acidente.
Na Assembléia Legislativa de São Paulo foi descoberto poderoso engenho de nitroglicerina dentro de extintor de incêndio.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao tomar posse na segunda Presidência da República, declarou o Governo Popular Socialista do Brasil. Está instalado. Liberou geral. Deverá nomear outro panaca para o Ministério da Defesa como o atual, deslumbrado com a nostalgia do auto-exílio dos Cafés de Paris e na maravilha do Folie Bergère, de fazer inveja ao defunto poeta Prêmio Nobel Anatole France. Waldir Pires está interessado em copiar modelo de defesa francês para o Brasil continente.
(OI/Brasil acima de tudo)
Fonte: http://www.ternuma.com.br/index.htm
Saudações,
Dr. FRANCISCO VIANNA
Assassino de policiais se apresenta
Postado Quinta-feira, Maio 17, 2007 as 9:22 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Casos
Assassino de policiais se apresenta
Valéria Biembengut [16/05/2007]
PARANÁ-ONLINE
João Moraes Filho apresentou-se espontaneamente na Promotoria de Investigação Criminal (PIC), na semana passada, e confessou ser o autor da dupla execução dos investigadores da Polícia Civil Edmilson Polchlopek, 34 anos, e Rubens Ferreira Lima, 49, que aconteceu no final da noite do dia 30 de abril, no Sítio Cercado. João entregou a arma do crime, um revólver calibre 38, que foi encaminhado pelos promotores para o Instituto de Criminalística, para o exame de balística. O resultado do exame confirmou que a arma foi usada para matar as vítimas com tiros na nuca.
Procurada pela reportagem da Tribuna, a PIC confirmou a apresentação e a confissão de João, além do resultado positivo do exame de balística, mas preferiu não dar maiores detalhes sobre o caso, limitando-se a informar que o acusado foi encaminhado à Delegacia de Homicídios, que é responsável pelo caso.
Silêncio
Apesar da apresentação ter ocorrido há alguns dias e o caso ter sido noticiado amplamente pela imprensa e ter movimentado policiais de diversas delegacias, a Delegacia de Homicídios permanece em silêncio. A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública informou que “não há nenhuma novidade sobre o caso e que os policiais estão trabalhando”.
De acordo com informações, João teria explicado o motivo que o levou a executar os policiais, e seria esta a razão da polícia silenciar-se sobre o episódio.
Segundo João, os policiais foram mortos porque foram até o Sítio Cercado várias vezes para extorqui-lo. Informações extra-oficiais e comentários nos meios policiais dão conta que o autor dos disparos está envolvido com roubo de cargas. Descobrindo isso, os dois investigadores passaram a exigir que ele lhes entregasse inicialmente R$ 50 mil. Após muitas “negociações”, o valor foi reduzido para R$ 15 mil, que deveriam ser pagos em duas parcelas de R$ 7,5 mil cada uma.
Acerto
Na manhã do dia 30, Rubens teria telefonado para Polchlopek, marcando o encontro para mais tarde. Mal sabiam os investigadores que iriam cair em uma cilada. Por volta das 22h, os dois foram até o Sítio Cercado para se encontrar com o executor. Após uma breve conversa, João avisou que o dinheiro estava em sua casa. Com a viatura descaracterizada da delegacia de Almirante Tamandaré - a Parati placa ALW-1910 - eles encostaram em frente à moradia e o assassino entrou. Porém, ao invés de apanhar o dinheiro, pegou uma arma e retornou para a viatura. Os policiais deixaram o local pensando que iriam receber a primeira parcela do “acerto”. Na Rua Arcanjo São Rafael, eles pararam o carro e antes que pudessem reagir, foram executados.
Rubens estava lotado na delegacia de Almirante Tamandaré e Polchlopek, por estar afastado das ruas, trabalhava no grupo de Recursos Humanos da Polícia Civil, uma vez que respondia a acusações de abuso de autoridade e concussão (extorsão praticada por funcionário público).
Prossegue a “faxina” na PC
Enquanto a Polícia Civil procura manter em sigilo o motivo da execução dos investigadores Edmilson Polchlopek e Rubens Ferreira Lima - que estariam praticando uma extorsão quando foram mortos - outros seis policiais acusados de envolvimento em atividades ilícitas foram demitidos este mês, de acordo com publicação em Diário Oficial. Em abril, outros sete já haviam sido mandados embora da instituição, por comportamento irregular.
Desta vez, a lista de demitidos é encabeçada pelos ex-policiais Rubens do Nascimento e Geraldino Cláudio Vieira, acusados de usar um carro apreendido de forma ilícita. Também perderam a função o escrivão Osmair Veras de Souza - acusado de estelionato; o investigador Christian Maximilian Gonçalves Cordeiro, por extorsão; o investigador José Andyara Newlands Infante Vieira, acusado de favorecimento ao tráfico de drogas; e o motorista Amadeu Borges da Silva, acusado de concussão (extorsão praticada por funcionário público). (MB)
Discurso do Embaixador Guaicaípuro Cuatemoc
Postado Sábado, Maio 12, 2007 as 7:25 PM pelo B:.Pr:. Mazzini
DISCURSO DO EMBAIXADOR GUAICAÍPURO CUATEMOC
Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de descendência indígena, defendendo o pagamento da dívida externa do seu país,o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Européia.
A conferência dos chefes de Estado da União Européia, Mercosul e Caribe, em maio de 2002 em Madri, viveu um momento revelador e surpreendente: os chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irônico, cáustico e de exatidão histórica que lhes fez Guaicaípuro Cuatemoc.
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" só há 500 anos.
O irmão europeu da aduana me pediu um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram.
O irmão financista europeu me pede o pagamento - ao meu país- , com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse.
Outro irmão europeu me explica que toda dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros sem pedir-lhes consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
Consta no "Arquivo da Cia. das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos 1503 e 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
Teria sido isso um saque?
Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!
Teria sido espoliação?
Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.
Teria sido genocídio?
Isso seria dar crédito aos caluniadores, como Bartolomeu de Lãs Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a atual civilização européia se devem à inundação de metais preciosos tirados das Américas.
Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas indenização por perdas e danos.
Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva.
Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra, da poligamia, e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar:
-Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos? Não.
No aspecto estratégico, dilapidaram nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros Reichs e várias formas de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram incapazes, depois de uma moratória de 500 anos, tanto de amortizar o capital e seus juros quanto independerem das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.
Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar e nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos em cobrar.
Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.
Nos limitaremos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, com 200 anos de graça. Sobre esta base e aplicando a fórmula européia de juros compostos, informamos aos descobridores que eles nos devem 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, ambas as cifras elevadas à potência de 300, isso quer dizer um número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.
Muito peso em ouro e prata ... quanto pesariam se calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milênio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para esses módicos juros, seria como admitir seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.
Tais questões metafísicas, desde já, não inquietam a nós, índios da América.Porém, exigimos assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente e que os obriguem a cumpri-la, sob pena de uma privatização ou conversão da Europa, de forma que lhes permitam entregar suas terras, como primeira prestação de dívida histórica..."
Quando terminou seu discurso diante dos chefes de Estado da Comunidade Européia, o Cacique Guaicaípuro Guatemoc não sabia que estava expondo uma tese de Direito Internacional para determinar a Verdadeira Dívida Externa.
Agora resta que algum Governo Latino-Americano tenha a dignidade e coragem suficiente para impor seus direitos perante os Tribunais Internacionais.
Os europeus teriam que pagar por toda a espoliação que aplicaram aos povos que aqui habitavam, com juros civilizados.
Publicado no Jornal do Comércio - Recife/PE
Deputado ARLINDO CHINAGLIA
Postado Quinta-feira, Maio 03, 2007 as 8:42 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Fortaleza, CE, 03.05.2007
Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados
Deputado ARLINDO CHINAGLIA
O GRUPO GUARARAPES tomou conhecimento de que Vossa Excelência resolveu processar o Jornalista ALNALDO JABOR por ter o mesmo usado palavras que considerou ofensivas contra Deputados. É um direito de Vossa Excelência assim proceder, mas causa espécie ao povo brasileiro essa atitude de Vossa Excelência, pois o jornalista fez um comentário a respeito de gastos excessivos por parte de alguns Deputados em gasolina, imoralidade que é conhecida, e pública verdade.
1 Parece ao GRUPO GUARARAPES que, antes de processar o conhecido e respeitado jornalista, caberia à Câmara saber como se pode gastar tanto combustível em dois meses de funcionamento, pois não é justo que o contribuinte pague tanto imposto, como é reclamado na Tribuna da Câmara.
Gostaríamos de saber as razões de Vossa Excelência de não levar ao Conselho de Ética dessa Casa do Congresso Nacional os Senhores Deputados que estão sendo levados às barras dos Tribunais nos vários fóruns da Justiça Brasileira. Parece ao GRUPO GUARARAPES que, pelo menos, seriam afastados de suas funções sem o direito de votar..
Vossa Excelência, que procura defender a honra da Casa que dirige, processando o jornalista, talvez, não conheça: “o amor não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a VERDADE”. Este pensamento consta da Carta de São Paulo aos Coríntios :13;1-7. Tudo indica que Vossa Excelência, ao processar o jornalista esqueceu a palavra AMOR, QUE É GRANDIOSA, TAMBÉM, NA BUSCA DA VERDADE.
O GRUPO GUARARAPES assiste com tristeza à degradação dos Poderes da República. Os escândalos em muitos órgãos do Executivo, envolvendo membros do Legislativo e do Judiciário com relações impróprias, não nos parece mostrar exemplos que possam ser apresentados ao povo brasileiro. O Jornalista Arnaldo Jabor e outros não podem escrever ou falar palavras elogiosas ao Poder que Vossa Excelência dirige, pois o mesmo não cumpre o que prescreve a Constituição Federal no seu Artigo 49 nº. X que diz: “ Cabe ao CONGRESSO NACIONAL “fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os de administração indireta”. Vossa Excelência há de convir que tudo que acontece no nosso País não vem merecendo a investigação séria (não citaremos os escândalos da Câmara dos Deputado, pois são bem conhecidos de Vossa Excelência) que já há quem considere mais um departamento do Poder Executivo, o que é inaceitável..
A VERDADE, pregada por SÃO PAULO, não é respeitada pelo Poder Legislativo. O GRUPO GUARARAPES lamenta que Vossa Excelência tenha claudicado na Instalação da CPI do APAGÃO AÉREO. Foi preciso que o PODER JUDICIÁRIO, mesmo com algumas relações impróprias, determinasse que fosse cumprida a Constituição Federal. Vossa Excelência não é membro do Executivo e sim do Poder que o fiscaliza. Queira Deus que ao final do seu mandato , o nome de Vossa Excelência não seja mais um dos que deslustraram a História dessa casa do povo brasileiro.
Temos esperança de que Vossa Excelência, com o recebimento deste documento, possa ponderar com os seus botões, e mude de posição, deixando de processar o jornalista ARNALDO JABOR, e passe a agir, com o Poder que tem, para que a CÂMARA DOS DEPUTADOS não seja mais um departamento do Executivo.
O GRUPO GUARARAPES nunca aceitou o que afirmou o nosso atual Presidente da República: “na Câmara há 300 picaretas”. Pensamos que aí deve ser a Casa onde devem morar a HONRADEZ, A DIGNIDADE, O AMOR E A VERDADE DO POVO BRASILEIRO, merecendo respeito...
www.revistainvestigacao.org.htm
Postado Quinta-feira, Maio 03, 2007 as 8:07 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Revista Investigação
SÔNIA VAN DJICK
Tenho certeza de que mais do que Lula e seu ministro especialmente encarregado do assunto, sou a favor da reforma agrária. Acontece que estou cansada de receber mensagens com textos de argumentação desonesta sobre o assunto; cansada de ver no noticiário o vandalismo do MST contra o patrimônio público e a propriedade privada (garantida pela Constituição) e o silêncio oportunista e conivente do governo petista-lulista. Nem quero lembrar a ação terrorista do MLST que depredou o Congresso Nacional, apenas para mostrar que "está 'assim' com o 'home'" e ganhar o noticiário, tornando seu líder uma das celebridades instantâneas dos novos tempos, que, como convidado, teve assento especial na cerimônia de posse do segundo mandato de Lula. Acho sacal ficar lembrando o que todo mundo sabe acerca da estupidez da propriedade da terra no Brasil, desde as capitanias hereditárias. Estamos no século XXI e com um governo militante do Partido dos Trabalhadores, que até o momento não se preocupou em fazer correção dos erros históricos, preferindo situar-se, por oportunismo, no mesmo contexto dos tempos coloniais. Não tenho intimidade com o MST, mas acredito que, em sua gênese, o movimento teve verdadeira intenção de reforma agrária e que lutou, antes do primeiro mandato de Lula, por reforma agrária. Lula foi eleito Presidente e a reforma agrária não aconteceu. Lula está em seu segundo mandato, e provavelmente com votos do MST - tanto que Bruno Maranhão, o depredador, do MLST, foi convidado de honra para a segunda posse -, e nem se fala em reforma agrária. O noticiário só dá conta de invasões, destruições de propriedades, depredação do patrimônio público (desafio quem me prove que um prédio do INCRA, depois de invadido pelo MST, fica limpinho, em ordem, com corredores transitáveis e sanitários usáveis...). Aí, recebo, neste "abril vermelho do MST", entre muitos, um texto dito "da escritora Urda Alice Klueger", romantizando um dos episódios protagonizados pelo MST. Bem... título por título (e essa gente parece que ama títulos - se não amasse, não apresentaria a autora com seu título de escritora...), também tenho os meus: escritora (poeta, contista, pesquisadora e crítica literária), professora doutora, aposentada na UFPB, e com um passado em defesa da liberdade e da democracia de que me orgulho, ainda que não tenha sido propriamente uma super star do eixo Sul maravilha (Rio-São Paulo, que os esquerdinhas de hoje pensam que foi o único locus da História), a ponto de merecer biografia (muito menos me dispor à autobiografia...) e documentários, mas mantendo a coerência de princípios, credenciada a repudiar Chávez, as negociatas com Morales e mais o governo petista-lulista e a corrupção institucionalizada (coisa que muita gente "bem" já não repudia), temer a violência urbana, e a continuar defendendo os princípios da democracia (a liberdade de expressão entre eles, como direito constitucional). Pois bem. Vamos ao que interessa: textos de argumentação desonesta. Uso como exemplo o texto abaixo, dito da escritora Urda Alice Klueger. Construindo um texto eivado de romantismo, bastando uma leitura atenta para encontrar as expressões qualificativas que exaltam o MST e seus integrantes, a fim de comover facilmente o leitor e convocá-lo para seu ponto de vista pela via emocional, dispensando toda atitude crítica, a autora escolheu concentrar seu foco em uma criança e em um velho agricultor, para que as emoções do leitor sejam para tais figuras exemplares conduzidas. Como recurso complementar de sua retórica do convencimento pela emoção, a autora menciona repetidamente mil e tantas sementes de repolho que gerariam uma plantação de milhares de pés de Brassica oleracea, grupo Capitata, variedade peculiar de couve (informação de dicionário, pois não sou botânica). Nada mais romântico. Nada menos político. Nada tão carente de análise histórico-sociológica. Nada mais retórico. Excelente argumento da desonesta retórica que justifica as ações do MST e a falta de uma política de reforma agrária do governo lulista-petista. Antes de continuar esta minha arenga, devo dizer que reconheço na autora uma habilidade ímpar: jogar com a retórica das emoções superficiais, para iludir os incautos, construindo uma situação de verossimilhança. Dadas as situações comoventes (a criança e o velho das sementes de repolho), a autora parte para um retorno no tempo e volta à Madeira-Mamoré, aponta Percival Farquhar como carrasco de todos os miseráveis, lembra a guerra do Contestado, cita nominalmente Juscelino Kubitschek - de quem diz que "passara [a terra], por decreto, para o Exército, que por algum tempo andou por lá, usando-a como campo de exercícios e fazendo mais um bocado de maldades com quem morava ali por perto", para completar seu paradigma de acusações pela injustiça social localizado no passado. Talento inegável da autora: uma criança (com tudo de sonho, de lúdico, de inocência, de não-culpa, de futuro, que a infância representa); um velho agricultor com suas sementes de repolho (com tudo de experiência, de sabedoria, de resto de sonho e de amor à vida, que a velhice representa); e um passado repudiável, cujo nome de Presidente citado é Juscelino Kubitschek. Tudo isso com um rosário de extermínio, injustiças e iniqüidades. A autora descreve com tintas fortes a catástrofe do acampamento do MST, sublinhando a violência da polícia e o fim dos sonhos dos militantes do MST - e o leitor deve estar lembrado da criança e do velho das sementes de repolho, cujos sonhos são também exterminados. A autora só se esquece de dizer que a violência por ela narrada acontece no governo Lula (não dá para mencionar Juscelino Kubitschek no episódio e nem para continuar falando da Madeira-Mamoré e de Percival Farquhar, no episódio de destruição que a autora quer testemunhar). Afinal, estamos no século XXI, no segundo mandato de Lula e a violência narrada aconteceu um dia desses, no presente do governo lulista-petista. Não é por incapacidade de análise e nem por incompetência intelectual que a autora deixa de mencionar o governo Lula e seu ministro encarregado da reforma agrária. É mesmo para mascarar os fatos e dar aval às ações do MST (e seus derivados). A autora parte para um sem número de abstrações, faz de conta que não sabe que o Presidente Lula teve poder para anular a ordem de prisão dos controladores de vôo militares amotinados, e parece desconhecer que a violência que tanto a comove (a ponto de escrever um texto que quer que seja exemplar) teve o aval do Planalto e/ou que Lula poderia ter impedido, caso tivesse interesse na reforma agrária ou caso o MST ainda fosse de fato um movimento pela reforma agrária - ou se Lula tivesse usado o mesmo poder usado no caso dos controladores de vôo amotinados... e, no caso, seria por uma política social: os sem-terra... Para a autora, a causa da contemporânea violência contra crianças, mulheres, velhos agricultores e homens jovens armados de facões e foices, é mais confortável ser remetida ao passado do que mencionar o presente de descaso de política agrária, porque teria que citar o nome Lula, ultimamente encantado com a "riqueza" do etanol. A autora foge das circunstâncias presentes como o diabo foge da cruz É incapaz de lembrar os compromissos assumidos pelo PT ao longo de sua história até a posse de Lula. A autora prefere as abstrações para dizer quem armou e comandou a agressão a crianças, mulheres, velhos, jovens homens sem metralhadoras, e termina fazendo acusações que não atacam o poder de comando e ainda traz para a cena o soldado de origem humilde, lembrando pai e mãe (mais um truque romântico da autora), enquanto ataca famílias acampadas, pois seus argumentos românticos sempre pretendem salvaguardar Lula e o PT, que não têm política de reforma agrária e apenas se beneficiam da violência do MST e deixam que as ações de reintegração de posse sejam violentas, para sustentar o discurso de promessa de ordem, paz e prosperidade de seu socialismo fajuto, jurássico e reacionário em relação ao século XXI. Perguntas que não querem calar: será que a escritora Urda Alice Klueger acredita que Lula e o PT estavam contra a violência que narra? Em decorrência: será que a escritora Urda Alice Klueger acredita que se Lula e o PT fossem contra a violência que ela narra, todo aquele horror que ela testemunha teria acontecido? Talvez a escritora Urda Alice Klueger não conheça bem o que acontece no Brasil e, por isso, não sabe da história da contaminação da lavoura de cacau no sul da Bahia (revista VEJA) - mas, isso é outra história e ela pode ouvir a narrativa na versão heróica dos petistas, para melhor conhecer os métodos do PT. Sem querer atribuir responsabilidade sobre a violência no campo ao governo Lula (e sem querer dizer o quanto o governo Lula tem interesse na violência do MST), a autora termina, pateticamente, levantando perguntas como se fosse uma desinformada, aproximando-se do leitor ingênuo, em uma jogada retórica: "Fico aqui me perguntando uma pergunta sem resposta: quem deu a ordem para aquele terrorismo de guerra sobre a população indefesa? Temos no poder um homem que acreditamos ser representante do povo. Teria partido dele a autorização para aquilo? Quem autorizou? É bem verdade que no fim ninguém morreu de bala e de granada – mas, e a morte lenta pelo abandono, pela pobreza, pela falta de perspectiva? Onde estão os direitos do ser humano? E O QUE É QUE AQUELA SOJA ESTAVA FAZENDO LÁ? Que as autoridades competentes me expliquem!" Se a nobre escritora Urda Alice Klueger tiver dignidade de dizer que escreveu seu texto para alimentar o poder do PT-Lula e justificar a violência do MST, tanto quanto eu tenho coragem de dizer que escrevi toda essa falação para ser contra Lula-PT, suas perguntas finais não passarão de dispensável mascaramento retórico e meu texto não precisará de razão, pois a falsidade dos fatos estará dada antecipadamente.
Perfil do Profano Candidato à Iniciação (*)
Postado Quinta-feira, Abril 26, 2007 as 7:52 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
PERFIL DO PROFANO CANDIDATO À INICIAÇÃO (*)
Inicialmente, cabe colocar que temos normas e condições estabelecidas pelas nossas Potências que condicionam a indicação de um profano para ser iniciado em nossa Ordem , as quais se encontram descritas, de forma de Regulamentos e legislação marginal, que estabelecem, entre outras exigências, de que o candidato esteja em pleno gozo de sua capacidade civil, que seja do sexo masculino, que não professe ideologias que se oponham aos princípios gerais da instituição, reputação ilibada, ter profissão e meio de vida lícitos e que serão admitidos mediante deliberação da Loja em que todos os presentes tomem parte.
Ao mesmo tempo impõe algumas condições restritivas das quais se sobressai a que define as pessoas que estejam impedidas de manifestarem livremente sua vontade.
Em estatística, recentemente divulgado pelo nosso G .'.O.'. R.'.G .'.S.'. , de um total de 22.121 iniciados temos 15.185 IIr.'. inativos (68,7%) e tão somente 6.936 IIr.'. ativos (31,3%), daí perguntamo-nos: as condições determinadas pelas nossas normas são suficientes?
Sem dúvida temos que parar e repensar o assunto. A culpa é da norma que parece ser liberal em demasia ou é dos IIr .'. indicantes e/ou das Lojas que aprovam um candidato, mais pelo seu QI (quem indica) do que por suas qualidades e atuações no mundo profano.
Entendo que as normas estão bem definidas, fixando as condições, mínimas, a serem preenchidas pelo profano, mas como indicantes e, principalmente, como sindicantes devemos ser mais exigentes na análise e checagem das informações fornecidas e obtidas sobre o candidato.
Outro ponto a ser revisado, são nossas sindicâncias, que, na forma como estão elaboradas, (a meu juízo), não esclarecem muito sobre o candidato, mas ao contrário do que pensam àqueles que não dão o devido valor, a enorme importância e responsabilidade dessa missão, do Sindicante, ou estes não estão dispostos a consumir um tempo em beneficio do progresso de sua Loja, fornecendo uma informação consistente e exata. É preferível, nesse caso, que não aceitem tão honroso encargo, devendo, delicada e honestamente, rejeitar essa missão, porque uma boa "SlNDICÂNCIA" deve ser isenta de qualquer resquício de obrigatoriedade, protecionismo, sem nenhum indício de optatividade e traçada com o intuito de iluminar os IIr .'. que irão tomar parte da decisão que dela, a "SINDICÂNCIA", advir.
Pela estatística acima comentada fica evidente que não estamos enfrentando uma boa fase. O que fazer?
Primeiramente precisamos ser muito mais rigorosos ao indicarmos ou ao analisarmos as qualidades individuais do Candidato, que, a meu juízo, deve ter o seguinte perfil, entre outras características individuais:
- Conduta ética, moral e social ilibada;
- Demonstrar espírito de liderança e de equipe;
- Gosto pela leitura e pelo estudo;
- Questionador e batalhador contra as injustiças;
- Tolerância, sociabilidade e criatividade.
Por fim, voltando ao assunto, o que entendo ser uma a principal peça neste processo, a Comissão de Sindicância, que vai verificar e informar para a Loja se o candidato está em condições de fazer parte de nossa Ordem. A Sindicância é um trabalho especial, e até diria, extraordinário, em cujo desempenho o maçom há de movimentar-se, tanto no interior do Templo e especialmente fora dele.
É, como dissemos, um trabalho especial que muito honra e dignifica o Ir .'. encarregado do seu desempenho, uma vez que tem excepcional importância para a construção das bases de progresso de uma Loja. É uma incumbência de grande vulto e estrita consideração para o e com o Ir .'. escolhido pelo V .'. Mestre.
É importante que nos conscientizemos da relevância das informações e da honra que nos é deferida no momento que passamos a fazer parte de uma Comissão de Sindicância, pois de nosso desempenho depende, em muito, o progresso de nossa Loja. É o que penso. Marco Antonio Perottoni - M .'.I .'. - Loja Cônego Antonio das Mercês e Loja Francisco Xavier Ferreiro de Pesquisas Maçônicas GORGS - Porto Alegre – RS.
(*) PESQUISA: Ser.'. Irmão José Robson Gouveia Freire, M.'. I.'., Gr.'. 33º, Gr.'. Orad.'. Adj.'. do Sob.'. Supremo Conclave do Brasil e Membro Ativo da A.'. R.'. L.'. S.'. Pioneiros de Brasília nº 2288 – Federada ao G.'. O.'. B.'. e Jurisdicionada ao G.'. O.'. D.'. F.'. - Rito Brasileiro
O primeiro Grande Conselho do Mundo
Postado Sexta-feira, Abril 20, 2007 as 7:09 PM pelo B:.Pr:. Guiseppe 33
Os Primórdios
Os Altos Graus --- acima do de Mestre --- suma característica do Rito Escocês Antigo e Aceito, começaram a surgir no século XVIII, em função de três acontecimentos principais:
1. Discurso de Ramsey
André Michel de Ramsey (1), escocês de Ayr, plebeu com fumaças de aristocracia, aportou na França, depois de alijado da Maçonaria de sua pátria, por insistir em criar graus cavalheirescos. Na França, satisfez a sua ânsia de nobreza, ao ser recebido como cavaleiro da Ordem de São Lázaro (Chévalier de Saint Lazare). E tão agradecido ficou que produziu, em 1737, um discurso, onde pretendia aristocratizar a Maçonaria, ligando-a aos nobres das Cruzadas, o que é pura lenda. Ele foi proibido de pronunciar o discurso, por ordem do cardeal Fleury (André Hercule de Fleury), ministro de Luis XV e dono do poder da época, na França, como ocorreu com outros cardeais (Richelieu, Mazzarino) ; mas o texto acabou sendo publicado no ano seguinte e influenciaria as tentativas posteriores de criação de Altos Graus.
Para alguns autores, o discurso foi, como tendência a uma profunda reforma institucional na Maçonaria, o ponto de partida para a adoção do sistema dos Altos Graus, além de ser uma verdadeira carta e um código geral de pensamento. Outros discordam, não lhe reconhecendo nenhuma influência importante e não vendo, nele, mais do que um apelo a lendas, uma paixão pelos títulos nobiliárquicos e uma pretensa origem dos franco-maçons nos cruzados.
2. Criação do Capítulo de Clermont
O Capítulo de Clermont foi criado em Paris, em 1754, com o nome de Colégio dos Jesuítas, onde ele foi instalado, local que já havia sido residência do pretendente ao trono inglês, Carlos Eduardo Stuart, filho de Jaime III. Dizendo-se uma Obediência maçônica, o Capítulo propunha-se a praticar os Altos Graus e não manter vínculos com a Grande Loja (da França), repudiando-a por suas atividades políticas. Este Capítulo teve uma existência bastante efêmera --- muitos autores nem mesmo o citam --- mas, como o discurso de Ramsey, acabaria rendendo frutos, através das idéias que propagou, para que surgissem, posteriormente, os Altos Graus.
3. O Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente
Considerado, por muitos, como o sucessor do Capítulo de Clermont, foi fundado, em 1758, em Paris, o denominado Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, Grande e Soberana Loja Escocesa de São João de Jerusalém, que foi, no século XVIII, a mais importante das Potências ditas escocesas, as quais, embora nascidas na França, tiveram os seus primórdios com os partidários dos Stuarts --- denominados "escoceses" --- que reinaram, durante muito tempo, sobre a Inglaterra e a Escócia. O seu pomposo título distintivo mostra, claramente, a influência aristocrática, a fixação nas Cruzadas --- já expostas no discurso de Ramsey --- a fatuidade da época e o fascínio exercido pelos Altos Graus. No mesmo ano de 1758, o Conselho criou um sistema de Altos Graus, impondo-lhe o limite de 25 graus. Essa resolução foi inscrita, oficialmente, em seus Estatutos de 1762, e, no início, todos esses graus superiores eram chamados de "graus de perfeição". Essa escala de 25 graus foi denominada Rito de Perfeição, ou de Héredom.
Em 1761, Etienne Morin, membro da seção do Conselho instalada em Bordeaux, recebeu uma patente, através da qual ele era autorizado a fundar Lojas dos graus de perfeição nas Américas. Aí chegando --- através de Porto Rico --- só dois anos mais tarde, Morin constatou que outros o haviam precedido. Em parte de sua correspondência, citada por Lantoine, é abordada "uma respeitável Loja escocesa", encontrada tão bem composta, da mesma maneira que a Loja simbólica, que ele acreditou dever dar a elas as mesmas instruções. Isso significa que, além dessa Loja simbólica, já existia uma Oficina de Altos Graus, embora tenha sido só através de Morin que essas Lojas progrediram e prosperaram, sob a égide da seção bordelesa do Conselho, que lhe havia concedido a patente.
O Supremo Conselho de Charleston
Os Altos Graus tiveram, no Novo Mundo, uma acolhida muito grande e até sofreram acréscimos. Todos os tinham e a sua concessão, sem qualquer critério lógico e sem um poder moderador para discipliná-la e organizá-la, acabou fazendo com que o sistema se transformasse num verdadeiro caos.
Diante disso, um grupo de maçons, reunidos a 31 de maio de 1801, na cidade de Charleston, no Estado da Carolina do Sul (EUA), por onde passa o paralelo 33 da Terra, resolveu criar o Supremo Conselho do grau 33, que, por ser o primeiro, audenominou-se "Mother Council of the World", ou seja Supremo Conselho Mãe do Mundo (por que não pai?). Supõem, porém, alguns pesquisadores, que os Supremos Conselhos das Índias Ocidentais Francesas e de Kingston (Índias Ocidentais Inglesas), cuja existência é imprecisa, em ambos os casos, já atuavam desde 1796.
Marcando o início de uma fase de organização e método na concessão dos Altos Graus, o primeiro Supremo Conselho adotou a divisa Ordo ab Chao, ou seja, Ordem no Caos, o caos em que se havia transformado o emaranhado de Altos Graus, concedidos sem qualquer critério lógico e sem que houvesse um poder organizador, moderador e disciplinador.
Da criação desse Supremo Conselho participaram nove membros: Frederik Dalcho, John Mitchell, Abraham Alexander, James Moultrie, Thomas Bartholomew Bowen, Jean-Baptiste Marie Delahogue, Emanuel de la Motta, Moses Levy, Israel de Lieben. O conde Alexandre-François-Auguste Grasse-Tilly, genro de Delahogue, embora tenha sido, praticamente, o mentor da idéia, não aparece entre os fundadores. Nascido em 1765 e iniciado em Paris, antes da Revolução Francesa, na Loja Saint Jean d'Écosse du Contrat Social, ele foi para a América, passando muito tempo em São Domingos, como oficial, até chegar a Charleston, em 1786. A história de sua vida se identifica, a partir daí, com a história do Rito Escocês Antigo e Aceito, pois ele já vinha, desde 1796, pensando em fundar um Supremo Conselho e criar o 33o. grau.
Chegando a Paris, munido de uma patente que o habilitava a criar um Supremo Conselho, Grasse-Tilly encontrou grande agitação maçônica, provocada por dissidências e querelas em torno da colação dos Altos Graus de Héredon, as quais já haviam proporcionado diversos acordos, seguidos de tantas outras rupturas, ainda em conseqüência da implantação, em 1786, dos quatro Altos Graus do Rito Francês, ou Moderno. Em reação a esse sistema, o conde, em curto espaço de tempo, elevou ao 33o. grau um grande número de maçons franceses, formando um Supremo Conselho provisório. A 12 de outubro de 1804, os Grandes Oficiais do Rito constituíram o Grande Consistório, que convocou, para o dia 22 do mesmo mês, uma assembléia geral, com a finalidade de proceder à formação de uma Grande Loja Escocesa. Nesse dia, deu-se a criação da Grande Loja Geral Escocesa de França, do Rito Antigo e Aceito, com sede em Paris, elegendo-se, na ocasião, quarenta e nove dignitários e sendo proclamado o príncipe Luís Napoleão, como Grão-Mestre, e Grasse-Tilly como seu representante.
Grasse-Tilly foi o dirigente máximo (Soberano Grande Comendador) do Supremo Conselho da França, de 1804 a 1806, tendo Delahogue como Lugar-Tenente, segundo da escala e substituto imediato do Soberano Grande Comendador. Ele viria a ser sucedido pelo duque de Cambacérès, que governaria de 1806 a 1818, e retornaria ao cargo, dirigindo o Supremo Conselho de 1818 a 1821. Foi com Grasse-Tilly que o Rito Escocês, realmente, vicejou por quase toda a Europa, embora só com grandes esforços tenha aberto um discreto caminho na Inglaterra, onde a Maçonaria, sob a égide da Igreja Anglicana, não via com bons olhos um rito nascido do catolicismo jacobita (stuartista).
A "lenda" das Constituições de Frederico II
Criado o Supremo Conselho, que estabelecia um sistema totalmente novo de Maçonaria, desconhecido até então, atribuiu-se a sua organização a uma Constituição de 1o. de maio de 1786, que teria sido elaborada por Frederico II, rei da Prússia (2). Esse sistema só ficou conhecido a partir de 4 de dezembro de 1802, quando o Supremo Conselho de Charleston expediu uma circular, comunicando o fato, enaltecendo os Altos Graus e atribuindo, então, a sua organização a Frederico. Se essa organização tivesse, realmente, surgido nessa data --- 1786 --- é, no mínimo, estranho que o fato só ficasse conhecido em 1802.
A história "oficial", divulgada, inclusive, pelo Supremo Conselho da França, diz que Carlos Stuart, filho de Jaime III, sendo chefe de toda a Maçonaria, conferiu, a Frederico II, a dignidade de Grão-Mestre, nomeando-o, também, seu sucessor, qualidade na qual ele seria reconhecido como chefe dos Altos Graus. A 25 de outubro de 1782, ainda com os 25 graus de Héredom, eram confirmadas as Constituições e Regulamentos de Bordeaux. E quatro anos depois, segundo essa versão "oficial", Frederico transmitia os seus poderes e prerrogativas a um Supremo Conselho dos Grandes Inspetores Gerais, ao mesmo tempo em que aumentava a escala para 33 graus e publicava, a 1o. de maio de 1786, a sua Constituição.
Alguns fatos mostram que isso é pura lenda:
Em primeiro lugar, a 1o. de maio de 1786, Frederico não tinha condições de assinar nada, nem transmitir coisa nenhuma, já que se encontrava em estado semi-comatoso, vindo a falecer a 17 de agosto do mesmo ano.
A versão oficial não tem a mínima credibilidade entre os bons autores maçônicos, sendo refutadas por pesquisadores de primeira linha, como Findel. Rebold, Thory, Clavel, Cordier, Marconay e Lindsay. Rebold afirma que Frederico foi iniciado a 15 de agosto de 1738, em Brunswick e que, em 1744, a Loja "Três Globos Terrestres", de Berlim, fundada por artistas franceses, foi, por ele, elevada à categoria de Grande Loja, da qual ele foi aclamado Grão-Mestre, exercendo o mandato até 1747. A partir de então, ele não mais se ocupou ativamente da Maçonaria e, quando o sistema dos Altos Graus foi introduzido nas lojas prussianas pelo marquês de Bernez, ele se mostrou adversário da inovação, tratando-a com desdém, sendo duro em relação aos Altos Graus e prevendo que eles acabariam sendo motivo de constante discórdia entre as Lojas.
Marconay afirma que, em resposta a uma consulta sua, a Loja dos Três Globos enviou-lhe carta, onde refere que Frederico foi, em parte, o criador do sistema que a Loja adotou, mas que nunca interferiu em seus assuntos e nunca se ocupou em ditar leis aos maçons. Diz mais, essa missiva, que a Grande Loja dos Três Globos não reconhecia nem praticava mais do que os graus azuis de São João, mas que tinha um comitê, chamado Supremo Oriente Interior, que dirigia os trabalhos dos graus superiores, que não passavam de sete. E termina, afirmando que carecia de fundamento tudo aquilo que se referisse a prescrições de Frederico.
Findel, considerado um dos maiores pesquisadores maçônicos de todos os tempos, é mais contundente, chamando essa versão "oficial" de simples invenção, que só poderia ser divulgada por quem tivesse interesses estranhos à procura da verdade histórica.
Assim, tanto as Constituições, Estatutos e Regulamentos, quanto os Novos Institutos Secretos e Fundamentais da Muito Antiga e Venerável Sociedade dos Antigos Maçons Livres Associados, ou Ordem Real e Militar da Franco-Maçonaria, atribuídos a Frederico, com a fictícia data de 1o. de maio de 1786, devem ser vistos como documentos históricos do Rito Escocês Antigo e Aceito, mas gerado pelos criadores do primeiro Supremo Conselho e com data posterior à que consta nos documentos, pois, vale repetir, se uma inovação tão grande quanto essa já ficara totalmente organizada, em 1786, na Europa, por que ela permaneceria oculta e ignorada até 1802, sendo necessário que os norte-americanos revelassem ao mundo a sua existência?
Na realidade, a América do Norte, nesse início de século XIX (1801), ainda era vista, pelos europeus, como uma terra de índios, selvagem e inóspita, já que o seu território ainda estava sendo conquistado e eram constantes os atritos bélicos com os índios. Para se ter uma idéia, o famoso massacre de Little Big Horne, quando o regimento comandado pelo general Custer foi dizimado por índios apaches, sioux, arrapahoes e outros, ocorreu já no último quartel desse século, em 1876. Aceitar uma novidade vinda desse Novo Mundo seria muito difícil para a Europa, com seus séculos de civilização; já partindo de um de seus mais importantes monarcas ela seria muito mais palatável. E foi o que ocorreu.
Mas a "lenda" de Frederico foi, durante muito tempo, levada a sério na Europa. Rémy Boyau cita o seguinte fato: a 21 de novembro de 1879 --- setenta e oito anos após a fundação do Supremo Conselho de Charleston --- em "Impressões de um Aprendiz", Georges Martin mostra-se indignado, num arroubo juvenil e até cômico:
"A origem da Franco-Maçonaria confunde-se com a época pré-histórica, enquanto que a Constituição que nos rege data de 1786, menos de um século atrás! Quem fez essa Constituição? Frederico II, rei da Prússia! Já que eu vos comunico minhas impressões, eu devo falar francamente. Pois bem, do mais profundo de meu coração de francês e de antigo soldado da defesa de 1870-1871, eu declaro que todo o meu ser fica revoltado perante a idéia de que, entrando na Franco-Maçonaria, eu sou submetido ao jugo de uma Constituição emanada do déspota Frederico II, rei da Prússia"!
O disparate maior, nessa arenga do autor, todavia, é o de que a origem da Maçonaria confunde-se com a época pré-histórica. Ele só é superado pelo de George Oliver, que, em "Antiquities of Freemasonry", afirma que a Maçonaria remonta à época da criação do mundo, pois é grande a semelhança entre os seus princípios e os da primitiva Constituição que regia o Paraíso terrestre! Se é que houve um "Paraíso", como Oliver teve conhecimento de sua "Constituição"? E para que precisaria, o Paraíso, de uma Constituição?
Embora o nome de Frederico esteja em rituais de Altos Graus, como o criador da Ordem, isso deve ser tomado como lenda --- como tantas outras da Maçonaria --- e não como fato histórico.
Ir. José Castellani
Notas
1. Ramsay nasceu em Ayr, Escócia, em 1686, e faleceu em Saint-Germain, França, em 1743. Embora tenha afirmado que era filho de um baronete escocês e reclamado o título quando foi recebido em Oxford, em 1730, na realidade, seu pai era um padeiro ; essa sua origem foi esclarecida num panfleto intitulado "La Ramsayade" , atribuido a Voltaire, mas não reconhecido por ele. O que o enobreceu foi o título de Chevalier de Saint Lazare (Cavaleiro de São Lázaro), que lhe foi concedido pelo regente da França.
Ele foi iniciado a 10 de março de 1730, na Loja Horn, no Palácio Hard de Westminster, da qual o duque de Richmond foi Venerável Mestre. Filho de pai calvinista, exerceu, entre outros preceptorados, o de Carlos Stuart (1724), filho de Jaime III, pretendente católico ao trono da Inglaterra, e acabaria se tornando discípulo, companheiro e apologista do prelado e escritor francês Fénelon e, em conseqüência, do catolicismo. Apesar disso, ingressaria na Royal Society, de Londres, e na Universidade de Oxford, o que mostra que, apesar de católico stuartista, ele mantinha ligações com o anglicanismo.
2. Frederico II, o Grande, filho de Frederico Guilherme I (o "Rei Sargento") da Prússia, nasceu em 1712 e subiu ao trono em 1740, revelando-se tanto hábil administrador quanto guerreiro e conquistador insaciável. Cético e, muitas vezes, sem escrúpulos, era um déspota esclarecido e não renunciava às prerrogativas do absolutismo, embora acatasse muitas das idéias dos enciclopedistas franceses. Tinha, por isso, como lema, a frase: "Tudo para o povo, mas sem o povo". Atraiu para a sua residência, em Sans-Souci, muitos sábios e filósofos --- como Voltaire, por exemplo --- e gostava de ser chamado de "rei filósofo".
Iniciado em Brunswick, a 15/8/1738, antes de assumir o trono, regressou à residência real no mesmo ano, criando uma Loja no castelo de Rheinsberg, secretamente, já que seu pai era contrário à Maçonaria, provavelmente devido à origem britânica desta. Em 1740, quando se tornou rei, era criada, sob sua proteção, a 13/9, a Loja Três Globos Terrestres, formada por artistas franceses que haviam sido chamados à Prússia. A 24/6/1744, ela era elevada a Grande Loja Real, com Frederico como Grão-Mestre. Faleceu a 17/8/1786, após passar seis meses praticamente inconsciente