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1 John ADAIR - Nascido em 1934, John Adair foi o primeiro britânico a dedicar-se ao ensino da liderança na Universidade de Surrey e no Oxford Centre for Management. Licenciado por Cambridge, a sua contribuição para a gestão pode ser resumida em três pontos. Em primeiro lugar, ao demonstrar que as competências de liderança estão ao alcance de qualquer pessoa. Em segundo, ao insistir que a gestão deveria privilegiar temas como a liderança, a tomada de decisão, a comunicação e a capacidade de gerir o tempo. Em terceiro, ao criar o conceito de aprendizagem centrada na ação (action-centred learning), segundo o qual a liderança pode ser definida em três círculos sobrepostos: tarefas, equipas e indivíduos, nos quais os líderes devem atuar.

Bibliografia: Effective Leadership (Gower, 1983); Effective Teambuilding (Gower, 1986); Not Bosses But Leaders (Talbot Adair Press, 1988); Developing Leaders (Talbot Adair Press, 1988); Great Leaders, Guildford (Talbot Adair Press, 1989); e Understanding Motivation (Talbot Adair, 1990).

2 Igor ANSOFF - Nascido em 1918, em Vladivostok (Rússia), Igor Ansoff aos 16 anos de idade foi com os pais para os Estados Unidos. Estudou Engenharia Mecânica e Física e doutorou-se em Matemáticas Aplicadas, em Nova Iorque. Trabalhou na Rand Foundation, especializada em assuntos militares, e na empresa aerospacial Lockheed, onde foi diretor-geral. Acabaria, no entanto, por optar pela carreira académica no Carnegie Institute of Technology, onde publicou o best-seller Corporate Strategy, hoje considerado a bíblia do planejamento estratégico. Foi reitor da Vanderbilt University e criou uma escola de negócios especializada em estratégia.

Bibliografia: Corporate Strategy (McGraw-Hill, 1965); Business Strategy (Penguin Books, 1969); Behavior of US Manufacturing Firms 1946-65, com R. J. Brandenburg, F. E. Portner, H. R. Radosevich (Vanderbilt University Press, 1971); From Strategic Planning to Strategic Management, com R. Hays e R. Declerck (John Wiley and Sons, 1976); Strategic Management (Macmillan, 1979); e Implanting Strategic Management (Prentice-Hall, 1984, 1990).

3 Chris ARGYRIS - Nascido em 1923, Chris Argyris é professor de Comportamento Educacional e Organizacional na Harvard University desde 1971, também lecionou na rival Yale University, na cadeira de Administração Industrial. Por vezes apelidado romântico pelos colegas, Argyris é considerado uma autoridade mundial na área de comportamento organizacional. Ele foi o precursor do conceito de aprendizagem dupla (double-loop learning), segundo o qual as empresas aprendem duplamente se emendarem quer os erros quer as normas que os causaram. O objetivo é criar empresas que aprendam continuamente (learning organization).

Bibliografia: Personality and Organization (Harper and Row, 1957); Organization and Innovation (Irwin, 1965); Organizational Learning - A Theory of Action Perspective, com D. A. Schon (Addison-Wesley, 1978); Strategy, Change and Defensive Routines (Pitman, 1985); Knowdledge for Action - A Guide to Overcoming Barriers to Organizational Change (Jossey-Bass, 1993); e Organizational Learning II - Theory, Method and Pratice, com D. A. Schon (Addison Wesley, 1996).

4 Chester BARNARD - Nascido em 1886, faleceu em 1961. Chester Barnard foi gestor na companhia de telefones Bell durante 40 anos, tornando-se mais tarde presidente. Foi dos primeiros a estudar os processos de tomada de decisão, o tipo de relações entre as organizações formais e informais e o papel e as funções do executivo. Contrariamente a sociólogos como Max Weber, ele considerava as empresas como instrumentos mais eficazes para o progresso social do que o Estado ou as igrejas. Enquanto estas são baseadas na autoridade formal as empresas regem-se pela cooperação entre indivíduos ligados por uma causa comum. Ele analisou questões como a liderança, a cultura e os valores 30 anos antes de o mundo empresarial se aperceber da sua existência. As suas obras mantêm uma atualidade surpreendente.

Bibliografia: The Functions of the Executive (Harvard Business School Press, 1938); e Organization and Management (Harvard Business School Press, 1948).

5 Christopher BARTLETT - Professor na Harvard Business School, presidente do seu Programa Internacional para Executivos, da Harvard Business School, Christopher Bartlett acredita numa reformulação maciça da gestão baseada em objetivos, processos e pessoas. Esta é a essência de uma já célebre trilogia de artigos publicados na Harvard Business Review, que escreveu com o inseparável colega Sumantra Ghoshal, com o título genérico de "Changing the Role of Top Management". No livro Managing Across Borders, alertaram para a emergência de uma nova empresa que apelidaram transnacional. Esta deve respeitar três requisitos: ganhar eficência de processos à escala global; responder às exigências dos mercados nacionais; e desenvolver uma capacidade de aprendizagem que lhe permita inovar continuamente.

Bibliografia: Managing Across Borders - The Transnational Solution, com Sumantra
Ghoshal (Harvard Business School Press, 1989).

6 Warren BENNIS - Nascido em 1925, psicólogo e conselheiro de quatro presidentes norte-americanos, Warren Bennis foi um dos profetas da liderança e ficou conhecido pela frase: "Os gestores fazem as coisas de forma certa. Os líderes fazem as coisas certas." Hoje é professor de Gestão na University of Southern California. No livro Leaders - The Strategies for Taking Charge, Bennis estudou 90 líderes de variados ramos de atividade e identificou quatro competências comuns: visão; capacidade de comunicação; respeitabilidade; e desejo de aprendizagem. A sua definição favorita de liderança é: "A capacidade de criar uma visão inspiradora e de a transformar em ação."

Bibliografia: The Temporary Society (Harper & Row, 1968); Organizational Development - Its Nature, Origins and Prospects (Addison-Wesley, 1969); The Unconscious Conspiracy (Amacom Press, 1976); Leaders - The Strategies for Taking Charge, com B. Nanus (Harper and Row, 1985); On Becoming a Leader (Business Books, 1989); e Reinventing Leadership, com Robert Towsend (Piatkus, 1996).

7 Edward De BONO - Nascido na ilha de Malta, licenciado em Psicologia e Medicina em Oxford, Edward De Bono inventou o conceito de pensamento lateral, uma tentativa para resolver problemas através de métodos pouco ortodoxos ou aparentemente ilógicos. Professor em Oxford, Cambridge e Harvard, é também o autor de Six Thinking Hats (seis chapéus pensantes), em que cada cor corresponde a uma atitude mental: branca (informação); vermelha (intuição); preta (precaução); amarela (benefícios); verde (criatividade); e azul (pensamento organizacional).

Bibliografia: The Use of Lateral Thinking (McGraw-Hill, 1967); The Five-Day Course in Thinking (McGraw-Hill, 1967); The Mechanism of Mind (McGraw-Hill, 1969); Lateral Thinking for Management (McGraw-Hill, 1971); De Bono's Course in Thinking (McGraw-Hill, 1982); Conflicts - A Better Way to Resolve Them (McGraw-Hill, 1985); Tactics - The Art and Science of Success (McGraw-Hill, 1985); Six Thinking Hats (Viking, 1990); I'm Right, You're Wrong (Viking, 1990); e Teach Yourself to Think (Penguin, 1995).

8 Alfred CHANDLER - Nascido em 1918, foi professor de História da Gestão em Harvard a partir de 1971. Chandler foi o primeiro teórico a defender a criação de um plano estratégico antes da elaboração de uma estrutura organizacional, ou seja, a estratégia deve preceder a estrutura. Teorizou também o conceito de descentralização nas grandes empresas, em voga nos anos 60 e 70, que auxiliou Sloan na reestruturação da General Motors. Defendeu a necessidade de coordenar o planejamento estratégico das sedes com as políticas das unidades de negócio.

Bibliografia: Strategy and Structure (MIT Press, 1962); The Visible Hand: The Managerial Revolution in American Business (HBS Press, 1977); Managerial Hierarchies - Comparative Perspectives on the Rise of Modern Industrial Enterprises, com H. Deams (HBS Press, 1980); e The Coming of Managerial Capitalism, com R. S. Tedlow (Irwin, 1985).

9 James CHAMPY - É presidente da consultora CSC Index, sediada em Cambridge (Boston), e um dos autores do conceito de gestão mais popular dos anos 90: a reengenharia. A partir daí, Champy confessou-se bastante mais reservado e menos optimista do que o seu colega Hammer, quanto ao sucesso da sua aplicação. Baseado na sua experiência como líder da consultora CSC Index, que entretanto abriu diversos escritórios internacionais, Champy resolveu publicar, em 1995, um novo livro sobre o tema - Reengineering Management -, no qual chegou à conclusão de que a reengenharia dos processos não funciona sem a reengenharia da gestão.

Bibliografia: Reengineering the Corporation, com Michael Hammer (Harper Collins, 1993); Reengineering Management (Harper Collins, 1995); e Fast Forward, com Nithin Nohria (HBS Press, 1996).

10 Philip CROSBY - Trabalhou na ITT e é conhecido pela frase: "A qualidade é grátis." O livro assim denominado teve tanto sucesso que Crosby estabeleceu a sua própria consultora e fundou um colégio para a Qualidade, na Florida. Os dois pilares das suas obras são o "fazer bem à primeira" e a filosofia de "zero defeitos" (pressupõe que a empresa não parte do princípio de que vai haver erros de fabrico). A sua definição de qualidade é a conformidade com os requisitos da empresa, por sua vez, conformes com os dos clientes. Uma mensagem simples acompanhada de números irrefutáveis. Crosby é um guru da qualidade total cujo prestígio só é comparável ao de Deming e Juran .

Bibliografia: Quality is Free (McGraw-Hill, 1979); Quality Without Tears (McGraw-Hill, 1984); Running Things - The Art of Making Things Happen (McGraw-Hill, 1986); e Quality - The Eternally Successfull Organization (McGraw-Hill, 1988).

11 Edwards DEMING - Nascido em 1900, faleceu em 1994. Deming introduziu a filosofia da qualidade total na indústria japonesa do pós-guerra juntamente com o colega Juran. Foi quase um deus para os gestores japoneses, que, em 1951, criaram um prémio de qualidade em sua homenagem (o Deming Prize). O seu conceito é simples, mas revolucionário: os níveis de variação da qualidade podem ser reduzidos se geridos através do controle estatístico. Deming elaborou no seu livro Out of Crisis os célebres 14 passos para a qualidade total.

Bibliografia: Elementary Principles of the Statistic Control of Quality (Nippon Kagasu Gijutsu Remmei, 1952); Quality, Productivity and Competitive Position (MIT, Center for Advanced Engineering Study, 1982); Out of the Crisis (MIT, Center for Advanced Engineering Study, 1986, 1988); e The New Economics (MIT, Center for Advanced Engineering Study, 1993).

12 Peter DRUCKER - Nascido em 1908, Peter Drucker lecionou na Universidade de Nova Iorque e é professor da Claremont Graduate School, na Califórnia, desde 1971. É o autor com mais livros publicados sobre gestão, economia e análise social. Nascido em Viena, trabalhou como economista em Londres antes de emigrar para os Estados Unidos. Está por trás das principais teorias de gestão dos últimos 50 anos tais como: gestão por objetivos; privatização; cliente em primeiro lugar; papel do líder; descentralização; e era da informação.

Bibliografia: Concept of the Corporation (John Day, 1946); The New Society (Heinemann, 1951); The Practice of Management (Harper and Row, 1954); Managing for Results (Heinemann, 1964, 1989); The Age of Discontinuity (Heinemann, 1969); Management - Tasks, Responsibilities, Practices (Heinemann, 1974); Innovation and Entrepreneurship (Heinemann, 1985); The New Realities (Heinemann, 1989, 1990); Post Capitalist Society (Heinemann, 1993); e Managing in a Time of Great Chang (Heinemann, 1995).

13 Bernard DUBOIS - É professor na escola de gestão Hautes Études Commerciales (HEC) e no Institut Supérieur des Affaires (ISA). Licenciou-se na HEC, tirou o mestrado em Sociologia, na Sorbonne, e o mestrado e o doutoramento em Gestão, na Universidade de Northwestern, em Chicago. O francês Dubois propõe uma análise do consumidor, os seus comportamentos e hábitos de compra e os fatores que os influenciam. Lançou o conceito de "consumidor camaleão", caso, por exemplo, de um executivo que tanto viaja em primeira classe para assuntos de trabalho como escolhe a económica para o turismo. Destaca o papel dos líderes de opinião e dos grupos de consumidores e critica as principais variáveis utilizadas no marketing tradicional, revelando os seus limites.

Bibliografia: Comprendre le Consommateur (Dalloz, 1990).

14 Henri FAYOL - Falecido em 1925, o francês Henri Fayol foi dos primeiros a analisar a natureza da atividade empresarial e a definir as principais atividades do gestor: planejar; organizar; comandar; coordenar; e controlar. Fez a ligação entre a estratégia e a teoria empresarial e sublinhou a necessidade de aprofundar a gestão e cultivar qualidades de liderança. Fayol defendia que os mesmos princípios podiam ser aplicados em empresas de dimensões diferentes e de todo o tipo - industriais, comerciais, governamentais, políticas ou mesmo religiosas. O autor destilou a sua teoria para chegar a 14 princípios gerais sobre gestão. Estes conceitos foram desde então desenvolvidos de diversas formas pelos gurus mais recentes.

Bibliografia: General and Industrial Management (Pitman, 1949).

15 Mary Parker FOLLETT - Falecida em 1933, Mary Parker Follett participou nas conferências anuais do Bureau of Personnel Administration, em meados dos anos 20. Aconselhou líderes preocupados com as relações com a força de trabalho dos dois lados do Atlântico. Num mundo burocrático e com fortes estruturas hierárquicas, descreveu a importância do trabalho em equipe como forma de descentralização das instituições. Hoje está a ser redescoberta, pois as suas ideias foram seguidas em conceitos como os círculos de qualidade, o empowerment e as estruturas organizacionais horizontais baseadas em teias de relações. Por isso, é hoje justamente apelidada profeta da gestão.

Bibliografia: The New State-Group Organization the Solution of Popular Government (Longmans, 1918); Creative Experience (Longmans, 1924); Freedom and Coordination (Longmans, 1949); e Mary Parker Follett - Prophet of Management (Harvard Business School Press, 1995).

16 Frank FEATHER - Presidente da Glocal Marketing, o canadiano Frank Feather organizou e dirigiu a primeira conferência global sobre o futuro. Trabalhou 25 anos em três dos maiores bancos mundiais e é consultor desde 1981. As suas obras versam os temas das novas tecnologias, estratégia e marketing. Futurista e estrategico, Feather previu a crise do petróleo da OPEP, a crise global da dívida pública e a queda do Muro de Berlim. Acredita num mundo global, em que os produtos devem ser adaptados a mercados locais. A sua máxima é: "Pensar globalmente, agir localmente", uma frase celébre de que se reclama o autor.

Bibliografia: G-Forces - The 35 Global Forces Reestruturing Our Future (Warwick, 1990); Through the Eighties - Thinking Globally, Acting Locally (Warwick, 1980); Optimistic Outlooks (Warwick, 1982); The Future Consumer (Warwick, 1994); e China Vision (Warwick, 1995).

17 Francis FUKUYAMA - Analista na Rand Corporation, Francis Fukuyama pertenceu ao Departamento de Estado para o Planejamento e participou na delegação norte-americana para as conversações entre Israel e o Egipto sobre a autonomia palestiniana em 1981 e 1982. No seu último livro, fala da confiança (trust) como um meio para atingir a prosperidade global e salienta que as melhores empresas são as que se baseiam numa partilha de valores éticos fortes e em que existe confiança. Explica por que o sucesso asiático se deve a motivos culturais e considera a confiança, a comunidade e os compromissos as três variáveis que moldarão a sociedade contemporânea.

Bibliografia: The End of History and the Last Man (Hamish Hamilton, 1992); e Trust - The Social Virtues and the Creation of Prosperity (Hamish Hamilton, 1995).

18 Sumantra GHOSHAL - Professor de Liderança Estratégica na London Business School (Reino Unido) e professor convidado do Insead (França), Ghoshal lecionou igualmente no MIT (Estados Unidos). É considerado um especialista em gestão estratégica, particularmente no tema da globalização. Escreveu, em parceria com Christopher Bartlett, o livro Managing Across Borders. Um dos seus artigos mais célebres intitula-se "Rebuilding Behavioral Context ", publicado na Sloan Management Review, em que os autores defendem uma abordagem humana da reengenharia, baseada na disciplina; apoio; confiança; e desafio. Ghoshal dirige um programa para executivos no Insead.

Bibliografia: Managing Across Borders - The Transnational Solution (HBS Press, 1988); Transnational Management (HBS Press, 1990); e Organization Theory and the Multinational Corporation (HBS Press, 1993).

19 Gary HAMEL - Professor convidado de Estratégia e Gestão Internacional na London Business School, Gary Hamel dirige a consultora Strategos. Dois artigos que escreveu em parceria com Prahalad na Harvard Business Review ganharam o prestigiado prêmio de excelência da McKinsey. O primeiro divulgou o conceito de strategic intent (objectivos de longo prazo) e o segundo o de core competence (competências-chave ou distintivas). Foi também com o inseparável Prahalad que escreveu o best-seller Competing for the Future. Os autores explicam que muitos dos actuais gestores desprezaram o seu papel de arquitetos do futuro. Qualquer empresa pode influenciar o futuro do seu setor. As competências-chave de hoje serão vantagens competitivas no futuro.

Bibliografia: Competing for the Future, com C. K. Prahalad (Harvard Business School Press, 1994).

20 Michael HAMMER - Em 1990, escreveu um artigo na Harvard Business Review intitulado "Don't Automate, Obliterate". Na altura poucos levaram a sério o autor, um professor do MIT chamado Michael Hammer. Três anos depois o best-seller Reengineering the Corporation, escrito com James Champy, trouxe-lhe notoriedade internacional e ele passou a ser conhecido como o profeta da reengenharia. Nos anos seguintes à publicação do livro, Hammer tornou-se o guru mais bem pago do mundo e passou a maior parte do seu tempo a animar seminários sobre o tema por todo o mundo. Fundou igualmente a sua própria consultora em formação: a Hammer & Company.

Bibliografia: Reengineering the Corporation, com James Champy (Harper Collins, 1993); e The Reengineering Revolution (Harper Collins, 1995).

21 Charles HANDY - Nascido em 1932, filho de um irlandês protestante e licenciado por Oxford, Charles Handy trabalhou na Shell International, na Malásia, e como economista na City de Londres. Após esta primeira experiência, resolveu fazer o MBA do MIT. Voltou então para Londres para coordenar a London Business School, onde ainda hoje é professor convidado. Apelidado o filófofo da gestão, Handy fala da emergência de uma nova era marcada pela irracionalidade, paradoxos e incertezas, os títulos dos seus últimos três livros.

Bibliografia: Understanding Organizations (Penguin Books, 1976); The Future of Work (Basil Blackwell, 1986); Gods of Management (Business Books, 1991); The Making of Managers, com J. Constable (Longman, 1988); The Age of Unreason (Arrow, 1990); Inside Organizations - 21 Ideas for Managers (BBC Books, 1990); The Age of Paradox (Huttchison, 1993); Waiting for the Mountain to Move (1995); e Beyond Certainty (Hutschinson, 1995).

22 Frederick HERZBERG - Nascido em 1923, é psicólogo clínico e professor de Gestão na University of Utah. Herzberg é conhecido pelos estudos sobre motivação humana e a teoria dos dois fatores: os de higiene (como as condições de trabalho, salário, status e segurança), cuja ausência cria insatisfação; e os de motivação (realização, reconhecimento, satisfação no trabalho, responsabilidade e desenvolvimento pessoal), que são necessários à satisfação. Criou também o conceito de enriquecimento do trabalho (job enrichment). O seu artigo da Harvard Business Review sobre motivação foi dos mais pedidos de sempre.

Bibliografia: The Motivation to Work, com B. Mausner, B. Snyderman (Wiley, 1959); Work and the Nature of Man (World Publishing, 1966); One More Time -How Do You Motivate Employees (Harvard Business Review, Cambridge,1968); e Managerial Choice - To Be Efficient and To Be Human (Irwin, 1976).

23 Joseph JURAN - Nascido na Roménia em 1904, engenheiro eletrotécnico, acompanhou Edwards Deming na revolução da qualidade no Japão do pós-guerra. Ambos se interessaram pelo controle estatístico durante os anos 20. Em 1951, Juran publicou o primeiro manual sobre controle de qualidade. Foi convidado para Tóquio para uma série de palestras e acabou por ser considerado um dos principais obreiros do milagre industrial japonês. Juran é um dos mais importantes inspiradores do conceito de qualidade total. É o autor de uma metodologia para determinar os custos evitáveis e inevitáveis da qualidade e do conceito de company-wide quality management (CWQM).

Bibliografia: Quality Control Handbook (McGraw-Hill, 1951); Juran on Planning for Quality (Free Press, 1988); e Managerial Breakthrough (McGraw-Hill, 1995).

24 Rosabeth MOSS KANTER - Nascida em 1943, socióloga norte-americana, professora de Gestão em Harvard e ex-editora da Harvard Business Review, Rosabeth Moss Kanter impôs-se como especialista em gestão da mudança e a inspiradora do conceito de empowerment. Possui um doutoramento da University of Michigan e lecionou em Yale e no MIT. O novo modelo de empresa que defende é magra e atlética com menos níveis de gestão, com o poder de um elefante e a agilidade de um bailarino. No livro World Class, fala da vantagem competitiva das cidades e da ascensão de uma elite de cidadãos cosmopolitas.

Bibliografia: Men and Women of the Corporation (Basic Books, 1977); The Change Masters - Corporate Entrepreneurs at Work (Allen and Unwin, 1984); When Giants Learn to Dance (Simon & Schuster, 1989); Power failures in Management Circuits (Penguin Books, 1990); e World Class, (Simon & Schuster, 1995).

25 Philip KOTLER - É considerado um dos pais do marketing. Doutorado pelo MIT é um autor profícuo e os seus textos tornaram-se referências académicas para o estudo de marketing. Livros como o clássico Marketing Management são verdadeiras bíblias sobre a disciplina. Foi o principal inspirador e divulgador de conceitos de marketing estratégico como ciclo de vida do produto, segmentação do mercado, posicionamento e aferição das atitudes de compra do consumidor. "O marketing demora um dia a aprender e uma vida inteira a dominar", refere. Kotler é atualmente professor de Marketing Internacional, na Northwestern University, em Chicago. Foi presidente, entre outras instituições, da American Marketing Association.

Bibliografia: Marketing Management (Pentice-Hall, 1967, 1972, 1976); e Marketing Professional Services (Prentice-Hall, 1984).

26 John KOTTER - É professor de Comportamento Organizacional e Recursos Humanos, na Harvard Business School, e especialista em liderança, cultura organizacional e gestão da mudança, temas dos quais é autor de vários best-sellers. Segundo Kotter, a função primária de um líder é produzir a mudança. A sua ação deve incidir sobre três áreas fundamentais: estabelecer a direção estratégica da empresa; comunicar essas metas aos recursos humanos; e motivá-los e inspirá-los para que sejam cumpridas. O seu último livro The New Rules é um guia da gestão de carreiras para os executivos nesta década marcada pela competição.

Bibliografia: The General Manager (The Free Press, 1982); The Leadership Factor (The Free Press, 1988); A Force for Change (1990); Corporate Culture and Performance, com James Heskett (1992); e The New Rules (The Free Press, 1995).

27 Theodore LEVITT - Associado durante anos à Harvard Business School, o alemão Levitt foi o primeiro acadêmico a sublinhar a importância do marketing. A sua reputação de guru construiu-se através do artigo publicado, em 1960, na Harvard Business Review, intitulado "Marketing Myopia", no qual referiu que uma indústria é um processo de satisfação do cliente, em vez de produção de bens. Levitt ficou também conhecido pela separação que sempre defendeu entre as funções de marketing e de vendas e pelo conceito de marca global. Ele acredita que todos os produtos (como, por exemplo, a Coca-Cola) podem ser vendidos à escala global devido à progressiva homogeneidade das preferências e hábitos de compra dos clientes.

Bibliografia: Innovation in Marketing (McGraw-Hill, 1962); The Marketing Mode (McGraw-Hill, 1969); e The Marketing Imagination (The Free Press, 1983).

28 Rensis LIKERT - Falecido em 1981, o sociólogo norte-americano Rensis Likert fundou, em 1949, a instituição pioneira na pesquisa do comportamento humano nas organizações: o Institute for Social Research, da Universidade de Michigan. Mais tarde obteve o doutoramento na Universidade de Colúmbia. A sua obra teve grandes repercussões na teoria organizacional e no estudo da liderança. Likert baseou-se em inquéritos intensivos a empregados de companhias industriais, em que os interrogava sobre o comportamento dos seus supervisores. As respostas permitiram-lhe definir vários perfis ou estilos de liderança, que depois associou ao nível de desempenho das empresas.

Bibliografia: New Patterns of Management (McGraw-Hill, 1961); The Human Organization - Its Management and Value (McGraw-Hill, 1967); e New Ways of Managing Conflict, com J. G. Likert (McGraw-Hill, 1976).

29 Douglas McGREGOR - Falecido em 1964, McGregor partilhou as suas ideias sobre as necessidades do indivíduo com Maslow e Likert. Psicólogo social especialista em comportamento humano, professor do MIT, tornou-se famoso pela sua teoria X (gestão autoritária) e teoria Y (gestão participativa) criada em 1960. Esta última desafia as empresas a inovar na gestão dos recursos humanos e preconiza que as pessoas têm uma necessidade psicológica de trabalhar e aspiram a ter realização profissional e responsabilidade. A teoria X nega a existência de qualquer potencial na força de trabalho e assume que as pessoas são preguiçosas, imaturas e precisam de ser controladas para ter resultados.

Bibliografia: The Human Side of Enterprise (McGraw-Hill, 1960); Leadership and Motivation (MIT Press, 1966); e The Professional Manager (McGraw-Hill, 1967).

30 Abraham MASLOW - Falecido em 1970, psicólogo e estudioso do comportamento, Abraham Maslow licenciou-se na Universidade de Wisconsin e lecionou na Brandeis University, Massachusetts. Inventou o conceito de pirâmide das necessidades, segundo o qual, uma vez satisfeitas as necessidades fisiológicas básicas - da alimentação ao desejo de um ambiente seguro e estruturado -, as necessidades mais elevadas de auto-estima e realização pessoal podem ser preenchidas. Para Maslow existe uma hierarquia natural entre a natureza das necessidades, nenhuma delas é absoluta: quando uma delas é preenchida, a preocupação com a sua satisfação desaparece. Maslow salientou-se ao provar a insuficiência da teoria Y, que procurou tornar mais exigente.

Bibliografia: Motivation and Personality (Harper and Row, 1970).

31 Elton W. MAYO - Falecido em 1949, o australiano Elton Mayo é considerado o fundador do movimento das relações humanas, que se opôs aos princípios científicos do trabalho de Taylor. As suas teorias foram baseadas nas experiências que conduziu em Hawthorne entre 1927 e 1932 sobre os fatores que realmente motivam os empregados. Mayo licenciou-se na Universidade de Adelaide e estudou Medicina em Londres e Edimburgo, ensinou Filosofia Mental e Moral em Queensland, durante a primeira década do século, e emigrou para os Estados Unidos em 1923. Começou por trabalhar em pesquisas numa empresa têxtil da Pensilvânia e juntou-se mais tarde à Harvard University como professor convidado em Pesquisa Industrial.

Bibliografia: The Human Problems of an Industrial Civilisation (Mcmillan, 1933); e The Social Problems of an Industrial Civilisation (Routledge and Kegan Paul, 1949).

32 Henry MINTZBERG - Nascido em 1939,o canadiano Mintzberg estudou Engenharia na McGill University de Montreal e na Sloan School of Management do MIT e hoje é professor de Gestão na McGill. Considerado um dos maiores especialistas mundiais em estratégia, Mintzberg dirigiu a sua obra para três temas principais: a elaboração de estratégias; a forma como os gestores distribuem o tempo e como funcionam os seus processos mentais; e como são desenhadas as organizações para se adaptarem às suas necessidades. A frase: "A estratégia não se planeja, constrói-se", ficou célebre.

Bibliografia: The Nature of Managerial Work (Harper and Row, 1980); The Structuring of Organizations (Prentice-Hall, 1979); Structures in Fives - Designing Effective Organizations (Prentice-Hall, 1983); Power in and Around Organizations (Prentice-Hall, 1983); Mintzberg on Management (Collier Macmillan, 1989); e The Strategy Process (HBS Press, 1995).

33 John NAISBITT - Nascido em 1929, o norte-americano Naisbitt dirige, em Washington, a consultora Megatrends Limited e a The Global Network, que publica a John Naisbitt's Trends Letter. Futurólogo consagrado, construiu a sua fama com os livros sobre megatendências. Previu desde cedo a passagem da sociedade industrial para a da informação. Dedicou o seu último livro à Ásia, no qual defende que o segredo da ascensão da China se deve aos chineses altamente qualificados que regressam ao país. No seu livro anterior alertou para a emergência de um paradoxo global: quanto maior for a economia mundial, mais poderosos serão os seus protagonistas menores.

Bibliografia: Megatrends (Warner Books, 1984); Megatrends 2000, com Patricia Aburdene (Avon Books, 1990); Megatrends for Women (Avon Books, 1992); Global Paradox (Avon Books, 1994); e Megatrends Asia (Nicholas Brealey, 1996).

34 Nicholas NEGROPONTE - Nascido em 1950, Negroponte é um visionário,e considerado o profeta da era digital. O seu livro Being Digital é um guia definitivo sobre as auto-estradas da informação. Negroponte é colunista na revolucionária Wired e os seus textos surgem também na versão eletrônica da revista Hot Wired. Fundador e diretor do Media Laboratory, do MIT, que estuda as futuras formas de comunicação humana na área do multimédia, é consultor do Governo e de empresas e um acionista especial de um fundo dedicado às novas tecnologias para a informação e publicações editoriais. Escreveu vários textos famosos sobre a televisão e as escolas do futuro, as mudanças nas tecnologias do lar e a libertação dos atuais limites à comunicação.

Bibliografia: Being Digital (Alfred Knopf, 1995); e The Arquitecture Machine (MIT,1968).

35 Kenichi OHMAE - Nascido em 1943, Ohmae é o mais conhecido dos gurus nipônicos. Dirigiu o escritório da McKinsey em Tóquio e lançou-se recentemente na consultoria a título individual. Formou-se em Física nuclear no MIT. Na década de 80, as suas obras incidiram sobre o pensamento estratégico nipônico e a emergência de três blocos econômicos: Europa, Estados Unidos e Pacífico. Na década de 90, o autor dedica-se à análise da globalização, tema que o celebrizou. No seu último livro defende que são as regiões e não os Estados as futuras fontes de crescimento econômico.

Bibliografia: The Mind of the Strategist (Penguin Business Library, 1983); Triad Power - The Coming Shape of Global Competition (Free Press, 1985): The Borderless World (Collins, 1990); The End of the Nation State (Free Press, 1995); e The Evolving Global Economy (HBS Press, 1995).

36 Richard PASCALE - Nascido em 1930, o ex-consultor da McKinsey colaborou com Peters e Waterman na obra In Search of Excellence, e no desenvolvimento do modelo dos "Sete Ésses" que medem a excelência de uma empresa. Estes dividem-se em dois grupos: os rígidos, estratégia (strategy), estrutura (structure) e sistemas (systems); e os maleáveis, estilo (style), valores partilhados, (share values), competências (skills) e pessoas (staff). No livro The Art of Japonese Management, defendeu que as empresas nipónicas são excelentes nas variáveis do segundo grupo e usou o modelo para identificar as diferenças culturais entre o Japão e os Estados Unidos. Hoje é professor de Gestão na Stanford University.

Bibliografia: The Art of Japanese Management, com A. G. Athos (Penguin Books, 1981, 1982, 1986); e Managing on the Edge (Viking, 1990).

37 Tom PETERS - Nascido em 1942, o livro a Senda da Excelência, escreveu com Robert Waterman, que será sempre um marco na sua carreira por ter sido o best-seller da gestão mais vendido de sempre. Apesar disso, Peters começa o livro seguinte com as palavras: "Não existem empresas excelentes." Antes de aderir à McKinsey, em 1974, trabalhou no Pentágono durante dois anos, após o que tirou um mestrado em Engenharia Civil, na Cornell University, e um MBA, em Stanford. Hoje lidera o The Tom Peters Group, sediado em Palo Alto, na Califórnia. è um popular animador de seminários, na sua maioria sobre a gestão da mudança.

Bibliografia: In Search of Excellence, com R. Waterman (Harper & Row, 1982); A Passion for Excellence, com N. Austin (Collins, 1985); Thriving on Chaos (Alfred Knopf, 1988); Liberation Management (1992); The Tom Peters Seminar (Alfred Knopf, 1994); e The Pursuit of Wow! (Alfred Knopff, 1995).

38 Michael PORTER - Nascido em 1947, Porter é considerado o mais académico dos gurus e um dos maiores especialistas mundiais em estratégia. Doutorou-se em Economia, em Harvard, após uma licenciatura em Engenharia Aeronáutica, em Princeton. Professor da Harvard Business School e líder da Monitor Consulting, entre as suas contribuições para a gestão salienta-se o modelo de análise estrutural de indústrias, a noção de cadeia de valor e a teoria da vantagem competitiva (para as empresas e para as nações).

Bibliografia: Competitive Strategy - Techniques for Analysing Industries and Competitors (Free Press, 1980); Competitive Advantage (Free Press, 1985); Competition in Global Industries (Harvard Business Scholl Press, 1986); The Competitive Advantage of Nations (Macmillan, 1990); e Strategy - Seeking and Securing Competitive Advantage (Harvard Business Review Books, 1991).

39 C. K. PRAHALAD - É professor de Estratégia e Gestão internacional na University of Michigan, nos Estados Unidos. Os artigos que escreveu com Gary Hamel na Harvard Business Review influenciaram decisivamente o mundo dos negócios atual. O livro Competing for the Future foi considerado uma das melhores obras de gestão da década. Para os autores os gestores devem preocupar-se com o futuro das suas indústrias. Eles passam, no entanto, apenas 3% do tempo a fazê-lo, o resto é gasto em tarefas urgentes, mas não importantes. Prahalad não esconde o ceticismo em relação ao downsizing e à reengenharia, que, na sua opinião, não resolvem os problemas de longo prazo da empresa.

Bibliografia: The Multinational Mission, com Yves Doz; e Competing for the Future, com G. Hamel (Harvard Business School Press, 1994).

40 Reg REVANS - Nascido em 1907, este britânico foi o presidente da European Association of Management Training Centres. Ele inventou o método de formação de aprendizagem ativa (action learning), segundo o qual os gestores aprendem mais uns com os outros do que em qualquer sala de aula de uma universidade. Revans inspirou-se nos mineiros, que colocavam os novatos em grupos de trabalho e lhes ensinavam as técnicas da profissão, ao mesmo tempo que os tranquilizavam em relação ao medo das profundezas. Aplicado à gestão, o conceito de aprendizagem ativa visa reunir gestores com problemas comuns de forma a debaterem ideias e soluções práticas.

Bibliografia: The Theory of Practice in Management (MacDonald, 1966); Developing Effective Managers (Blond and Briggs, 1971); e Action Learning (Blond and Briggs, 1979).

41 Edgar SCHEIN - Foi professor de Gestão na Sloan School of Management do MIT durante mais de 40 anos. Clarificou o conceito de cultura empresarial e demonstrou a sua relação com a liderança. Inventou também os termos "âncora de carreira" (career anchor) e "contrato psicológico" (psychological contract). Este representa o que o empregado espera do seu empregador, não apenas em termos econômicos, mas também no tratamento e estímulo para desenvolver capacidades e responsabilidades. Schein defende que muitas greves e disputas têm lugar porque o contrato não foi cumprido pelas empresas.

Bibliografia: Career Dynamics - Matching Individual and Organizational Needs (Addison-Wesley, 1978); Organizational Psychology (Prentice-Hall, 1980); e Organizational Culture and Leadership (Jossey-Bass, 1985).

42 Richard SCHONBERGER - Nascido em 1937, engenheiro industrial e hoje consultor de empresas, Schonberger foi responsável pela introdução de diversas técnicas de produção nipônicas como o just-in-time nos Estados Unidos. Tirou o seu doutoramento em Gestão na Universidade de Nebraska, na qual lecionou durante 13 anos, especializando-se em Gestão da Produção e Sistemas de Informação. Possui o hábito de visitar, pelo menos, uma fábrica por semana nos Estados Unidos ou na Europa. Os seus dois primeiros livros sobre gestão da produção são marcos para estudo desta disciplina. Schonberger inventou também o conceito de produção celular.

Bibliografia: Japanese Manufacturing Techniques (The Free Press, 1982); World Class Manufacturing (The Free Press, 1986); World Class Manufacturing Casebook (The Free Press, 1987); e Building a Chain of Customers (Business Books, 1990).

43 Peter SENGE - Nascido em 1949, estudou Engenharia em Stanford e dirige a consultora Innovation Associates. Professor e diretor do Centro para a Aprendizagem Organizacional no MIT, pragmático idealista, Senge divulgou no meio universitário e empresarial o conceito learning organization (organização em constante aprendizagem), que considera a fonte de vantagem competitiva do futuro. Autor dos best-sellers Fifth Discipline e The Fifth Discipline Fieldbook, defende que os novos desafios da nova era exigem não só a transformação radical dos negócios, mas também a das escolas e dos governos. Por isso, recomenda a formação de centros de mudança à escala global.

Bibliografia: The Fifth Discipline - The Art and Practice of the Learning Organization (Doubleday, 1990); e The Fifth Discipline - Fieldbook, com Art Kleiner, Charlotte Roberts, Richard Ross e Brian Smith (Doubleday, 1994).

44 Alfred P. SLOAN - Falecido em 1966, foi o líder da General Motors durante quase 30 anos e inventou a noção de empresa descentralizada e multidivisional. É o único autor que ganhou a designação de guru ao escrever apenas um livro: My Years With General Motors (1986), para mais uma autobiografia. Sloan começou por estudar Engenharia Elétrica e licenciou-se no MIT, onde financiou a Sloan School of Management. Entre 1921 e o fim da Segunda Guerra Mundial, conseguiu transformar uma empresa moribunda na líder automóvel dos Estados Unidos. O segredo esteve em encontrar o equilíbrio entre a autoridade central e a descentralização da gestão através da delegação de poderes.

Bibliografia: My Years With General Motors (Penguin Books, 1963).

45 F. W. TAYLOR - Falecido em 1917, Frederick Winslow Taylor foi o pai da gestão científica do trabalho e o precursor do estudo do tempo e do movimento. Iniciou a sua carreira na companhia de aço Midvale Steel Works como operário, tornando-se mais tarde engenheiro-chefe. Depois foi consultor na Bethlehem Steel Works de Pittsburgh, onde realizou as suas famosas experiências. Fanático da medição dos tempos, acreditava que desse modo podia melhorar a eficiência produtiva. A máxima de Taylor era de que só havia uma melhor maneira de desempenhar uma tarefa, pelo que cabe aos gestores fazerem a supervisão do trabalho, recompensando ou punindo as pessoas de acordo com o seu desempenho. Logo, as duas funções básicas do gestor são planejar e controlar.

Bibliografia: Scientific Management (Harper and Row, 1947).

46 Don TAPSCOTT - Autor de cinco grandes livros sobre tecnologias de informação, escreve sobre as formas de as usar para transformar radicalmente os negócios e criar mais riqueza para a sociedade. Formado em Psicologia e Estatística é o fundador da Alliance for Converging Technologies e da consultora New Paradigm Learning Corporation. Ambas estudam a transição para segunda era da informação, apelidada economia digital. Don Tapscott é canadiano e casado com uma portuguesa. Começou a sua atividade como consultor independente e aderiu, em 1986, ao DMR Group, de Toronto. Abandonou-o em 1993, ano em que escreveu com Art Caston o livro Paradigm Shift, que lhes deu o reconhecimento internacional.

Bibliografia: Paradigm Shift, com Art Caston (McGraw-Hill, 1993); Who Knows, com Ann Cavoukian (Random House, 1995); e The Digital Economy (McGraw-Hill, 1996).

47 Alvin TOFFLER - O casal Toffler (Alvin e Heidi) é conhecido pela mestria das suas análises sobre as mudanças sociais, políticas e econômicas contemporâneas. Leitura obrigatória em muitas universidades, Alvin foi professor da Russsell Sage Foundation, da Cornell University e consultor do Governo norte-americano. O livro Future Shock foi o primeiro êxito de vendas, mas Third Wave deu-lhe notoriedade mundial e marcou a década de 80. Comparou a atual revolução da informação com a agrícola e a industrial do passado e e expressão "terceira onda" entrou no léxico dos líderes de opinião mundiais. Alvin Toffler passou a ser apelidado visionário.

Bibliografia: Future Shock; e The Third Wave (1980); Powershift (1990); War and Anti-War(1993); Creating a New Civilisation (1995).

48 M. Kets DE VRIES - Consultor, professor e psicanalista, Manfred Kets de Vries ensina Recursos Humanos no Insead. Doutorou-se em Economia na Universidade de Amsterdão e possui um MBA de Harvard, para além da sua formação no Canadian Psychoanalytic Institute de Montreal. De Vries propõe-se analisar o lado oculto e inconsciente das empresas. O livro Leaders, Fous et Imposteurs é um alerta contra os maus líderes. O autor estruturou todos os capítulos do livro da mesma forma: explicação do conceito freudiano de base, casos reais, impacto na gestão e soluções para o problema. Explica as vantagens em haver alguém na empresa que ousa dizer o que pensa e porque os maus líderes tendem a afastar espontaneamente este tipo de pessoas válidas.

Bibliografia: Leaders, Fous et Imposteurs (Éditions Eska, 1995).

49 Robert WATERMAN - Nascido em 1936, é o oposto do seu parceiro hiper-ativo Tom Peters, com o qual escreveu Na Senda da Excelência. Trabalhou 21 anos na McKinsey, e hoje gere a sua própria consultoria. No livro The Renewal Factor, continou apegado ao tema da aprendizagem com os melhores. No livro Adhocracy - The Power to Change, desenvolveu o conceito de cross-functional teams. "Não podemos esperar que as empresas se mantenham excelentes para sempre. O segredo está em retirar lições quando estão no auge", diz em Frontiers of Excellence, o livro em que regressa ao tema da excelência que o lançou para a ribalta dos gurus.

Bibliografia: In Search of Excellence, com T. Peters (Harper & Row, 1982); The Renewal Factor (Bantam Books, 1987); Adhocracy - The Power to Change (Nicholas Brealey, 1990); e The Frontiers of Excellence (Nicholas Brealey, 1994).


50 Max WEBER - Falecido em 1920, este sociólogo alemão e economista político começou a sua carreira como advogado e tornou-se mais tarde professor de Economia nas Universidades de Freiburg, Heidelberg e Munique. O seu livro mais lido continua a ser a Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, uma teoria incisiva que relacionou os imperativos morais protestantes, nomeadamente calvinistas, e o advento do capitalismo. Mas Weber garantiu um lugar cativo na história da gestão devido à sua teoria da burocracia, que assenta nos princípios da hierarquia e da autoridade de comando como a forma de organização estrutural ideal para todas as empresas.

Bibliografia: The Prostetant Ethic and the Spirit of Capitalism (Allen and Unwin, 1930); e The Theory of Social and Economic Organisation (The Free Press, 1924).

 

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