Os termos de
definição para nomes de empresas de transporte urbano sobre trilhos costumavam ser
simplesmente "carril" ou "ferro-carril". Deu-se em Juiz de Fora a rara
ocorrência de emprego oficial da palavra "bonde". Criou-se em 1880 a "Cia.
Ferro-Carril Bondes de Juiz de Fora", começando em Novembro de 1881 um
serviço de bondes a tração animal, que teve uma expansão considerável de linhas, nos
anos subseqüentes. Em 1905, quando a cidade já contava com fornecimento de eletricidade,
desde 1888, cogitou-se a implantação do "tramway" elétrico, cujo sistema foi
inaugurado em 6 de Julho de 1906, contando com seis carros importados, rodando em bitola
de 0,914m (uma medida que, visualmente, nos dá a ilusão de bitola métrica). Chegaram
mais carros em 1912, e em 14 de Maio de 1913 inaugurava-se a nova linha do bairro Tapera,
o qual, como em muitos casos, cresceu em população após o aparecimento dos bondes. É
interessante observar que veio, em 1912, um serviço de ônibus para atender às
regiões não servidas pelos bondes, ou seja, neste caso, o ônibus veio, realmente,
como transporte auxiliar. A expansão dos trilhos continuou intensamente, e mais tarde,
ainda na década de 1920, a própria companhia passou a fabricar seus próprios bondes. Em
1927 foi construído um carro maior, com dois truques (oito rodas) e duas "lanças", usadas de acordo com o sentido em que rodasse o
veículo (nos carros de uma só "lança", esta era virada ao contrário, para
inversão de sentido). Em 1929, mais uma linha é concluída, para o bairro Moraes e
Castro. Em juiz de Fora a incursão do ônibus começou a pesar no decênio de 1920, e os
bondes, com as costumeiras dificuldades e falta de estímulo ocorrentes no Brasil a este
gênero de condução, deixaram de trafegar em 1969. |